Guia Completo

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Tudo sobre o Enem 2023: como funciona, sobre a prova e dicas de estudo!

Tudo sobre o ENEM (1)Tudo sobre o ENEM (1)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma prova aplicada em todo o país, usada para medir o conhecimento escolar e como vestibular para entrar em universidades públicas. Ele tem 180 questões divididas em quatro áreas do conhecimento e uma redação dissertativa argumentativa.

Entender bem como ele funciona é um diferencial para quem deseja sair na frente da concorrência, pois ajuda na compreensão daquilo que a prova exige e evita gastar tempo com o que é irrelevante.

Neste artigo, vamos te contar TUDO o que você precisa saber sobre o Enem para ir bem na prova e conquistar sua tão sonhada vaga!

Quer seguir diretamente para algum assunto? Clique nos tópicos abaixo:

Nós também te ajudamos a se preparar para o Enem com nosso Simulado gratuito! Ele pode ser personalizado com as matérias que você quiser.

O que é o Enem e para que ele serve?

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma prova aplicada em todo o país. Essa prova é usada para medir o conhecimento escolar dos alunos e comparar com o ideal que foi projetado pelo Ministério da Educação (MEC).

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é o órgão desse ministério que executa e organiza o Enem, então é importante ficar de olho no seu site oficial.

Além disso, desde o ano de 2010, serve como “vestibular” da maioria das universidades públicas.

Vestibular é uma prova que se aplica para saber se o estudante tem o mínimo necessário para começar um curso superior (uma graduação).

Antigamente, se um aluno queria prestar mais de um vestibular para tentar vários cursos e instituições, deveria pagar todas as taxas de inscrição. Ele também devia realizar cada uma das diferentes provas nos locais de cada universidade.

Porém, desde 2010, o Brasil adotou o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Isso significa que agora só se deve fazer a prova do Enem e entrar no Sisu para ver virtualmente em quais universidades e cursos você poderá se matricular!

Além de servir como medidor e vestibular, a nota obtida no Enem pode ser usada para obter uma bolsa em universidades particulares ou financiamento do governo. Isso é possível quando a nota é aplicada no Prouni ou no Fies.

Como é a prova do Enem?

A prova do Enem é composta por duas partes:

  • 180 questões objetivas (fechadas): são subdivididas em 45 de cada área do conhecimento (Exatas, Humanas, Linguagens e Natureza).
  • 1 produção de texto: do gênero redação dissertativa argumentativa.

Ela é realizada em 2 dias de prova, sendo que em 2009 era feita em um mesmo final de semana (sábado e domingo). Porém, a partir de 2017, tem sido realizada em dois domingos seguidos. Ou seja, com o intervalo de uma semana entre as provas.

Na edição de 2020, o primeiro dia de prova foi sobre Ciências Humanas e Linguagens, além da redação. Já o segundo dia tratava sobre Ciências Exatas e da Natureza.

Sua duração máxima é de 5 horas por dia e é importante lembrar que ela só acontece uma vez por ano. Então é bom deixar o cronograma em dia e ficar de olho nas datas!

Datas importantes para o Enem 2023

Confira o cronograma completo do Enem 2023:

  • Inscrições: 05 a 16 de junho
  • Provas: 5 e 12 de novembro
  • Divulgação do gabarito: 24 de novembro
  • Resultados: 16 de janeiro de 2024

Quem pode fazer o Enem?

De uma forma geral, qualquer pessoa matriculada no Ensino Médio ou que já o tenha terminado pode fazer o Enem. Não há idade máxima!

Isso inclui todos os tipos de pessoas, inclusive grávidas, deficientes, lactentes, presos, etc. Porém, nesses casos regras específicas. Não deixe de ler nosso artigo completo sobre quem pode fazer o Enem. Nele explicamos tudo isso!

Importante:

Os que não completaram 18 anos e não concluíram o Ensino Médio não poderão usar a nota do Enem para ingressar no Ensino Superior. Em outras palavras, se você estiver no 1° ou 2° ano do EM poderá fazer a prova, mas será considerado o famoso treineiro do Enem.

Como se inscrever no Enem 2023?

