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Tudo sobre a Nova República: resumo, características e presidentes

Nova República

A Nova República é o período da história do Brasil que se iniciou em 1985, com o fim da ditadura – e continua até os dias atuais. É caracterizado pela ampla democratização política do Brasil e sua estabilização econômica.

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O que é a Nova República?

Nova República é o nome dado ao período da História do Brasil que se iniciou com o fim da Ditadura Militar – em 1985 – e está presente até os dias atuais.

A Ditadura Militar foi um período de grande repressão e restrições. Quando esse período se encerrou foi possível notar, em todos os setores da sociedade, um desejo de iniciar um período novo no governo republicano do país.

Esse período se inicia com a saída do General João Figueiredo da presidência do Brasil. Tancredo Neves, nesse mesmo ano, ganha uma eleição indireta no Colégio Eleitoral.

Ou seja, não foi a população quem votou diretamente para a escolha do presidente, mas sim os membros do congresso nacional e das assembleias legislativas estaduais. Tancredo, porém, não chegou a tomar posse, pois faleceu. 

Seu vice-presidente, José Samey, assume a presidência em seu lugar. No governo de Sarney, foi promulgada a Constituição de 1988, que instituiu um Estado Democrático de Direito e uma república presidencialista. 

Principais características da Nova República

O período da Nova República tem como principais características:

  • Redemocratização do Brasil;
  • Retorno das liberdades sociais que haviam sido restringidas na Ditadura;
  • Eleições diretas para Presidente;
  • Promulgação da Constituição de 1988;
  • Retorno do sistema político multipartidário;
  • Fortalecimento das relações econômicas com países vizinhos – Argentina, Uruguai e Paraguai;
  • Aumento das relações econômicas com países da África e Ásia, principalmente com a China;
  • Aumento da influência do Brasil no cenário externo.

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Lista dos Presidentes da Nova República

O período da Nova República conta com vários Presidentes. Veja a seguir quais são os principais:

José Sarney (1985-1990)

Em 1985, em Eleições Indiretas, Tancredo Neves foi eleito. Devido a algumas complicações de sua doença, Tancredo faleceu e não chegou a assumir o cargo de Presidente do Brasil. No dia da posse, 21 de abril de 1985, assumiu então seu vice, José Sarney. 

Em 1986, Sarney lançou o Plano Cruzado, um conjunto de medidas que visavam conter a alta inflação. Entre essas medidas estavam: o congelamento geral dos preços e a criação de uma nova moeda, o cruzado. 

Sarney teve apoio da população quando lançou o Plano Cruzado, tendo algumas pessoas, inclusive, se considerando como “fiscais do Sarney” e denunciando violações à medida de congelamento de preços.

Com a popularidade do plano, o PMDB – partido de José Sarney – vence, em 1986, as eleições para governador em praticamente todos os estados. Porém, depois das eleições, o governo decreta o Plano Cruzado II, que retirava a medida de congelamento dos preços. 

Ao retirar o congelamento dos preços, a insatisfação popular em relação ao governo de José Sarney cresceu muito. O Plano Cruzado passou a ser visto como uma estratégia política para vencer as eleições. 

A inflação voltou a subir, a crise se alastrou pelo país e em 20 de janeiro de 1987 o governo decreta moratória, deixando de pagar a dívida externa.

Apesar disso, Sarney trouxe dois pontos importantes para o Brasil. Ele promoveu a aproximação do Brasil com a Argentina, resultando na formação do Mercosul – um bloco econômico composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Além disso, ele promulgou a Constituição Brasileira de 1988.

Fernando Collor de Mello (1990-1992)

Depois de aproximadamente 30 anos sem eleições diretas, elas aconteceram após o mandato de José Sarney.

Fernando Collor de Mello era ex-governador do estado de Alagoas, praticamente desconhecido no resto do país, e devido a uma campanha baseada no combate à corrupção acabou sendo eleito. 

A primeira medida de seu governo foi um plano econômico para combater a inflação que também resultou em fracasso.

Em 1992, seu irmão, Pedro Collor de Mello, fez denúncias públicas de corrupção que acabaram destruindo a moral do presidente, que foi forçado a renunciar no mesmo ano. A renúncia ocorreu para que não fosse impedido pelo Congresso de seguir seu governo.

Collor foi sucedido pelo seu então vice-presidente Itamar Franco. 

