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Resumo do Pós Impressionismo na História da Arte!

Descubra a história e características do Pós Impressionismo!

O Pós impressionismo é um estilo artístico que surgiu na Europa no final do século XIX, existindo até o início das vanguardas. Esse movimento marcou a história da arte com Van Gogh e Cèzanne, pois romperam os padrões estéticos do Impressionismo, colocando muita emoção e subjetividade nas obras!

Neste artigo sobre Pós impressionismo, você encontrará:

  1. O que é Pós impressionismo e porque recebeu esse nome
  2. Diferença entre Impressionismo e Pós Impressionismo
  3. Principais características na pintura, arquitetura e escultura
  4. Divisão do Pós Impressionismo em 2 campos
  5. Artistas importantes e obras

O que é Pós Impressionismo na arte?

O Pós Impressionismo é um estilo artístico que surgiu na Europa, tendo a França como berço. Foi no final do século XIX e início do século XX, uma época de inovações em Paris pela construção da Torre Eiffel em homenagem à Revolução Francesa.

Mais precisamente, dizemos que ele se iniciou com a última exposição do movimento impressionista em 1886. Sua duração foi até a primeira década do século XX, quando os movimentos das Vanguardas surgiram (como o Cubismo, em 1907). 

Apesar de ter durado pouco, o Pós Impressionismo foi marcante na história da arte mundial por causa das novidades. Ele influenciou movimentos da arte moderna e até hoje inspira algumas artes contemporâneas. 

Esse movimento se expressou mais na pintura, mas também afetou a escultura e até a arquitetura! Os artistas desse estilo se tornaram muito famosos, tanto que você já deve ter ouvido falar do Van Gogh….

Por que o nome Pós Impressionismo?

O Pós Impressionismo começou logo depois da última exposição de arte Impressionista, então recebeu esse nome (pós = após, depois). Mas não é só por isso…

Na realidade, essa tendência artística manteve algumas características do Impressionismo, ao mesmo tempo em que não seguia seus padrões. 

Os representantes pós-impressionistas se organizaram espontaneamente, inspirando-se e se confrontando ao mesmo tempo. Tanto é que alguns dos artistas pós-impressionistas inicialmente eram do Impressionismo.

O termo Pós Impressionismo foi utilizado pela primeira vez pelo britânico Roger Eliot Fry (1866-1934). Ele era um crítico de arte que queria se referir às obras expostas na Grafton Galleries, Londres, em 1910. Essa exposição envolvia nomes como Van Gogh e Cézanne.

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Qual a diferença entre o Impressionismo e o Pós Impressionismo?

A principal diferença entre o Impressionismo e o Pós Impressionismo é: o primeiro valorizava questões técnicas, como a luz natural e a pintura ao ar livre. O segundo buscava a expressividade e a emoção além da técnica, no momento da criação.

Se pensarmos apenas na técnica, um estilo é considerado extensão do outro (observe o efeito das pinceladas). Mas sabemos que são diferentes porque o Impressionismo foca no padrão estético (aparência) enquanto o Pós Impressionismo busca novidades e subjetividade (sentido).

Os pós-impressionistas viam o movimento anterior como algo superficial, frio, que não retratava os acontecimentos sociais e não expressava o íntimo do autor. Por isso, eles buscaram novos conceitos e formas, aprofundando nos temas e emoções. 

Ressaltamos que o Pós Impressionismo não deixa a técnica de lado. Eles continuaram usando dela, embora não fosse o único elemento que buscavam destacar. 

Principais características do Pós Impressionismo

O pós-impressionismo foi marcado pela heterogeneidade, o que significa muita variedade entre os autores. Isso aconteceu porque seus artistas não seguiam sempre os padrões estéticos e buscavam a subjetividade.

Até mesmo os impressionistas foram considerados “solitários” por raramente se reunirem e nem sempre compartilharem uma mesma opinião. Imagine então os pós-impressionistas, que não foram bem aceitos nem pelo Salão de Paris (local para expor obras)!

Por conta de tudo isso, eles criavam suas próprias exposições individuais e não havia aquele intercâmbio intenso como ocorre em galerias com vários artistas.

Mesmo com uma grande variedade de estilos e técnicas, podemos citar algumas características que se repetiram muito nesse movimento:

  • Forte presença do que é subjetivo e da simbologia
  • Cenas políticas, sociais e cotidianas
  • Liberdade no uso de cores
  • Valorização de texturas e luminosidade
  • Contorno mais delimitado
  • Uso da técnica pontilhista (muitos pontinhos para compor a figura)
  • Valorização da bidimensionalidade (duas dimensões, não três como enxergamos)

Na escultura, buscavam criar figuras harmoniosas e em equilíbrio com o ambiente. Um dos destaques foi Aristide Maillol, escultor que admirava a Grécia primitiva. Em suas obras, usava nudismo e misturava a emoção com a sobriedade.

