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Exercícios sobre Denotação e Conotação com GABARITO

Exercícios_sobre_Denotação_e_ConotaçãoExercícios sobre Denotação e Conotação
Mentoria para o Enem

Linguagem denotativa é a que utilizamos para expressar exatamente o que estamos falando e conotativa é a que utilizamos para estilizar nossas frases, dando novos significados às palavras. Faça os exercícios sobre denotação e conotação para dominar as duas linguagens. 

O que é Denotação?

Redação utilizando denotação
Redação utilizando denotação

Vamos começar pela denotação que é a que você vai usar para fazer sua Redação de ENEM. Depois de conhecer as duas faça os exercícios sobre denotação e conotação e o Simulado Beduka.

Denotação nada mais é do que dizer algo com a intenção de comunicar exatamente o que foi dito. Ou seja, falar no sentido literal. Atribuir às suas palavras o sentido previsto no dicionário. 

Essa linguagem é mais bem aceita em entrevistas de emprego, redações e quaisquer situações que exigem maior formalidade, clareza e objetividade sobre o que está sendo expresso. 

Exemplo: 

“A previsão do tempo confirmou nuvens de chuva pairando sobre a cidade hoje.”

Na frase acima está sendo comunicado um fato. A personagem está sendo clara, objetiva e falando exatamente o que ela quer dizer.

O que é Conotação?

Linguagem poética utilizando denotação
Linguagem poética utilizando conotação

Acho que agora que você já entendeu o que é a linguagem denotativa deduzir o que é essa aqui ficou fácil, certo? Caso não, é só pegar toda a lógica explicada acima e pensar ao contrário. Leia a matéria e faça os exercícios sobre denotação e conotação. 

Conotação é o exato oposto da denotação. Ela é a linguagem figurada das expressões populares, livros literários e figuras de linguagem. Normalmente é usada em situações informais no dia a dia e também são bem vindas em livros poéticos em que se quer dar um peso maior ao que está sendo dito. 

Pode-se dizer que é uma linguagem que enfeita as palavras lhes atribuindo significados não habituais. 

Exemplo: 

“Uma nuvem de chuva paira sobre a minha alma”

No exemplo acima não existe, de fato uma nuvem de chuva sobre a alma da personagem. Ela está utilizando a imagem opressora e cinzenta de uma nuvem de chuva para representar metaforicamente a sua tristeza. Atribuindo às palavras “nuvem de chuva” um significado não usual e não previsto no dicionário. 

Exercícios sobre Denotação e Conotação 

Agora que você entende o que é cada uma, está na hora de fazer os exercícios sobre Denotação e Conotação. Confira suas respostas com o gabarito e boa sorte. 

1) (ENEM-2002) 

Comer com as mãos era um hábito comum na Europa, no século XVI. A técnica empregada pelo índio no Brasil e por um português de Portugal era, aliás, a mesma: apanhavam o alimento com três dedos da mão direita (polegar, indicador e médio) e atiravam-no para dentro da boca. 

Um viajante europeu de nome Freireyss, de passagem pelo Rio de Janeiro, já no século XIX, conta como “nas casas das roças despejam-se simplesmente alguns pratos de farinha sobre a mesa ou num balainho, donde cada um se serve com os dedos, arremessando, com um movimento rápido, a farinha na boca, sem que a mínima parcela caia para fora”. Outros viajantes oitocentistas, como John Luccock, Carl Seidler, Tollenare e Maria Graham descrevem esse hábito em todo o Brasil e entre todas as classes sociais. Mas para Saint-Hilaire, os brasileiros“lançam a [farinha de mandioca] à boca com uma destreza adquirida, na origem, dos indígenas, e que ao europeu muito custa imitar”. 

Aluísio de Azevedo, em seu romance Girândola de amores (1882), descreve com realismo os hábitos de uma senhora abastada que só saboreava a moqueca de peixe “sem talher, à mão”. 

