Geografia

Como o ser humano interfere no clima?

como o ser humano interfere no climaComo o ser humano interfere no clima?

Você já parou para pensar que um simples ato, como ligar o carro ou comprar um produto importado, se conecta a eventos extremos, como secas históricas ou inundações devastadoras em outras partes do mundo?

O clima não é apenas o assunto do telejornal, ele é um dos temas mais recorrentes e cruciais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tanto nas questões de Geografia e Ciências da Natureza, quanto na sua redação.

A ciência é clara: o ser humano não apenas interfere no clima, mas é, hoje, o principal agente de mudanças climáticas globais. Não estamos falando de ciclos naturais, mas sim de uma aceleração perigosa. Antes de aprofundarmos como o ser humano interfere no clima, vamos revisar os conceitos que são a base de tudo!

O que é clima?

Para evitar erros conceituais na prova, a primeira distinção é fundamental:

  • Tempo: É o estado momentâneo da atmosfera em um local específico. É o que o jornalista diz na TV: “Hoje o tempo está chuvoso e frio.” Ele muda de um dia para o outro.
  • Clima: É o padrão do tempo ao longo de um longo período (geralmente 30 anos ou mais) em uma determinada região. É a média das condições atmosféricas. Exemplo: “O clima do Nordeste brasileiro é tropical semiárido.”

Quais são os fatores climáticos?

Os fatores climáticos são elementos permanentes ou semipermanentes que agem sobre a atmosfera, definindo as características de um clima regional. É a “máquina” que opera a longo prazo.

Os mais importantes que você precisa dominar para o Enem incluem:

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  • Latitude: Determina a forma como a radiação solar atinge a superfície. Regiões próximas à Linha do Equador (baixa latitude) recebem mais energia e são mais quentes.
  • Altitude: Quanto maior a altitude, menor a temperatura e a pressão atmosférica.
  • Massas de Ar: Grandes porções da atmosfera que carregam características de temperatura e umidade da região onde se formam. Elas ditam as frentes frias e quentes.
  • Maritimidade e Continentalidade: A água (maritimidade) absorve e perde calor mais lentamente que a terra (continentalidade). Isso faz com que áreas próximas ao mar tenham menor variação de temperatura (menor amplitude térmica) do que regiões no interior do continente.
  • Correntes Marítimas: Grandes “rios” de água quente ou fria nos oceanos que influenciam a temperatura e a umidade das regiões costeiras que banham.

Como o ser humano interfere no clima?

As atividades humanas (ou fatores antrópicos) têm a capacidade de alterar a velocidade e a intensidade de todos os fatores climáticos naturais. Desde o século XVIII, com a Revolução Industrial, nossas ações se tornaram o principal motor das mudanças.

1. A Era dos Combustíveis Fósseis (O Grande Vilão)

A queima de petróleo, carvão mineral e gás natural para gerar eletricidade, movimentar transportes e alimentar indústrias é a principal fonte de emissão de C02. O aumento drástico deste gás na atmosfera, que deveria ser absorvido pela natureza, é o responsável direto pelo aquecimento global.

2 – O Desmatamento e a Perda do “Pulmão” Verde

Florestas tropicais, como a Amazônia, são vitais, pois atuam como sumidouros de carbono, absorvendo e armazenando gás carbônico.

Quando ocorre o desmatamento (principalmente por queimadas), o carbono estocado nas árvores é liberado de volta na atmosfera, somando-se à poluição industrial e reduzindo a capacidade natural da Terra de regular o próprio clima.

3 – Agropecuária e o Problema do Metano

A forma como produzimos alimentos também interfere diretamente. A pecuária (criação de gado) é responsável por altas emissões de metano, um GEE que tem um poder de aquecimento superior ao gás carbônico no curto prazo. O uso de fertilizantes químicos também contribui, liberando o potentíssimo óxido nitroso.

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Redação Beduka
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