Itamar Franco (1992-1994)

Itamar Franco sucedeu Fernando Collor de Mello e se tornou Presidente da República. Itamar tinha como objetivos principais combater a inflação, retomar o crescimento econômico e diminuir a pobreza do povo brasileiro.

Em sua administração, é adotado o Plano Real – um plano econômico executado por Fernando Henrique Cardoso, então Ministro da Fazenda. Após décadas de inflação, o Plano Real consegue finalmente reprimir a alta dos preços, seguindo até os dias de hoje como parâmetro na condução da economia. 

Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)

Devido ao sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso concorre à presidência e é eleito em 1994 e reeleito em 1998. Como presidente, FHC procurou estabelecer a base para estabilizar o país a longo prazo. 

Outro objetivo era reduzir os desequilíbrios sociais e econômicos extremos do país. Suas propostas incluíram emendas constitucionais para abrir a economia brasileira a um maior investimento internacional e para implementar reformas radicais. 

Essas reformas incluíram a segurança social, administração pública e tributação – que possuía o intuito de reduzir gastos em excesso do setor público e melhorar a eficiência do governo. 

Luís Inácio Lula da Silva (2003 – 2010)

Em 2002, Luís Inácio Lula da Silva foi eleito. Lula faz parte do PT (Partido dos Trabalhadores), tradicional partido de esquerda do Brasil. Em seu governo, ele aumentou a abrangência dos projetos sociais, transformando o Bolsa-Escola em Bolsa-Família e criando novos programas, como o Prouni.

Em 2006, Lula foi reeleito. Apesar da estabilidade macroeconômica, que reduziu as taxas de inflação, de juros e aumentou, a renda per capita, colocando o país no BRICS – conjunto de países considerados “emergentes” – a desigualdade ainda existia no país. 

Dilma Rousseff (2011-2016)

Devido à popularidade de Lula, Dilma foi eleita em 2010. Dilma foi a primeira mulher eleita como Chefe do Poder Executivo do Brasil. Ela deu continuidade aos programas do governo Lula tais como O Luz para Todos e o programa Minha Casa, Minha Vida.

Em 2013, irromperam no país inúmeras manifestações populares, quando milhões de pessoas saíram às ruas em todos os estados para, inicialmente, contestar os aumentos nas tarifas de transporte público.

As manifestações de 2013 são as maiores mobilizações no país desde as manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello e chegaram a contar com até 84% de simpatia da população.

No final do primeiro governo de Dilma, é deflagrada a Operação Lava Jato, do qual é apurado um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de 10 bilhões de reais, sendo considerado pela polícia federal o maior esquema de corrupção da história do Brasil.

Após as presidenciais de 2014, Dilma Rousseff é reeleita derrotando em segundo turno o candidato Aécio Neves. Em março de 2015 novos protestos acontecem em vários estados, dessa vez contra a corrupção. Esses protestos ocorrem, principalmente, devido à Lava Jato.

Como efeito crescente da insatisfação popular com o governo, a base política da presidente foi se deteriorando e um processo de impeachment contra a presidente é iniciado em dezembro do mesmo ano com base em acusações das chamadas “pedaladas fiscais” cometidas em seu governo.

Michel Temer (2016-2018)

No dia 12 de maio de 2016, o Senado Federal aprova a admissibilidade do processo de impeachment. Dilma Rousseff é afastada do exercício do cargo e o vice-presidente Michel Temer assume interinamente até o julgamento no Senado.

No dia 31 de agosto de 2016, o Senado aprovou o impeachment de Dilma Rousseff com 61 votos favoráveis e 20 contrários e cassou o seu mandato. O vice-presidente Michel Temer foi então empossado no cargo como Presidente da República.

Definido pelo próprio Temer como um governo “reformista”, ele utilizou seu grande apoio do Congresso Nacional para produzir uma agenda de reformas polêmicas, tais como o teto dos gastos públicos, reforma do ensino médio, trabalhista e a da previdência.

Michel Temer terminou seu mandato com a maior rejeição desde a ditadura militar, sendo considerado ruim ou péssimo para 62% da população.

Jair Bolsonaro (2019-presente)

O governo de Jair Bolsonaro teve início no dia 1 de janeiro de 2019 e é previsto durar até 31 de dezembro de 2022. O militar da reserva, foi eleito presidente do Brasil no dia 28 de outubro de 2018, com 55,13% dos votos válidos no segundo turno das eleições presidenciais, derrotando Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), que obteve 44,87% dos votos.

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Categorias: História
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