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Quem financiava as Grandes Navegações? Descubra o papel dos comerciantes na expansão marítima europeia

Quem financiava as Grandes Navegações?

As Grandes Navegações foram expedições militares e comerciais realizadas por europeus para diversos pontos do mundo através do Oceano Atlântico. O objetivo era expandir as rotas para compra e vendas de especiarias na Ásia.

Para realizá-las, muito dinheiro foi envolvido e muitas vidas se perderam nos trajetos extremamente perigosos. Os marinheiros tinham que enfrentar tanto o mar quanto os rivais, doenças e climas de outras nações.

Mas quem financiava as Grandes Navegações para que os barcos saíssem dos portos em direção às riquezas e aventuras? É o que vamos descobrir a seguir. 

Resumo das Grandes Navegações

As Grandes Navegações foram um conjunto de expedições marítimas realizadas por nações europeias entre os séculos XV e XVII em direção a diversas partes do mundo, mas principalmente para a Ásia. O objetivo inicial dessas viagens era o comércio de especiarias.

Esse nome é bastante incomum hoje, porque chamamos os mesmos produtos de… tempero. Sim, os europeus faziam travessias longas e perigosas para comprar cravo, canela, pimenta e gengibre.

Mas antes de julgar, vamos desvendar o motivo para isso, tá bem?

Antes de começarem as grandes navegações, os europeus tinham contato com os orientais através da Rota da Seda. Um conjunto de caminhos em direção ao extremo oriente pelos quais se chegava à China para comprar esse tecido e outros produtos, entre eles os temperos.

Boa parte da viagem era feita na rota continental, com camelos e outros meios de transporte. Mas o ponto de partida era no mar mediterrâneo, que banha o sul da Europa, o norte da África e parte da Ásia.

Só que, no começo do século XV, isso começou a dar problema. Os navegadores italianos dominaram o mediterrâneo e cobravam um alto pedágio para outros europeus passarem. Em seguida, os turcos conquistaram Constantinopla e outras regiões da Ásia, África e Europa, tornando a travessia perigosa.

A rota há muito tempo conhecida dos europeus ocidentais teve de ser abandonada e outros caminhos precisaram ser traçados. Só que para isso, eles só tinham o mar aberto do Oceano Atlântico.

Grandes Navegações Portuguesas

Os pioneiros nas Grandes Navegações foram os portugueses. Em 1415 eles conquistaram um importante entreposto comercial mediterrâneo, a cidade de Ceuta, e não pararam mais de se expandir.

De Ceuta, eles partiram para ilhas no Oceano Atlântico e cidades na costa africana. Isso permitiu que eles fizessem o contorno na África e chegassem à Índia, em 1497. Alguns anos depois eles estabeleceram zonas comerciais na China e no Japão.

O pioneirismo português se deve ao fato de Portugal reunir certas condições para as viagens. Por exemplo: era o país europeu mais próximo da costa da África e do Atlântico, não estava imerso em disputas internas no período, como a Espanha, e tinha uma burguesia disposta a bancar as viagens.

Saiba sobre quem financiou as grandes navegações portuguesas com nosso resumo sobre formação de Portugal

Grandes Navegações Espanholas

Os espanhóis vieram logo após os portugueses nas expedições. Em 1492 as disputas internas se encerraram com a queda do Califado de Granada, após uma guerra de d10 anos para a reconquista do território ocupado pelos muçulmanos. Isso permitiu à coroa espanhola se preocupar com outras coisas.

No mesmo ano, Cristóvão Colombo propôs ao rei português, Dom Manuel, uma nova rota pelo Atlântico para chegar à Índia. A ideia era seguir direto pelo oceano, navegando pelo círculo da Terra. Dom Manuel não deu muita atenção para isso e Colombo buscou a coroa espanhola.

Os reis espanhóis compraram ideia dele e financiaram o empreendimento. Colombo não chegou à Índia, mas às ilhas do caribe, na América Central. Posteriormente elas seriam colonizadas pelos espanhóis.

