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Resumo do Dadaísmo

Resumo do Dadaísmo

Confira o resumo do Dadaísmo, um movimento que teve início na Suíça no século XX. A principal característica dessa vanguarda era a vontade de chocar a classe burguesa, através da arte de protesto.

O Dadaísmo foi um movimento artístico que, devido à sua importância, cai com bastante frequência no Enem e em outros diversos vestibulares. Com o objetivo de te ajudar a estudar da melhor forma, o Beduka preparou um resumo do Dadaísmo. Confira!

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Nesse artigo você verá:

  1. Resumo do Dadaísmo;
  2. Características do movimento;
  3. Dadaísmo no Brasil;
  4. Principais autores e obras.

Resumo do Dadaísmo

O Dadaísmo, ou Movimento Dadá, é uma Vanguarda Europeia do século XX, que surgiu em Zurique, na Suíça. O movimento foi criado por artistas refugiados da Primeira Guerra Mundial e tinha como lema “a destruição também é criação”

O marco inicial do movimento ocorreu em 1916, quando Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp formaram e lideraram um grupo de escritores, artistas plásticos e poetas, fundando o Cabaret Voltaire, uma casa noturna feita para ser um espaço de manifestações políticas e artísticas.

O grupo tinha como objetivo fazer um tipo de arte de protesto, que chocasse a população burguesa da época. A arte do Dadaísmo pode ser considerada espontânea, pautada pela liberdade, pelo pessimismo e pela irracionalidade.

Foi a partir disso que surgiu o nome do movimento. Os artistas resolveram escolher um nome que indicasse a irracionalidade e falta de lógica presente nas artes dadaístas. Em francês, o termo dadá significa “cavalinho de madeira” ou “brinquedo de criança”.

Além disso, os adeptos do Dadaísmo eram contra a guerra, pois consideravam que ela era motivada por motivos capitalistas e devido aos valores burgueses da época. Os dadaístas também eram contra qualquer tipo de sentimento nacionalista e materialista

O Dadaísmo é considerado uma forma mais radical das três Vanguardas Europeias anteriores: o Cubismo, o Futurismo e o Expressionismo. 

Características do Dadaísmo

“Fonte”, de Marcel Duchamp

A principal característica do Movimento Dadá é a ruptura com os modelos de arte tradicional, já que os artistas do movimento estavam descontentes com o estado racional e institucionalizado da arte. Para acabar com essa situação, eles começaram a infringir as normas que diziam como a arte deveria ser feita. 

Os dadaístas criticavam veementemente o capitalismo e o nacionalismo. Isso ocorria, pois, de acordo com os artistas que participavam do movimento, esses dois fatores eram responsáveis pelas guerras que assolavam o continente europeu. 

Portanto, como forma de protesto, os artistas assumiam um papel anárquico e irracional. É possível ver as críticas ao capitalismo e ao materialismo, juntamente com a frustração em relação à burguesia nas obras dadaístas.

Devido ao fato de querer chocar e por ser uma arte de protesto, o Dadaísmo é considerado uma arte de desordem, ou seja, os artistas não estavam preocupados com a beleza estética de seus trabalhos e sim em chocar a população, causando desconforto aos burgueses. 

Já que tinham como missão se opor às regras que regiam o “fazer arte”, os dadaístas não utilizavam técnicas, formas ou temáticas que, na visão deles, eram um padrão no meio artístico naquele período.

Outra característica bastante comum nas obras do Movimento Dadá é o uso de objetos cotidianos nas obras. As pinturas eram fundidas com outros materiais, como recortes de jornais ou revistas, metais, peças de automóveis, entre outros materiais considerados inusitados em obras de arte na época. 

Dadaísmo na literatura

O Dadaísmo também chegou à literatura e ganhou grande destaque. Os textos dadaístas eram compostos pela desorganização, ou seja, as palavras não tinham muito nexo, as rimas eram banalizadas e não havia o raciocínio tradicional.

A agressividade verbal também estava presente na literatura dadaísta. Além disso, os poemas eram escritos sem nenhum tipo de reflexão prévia acerca de seu conteúdo e os escritores utilizavam apenas uma disposição de palavras aleatórias.

Características do Dadaísmo na literatura

Algumas das principais características do Movimento Dadá na literatura são:

  • Agressividade verbal;
  • Palavras desordenadas;
  • Pessimismo e ironia;
  • Protesto contra o capitalismo e a guerra;
  • Banalização das rimas e do raciocínio.

Dadaísmo no Brasil

Assim como as outras Vanguardas Europeias, o Dadaísmo teve influência no Brasil a partir da Semana de Arte Moderna de 1922. Essa influência ocorreu, principalmente, na literatura, tendo como principal representante brasileiro Manuel Bandeira, que utilizava o estilo em seus poemas-piada.

Manuel Bandeira

Além dele, Mário de Andrade apresentou forte influência dadaísta em seu livro “Paulicéia Desvairada” que possui um poema chamado “Ode ao burguês”, classe que mais recebeu críticas pelos dadaístas.

Mário de Andrade

Já nas artes plásticas, é possível ver influências do Movimento Dadá nas obras de alguns pintores modernistas, como Flávio de Carvalho que conviveu com alguns artistas do Dadaísmo por ter vivido um tempo na Europa.

Flávio de Carvalho

Ismael Nery, também artista modernista, demonstrou grandes influências dadaístas na sua última fase de pintura, em que misturava as características do Dadaísmo com o Surrealismo.

Ismael Nery

Principais artistas do Dadaísmo

“L.H.O.O.Q.”, de Marchel Duchamp

Os principais artistas dadaístas são:

  • Tristan Tzara (1896-1963): Foi um poeta romeno e é considerado um dos fundadores do Dadaísmo. Após o declínio do Movimento Dadá, Tzara envolveu-se no Surrealismo, juntou-se ao Partido Comunista e à Resistência Francesa.
  • Hugo Ball (1886-1927): Foi um poeta, escritor e filósofo alemão. É considerado um dos principais artistas do Dadaísmo e escreveu o Manifesto Dadaísta. Além disso, muitos teóricos o consideram o inventor da poesia fonética.
  • Marcel Duchamp (1887-1968): Foi um importante pintor e escultor francês e um dos grandes representantes do Dadaísmo. Suas principais obras são “Fonte” (1917), “Rosa de Bicicleta” (1913) e “L.H.O.O.Q.” (1919).
  • Hans Arp (1886-1966): Foi um pintor, escultor e poeta alemão, naturalizado francês. Contribuiu para o Dadaísmo com obras como “Collage conforme as leis do acaso” (1916).
  • Julius Evola (1898-1974): Foi um filósofo, escritor, pintor e poeta italiano. Além disso, representou o Dadaísmo nas artes plásticas. Suas principais obras são “Mazzo di fiori” (1918) e “Five o’clock tea” (1917).
  • Max Ernst (1891-1976): Foi um escultor e pintor alemão, naturalizado francês. Representou o Dadaísmo em obras como “C’est le chapeau qui fait l’homme” (1920) e La Forêt (1925).
  • Hannah Höch (1889-1978): Foi uma das mais importantes representantes do movimento dadaísta e precursora da fotomontagem. Suas principais obras são “Dada-Review” (1919) e “The Puppet Balsamine” (1927).

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Categorias: Literatura
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