O Segundo e Último Reinado do Brasil foi um período iniciado em 1840 com o Golpe da Maioridade, que entregou o trono a D. Pedro II, e terminado com a Proclamação da República em 1889. Nesse texto resumimos estes 40 anos de história e separamos alguns exercícios sobre a Queda da Monarquia no Brasil.
Recomendamos que faça nosso Simulado Enem quando acabar. Nele você pode filtrar pelas matérias que têm mais dificuldade.
Algumas notas importantes antes de começar o texto:
1- Você provavelmente encontrará esse período histórico com nomes como: “Segundo Reinado”, “Último Reinado”, “Proclamação da República” ou “Queda da Monarquia”. Todos os nomes estão certos e se referem ao mesmo período.
2- O Primeiro Reinado terminou com D. Pedro I deixando o Brasil para reclamar o trono português. Ele deixou seu filho D. Pedro II para assumir o Brasil quando atingisse a maioridade, até essa hora chegar o Brasil passou por um Período Regencial.
Período Regencial antes da Queda da Monarquia no Brasil
O Período Regencial foi o que se estabeleceu antes da Queda da Monarquia no Brasil. Nele, o país era governado por regentes, por isso ganhou esse nome. Iremos esclarecer os detalhes logo mais, mas antes você tem que saber mais sobre D. Pedro II para fazer os exercícios sobre a Queda da Monarquia no Brasil.
D. Pedro II era ensinado por José Bonifácio. Ele gostava de ensinar misturando teoria e prática. Levava D. Pedro no meio das plantas e animais para aprender sobre biologia. E o levava em um observatório para ensiná-lo astronomia. Com ele D. Pedro II criou um grande amor pelo conhecimento.
Contudo, os membros da corte não gostavam de Bonifácio porque acreditavam que ele estava ensinando o pequeno Pedro como um selvagem. Para retirá-lo do cargo, o acusaram de crimes políticos e o substituíram por Diogo Feijó.
Nessa época os dois partidos que brigavam pelo poder não muito diferentes dos que conhecemos no cenário atual. Partido Liberal X Partido Conservador.
Liberais X Conservadores
A luta dos liberais era pela liberdade (como o próprio nome denuncia), o problema era que a luta dos conservadores também era, porém de uma forma diferente.
Os liberais queriam que o poder saísse das mãos do imperador e fosse distribuído entre os estados. A centralização do poder para eles era um ataque à liberdade. Já os conservadores temiam que, se isso fosse feito, as oligarquias locais tomariam o controle, então para defender a liberdade seria preciso deixar o poder com o imperador.
O confronto entre esses grupos vai protagonizar a proclamação da República mais à frente.
Revoltas antes da Queda da Monarquia no Brasil
Os liberais gaúchos conseguiram aumentar o poder de suas assembleias provinciais e começara a agir de forma agorista (ignorando o Estado Maior). Isso ocorreu em 18 de setembro de 1835. Também ocorreram impostos sobre o chá e falta de representação parlamentar na Coroa.
A consequência foi uma revolta de militares e civis para depor o presidente da província de Porto Alegre. Eles queriam alguém que “servisse os interesses do Rio Grande do Sul”. Nesse mesmo período ocorreram as revoltas de Sabinada e Farroupilha.
O Período Regencial no Brasil foi um tanto conturbado com com 10 guerras civis simultâneas em diferentes locais durante 9 anos. Diogo Feijó renunciou ao cargo de regente e o passou para Araújo Lima, um conservador.
Ele pôs fim às políticas que geraram as revoltas em 1838. A situação estava se descontrolando de tal forma que ambos os partidos concordaram que D. Pedro II deveria assumir o quanto antes. Era o início do Golpe da Maioridade.
Esse acontecimento é muito importante para a história. Falaremos com cuidado sobre ele antes que faça os exercícios sobre a queda da monarquia no Brasil.