Essa descoberta cresceu os olhos portugueses para a possibilidade de novas terras no Atlântico, ocasionando disputas entre as duas coroas. Para resolver essa situação, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que dividia o mundo no meio da América. As partes a oeste pertenceriam à Espanha e as que ficavam a leste, a Portugal.

Participação da Inglaterra

A participação inglesa nas Grandes Navegações aconteceu através da pirataria e da Companhia Britânica das Índias Orientais. Ela era uma instituição privada que recebeu uma carta de privilégio para comercializar com as nações do extremo oriente. Com isso, detinha o monopólio do comércio entre Índia, China e Inglaterra.

Participação da França

Os reis franceses nunca aceitaram muito bem o Tratado de Tordesilhas e sempre contestaram sua validade. Assim, eles se meteram várias vezes nos territórios conquistados por Portugal e Espanha, a fim de traficar os produtos que saíam de lá.

Caso típico foi a presença dos franceses no Brasil, com o objetivo de exportar pau-brasil para a Europa. Eles também criaram colônias na América do Norte, como a Louisiana.

Participação da Holanda

Os holandeses tiveram participação de dois modos. Primeiro, a burguesia do país era quem financiava parte das grandes navegações de diversas nações, como a portuguesa. Era composta principalmente de judeus que fugiram de Portugal, mas mantiveram negócios no país.

O outro modo foi a criação das Companhias Holandesas das Índias Ocidentais e Orientais, duas instituições comerciais privadas que detinham o monopólio do tráfico de escravos e de especiais entre colônias holandesas e a Europa.

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Quem financiava as Grandes Navegações?

Como vimos acima, quem bancava as viagens eram os reis e a burguesia. Para realizar as viagens, era preciso ter dinheiro e armas, pois os trajetos eram muito perigosos e era preciso ter navios. A coroa tinha os dois últimos, a burguesia tinha o primeiro.

Para ficar mais claro, vamos pegar o exemplo da viagem realizada por Fernão de Magalhães para as ilhas do Pacífico. Seu projeto era contornar o sul do Brasil e continuar viagem pelo Oceano Pacífico, que ele imaginava existir.

Um comerciante chamado Cristóbal de Haro tomou conhecimento do projeto e decidiu investir nele. Outros empresários e comerciantes se uniram ao financiamento, por intermédio do bispo de Burgos.

Com isso, Magalhães apresentou suas ideias ao rei pedindo apenas títulos nobiliárquicos e o monopólio do comércio. Mas o rei decidiu também fazer seu investimento oficial.

A tripulação da expedição de Magalhães era composta de militares a serviço do rei da Espanha. Além disso, os navios possuíam canhões, utilizados para afundar embarcações de piratas.

Assim, estavam garantidos os barcos, as armas e o dinheiro para a viagem. Os lucros seriam repartidos entre todos os envolvidos.

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Consequências da Expansão Marítima

As Grandes Navegações levaram a diversas transformações nas nações envolvidas, europeias ou não. Entre elas estão:

  • O desenvolvimento de conhecimentos náuticos;
  • O capitalismo comercial;
  • Criação de colônias na América, na Ásia e na África;
  • Intensificação de guerras;
  • Aumento do apresamento de escravos na África e sua venda;
  • Imigração de populações;
  • Fortalecimento da burguesia e das monarquias que eram quem financiava as Grandes Navegações;
  • Inovações tecnológicas, principalmente militares.

Enfim, muitas coisas que incluem até mesmo a nossa existência como brasileiros, pois o Brasil foi descoberto durante as Grandes Navegações. Além disso, teve um fluxo enorme de pessoas vindas tanto de Portugal quanto da África, estas últimas submetidas à escravidão.

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Espero que tenha conseguido entender bem quem financiava as Grandes Navegações. Bons estudos!

Categorias: História
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