Para se inscrever no Enem é bem simples. Nós fizemos um artigo explicando detalhadamente o passo a passo da inscrição

Mas já te adiantamos um resumo por aqui:

  • Tenha um aparelho eletrônico por perto, pois a inscrição é online.
  • Documentos em mãos (Identidade, CPF, endereço completo, e-mail e número de telefone).
  • Acesse o site: portal oficial do Enem, insira seus dados e crie sua senha.
  • Informe se você precisa de atendimento especializado na hora de realizar a prova.
  • Escolha um idioma para ser avaliado na sua prova de língua estrangeira.
  • Insira uma cidade para o dia em que for realizar a prova.
  • Responda ao questionário socioeconômico.
  • Finalize a inscrição e imprima o boleto que for gerado. Pague-o até o prazo determinado, caso contrário sua inscrição será cancelada.

Esse boleto é a única parte paga do Enem, pois é preciso cobrir os custos de se organizar uma prova nacional, impressa e em instituições limpas e organizadas com profissionais treinados.

O valor dessa taxa varia a cada ano e é divulgado no Edital do Enem, disponibilizado anualmente no portal oficial do Exame. Em 2018 custou R$ 82,00 e em 2019, 2020, 2021 e 2022 custou R$ 85,00.

Para o Enem 2023 será o mesmo valor da última versão.

Como pedir a isenção de taxa de inscrição?

É sabido que existem pessoas que querem ingressar em uma universidade pública mas não tem condições de pagar a taxa, pois faria falta na renda mensal da família.

Por isso, é possível se isentar do pagamento da taxa de inscrição do Enem. Para isso, o estudante deve atender alguns critérios estabelecidos pelo MEC. São eles:

  • Estar cursando o último ano do Ensino Médio na rede pública (isenção automática, porém é necessário solicitar no site);
  • Ter cursado todo o nível médio em instituição privada com bolsa integral e comprovar renda familiar mensal igual ou menor do que um salário mínimo e meio por membro da família (de acordo com termos da lei 12.799);
  • Se encontrar em situação de vulnerabilidade socioeconômica por ser membro de família de baixa renda que possua Número de Identificação Social (NIS), único e válido; e tem renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.

O pedido de isenção é feito antes mesmo das inscrições e, para o Enem 2023, já está disponível. Veja aqui o passo a passo para pedir a isenção de taxa!

Como se preparar para a prova?

Nós já fizemos um artigo completo sobre as dicas para se preparar para a prova do Enem! Nele, citamos 10 conselhos gerais explicados com exemplos. Nós também já fizemos um artigo especial com 7 dicas para o Enem 2023.

Aqui, vamos te dar apenas um gostinho do que você pode descobrir:

  • O primeiro passo de qualquer prova na sua vida é, antes de tudo, ler o edital do evento e se manter atualizado.
  • Procure saber quais são os conteúdos e se organize para estudá-los a tempo. Por isso, nós te oferecemos um Plano de Estudos!
  • Treine muitas questões de edições anteriores para ir simulando o que você viverá. Aqui no Beduka também temos um Simulado gratuito e online que pode ser personalizado!

Sendo assim, já foi divulgado um Edital sobre os protocolos de segurança sanitária e o seu não cumprimento poderá gerar a desclassificação do candidato!

Quais são as matérias que mais caem no Enem?

como é a prova do enem 2021

Como dissemos, o Enem é dividido em 4 grandes áreas: 

  • Natureza (Física, Biologia e Química);
  • Exatas (matemática);
  • Humanas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia);
  • Linguagens (língua portuguesa, língua estrangeira, literatura e produção textual).

Essa é uma prova bem extensa e isso gera muita insegurança nos alunos. São muitos os conteúdos que vemos ao longo de três anos. Como saber o que irá cair?

Temos uma notícia boa e outra mais ou menos…

A verdade é que ninguém sabe exatamente o que irá cair, até porque o Enem avalia habilidades e competências, não conteúdos em si. E ele é feito de forma secreta, só é revelado no momento da prova mesmo.

A boa notícia é que há um padrão e recorrência de certas matérias nas provas anteriores. Isso significa que há matérias que sempre caem ou que aparecem com mais frequência e chances de se repetir!

