O Império Romano é a terceira e última fase da Civilização Romana, uma das mais importantes da Antiguidade Clássica e que continua influenciando o Ocidente até hoje. Por isso, a história de seu começo e de seu fim é cobrada em diversos vestibulares como o Enem.
Os romanos marcaram um capítulo essencial na história da humanidade. Poucas civilizações competiram com eles, pois tinham uma grande extensão de territórios e duraram por muitos séculos.
Continue lendo para descobrir quanto tempo durou o Império Romano. Além disso, entenda o processo para sua formação na civilização romana e também sua queda.
Resumo sobre a Roma Antiga
A Roma Antiga foi uma civilização que se desenvolveu na península itálica, às margens do rio Tibre. Seu ponto de origem foi a cidade de Roma, fundada por volta de 753 a.C., de onde seus habitantes partiram para dominar o resto do mundo.
A origem de Roma possui duas explicações, uma mítica e outra científica.
Mito da fundação de Roma
A primeira história conta que a cidade foi fundada por Rômulo e Remo, dois irmãos gêmeos descendentes do herói troiano Eneias, que fugiu para a região do Tibre após a Guerra de Troia com seu pai Anquises e seu filho Ascânio.
Eles eram filhos de Silvia Reia e netos de Numitor, rei de Alba Longa, uma cidade fundada por Ascânio. Durante um golpe de estado dado por Amúlio, irmão de Numitor, Silvia Reia foi obrigada a se consagrar à deusa Vesta para nunca ter filhos.
Mas ela acabou engravidando do deus da guerra, Marte, e deu à luz os gêmeos. Eles foram jogados em um rio a mando de Amúlio, mas resgatados por uma loba, que os amamentou.
Esta loba foi símbolo do Império Romano durante o tempo que durou. Em seguida, um pastor de ovelha os encontra e leva para casa, onde são criados.
Tempos depois, Rômulo fica sabendo de sua origem e volta a Alba Longa, mata Amúlio e devolve o trono para Numitor.
Os gêmeos partiram para fundar uma cidade, mas após uma discussão sobre onde deveria ser o local, Rômulo acaba matando Remo.
A cidade é fundada e Rômulo a chama de Roma, em homenagem a seu irmão, reinando sobre ela por 38 anos. Essa história foi contada por diversos autores romanos e foi repassada durante o tempo em que durou o império romano.
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Explicação científica da fundação de Roma
Contudo, a versão das pesquisas atuais dão outras origens. Roma se formou a partir de agregações de vários povos menores em torno de um maior, até atingir uma cidade-estado.
Ela foi governada por reis no início, até que o Senado desse um golpe e criasse a república romana, em 509 a.C. Nesta fase, Roma foi crescendo cada vez mais em extensão, dominando as cidades vizinhas até que tomasse toda a região do mar mediterrâneo.
Com isso, o poder dos generais também aumentou, criando instabilidade na república e guerras civis. Para atenuar os conflitos, o Senado estabeleceu o governo por triunviratos, em que três senadores dividiram o poder.
O primeiro foi composto por Pompeu, Marco Crasso e Júlio César. Crasso e César eram amigos, mas nenhum dos dois tinha simpatias ou se entendia com Pompeu. Após a morte de Crasso, César e Pompeu entraram em uma guerra civil, vencida por César.
Assim, ele se tornou o único governante, reunindo o poder dos outros dois. Mas uma rebelião de senadores liderados por Bruto e Cássio ocasionou a sua morte. Formou-se o segundo triunvirato com Otaviano, Marco Antônio e Lépido.
Outra guerra estourou entre Otaviano e Marco Antônio. Após vencer a disputa em 30 a.C., Otaviano se tornou o homem mais poderoso de Roma. Assim, em 27 a.C., ele recebeu do Senado todos os poderes da república.
Entre eles estava o de imperator, que lhe concedia o domínio total sobre o exército romano. Foi assim que o império foi fundado.
Quanto tempo durou o Império Romano?
O Império Romano durou cerca de cinco séculos, de 27 a.C., até 476 d.C. Sua história possui batalhas impressionantes de conquistas, mudanças de poder e instabilidades. Vamos conhecer um pouco dela!
A ascensão de Otaviano e todos os títulos que ele recebeu dos senadores concentraram nele todo o poder. Deste modo, decretou-se o fim da república, na qual era o Senado a instituição principal com seus diversos magistrados dividindo funções.
Porém, Otaviano era um político bastante hábil. Ele rejeitou os títulos monárquicos e se declarou o primeiro cidadão do Estado (princeps civitatis) e buscou manter as aparências políticas do período republicano, como se ela ainda fosse livre. Por trás, ele a governava como um ditador militar.
Pelo título de princeps, essa fase do império romano é chamada de principado. Ela é considerada um período relativo de paz, a pax romana. Isso garantiu à cidade se desenvolver economicamente e se fortalecer cada vez mais. Mas ela não durou tanto quanto tempo durou o Império Romano…
Após a morte de Marco Aurélio, em 180 d.C., Roma foi tomada por diversas crises que a enfraqueceram e facilitaram sua queda tempos depois. Mas antes disso acontecer, os romanos avançaram por toda a região do mar mediterrâneo, de leste a oeste, conquistando-a completamente.
Devido ao tamanho do império, a administração ficou difícil. Para resolver isso, o imperador Diocleciano dividiu o território em 4 províncias chamadas de tetrarquia, cada uma liderada por um imperador.