Golpe da Maioridade: Início da Queda da Monarquia no Brasil
O Golpe da Maioridade ocorreu em 18 de julho de 1841 e deu plenos poderes a D. Pedro II com aprovação do congresso. Posteriormente se casaria com a Princesa Tereza Cristina do Reino das Duas Cecílias, com quem teve dois filhos. O primeiro morreu prematuramente, mas a segunda sobreviveu e foi nomeada como Isabel.
D. Pedro II mandou seu Ministro Luiz Alves Lima e Silva, futuro Duque de Caxias para resolver o problema de Farroupilha e ele conseguiu. O ministro também atuou diplomaticamente com os tratados de paz, entre outras tarefas. Ele foi tão eficiente que a própria província de Farroupilha o indicou para Senador.
Nessa época, D. Pedro II escolhia somente o Primeiro Ministro e este escolhia os demais ministros. Se imperador não gostasse das políticas, ele trocava o grupo. Esse modelo preveniu tiranias republicanas como ocorreram em muitos outros países da América Latina.
Ano de 1864 da Queda da Monarquia no Brasil
Nos anos anteriores, o Brasil já começava a construir sua identidade através dos incentivos que D.Pedro II dava às artes. Essa identidade se fortaleceu ainda mais graças à Batalha dos Guarapes e à Guerra do Paraguai.
Guerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai ocorreu pelo mesmo motivo da Guerra da Cisplatina: o Rio Prata. Os dois partidos paraguaios que brigavam pelo poder na época eram os Blancos apoiados pelos próprios governantes paraguaios e os Colorados apoiados por Brasil e Argentina.
A origem da guerra pelo controle da região parte do próprio Paraguai sob ordem de Solano Lopez, um ditador expansionista. Em retaliação foi formada a tríplice aliança contra o Paraguai. A guerra matou mais da metade da população paraguaia e custou 50000 soldados ao Brasil. Solano Lopez foi abatido, terminando a guerra.
Um dos destaques do confronto foi o major Deodoro da Fonseca que futuramente seria um dos principais nomes da Queda da Monarquia. Guarde o nome dele quando estiver fazendo os exercícios sobre a queda da monarquia no Brasil.
Progresso antes da Queda da Monarquia
O Brasil passava por um grande progresso durante esse Segundo Reinado. Houve investimentos em tecnologia, reformas legislativas, crescimento urbano simbolizando o fim dos traços coloniais. Nascimento de várias empresas e brasileiros mais ricos que a própria família real.
Também estavam sendo construídas ferrovias e linhas telegráficas que ligavam as cidades. Mão-de-obra escrava mudando para assalariada graças às pregações do Barão de Mauá (o maior empresário da história do Brasil). Ele defendia o sistema de assalariados. As artes e a economia com o café também estavam pujantes.
Durante o reinado de D. Pedro II o Brasil realmente se desenvolveu radialmente. Porém, vamos ver um pouco sobre os setores em que ele falhou antes que faça os exercícios sobre a Queda da Monarquia no Brasil
Questão Religiosa na Queda da Monarquia
D. Pedro II falhou em manter boas relações com a igreja por causa de seu casamento. Pela constituição de 1824 a igreja era oficial e poderia se relacionar com o império de duas formas:
- Beneplácito (O imperador aceitava ou não o conteúdo das bulas papais)
- Padroado (Estado que gere a Igreja)
Em um dos documentos da igreja estava a proibição do casamento de um católico com um maçon e foi exatamente isso que D. Pedro II fez. Dom Vital, que devia ser o bispo do casamento se recusava a casar um católico com uma maçon.
Em uma carta, o bispo negou a legitimidade do beneplácito. Isso gerou dois crimes: recorrer a uma entidade estrangeira e desobedecer o imperador.
