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O que são Desinências? Definição, características e exemplos.

O que são DesinênciasO que são Desinências
Mentoria para o Enem

As palavras são formadas por uma complexa união de elementos mórficos, ou seja, unidades ou partículas com função específica no vocábulo. As desinências são justamente um desses elementos. Quer descobrir as funções específicas dessa unidade da palavra? Então, leia nosso artigo e descubra o que são desinências, sua definição, tipos, características e exemplos.

Neste texto sobre o que são desinências, você encontrará os tópicos abaixo. Clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo:

  1. O que são Desinências?
  2. Qual a classificação das Desinências?
  3. O que é Desinência Nominal?
  4. O que é e quais as subdivisões das Desinências Verbais?

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O que são Desinências?

Você sabe quantas palavras falamos por dia?

Em 2007, foi publicada na revista Science uma pesquisa sobre o assunto. Ela consistiu na utilização de um aparelho que funcionava 17 horas por dia, gravando os diálogos de voluntários americanos e mexicanos.

Através dos dados analisados por meio desse experimento, o psicólogo social americano Pennebaker conseguiu constatar que as mulheres falavam cerca de 16.215 palavras e os homens, 15.669.

Mesmo a pesquisa não podendo ser considerada exata, é evidente que falamos muitas palavras ao longo do dia, não é mesmo?

Mas, afinal, o que essas milhares de palavras têm em comum?

Um complexo processo de formação! Quando falamos não paramos para pensar nos elementos estruturais que formam a palavra. As Desinências são um desses elementos.

Elas se unem ao final dos vocábulos para designar o gênero (feminino e masculino) e número (singular e plural) quando se trata de desinências nominais. Além de designar número e pessoa, ou modo e tempo, quando se tratar de desinências verbais.

Como citado no parágrafo acima, quando falamos sobre o que são desinências, precisamos entender que há dois tipos: as verbais e as nominais. Veja nos próximos tópicos.

Quais são os tipos de Desinências?

Como já foi dito, as desinências se unem ao final das palavras. Trata-se de uma característica geral! No entanto, há dois tipos de desinências, cada uma com sua característica específica.

As desinências nominais, que referem-se ao nome, e as desinências verbais, que referem-se ao verbo. Diante disso, teremos a função específica relacionada ao nome (substantivos, adjetivos e pronomes), e a função específica relacionada ao verbo.

O que é Desinência Nominal?

As desinências nominais são as responsáveis por determinar o gênero (masculino ou feminino) e o número (singular ou plural) dos substantivos, dos adjetivos, e algumas vezes  dos pronomes.

Sem elas, a nossa comunicação sofreria ruídos, isto é, seria prejudicada e inespecífica. Ao analisarmos os exemplos, é importante que tracemos um paralelo com os diálogos que realizamos no dia a dia.

Digamos que amanhã à noite teremos uma confraternização. Será a festa do hamburguer, e todos os ingredientes já foram comprados. Mas na hora de fazer a verificação, percebemos que faltaram os ovos.

Abílio é nosso colega mais disperso, e é justamente a ele que vamos solicitar que compre esses ovos. Veja o diálogo:

– Abílio, faltou ovo. Pode ir lá comprar?

– Claro! – ele respondeu.

Resultado: Abílio retornou com um só ovo. A culpa é dele ? Gramaticalmente falando, a resposta é não!

Nesse diálogo, os interlocutores esqueceram um item fundamental, a desinência -s. A palavra “ovo” está no singular, isto é, Abílio fez exatamente aquilo que foi pedido.

Este é um exemplo bem simples. Mas imagine se tudo que fossemos falar, resolvêssemos retirar desinências?

Entender o que são desinências, suas funções e importância no processo de comunicação é fundamental. Observe as desinências nominais:

Gênero:

  • Masculino (o)
  • Feminino (a)

Número:

  • Singular (com s)
  • Plural (sem s)

Observação: Há algumas exceções relacionadas ao plural ser determinado pela desinência -s. As palavras: países, meses e portugueses, por exemplo, tem o plural designado pela desinência -es.

Veja alguns exemplos de Desinências Nominais:

A menina era a mais inteligente da turma. (Desinência nominal -a designando o gênero)

O menino era o mais inteligente da turma. (Desinência nominal -o designando o gênero)

O menino jogou bola o dia todo. (Designando singular pela ausência do -s)

Os meninos jogaram bola o dia todo. (Desinência nominal -s designando o número)

Vamos seguir para o próximo tópico do artigo sobre o que são desinências?

O que é e quais são as subdivisões das desinências verbais?

No estudo sobre processo de formação das palavras, entender o que são desinências é imprescindível. Ao analisarmos os níveis de complexidade perceberemos que as desinências verbais requerem mais da nossa atenção. 