  • Nós temos um artigo completíssimo que detalha todos os assuntos que mais caem no Enem por cada matéria que vemos na vida escolar + resumos que te ajudarão a estudá-los!

Como é a redação do Enem?

A redação do Enem é muito temida por alguns estudantes, mas nós só tememos aquilo que não conhecemos! Então conheça como ela é:

O primeiro passo é saber que a redação do Enem sempre tem sido no gênero dissertativo argumentativo, que é marcado por ter três partes com funções específicas (Introdução, desenvolvimento e conclusão).

Além disso, ela precisa ter a argumentação bem feita em torno de um posicionamento de quem escreve. Ela costuma ser feita em 3 ou 4 parágrafos. Tome cuidado para não se empolgar demais! O tamanho mínimo é de 7 linhas e o máximo é de 30 linhas.

No final ou no meio do caderno de provas vem uma página com o tema da redação e alguns textos de apoio que são usados como inspiração de posicionamento. Não os copie e lembre-se de abordar a frase-tema inteira!

É preciso se conformar com a ideia de que o tema da redação só é conhecido na hora da prova, mas isso não significa que você deva ficar à mercê. Os possíveis temas apresentam um padrão de serem algo social e relacionado às atualidades.

Outro ponto importante é saber que não adianta ter as melhores ideias se não souber passar isso para a linguagem escrita formal. Portanto, é preciso ter conhecimentos prévios de gramática:

Enfim, além de tudo isso nós ainda fizemos um artigo sobre os segredos da redação e o Guia Completo da Redação Enem!

Como acessar o resultado do Enem?

Como estamos falando de uma prova a nível nacional, o resultado demora em torno de 2 a 3 meses para ser divulgado, após a data da prova. 

Além disso, os que realizam a prova como treineiro têm acesso somente depois dos que “fazem valendo”, então costuma demorar mais 2 meses.

Na edição de 2023 do Enem o resultado será divulgado em 16 de janeiro de 2024. Para acessá-lo, basta entrar sempre na página do participante, com seus dados cadastrados.

O espelho da redação também é mostrado, junto de um informativo sobre em quais critérios você perdeu pontos.

Lembre-se: depois de ter o resultado, você passará a utilizar a plataforma do Sisu, Prouni ou Fies se quiser ingressar em um curso superior!

Veja quando sai o resultado do Enem para treineiros.

Dicas para quem vai fazer o Enem 2023

Nós do Beduka queremos muito te ajudar, então trouxemos outras dicas além das que já foram passadas ao longo deste artigo!

Fique conosco e confira ainda algumas dicas úteis para quem vai fazer o Enem:

Gostou de conhecer tudo sobre o Enem 2023 e como ele funciona? Confira outros artigos do nosso blog e se prepare para o Enem da melhor maneira! Você também pode se organizar com o nosso plano de estudos!

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Como fazer uma Redação Nota Mil? [3 exemplos]

Como fazer uma Redação Nota MilComo fazer uma Redação Nota Mil

O sistema de correção TRI torna impossível que você tire uma nota perfeita em qualquer uma das provas fechadas do ENEM. A exceção a essa regra é justamente a prova de redação. Estudando bem os exemplos e dicas que verá nesse texto, você será capaz de fazer uma verdadeira Redação Nota Mil. 

Quando você terminar esse artigo sobre Redação Nota Mil, coloque em prática todo seu conhecimento com O Melhor Simulado Enem do Brasil. 

O que é preciso para fazer uma Redação Nota Mil? 

Existem algumas habilidades que são absolutamente indispensáveis no processo de escrever uma Redação Nota Mil. Entre elas podemos citar: 

  • Domínio da escrita formal da Língua Portuguesa;
  • Compreensão da proposta de redação; 
  • Desenvolver o tema utilizando várias áreas de conhecimento; 
  • Respeitar os limites do texto dissertativo-argumentativo; 
  • Manter uma argumentação sólida e organizada para defender seu ponto;
  • Dominar os artifícios linguísticos para construir sua argumentação;
  • Elaborar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

Você é uma daquelas pessoas que tem fome de conhecimento? Então siga o Beduka no Instagram para conteúdos diários.