D. Pedro II prendeu o bispo, mas isso gerou grande descontentamento dos fiéis. Os conflitos resultaram na substituição do primeiro ministro e quem assumiu o lugar foi Duque de Caxias. Ele aceitou com a condição de anistiar os bispos. Esse problema será fundamental para a queda da monarquia que está vindo.
Questões abolicionistas no Segundo Reinado
D. Pedro II tinha uma mentalidade anti-escravocrata e ele e sua esposa pensavam constantemente em como passar isso para as pessoas. Eles também já consideravam a possibilidade de abolição.
Com aparecimento das 3 leis anti-escravatura a população começou a se dividir entre favoráveis e contra a abolição. A essa altura D. Pedro estava doente e se tratando na Europa. Ele deixou o Brasil para sua filha, a Princesa Isabel e ela assinou a Lei Áurea, terminando de vez com a escravidão.
Proclamação da República e Queda da Monarquia
No ano de 1889, o positivismo advindo da França e o federalismo inspirado nos EUA faziam crescer o movimento republicano no Brasil. Somado à imensa quantidade de pessoas infelizes com o governo, era questão de tempo até a monarquia cair.
Dentre os infelizes estavam soldados sobreviventes da Guerra do Paraguai que não tinham posição social relevante. Ex-donos de escravos que tiveram seus negócios prejudicados pela abolição. Religiosos e assim a lista crescia.
Ainda assim era muito difícil os republicanos serem eleitos para qualquer cargo maior, então o melhor era tentar um Golpe Militar. O empecilho era a marinha fiel ao imperador. Dessa forma, para colocar um novo regime tecnocrata (República) no lugar de uma monarquia, eles precisaram de um nome de peso: Marechal Deodoro da Fonseca.
Inventaram uma história falsa para o marechal de que ele seria preso pelo governo. Funcionou. No dia seguinte o primeiro ministro foi expulso pelos militares. Foi escrita uma Moção da Proclamação da República com o Marechal sendo Chefe do Governo Provisório, mas ele não assinaria por ser amigo de D. Pedro II.
Então os Republicanos inventaram outra história e fizeram o Marechal acreditar que D.Pedro colocara Silveira Martins como ministro de Ouro Preto. Deodoro tinha uma rixa com esse cidadão e assim ele foi convencido a proclamar a República em 15 de Novembro na Câmara Municipal.
D. Pedro II ficou sabendo por telefone e os republicanos lhe deram um dia para deixar o país. Ele saiu durante a madrugada levando toda a família real de volta a Portugal. Era a Queda da Monarquia no Brasil.
Vale lembrar que isso foi um golpe, não uma revolução. Por definição, uma revolução deve acontecer pelas mãos do povo. Esse golpe foi inteiramente bolado pelo alto escalão do exército. Ou seja, o povo não participou. Apenas assistiu o Estado sabotar a si mesmo.
D. Pedro morreu em 5 de dezembro de 1891 em Paris. Eis suas últimas palavras:
“Deus que me conceda esses últimos desejos – paz e prosperidade para o Brasil…”
Encontraram também um pacote lacrado com os seguintes dizeres:
“É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria”.
Exercícios sobre a Queda da Monarquia no Brasil
Pois bem, é uma história bem longa com muitas nuances e um final quase anti-climático, mas é importante para o país. Baixe nosso Plano de Estudos quando terminar os exercícios sobre a Queda da Monarquia no Brasil, e boa sorte.
1-(Enem 2017) O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com participação popular. Nunca antes tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públicas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país.
GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013. (Adaptado.)
