Escrever pode até parecer um bicho de sete cabeças, mas não é! Adquirir alguns hábitos, relacionados à leitura e a produção textual, pode melhorar a escrita em português significativamente e, o melhor, sem sofrimento. Será bem mais fácil do que você pensa. Veja as 8 dicas imperdíveis que selecionamos para você.
Neste texto sobre como melhorar a escrita em português, você encontrará os tópicos abaixo. Clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo:
- Qual a importância de melhorar a escrita em português?
- Leia por pelo menos 20 minutos todos os dias.
- Leia alguns Clássicos da Literatura.
- Sempre consulte o novo acordo ortográfico.
- Saiba mais que o óbvio, principalmente em relação ao uso das vírgulas.
- Escreva pelo menos um parágrafo, durante alguns dias da semana.
- Corrija e edite seus próprios textos.
- Não tenha vergonha de pesquisar quando bater uma dúvida gramatical.
- Relaxe, reserve um tempo ocioso.
- Após descobrir como melhorar a escrita em português, você pode aprender ainda mais com o nosso Curso de da Redação. Nele consta tudo que é preciso para arrasar na produção textual!
Por que melhorar a escrita em português?
Escrever bem pode ser favorável em várias circunstâncias das nossas vidas. No vestibular, em uma seletiva de emprego, na escola, na faculdade e em muitas outras situações com as quais iremos nos deparar. Basicamente, nossa vida é permeada pelo processo da escrita, por isso, é tão importante melhorar a escrita em português.
Infelizmente vivemos em uma época de tempo escasso, na qual tudo é “pra já”, e o que requer um período mais longo de dedicação tende a ser deixado de lado. Porém, algo que te ajudará durante todos os anos da sua existência, não deve ser negligenciado.
As dicas que preparamos para melhorar a escrita em portugues realmente funcionam, mas para que isso ocorra precisam ser postas em prática. Não são soluções mágicas, e caso alguém esteja te oferecendo algo super rápido e fácil para produzir textos superiores, fuja, pois não passa de uma mentira!
Não precisa se desesperar, você verá que nem é tão complicado. Se transformar cada um desses 8 passos em hábito, a mudança vai ocorrer de forma gradativa, mas muito mais significativa. Está preparado?
1 – Leia por pelo menos 20 minutos todos os dias
Já ouviu falar que nada melhor que ler para escrever bem? Pois é, em parte isso é verdade. É claro que entra uma série de fatores nessa discussão, como a qualidade daquilo está sendo lido, por exemplo.
É difícil afirmar que ler qualquer coisa é melhor que ler coisa nenhuma, mas não precisamos entrar nesse tipo de reflexão. O importante é que você aprenderá qual técnica de leitura deve ser utilizada para melhorar a escrita em português, de forma mais rápida e eficiente.
É super simples, você lerá com o intuito específico de ultrapassar as barreiras que dificultam a sua produção textual, o objetivo é melhorar a escrita em português, correto? Pois bem, vamos ver como isso deve ser feito.
Será observado aquilo que está sendo escrito, como o modo que as orações foram construídas, como estão dispostas no parágrafo, a ortografia, as vírgulas, os sinônimos e assim por diante. Nesse tipo de leitura, é essencial que não haja pressa.
O “porquê gramatical” do texto deve ser o seu foco. Isto é, leia enquanto se pergunta o motivo de cada coisa. Por quê tem uma vírgula aqui? Por quê um parágrafo agora? Por quê um ponto de interrogação e não um ponto final? Isso é o porquê gramatical.
Se entendê-lo, basta seguir a leitura, mas caso alguma dúvida paire no ar, será hora de dar uma pausa para pesquisar. Colocando em prática essa dica super acessível, a sua escrita irá alcançar outro patamar.
2- Leia clássicos da Literatura
Você nem pode imaginar o quanto os clássicos da literatura podem te ajudar nesse processo para melhorar a escrita em português. Talvez você ache super chato ler livros antigos, mas eu vou te contar porque vale a pena.
Primeiro, há um motivo bem evidente para que um livro seja chamado de clássico: ele passou por uma porção de críticos literários que atestaram sua qualidade. E, aqueles que criticaram, não conseguiram abafar o sucesso e a perpetuação que essas obras adquiriram.
Segundo, e mais importante, eles foram reeditados, revisados e traduzidos por milhares de vezes no decorrer dos anos. Passaram pelas mãos de centenas de editoras para serem lançados e relançados. Logo, a possibilidade de conterem erros é muito baixa.
Sendo assim, ter um deles na cabeceira é garantia de excelência, ou seja, de que você está aprendendo algo que não foi produzido errado. Imagina querer melhorar a escrita em português com páginas cheias de vírgulas equivocadas? Ninguém merece, né?
- “Ah, mas são muito clássicos. Eu não sei nem por onde começar”. Relaxa! O Beduka tem um artigo com uma lista de livros clássicos para você escolher. Também deixamos um pequeno resumo com análise de cada um.
3- Tenha sempre em mãos o novo acordo ortográfico
Muitas palavras que tiveram mudanças determinadas pelo novo acordo ortográfico continuam circulando por aí. Na internet então nem se fala. Isso acaba gerando uma porção de dúvidas.
Desde 2016, não temos mais o direito de nos equivocar colocando a palavra escrita do jeito “antigo”, pois foi o ano em que essas mudanças se tornaram obrigatórias. Entretanto, o fato é que nós não somos robôs e nem devemos tentar ser um.
Sendo assim, é indispensável o hábito de consultar, durante todas as produções textuais, essas mudanças que já estão há bastante tempo em vigor. Desse modo, estaremos constantemente expostos às formas corretas de se escrever. Abaixo, tenha acesso ao guia completo:
O mais legal é que, sem que a gente note, isso será enraizado em nossa mente.