Dentre as palavras listadas abaixo, assinale a que traduz o elemento comum às descrições das práticas alimentares dos brasileiros feitas pelos diferentes autores do século XIX citados no texto. 

a) Regionalismo (caráter da literatura que se baseia em costumes e tradições regionais). 

b) Intolerância (não-admissão de opiniões diversas das suas em questões sociais, políticas ou religiosas). 

c) Exotismo (caráter ou qualidade daquilo que não é indígena; estrangeiro; excêntrico, extravagante).

d) Racismo (doutrina que sustenta a superioridade de certas raças sobre outras). 

e) Sincretismo (fusão de elementos culturais diversos, ou de culturas distintas ou de diferentes sistemas sociais).

2) (ENEM-2001) 

Nas conversas diárias, utiliza-se frequentemente a palavra “próprio” e ela se ajusta a várias situações. Leia os exemplos de diálogos: 

I – A Vera se veste diferente! – É mesmo, é que ela tem um estilo próprio. 

II – A Lena já viu esse filme uma dezena de vezes! Eu não consigo ver o que ele tem de tão maravilhoso assim. – É que ele é próprio para adolescente. 

III – Dora, o que eu faço? Ando tão preocupada com o Fabinho! Meu filho está impossível! – Relaxa, Tânia! É próprio da idade. Com o tempo, ele se acomoda. 

Nas ocorrências I, II e III, “próprio” é sinônimo de, respectivamente, 

a) adequado, particular, típico. 

b) peculiar, adequado, característico. 

c) conveniente, adequado, particular. 

d) adequado, exclusivo, conveniente. 

e) peculiar, exclusivo, característico. 

3) (Enem Cancelado-2009) 

Texto l 

No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra […] 

ANDRADE, C. D. Reunião Rio de Janeiro: José Olympio, 1971 (fragmento). 

Texto II 

As lavadeiras de Mossoró, cada uma tem sua pedra no rio: cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo […]. Alavadei rã e a pedra formam um ente especial, que se divide e se reúne ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que nova pedra a acompanha em surdina… […] 

ANDRADE, C. D. Contos sem propósito. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, Caderno B, 17/7/1979 (fragmento). 

Com base na leitura dos textos, é possível estabelecer uma relação entre forma e conteúdo da palavra “pedra”, por meio da qual se observa 

a) o emprego, em ambos os textos, do sentido conotativo da palavra “pedra”. 

b) a identidade de significação, já que nos dois textos, “pedra” significa empecilho. ]

c) a personificação de “pedra” que, em ambos os textos, adquire características animadas. 

d) o predomínio, no primeiro texto, do sentido denotativo de “pedra” como matéria mineral sólida e dura. 

e) a utilização, no segundo texto, do significado de “pedra” como dificuldade materializada por um objeto.

4) (Faap-1997

Quando Pedro I lança aos ecos o seu grito histórico e o país desperta esturvinhado à crise de uma mudança de dono, o caboclo ergue-se, espia e acocora-se, de novo. 

Pelo 13 de maio, mal esvoaça o florido decreto da Princesa e o negro exausto larga num uf! o cabo da enxada, o caboclo olha, coça a cabeça, imagina e deixa que do velho mundo venha quem nele pegue de novo. 

A 15 de novembro troca-se um trono vitalício pela cadeira quadrienal. O país bestifica-se ante o inopinado da mudança. O caboclo não dá pela coisa. 

Vem Floriano: estouram as granadas de Custódio; 

Gumercindo bate às portas de Roma; Incitatus derranca o país. O caboclo continua de cócoras, a modorrar… 

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Nada o desperta. Nenhuma ferretoada o põe de pé. Social, como individualmente, em todos os atos da vida, Jeca antes de agir, acocora-se. 

Monteiro Lobato 

“…e o país desperta ESTURVINHADO…” O adjetivo em maiúsculo, embora de uso popular, é pouco conhecido dos jovens de vida urbana. Contudo não é difícil saber, no contexto, seu significado: 

a) alegre – saltitante – risonho 

b) atordoado – aturdido – estonteado 

c) fiduciário – solidário – fiel 

d) acre – azedo – amargo 

e) abjeto – vil – desprezível. 

