A Expansão Marítima foi um marco importante na história do mundo, pois, a partir dela, novas terras foram exploradas. Além disso, novas técnicas e tecnologias foram desenvolvidas e auxiliaram nas grandes navegações. Os exercícios sobre expansão marítima vão te ajudar a entender melhor esse processo que ocorreu no século XV.
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- O que foi a Expansão Marítima?
- A Escola de Sagres: mito ou realidade?
- Exercícios sobre Expansão Marítima
- Gabarito dos Exercícios sobre Expansão Marítima
A Expansão Marítima é considerada um dos maiores acontecimentos históricos ocorridos. É importante estudar essa matéria, pois ela pode ser cobrada nos principais vestibulares. No ENEM, as questões de História caem na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias, por isso avalie o seus conhecimentos com os nossos exercícios sobre expansão marítima.
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O que foi a Expansão Marítima?
Os portugueses iniciaram, a partir do século XV, um processo de intensa globalização. Esse processo recebeu o nome de Expansão Marítima, ou Grandes Navegações, e foi liderado pelos portugueses e espanhóis.
Os principais objetivos da Expansão Marítima eram:
- Obter riquezas (atividades comerciais);
- Explorar terras (minerais e vegetais);
- Trabalho escravo (indígenas e africanos);
- Expansão territorial;
- Difusão do cristianismo para outras civilizações.
Entender quais eram os objetivos dessa expansão, vai te ajudar na hora de responder os exercícios sobre expansão marítima.
Não se ensinava que a terra era plana, nem que haviam monstros nos mares. Ainda assim, as viagens eram temidas e perigosíssimas, afinal, o mar é perigoso e não se sabia quanto tempo de viagem seria necessário para se chegar ao outro lado.
Os navegadores já sabiam que a terra era redonda por causa da sombra projetada na Lua e por outros cálculos. Eles sabiam que iriam contornar o planeta, mas não sabiam quanto tempo levariam, quantos mantimentos seriam necessários e nem quais águas ou tempos os aguardavam.
Neste período, os jesuítas já se espalhavam pela Europa e pelo Oriente. Eram homens sábios, intelectuais e, inclusive, homens de muita ciência, pois sabiam que o estudo da razão não contrariava a fé.
Eles tiveram coragem de enfrentar o mar por causa de Cristo. Não é atoa que as caravelas portuguesas tinham nas velas a cruz, símbolo da Ordem de Cristo.
Nas faculdades católicas de Portugal já se encontravam a cultura do desenvolvimento científico desde a Idade Média, que foi um período de muito avanço – não de trevas como se costuma dizer.
A Escola de Sagres: mito ou realidade?
Ouvimos muitas vezes que os estudos que permitiram que a Expansão Marítima acontecesse foram realizados na cidade de Sagres.
Dizia-se que nesta cidade foi fundada uma escola pelo infante D. Henrique, um dos filhos do rei João I. Porém, a existência de uma escola nautica nesta cidade é controversa.
A maioria dos historiadores apontam que a Escola de Sagres é um mito criado no século XVI. Na verdade, ali foi fundada apenas uma vila que dava apoio aos navegadores com mantimentos.
As viagens eram realizadas com conhecimentos empíricos, sem a necessidade de institutos de ensino.
Mas não significa que a figura de D. Henrique não foi importante para a Expansao Marítima. Ele estimulou e financiou diversas viagens sendo corresponsável por uma série de descobrimentos feitos pelos navegadores portugueses.
Agora que já leu o nosso artigo, responda os exercícios sobre expansão marítima e depois confira as respostas no gabarito.
Exercícios sobre Expansão Marítima
Questão 1 – (Mackenzie) – “As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a segunda metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se, contornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de fábula presidissem as navegações do período henriquino, animada por objetivos estritamente mercantis. (…) Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (…) Da mesma viagem procede o primeiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comércio se achava até então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de 1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses.)
Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima:
a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois, por portugueses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo Ocidente.
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos.
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os portugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do período.
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedicavam-se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana.
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte náutica permitiram aos portugueses chegar ao Oriente contornando o continente africano.
Questão 2 – (USS) – “Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos portugueses… Mas há outros fatores da história portuguesa tão ou mais importantes.”
Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica:
a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima iria concretizar.
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização dos “povos bárbaros”.
c) O pioneirismo português deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal.
d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários.
e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão.
Questão 3 – (UEL-PR) – Para compreender a expansão marítima nos séculos XV e XVI, é necessário considerar a importância da cartografia. Sobre o tema, é correto afirmar que os cartógrafos representaram o mundo:
a) ignorando a hagiografia medieval e as crenças na existência de monstros marinhos e de correntes de ventos nos oceanos.
b) valendo-se de conhecimentos acumulados e transmitidos por meio da filosofia, da astronomia e da experiência concreta.
c) confirmando os conhecimentos estáticos sobre o planeta, resultante da observação direta dos espaços desconhecidos.
d) desconhecendo o valor político de sua arte de cartografar para os rumos da rivalidade castelhano-portuguesa.
e) anotando nos mapas pontos geográficos, longitudes e latitudes com exímia precisão, em função dos eficazes instrumentos de navegação.
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Questão 4 – (Cesgranrio) – Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que:
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos quanto nas praças brasileiras.
Questão 5 – (Fuvest) – No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia “em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (…)” (Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág. 180).
Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal, concluímos que:
a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade econômica interna.
b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrícola, diminuição da mão de obra, falta de investimentos industriais, afetando a economia nacional.
c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV, empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais.
d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao escoamento dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Portugal.
e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Veneza como o principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI.
Questão 6 – (Cesgranrio) – O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente,
a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.
b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.
c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias.
d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da América.
e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia.
- Parabéns! Você fez todos os exercícios sobre Exansão Marítima. Confira o nosso gabarito.
Gabarito dos Exercícios sobre Expansão Marítima
Esperamos que tenha ido muito bem nas respostas das questões sobre Expansão Marítima. Agora veja quantas acertou!
Exercício resolvido da questão 1
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os portugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do período.
Exercício resolvido da questão 2
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização dos “povos bárbaros”.
Exercício resolvido da questão 3
b) valendo-se de conhecimentos acumulados e transmitidos por meio da filosofia, da astronomia e da experiência concreta.
Exercício resolvido da questão 4
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento.
Exercício resolvido da questão 5
b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrícola, diminuição da mão de obra, falta de investimentos industriais, afetando a economia nacional.
Exercício resolvido da questão 6
a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.
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