4- Saiba mais que o óbvio, principalmente em relação ao uso das vírgulas
Por incrível que pareça, às vezes a escola nos limita. Isso acaba gerando um entrave na hora de melhorar a escrita em português. É como quando se fala que não se separa sujeito e predicado.
Calma, não é que seja uma afirmação falsa, é que ela permanece no campo da obviedade. Sendo que para melhorar a escrita em português precisamos entender as complexidades da língua.
Afinal, nem sempre utilizaremos a estrutura sintática mais simples (sujeito + predicado + objeto). Aprenderemos isso por intermédio de duas situações que demonstram casos em que o uso da vírgula está correto.
Nelas, aparentemente, o sujeito estará separado do predicado, mas a oração permanecerá gramaticalmente correta. Só não se esqueça, isso só é possível quando gramaticalmente justificado. Vamos lá?
1 – Após o Sujeito Oracional.
Sujeito oracional ocorre quando há uma oração subordinada substantiva fazendo papel de sujeito. Destacando que, as orações subordinadas são aquelas que exercem função sintática sobre outras, ou seja, a oração que subordina ou depende da outra.
Nesse caso, a vírgula é opcional, você pode escolher empregá-la ou não. No entanto, é preferível utilizá-la. Exemplo:
“Quem estuda, não erra questões simples nas provas”.
2 – Separar aposto explicativo
O aposto explicativo (elemento utilizado para explicar ou definir um termo da oração) veio para desmistificar a confusão feita durante anos em nossa cabeça, aí está o sujeito e o predicado separados por duas vírgulas e algumas palavras. Exemplos:
A Hora da Estrela, obra literária de Clarice Lispector, é muito cobrada nos vestibulares.
Assim como nos casos exemplificados, na hora de colocar a mão na massa, ou melhor, no lápis, surgirá dúvidas e descobertas com as quais nos deparamos superficialmente no colégio e até mesmo na faculdade. Ultrapasse-as para melhorar a escrita em português.
5- Escreva pelo menos um parágrafo, durante alguns dias da semana.
Para essa dica, nem é preciso muita explicação. Ninguém fica bom naquilo que não pratica. Logo, se você não reservar um tempo durante alguns dias da semana para escrever, nunca irá melhorar a escrita em português.
Não precisam ser horas e horas, a continuidade é melhor do que quantidade. Então, separar três horas e dividi-las no decorrer de três dias, poderá fazer uma diferença inimaginável. Vamos tentar?
6- Corrija e edite seus próprios textos
Quem nunca escreveu e foi correndo mostrar a um amigo ou professor, pedir sugestões e correções? Não que seja totalmente ruim, o olhar do outro pode ser muito positivo e produtivo. Entretanto, depender disso é um tiro no pé.
Se houver uma dependência total, provavelmente, seu texto chegará a correções com erros absurdos e evitáveis. Fora que a qualidade da sua escrita irá estagnar.
Pior, e quando chegar a hora da temida produção textual do vestibular? Não vai ter ninguém para ajudar!
São por esses motivos, que você deve começar a corrigir os seus textos. Muita coisa passa despercebida por falta de atenção, e não de conhecimento. Outras, só necessitam ser remodeladas (textos nunca estão prontos, há sempre algo para ser melhorado).
Fora as pesquisas, das quais falaremos no próximo tópico…
7- Não tenha vergonha de pesquisar quando bater uma dúvida gramatical.
Como você acha que as pessoas fazem artigos científicos e teses de doutorado? Pesquisando, pesquisando muito. Corrigindo, corrigindo muito. Refazendo, refazendo muito. Uma bela anáfora, não acha?
Não somos máquinas, nunca saberemos tudo, esquecemos. Enfim, somos humanos. Porém, o poder de criação do indivíduo é tão fantástico que através das limitações se criam soluções.
Uma dessas soluções são os registros, feitos por meio de livros, sites, etc. Bom, com esse mundo de informações ao nosso alcance, não faria sentido não consultá-lo. Está em dúvida em relação a uma conjugação verbal? Procure no Google ou em um livro.
São atitudes tão simples, mas que se a tornarmos rotina farão toda a diferença. Coloque isso em prática se quiser melhorar a escrita em português.
8- Relaxe e reserve um tempo ocioso.
Se você está achando que agora eu pirei, vamos lá! Eu juro que há uma explicação plausível. Para confirmar a minha tese, vou citar umas obras fantásticas que super indico para você dar uma conferida.
Temos o ensaio O Elogio ao Ócio, do filósofo e matemático inglês Bertrand Russell e O Direito à Preguiça, do jornalista francês Paul Lafargue. Mas olha só, isso nada tem a ver com a ideia ocidental de que quem não está fazendo nada é porque não quer nada da vida.
Muito pelo contrário, mas antes que eu comece a falar sem parar, é melhor que você leia as palavras de um importante historiador da atualidade. No mais, boa mudança para melhorar a escrita em português e boa reflexão!
(…) O ócio criativo é a capacidade de eu me entregar a uma música, a uma atividade lúdica, a um filme, a uma peça de teatro, uma situação afetiva em família, e dali extrair ideias, pensar e me entregar a uma criação que pressupõe maior estabilidade, inclusive emocional. O ócio criativo é fundamental para eu poder trabalhar. Nós estamos cada vez mais workaholics ou worklovers, cada vez mais imersos em atividades que exigem nossa atenção imediata, prática, cronológica. Isso nos torna pessoas cada vez menos produtivas. É preciso o ócio criativo no sentido da capacidade de pensar, ter ideias, estabelecer estratégias e dar passos seguintes, o que é diferente de eu viver imerso nesse oceano de ações cotidianas.[3] ”
Leandro Karnal, historiador brasileiro.
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