A Semana da Arte Moderna ou Semana de 22 foi um evento artístico que teve o intuito de romper com os padrões estéticos-literários, em particular, com o do parnasianismo. Durou uma semana e causou muito falatório.
Os principais autores e pintores que fizeram parte desse acontecimento foram Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Graça Aranha e Manuel Bandeira. Todos estavam bastante empolgados com as ideias vindas da Europa.
Quanto às participações mais polémicas, sem dúvidas, foram as de Anita Malfatti, Manuel Bandeira e Villa Lobos. Leia até o final para conhecer o que foi a Semana da Arte Moderna com todos os detalhes e os artistas que fizeram parte dele.
Este artigo vai te ajudar a aprender definitivamente o que foi a Semana da Arte Moderna. Tem bastante conteúdo pela frente, então, clique em um dos tópicos para ir diretamente ao que deseja:
- O que foi a Semana da Arte Moderna?
- Qual foi o contexto histórico da Semana de Arte Moderna?
- Quais foram os principais artistas da Semana de Arte Moderna?
- 8 características fundamentais da Semana de Arte Moderna
- 2 curiosidades sobre a Semana de Arte Moderna
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O que foi a Semana da Arte Moderna?
Foi, provavelmente, o evento mais importante que a literatura brasileira já teve. Ele ocorreu em São Paulo, no Theatro Municipal. Durou uma semana, do dia 13 ao 18 de fevereiro de 1922.
Apesar de ter durado uma semana e ter recebido esse nome por causa disso, o evento foi realizado em 3 dias, que alternaram-se entre si.
O objetivo do encontro foi promover a propagação de novas ideias vindas da Europa, principalmente no que se referia a menos preocupação com rigor estético e valorização da liberdade criativa em detrimento da métrica.
A Semana de 22, como também ficou conhecida, não foi apenas relacionada à literatura; teve também apresentações musicais e exposição de pinturas de artistas como Anita Malfatti.
Nós temos outros artigos exclusivos que podem te ajudar a compreender o que foi a Semana da Arte Moderna, acesse:
Qual o contexto histórico da Semana de Arte Moderna?
Na Europa, tínhamos as Vanguardas Europeias, várias manifestações artístico-literárias com o intuito de romper tradições: futurismo, dadaísmo, cubismo, surrealismo e expressionismo.
As vanguardas surgiram justamente em meio a um contexto bastante diferente, o da Segunda Revolução Industrial, ou seja, de grandes mudanças no cenário ocidental: como o surgimento da energia elétrica.
- Inclusive, temos artigo sobre a Revolução Industrial. Se quiser ler depois de terminar esse aqui sobre o que foi a Semana da Arte Moderna, é só clicar.
No Brasil, estabeleciam-se as primeiras indústrias. Em paralelo a isso, a produção cafeeira estava no auge no interior paulista, tornando São Paulo o mais novo berço econômico do país.
Não à toa, a Semana de 22 ocorreu justamente por lá, no Theatro Municipal. E pasmem! Com muitos investimentos da burguesia da época.
Apesar de tantas novidades, o país ainda estava mergulhado na República Velha, com a famosa política do café com leite e acordos políticos de alternância da ocupação do posto de presidente por representantes dos estados mais importantes da época: São Paulo e Minas Gerais.
Era uma situação de conflito entre o velho e o novo, e os artistas estavam no meio desse “fogo cruzado”. A maioria deles, inclusive, fazia parte de famílias oligárquicas (grupo dominante da época).
Isso permitiu que viajassem a Europa e tivessem contato com as rupturas artísticas que estavam ocorrendo por lá.
Para entender melhor o que foi a Semana da Arte Moderna, é muito importante compreender um pouco mais sobre as vanguardas europeias. Nós podemos te ajudar nisso, acesse:
Quais foram os principais artistas da Semana de Arte Moderna?
Ao aprender o que foi a Semana da Arte Moderna, você percebeu que ela engloba diversas áreas, não só a literária. Conheça os artistas mais importantes desse acontecimento:
Na literatura
- Manuel Bandeira
- Oswald de Andrade
- Mário de Andrade
- Carlos Drummond de Andrade
- Afonso Schmidt
- Agenor Barbosa
- Álvaro Moreyra
- Elysio de Carvalho
- Graça Aranha
- Guilherme de Almeida
Na pintura
- Anita Malfatti
- Antonio Paim Vieira
- Emiliano Di Cavalcanti
- Ferrignac
- John Graz
- Vicente do Rego Monteiro
- Yan de Almeida Prado
- Zina Aita
Na música
- Alfredo Gomes
- Ernani Braga
- Fructuoso Viana
- Guiomar Novais
- Heitor Villa-Lobos
- Lucília Guimarães
- Paulina de Ambrósio.
8 características fundamentais da Semana de Arte Moderna
Não dá para entender completamente o que foi a Semana da Arte Moderna sem conhecer as principais características que a envolveram. Por isso, fizemos uma lista importantíssima para você.
Conheça as 8 principais características da Semana de 22:
- Rompimento com padrões estéticos;
- Liberdade criativa;
- Linguagem simples e acessível;
- Referência as vanguardas européias: cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo e expressionismo;
- Críticas às correntes literárias anteriores, principalmente ao parnasianismo.
- Experimentações literárias;
- Antiacademicismo;
- Versos Livres.
2 curiosidades sobre a Semana de Arte Moderna
Você veio aqui saber o que foi a Semana da Arte Moderna, então deixa eu te contar. Foi mais badalada que o Rock in Rio pós-pandemia, acredite! Só se falava nela. E como todo grande evento, não poderia faltar alguns acontecimentos, no mínimo… inusitados. Veja quais são:
1 – O calo no pé de Villa-Lobos
Villa-Lobos subiu ao palco da Semana de 22 no dia 17 de fevereiro. Até aí nada demais. O problema era o que ele tinha nos pés, ou melhor, o que ele não tinha em um deles.
Um sapato! O autor estava com uma sandália em dos pés e no outro um sapato normal. Isso provavelmente não seria nada demais em outra situação, mas era uma semana que muitos consideravam ser de uma rebeldia desnecessária.
Logo, a maioria considerou um protesto, uma afronta. Mas, segundo o músico, era apenas um calo no pé.
2 – Intriga entre Monteiro Lobato e Anita Malfatti
Monteiro Lobato pegou pesado com Anita Malfatti! O autor fez uma “crítica”, com tom de ofensa, à pintora. Isso em um jornal de bastante circulação da época. Veja só um trecho da publicação e tire suas próprias conclusões:
“Embora eles se deem como novos, precursores duma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranoia e com a mistificação.
De há muito já que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios. A única diferença reside em que nos manicômios essa arte é sincera, produto lógico de cérebros transtornados pelas mais estranhas psicoses; e fora deles, nas exposições públicas, zabumbadas pela imprensa e absorvidas por americanos malucos, não há sinceridade nenhuma, nem nenhuma lógica, sendo tudo mistificação pura.”
Por falar em críticas, passamos a vida toda recebendo milhares delas. Algumas nos ajudam a melhorar e realmente representam boas intenções.
Mas outras não são nada construtivas e só nos colocam para baixo. Isso acontece demais com quem está tentando passar no vestibular.
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