Na arquitetura, em torno do rio Sena de Paris, os prédios tinham estruturas metálicas cobertas por fachadas de pedra. Haviam tetos amplos com saguões que abrigavam exposições temporárias. Também a Torre Eiffel é outro exemplo.

Divisão do Pós-impressionismo em dois campos

Mesmo que o Pós Impressionismo já tenha sido um rompimento, podemos subdividi-lo em dois campos. O primeiro era mais tímido em relação à temática mas trazia liberdade nas cores, pontos e planos. O Segundo já focava nos sentimentos e rompia com a objetividade:

  • Coordenado por Seurat e Cézanne: desenho formal e científico que usava a teoria dos pontos e planos de cor.
  • Coordenado por Lautrec e Van Gogh: expressão dos sentimentos e das emoções, usando cor e da luz.

Artistas importantes do pós-impressionismo

Alguns dos principais representantes dessa corrente artística foram:

  • Vincent Van Gogh
  • Paul Cèzanne
  • Paul Gaguin
  • Georges-Pierre Seurat
  • Charles Angrand
  • Édouard Vuillard
  • Henri Rousseau
  • Henri de Toulouse-Lautrec
  • René Schützenberger

Fique tranquilo, você não precisa saber o nome de todos eles. Nós vamos te contar um pouquinho sobre os 4 principais:

Georges-Pierre Seurat (1859-1891)

Para alguns estudiosos, o pintor francês Georges-Pierre Seurat foi o primeiro artista a romper com o Impressionismo e se tornar um pós-impressionista.

Conhecido por empregar a técnica do pontilhismo, ele explorou novos conceitos em relação à representatividade da cor. Assim, ele conseguiu chamar a atenção não só do público e dos críticos, mas também de diversos artistas da época.

Algumas de suas obras foram:

  • Banhistas em Asnières (1884)
  • Domingo à Tarde na Ilha de La Grande Jatte (1884–1886)
  • A Torre Eiffel (1889)
  • O Can-can (1890)

Vincent van Gogh (1853-1890)

Vincent van Gogh foi um holandês astuto! Ele rejeitou os padrões rígidos e o acabamento perfeito, tornando-se o maior representante do Pós-impressionismo, e um dos artistas mais famosos na história da arte.

Usava cores saturadas (que se aproximam do tom puro, intenso) e pinceladas únicas. Criou obras cheias de emoção e subjetivismo que até hoje são interpretadas e reinterpretadas por críticos de arte de todo o mundo!

A sua obra Noite estrelada (1889) é um ícone até nas redes sociais, mas há outras:

  • Amendoeira em flor (1890)
  • Autorretrato com a orelha cortada (1889)
  • O quarto (1888)

Paul Gauguin (1848-1903)

Paul Gauguin tornou-se um grande amigo de Van Gogh, chegando a dividir um estúdio em 1888. 

Ambos admiravam o simbolismo que uma obra de arte podia apresentar e, inspirado nisso, Gauguin desenvolveu a teoria do sintetismo (sentimentos do artista em foco e estética  definida por sua forma pura).

Em seu trabalho, quase não usava o sombreamento, preferindo cores puras, linhas fortes e bidimensionalidade para provocar um impacto emocional intenso.

Suas principais obras são:

  • Vincent Van Gogh pinta girassóis (1888)
  • Autorretrato em auréola (1889)
  • O Cristo amarelo (1889)
  • Duas taitianas com flores de manga (1899)

Paul Cézanne (1839-1906)

Cèzanne foi um pintor que focou em explorar a estrutura formal de naturezas-mortas, retratos e paisagens. 

Ele foi tão importante que influenciou artistas de outros movimentos, como Henri Matisse e Pablo Picasso. Desenvolveu seu próprio estilo e é considerado a ponte entre o Impressionismo e o Cubismo.

Em vez de retratar a impressão geral de uma cena, fazia uma organização diferente ao mostrar paisagens construídas por elementos geométricos simples. Pintava paisagens a partir da sua imaginação!

  • A orgia (1864)
  • O negro Cipião (1867)
  • A tentação de Santo Antônio (1870)
  • A casa do enforcado (1873)
  • Os jogadores de cartas (1892)

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Categorias: Artes
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