5) (Enem 2005)

O termo (ou expressão) destacado que está empregado em seu sentido próprio, denotativo, ocorre em

a) “(….)
É de laço e de nó
De gibeira o jiló
Dessa vida, cumprida a sol (….)”
(Renato Teixeira. Romaria. Kuarup Discos. setembro de 1992.)

b) “Protegendo os inocentes
é que Deus, sábio demais,
põe cenários diferentes
nas impressões digitais.”
(Maria N. S. Carvalho. Evangelho da Trova. /s.n.b.)

c) “O dicionário-padrão da língua e os dicionários unilíngues são os tipos mais comuns de dicionários. Em nossos dias, eles se tornaram um objeto de consumo obrigatório para as nações civilizadas e desenvolvidas.”
(Maria T. Camargo Biderman. O dicionário-padrão da língua. Alfa (28), 2743, 1974 Supl.)

d)

tirinha sobre denotação e conotação

e) “Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros. Há duas espécies de humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer.”
(Leon Eliachar. www.mercadolivre.com.br <http://www.mercadolivre.com.br>. acessado em julho de 2005.)

6) (Enem 2003)

tirinha da mafalda sobre denotação e conotação

O humor presente na tirinha decorre principalmente do fato de a personagem Mafalda

a) atribuir, no primeiro quadrinho, poder ilimitado ao dedo indicador.

b) considerar seu dedo indicador tão importante quanto o dos patrões.

c) atribuir, no primeiro e no último quadrinhos, um mesmo sentido ao vocábulo “indicador”.

d) usar corretamente a expressão “indicador de desemprego”, mesmo sendo criança.

e) atribuir, no último quadrinho, fama exagerada ao dedo indicador dos patrões.

7) (Fuvest) – O filme Cazuza – O tempo não para me deixou numa espécie de felicidade pensativa. Tento explicar por quê. Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doença e a morte parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver. É impossível sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de experiências? Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a questão é hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (…) Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer, fumar, tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com Viagra seja uma boa ideia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou não deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que, por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado? Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os tempos suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é apenas a inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não para”. É também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam só a decisão de durar um pouco mais? (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)

Considere as seguintes afirmações:

I. Os trechos “mordeu a vida com todos os dentes” e “caminhar na corda bamba e sem rede” podem ser compreendidos tanto no sentido figurado quanto no sentido literal.

II. Na frase “De que adiantaria um prazer que (…) cortasse o galho sobre o qual estou sentado”, o sentido da expressão sublinhada corresponde ao de “se está sentado”.

III. Em “mais uma vez”, no início do terceiro parágrafo, o autor empregou aspas para indicar a precisa retomada de uma expressão do texto.

Está correto o que se afirma em:

a) I, somente

b) I e II, somente

c) II, somente

d) II e III, somente

e) I, II e III

Respostas dos Exercícios sobre Denotação e Conotação 

Exercício resolvido da questão 1

a) Regionalismo (caráter da literatura que se baseia em costumes e tradições regionais). .

Exercício resolvido da questão 2

b) peculiar, adequado, característico.

Exercício resolvido da questão 3

a) o emprego, em ambos os textos, do sentido conotativo da palavra “pedra”. 

Exercício resolvido da questão 4

b) atordoado – aturdido – estonteado 

Exercício resolvido da questão 5

c) “O dicionário-padrão da língua e os dicionários unilíngues são os tipos mais comuns de dicionários. Em nossos dias, eles se tornaram um objeto de consumo obrigatório para as nações civilizadas e desenvolvidas.”

Exercício resolvido da questão 6

c) atribuir, no primeiro e no último quadrinhos, um mesmo sentido ao vocábulo “indicador”.

Exercício resolvido da questão 7

d) II e III, somente

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