O império foi reunificado quando Constantino, um dos tetrarcas, assumiu o controle. Ele rebatizou Bizâncio, uma das cidades conquistadas, e passou a chamá-la de Constantinopla. Em 330 d.C. ele a tornou capital do império.
Após a morte de Constantino em 337 d.C., o império foi novamente dividido entre seus filhos e outros coimperadores. Isso levou a uma partilha permanente do império entre o Império Romano do Oriente (Bizantino) e o Império Romano do Ocidente.
A reunificação completa do Império Romano nunca mais ocorreu, e a divisão final culminou no declínio e na queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C. O Império Bizantino continuou a prosperar até a queda de Constantinopla em 1453 d.C.
Inclusive, para alguns isso torna impreciso dizer quanto tempo durou o Império Romano. A data adotada tradicionalmente se refere à parte ocidental. Os orientais sempre continuaram se dizendo herdeiros legítimos do império.
Se isso for levado em consideração, ele teria durado 1500 anos.
Dinastias e os principais imperadores de Roma
Agora que já sabemos quanto tempo durou o Império Romano, vamos conhecer as dinastias e os imperadores mais importantes de cada uma delas.
1 – Dinastia Júlio-Claudiana (27 a.C. – 68 d.C.):
- Augusto (27 a.C. – 14 d.C.)
- Tibério (14 d.C. – 37 d.C.)
- Calígula (37 d.C. – 41 d.C.)
- Cláudio (41 d.C. – 54 d.C.)
- Nero (54 d.C. – 68 d.C.)
Dinastia Flaviana (69 d.C. – 96 d.C.):
- Vespasiano (69 d.C. – 79 d.C.)
- Tito (79 d.C. – 81 d.C.)
- Domiciano (81 d.C. – 96 d.C.)
3- Dinastia Nerva-Antonina, os Cinco Bons Imperadores (96 d.C. – 180 d.C.):
Um período de estabilidade e prosperidade durante os governos de:
- Nerva (96 d.C. – 98 d.C.)
- Trajano (98 d.C. – 117 d.C.)
- Adriano (117 d.C. – 138 d.C.)
- Antonino Pio (138 d.C. – 161 d.C.)
- Marco Aurélio (161 d.C. – 180 d.C.)
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4 – Dinastia Severa (193 d.C. – 235 d.C)
Período marcado por lutas pelo poder e assassinatos entre seus membros, o que contribuiu para sua instabilidade e fim prematuro. Os imperadores foram:
- Septímio Severo (193-211 d.C.)
- Caracala (211-217 d.C.)
- Geta (211-212 d.C.)
- Heliogábalo (218-222 d.C.)
- Alexandre Severo (222-235 d.C.)
Como o Império Romano chegou ao fim?
Já vimos quanto tempo durou o Império Romano, mas é importante saber como ele chegou ao fim. Vale lembrar que estamos falando da parte ocidental do império cuja queda marca o começo da Idade Média e a transição para um modelo de vida completamente diferente do que existia.
A queda do Império Romano não aconteceu por apenas uma causa. Tradicionalmente se diz que foram as invasões dos povos germânicos em diversas partes do território, que aconteceram em um período de crise econômica e desestruturação militar.
Crise econômica
A economia de Roma tinha como base a escravidão. Cada campanha realizada pelo exército gerava novos escravos para manter a produção agrícola e o funcionamento das cidades. Até mesmo os professores podiam ser escravos pedagogos, raptados entre os gregos.
Com o fim das campanhas, a quantidade de escravos diminuiu e ocasionou um declínio na economia. Além disso, o exército começou a se enfraquecer após derrotas sucessivas impostas pelo Império Persa Sassânida.
Sem dinheiro, manter as tropas tornou-se algo difícil. A solução para conter a crise foi cunhar uma moeda de menor valor para pagar os soldados, mas ela já apareceu desvalorizada e gerando inflação. Isso aumentou a crise.
Além de descobrir quanto tempo durou o Império Romano, você pode desvendar os mistérios da Grécia Antiga.
Invasões germânicas
As invasões germânicas aconteceram desde o começo do século IV. Eles se concentraram na tomada de territórios conquistados pelos romanos, como o norte da África e a península ibérica. Mas em 410 d.C. houve o primeiro saque a Roma, realizado pelos visigodos sob a liderança de Alarico.
Neste período, Roma já não era mais a capital do império do ocidente. Ela tinha sido substituída por Milão em 286 e Ravena, em 402. Contudo, ainda tinha destaque, sendo vista como capital espiritual, por isso o saque chocou o mundo inteiro.
Outros saques aconteceram, como o de 455, realizado pelos vândalos. Eles destruíram diversos monumentos, além de roubar tudo que puderam. Por fim, em 476 houve a última investida, feita pelos soldados hérulos, rúgios e escuros liderados por Odoacro, que depôs o imperador Rômulo Augusto.
Odoacro servia como chefe de um grupo de mercenários que tinham sido incorporados ao exército romano. Por essa época, diversas divisões eram compostas de estrangeiros. O próprio Rômulo Augusto era filho de Orestes, general de origem panônia, que derrubou o imperador Júlio Nepos e colocou o filho no lugar.
Com a deposição de Rômulo Augusto, Odoacro foi declarado rei da Itália, dando fim ao Império Romano.
Deste modo, do começo até a queda, podemos saber quanto tempo durou o Império Romano. Cerca de cinco séculos, entre 27 a.C. e 476 d.C.
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Obrigado por ler até o fim nosso artigo sobre quanto tempo durou o Império Romano. Bons estudos!