O que são desinências verbais?

As desinências verbais representam um papel importantíssimo no processo de comunicação oral e escrita. 

Elas são as responsáveis por nos fazer entender o contexto no qual o verbo está sendo utilizado (passado, presente ou futuro), praticado por uma ou mais pessoas e, assim, consecutivamente.

Essas desinências determinam o número e a pessoa, ou o modo e o tempo.

O que são desinências modo-temporais (DMT)?

Agora que você já sabe o que são desinências, vamos aprender suas subdivisões? Primeiramente, temos a desinências modo-temporal.

Ela é responsável por designar o modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e o tempo (presente, passado e futuro)  da conjugação verbal. 

Veja o exemplo:

Cantava

O “va” é uma desinência modo-temporal que indica que o verbo está conjugado no pretérito imperfeito do modo indicativo. Perceba que essa desinência determina o modo e o tempo verbal.

Mas no que se refere ao número e a pessoa, ficamos sem a informação exata. Exatamente devido a isso, essa subdivisão da desinência verbal é denominada: desinência modo-temporal.

Veja a seguir as indagações que persistem em relação ao número e a pessoa do verbo:

Ele cantava? (Terceira pessoa do singular) Ela cantava? (Terceira pessoa do singular) Eu cantava? (Primeira pessoa do singular)

Observe que nesse caso não há número, pois não refere-se a plural ou singular, mas sim, a primeira, terceira e segunda pessoa das conjugações verbais, sem contudo, especificar qual é essa pessoa.

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Portanto, ou a desinência indicará o número e a pessoa do verbo, ou indicará o tempo e modo verbal. 

O estudo se inicia por meio do questionamento, e ao fazer a indagação sobre “o que são desinências” adentramos no processo de compreensão a respeito da sua função e importância.

O que são desinências número-pessoais (DNP)?

Agora que você já sabe o que são desinências, vamos aprender a sua segunda subdivisão? Veja a seguir a explicação sobre a desinência número-pessoal.

Essa subdivisão da desinência verbal, assim como o nome que a denomina, irá indicar o número e a pessoa do verbo. Isto é, o singular, o plural e as pessoas referentes a ele: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas. 

A desinência número-pessoal não indica o tempo e o modo verbal, ou seja, não refere-se a conjugação.

Exemplos:

Eu canto

Eu parto

Eu viajo

Nos três exemplos acima, a letra “o” é uma desinência verbal número-pessoal. Ou seja, indica que o verbo está conjugado na primeira pessoa do singular (o pronome “Eu”).

Tu cantas

Tu partes

Tu viajas

Nos últimos três exemplos descritos acima, temos a desinência representada pela letra “s”. Trata-se de uma desinência verbal número-pessoal, pois indica que o verbo está conjugado na segunda pessoa do singular(o pronome “tu”).

Quando falamos “cantas” é perceptível que fica implícito o pronome, aquele que se refere a pessoa e ao número.

Agora veja um exemplo completo para se guiar, caso ainda assim surjam dúvidas:

O verbo CANTÁVAMOS é o melhor exemplo para usar de modelo quando as dúvidas, ainda que depois de muito estudo, resolvem pairar.

Pois, por meio deste verbo, podemos observar tanto a desinência número-pessoal, quanto a desinência modo-temporal. 

A desinência modo-temporal é representada pelo “- va” (que indica a conjugação a qual o verbo pertence, isto é, pretérito imperfeito do indicativo).

A seguir, você verá a conjugação do verbo cantar no pretérito imperfeito do indicativo.

eu cantava

tu cantavas

ele cantava

nós cantávamos

vós cantáveis

eles cantavam

Você reparou que todas as pessoas no pretérito imperfeito do indicativo, com exceção do vós,  possuem a desinência -va? Trata-se de uma desinência modo-temporal exatamente porque independe e não refere-se ao número e a pessoa do verbo. 

Agora, observe a desinência -mos, destacada em negrito. Diferentemente da conjugação do verbo CANTAR no pretérito perfeito do indicativo, ela é um elo solitário no meio dos “vas”. Ou seja, exclusiva. Portanto, designa a pessoa e o número referente ao pronome nós.

Desinência número-pessoal – mos:

eu cantava

tu cantavas

ele cantava

nós cantávamos

vós cantáveis

eles cantavam

Lembre-se! Responder à indagação “o que são desinências” é fundamental para a resolução de questões do Enem.

Agora, para finalizar, vamos simplificar?

Faça a seguinte associação para nunca mais se confundir em relação a desinência modo-temporal e a número-pessoal.

Tudo que se refere a número e pessoa, nas conjugações verbais, refere-se à particularidade.

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Redação Beduka
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