O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a)
a) imprensa escrita
b) oficialato militar
c) corte palaciana
d) clero católico
e) câmara dos representantes
2-(Mackenzie) Sobre a participação dos militares na Proclamação da República, é correto afirmar que:
a) o Partido Republicano foi influenciado pelos imigrantes anarquistas a desenvolver a consciência política no seio do exército.
b) a proibição de debates políticos e militares pela imprensa, a influência das ideias de Augusto Comte e o descaso do Imperador para com o exército favoreceram a derrubada do Império.
c) o descaso de membros do Partido Republicano, como Sena Madureira e Cunha Matos, em relação ao exército, expresso por meio da imprensa, levou os “casacas” a proclamarem a República.
d) o Gabinete do Visconde de Ouro Preto formalizou uma aliança pró-republicana com os militares positivistas no Baile da Ilha Fiscal.
e) a aliança dos militares com a Igreja acirrou as divergências entre militares e republicanos, culminando na Questão Militar.
3-(PUC-PR) A República foi proclamada em 15 de novembro de 1889. Contudo, sua consolidação se fez pela violência de duas revoluções. Sobre o tema, assinale a alternativa correta:
a) No plano ideológico, defendiam os federalistas a necessidade de um poder central forte e limitada autonomia aos Estados.
b) Floriano Peixoto assumiu o cargo de Presidente da República na condição de vice-presidente eleito indiretamente pelo Congresso Nacional e se posicionou favoravelmente aos federalistas.
c) Desde o início, os rebeldes federalistas lutaram ao lado da Revolta da Armada, que se desenvolvia na Baía da Guanabara.
d) Esquadras estrangeiras penetraram na Baía da Guanabara, buscando tardiamente apoiar a marinha de guerra do Brasil.
e) Embora Floriano Peixoto tenha sido alcunhado de “Consolidador da República”, os choques armados continuaram na Presidência de Prudente de Morais e somente terminaram no Governo de Campos Sales.
4-(UFMT) Durante o Segundo Reinado, com a consolidação de um projeto político nacional, após os conturbados anos da década de 30 do século XIX, o Brasil ampliou sua projeção externa e esteve envolvido em várias questões importantes no plano internacional, principalmente na região da Bacia do Prata. Sobre a política externa do Segundo Reinado para essa região, é correto afirmar:
a) Foi negociado o fim da Guerra da Cisplatina.
b) O Brasil subjugou a Argentina na guerra contra o Aguirre.
c) Foi celebrada uma aliança com o Paraguai para conter a expansão uruguaia.
d) O Brasil promoveu paz na região.
e) Foi criada a Tríplice Aliança contra o Paraguai.
5-(UFSM) Durante a segunda metade do século XIX, o Brasil experimentou um progresso jamais visto, quando houve a expansão da economia brasileira, apoiada pelo imperador D. Pedro II. Podem-se citar como razões desse progresso:
I. a expansão da lavoura cafeeira e a implantação do sistema ferroviário.
II. a introdução do trabalho livre do imigrante e o crescimento urbano.
III. a solidificação do tráfico negreiro e os maciços investimentos do capital alemão.
IV. a implantação da Lei de Terras e a dinamização das atividades industriais.
Está(ão) correta(s):
a) apenas II.
b) apenas III.
c) apenas I e III.
d) apenas I, II e IV.
e) I, II, III e IV.
Respostas dos Exercícios sobre a Queda da Monarquia no Brasil
Exercício resolvido da questão 1 –
a) imprensa escrita
Exercício resolvido da questão 2 –
b) a proibição de debates políticos e militares pela imprensa, a influência das ideias de Augusto Comte e o descaso do Imperador para com o exército favoreceram a derrubada do Império.
Exercício resolvido da questão 3 –
a) No plano ideológico, defendiam os federalistas a necessidade de um poder central forte e limitada autonomia aos Estados.
Exercício resolvido da questão 4 –
e) Foi criada a Tríplice Aliança contra o Paraguai.
Exercício resolvido da questão 5 –
d) apenas I, II e IV.
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2 Comentários
eu errei tudo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk q odio, vou viver na rua
Calma, Erislaine!! Os exeercícios servem para mostrar onde a gente precisa melhorar. Agora você já sabe os pontos de História que precisa fortalecer. Conte conosco pra isso, temos diversos textos sobre segundo reinado e república no Brasil.