A Grande Depressão que ocorreu entre 1929 e durou até a Segunda Guerra Mundial foi uma das maiores crises do capitalismo, com consequências graves no mundo inteiro.
Ela foi responsável pela elevação do desemprego e pela fome de muitas famílias, além de transformações políticas e econômicas.
Entenda o que foi a Grande Depressão de 1929, como ela foi causada e suas principais consequências no Brasil e no mundo.
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- O que foi a Grande Depressão de 1929?
- Quais foram as causas da Grande Depressão de 1929?
- Quais foram as consequências da Grande Depressão de 1929?
- Como o Brasil foi afetado pela crise de 1929?
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O que foi a Grande Depressão de 1929?
A Grande Depressão ou, como também é conhecida, a Crise de 1929, foi a maior crise econômica da história dos Estados Unidos e do capitalismo. Ela teve início em 1929 e manteve seu impacto até a década de 1940.
Para entendermos bem o que foi a Grande Depressão de 1929, vamos ver qual foi o contexto em que ela surgiu.
Contexto da Grande Depressão de 1929
Os Estados Unidos estavam crescendo economicamente desde antes da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), tornando-se a maior do mundo. Isso se deveu a um forte crescimento industrial e diversos fatores internos, como a expansão para o oeste.
Durante os três primeiros anos da guerra, os americanos mantiveram neutralidade e forneceram produtos aos países envolvidos diretamente, aumentando seu poder. O fato de terem entrado na guerra em 1917 e vencido, colaborou para que isso fosse intensificado.
Ao fim da guerra, as potências europeias estavam fragilizadas e receberam socorro financeiro e ainda mais produtos dos Estados Unidos. Isso consolidou a economia americana como a principal do mundo. Tanto seu mercado interno quanto o externo eram vastíssimos.
A indústria americana aumentou a produção, a empregabilidade e os salários. O desemprego era inferior a 4%. A produção de automóveis aumentou em mais de 30%, além da própria quantidade de fábricas. Mal sabiam que esses falsos tempos de prosperidade seriam sucedidos pelo que foi a Grande Depressão de 1929.
Algumas pessoas já apontavam que isso traria problemas, pois não houve uma revolução na demanda como houve na fabricação. Havia menos gente em condições de comprar do que gente com coisas para vender.
Isso não impediu uma euforia generalizada, que levou a população a consumir cada vez mais. Para intensificar a situação, adotou-se uma política de expansão de crédito. Ou seja, as pessoas tinham mais facilidade de pegar empréstimos por causa da baixa taxa de juros estipulada pelo Banco Central Americano.
Elas também começaram a investir no mercado financeiro, levando à compra de ações na Bolsa de Nova York a saltos bem altos. À época, o preço das ações subiam em níveis nunca antes vistos e levava à ideia de que investir nelas era uma forma de ganhar dinheiro fácil.
O efeito disso foi o aumento disparado da especulação monetária. As pessoas compravam ações, imaginando a valorização e uma revenda lucrativa. Como havia bastante demanda, o preço das ações subiu, criando uma sensação de prosperidade.
Contudo, ela era artificial. Sempre que havia indícios de pequenas recessões, o governo americano aplicava mais crédito para reparar danos. As taxas de juros se tornavam artificiais, sem lastro em reservas de crédito reais.
Ao receber o sinal falso da expansão, os investidores expandiam seus negócios. Isso gerou uma bolha inflacionária, pois havia muito dinheiro circulando, mas sem valor real, que estourou levando a Bolsa de Valores de Nova York ao colapso.
Assim, muitas perdas vieram, tanto nas indústrias quanto na produção rural, e uma grave crise abateu os Estados Unidos e o mundo inteiro. Para entender melhor o que foi a Grande Depressão de 1929, vamos conhecer as causas apontadas para que ela acontecesse.
Quais foram as causas da Grande Depressão de 1929?
As causas para a Grande Depressão possuem diversas explicações, feitas por economistas, cientistas políticos e historiadores. Deste modo, não há um consenso sobre os fatores que levaram à crise.
Algumas teorias apontam que as principais causas foram o retorno do padrão-ouro no Reino Unido, gerando uma grande deflação (baixa dos preços), a quebra da bolsa de Nova York, a política de créditos do Federal Reserve (Banco Central Americano), o aumento de impostos sobre 20 mil produtos e outras influências como as principais causas.
A produção industrial europeia começou a se restabelecer em meados da década de 1920, diminuindo as exportações americanas para o velho continente. Inclusive, aprovaram leis que aumentavam impostos sobre produtos americanos.
Além disso, o aumento da produção não foi acompanhado de suficiente aumento salarial e o desemprego começou a subir.
Sem contar a inflação gerada por ingestão de capital artificial na economia americana, que elevou os preços a um patamar que impediu o mercado interno de absorver os produtos fabricados.
Com a diminuição do consumo, os produtos ficaram estocados gerando uma crise de superprodução. Isso abalou o valor das indústrias, pois a quantidade de itens ofertados era maior do que a demanda, levando à queda do preço e ao enfraquecimento industrial.
Muitas pessoas foram demitidas e diversas empresas declararam falência. A agitação decorrente disso fez as pessoas venderem as ações, com medo de perderem o investimento. Com isso, a bolsa entrou em colapso no dia 24 de outubro de 1929, que ficou conhecido como quinta-feira negra. Deu-se início à Grande Depressão.
Alguns economistas apontam a interferência do governo na economia como a causa da Grande Depressão. Para eles, somente quando as autoridades estabeleceram uma política protecionista e o aumento de gastos a crise tomou forma. Além disso, as tentativas de intervir na economia para fazer voltar à normalidade só fez agravá-la.
Para reforçar essa teoria, o Secretário do Tesouro Americano da época, Henry Morgenthau Jr. afirmou que o New Deal, no final das contas, não funcionou.
Além disso, boa parte dos programas de governo que integravam o New Deal foram cancelados pela Suprema Corte Americana por inconstitucionalidade em 1940, após a reeleição de Roosevelt.
Quais foram as consequências da Grande Depressão de 1929?
As principais consequências que nos permitem entender o que foi a Grande Depressão de 1929 foram:
- Aumento drástico do desemprego nos Estados Unidos, saltando de uma média de 4% entre 1923 e 1929 para 27%;
- Diminuição do PIB americano;
- Queda na produção industrial e dos salários;
- Falência de diversas empresas e produtores rurais;
- Diminuição dos empréstimos internacionais;
- Queda nas exportações e importações;
- Fome e miséria atingindo diversas famílias americanas.
A crise se estendeu por todo o mundo, inclusive para o Brasil. Vamos entender o que foi a Grande Depressão de 1929 para os brasileiros.
Como o Brasil foi afetado pela Grande Depressão?
No final da década de 1920, a economia brasileira ainda era muito dependente da produção rural e seu principal produto de exportação era o café. Com a Grande Depressão de 1929, houve uma queda na venda e no valor das sacas de café, pois os Estados Unidos eram o maior comprador.
- Você pode entender melhor com nosso texto sobre como o Brasil foi afetado pela crise de 1929.
Isso levou a uma crise econômica, mas também política e foi uma das causas para o golpe de Estado de 1930, que deu início à Era Vargas e pôs fim à Primeira República.
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Esperamos que este resumo tenha te ajudado a esclarecer o que foi a Grande Depressão de 1929.