Como fazer uma Redação Nota Mil? 

Há algumas dicas que ajudam a melhorar consideravelmente o desempenho dos estudantes na redação do ENEM. Veja quais são e tome o caminho da Redação Nota Mil. 

1- Conheça a Redação do ENEM

Para enfrentar qualquer desafio, primeiro, você deve entender as nuances desse desafio. Por isso, busque entender quais são as características da Redação do ENEM e o que é pedido

Para te ajudar, já estamos te avisando que ela possui um tema e, normalmente, é um problema da sociedade brasileira. A redação cobra dos seus escritores uma proposta de intervenção para esse problema. 

O texto deve ser uma dissertação-argumentativa e possui um máximo de 30 linhas.   

2- Entenda o estilo exigido

A reação do ENEM é dissertativa-argumentativa, e o tema sempre vem acompanhado de textos motivadores para inspirar os alunos sobre o que abordar. Esse gênero textual se estrutura em torno de argumentos para defender uma posição

Daí o nome “dissertativo-argumentativo”. É argumentativo porque defende um ponto de vista e dissertativo porque tenta explicar as ideias por trás desse ponto de vista. O objetivo é convencer o leitor de que você tem razão através de uma lógica consistente.   

3- Entenda as competências exigidas

As competências exigidas na redação do ENEM são 5: 

  • Domínio da norma-padrão da Língua Portuguesa;
  • Compreensão da proposta de redação;
  • Seleção e organização das informações;
  • Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto;
  • Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos.

Cumpra todas elas e terá feito uma redação nota mil. 

4- Saiba o que zera a redação

Além de prestar atenção para caminhar dentro das competências exigidas, você precisa se cuidar para cometer nenhum erro que zere a sua redação. Dentre as condutas que resultam nessa punição podemos citar: 

  • Fuga ao tema;
  • Não atendimento à estrutura do texto dissertativo-argumentativo;
  • Redação em branco;
  • Texto com menos de sete linhas;
  • Textos que contenham impropérios, desenhos etc;
  • Parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

NOTA: Se você zerar sua redação, não poderá participar de programas como SiSU, ProUni e FIES.

5- Leia outra Redações Nota Mil 

Um dos melhores métodos de treinamento que você pode pensar é ler as redações que os próprios corretores consideram perfeitas. Se conseguir reproduzir a linguagem, a estrutura e a argumentação dessas redações, o seu resultado será o mesmo que o delas. 

6- Estude os temas anteriores

Para se familiarizar com a dissertação-argumentativa, pegue os temas anteriores cobrados no ENEM e escreva sobre eles. Além disso, os temas mostram que o Inep tende a escolher temas como problemas sociais e ambientais do Brasil. 

7- Pratique com frequência

A prática leva à perfeição até na redação. Faça duas redações por semana e peça a alguém com experiência para corrigir seus textos. Isso é uma forma de testar o que você aprendeu. 

8- Mantenha-se atualizado

O estudante de ENEM preparado é o que consome livros e jornais constantemente, afinal os temas sempre estão relacionados com o interesse público de alguma forma. Portanto, acompanhe as notícias do mundo e do país. Isso vai te ajudar bastante. 

9- Leia bastante  

Ler amplia vocabulário, conhecimento, ajuda na construção de um texto e aumenta o repertório sócio-cultural. Resumindo, ler nunca é ruim, então leia bastante porque isso será de grande ajuda. 

Lembre-se que essas dicas só terão valor se forem acompanhadas da sua determinação. Dedique-se e trace um plano de estudos para sair na frente dos concorrentes. 

Exemplos de Redação Nota Mil 

2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Autora: Isadora Peter Furtado

A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira é um problema muito presente. Isso deve ser enfrentado, uma vez que, diariamente, mulheres são vítimas desta questão. Neste sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico-cultural e o desrespeito às leis.  

Segundo a História, a mulher sempre foi vista como inferior e submissa ao homem. Comprova-se isso pelo fato de elas poderem exercer direitos, ingressarem no mercado de trabalho e escolherem suas próprias roupas muito tempo depois do gênero oposto. Esse cenário, juntamente aos inúmeros casos de violência contra as mulheres corroboram a ideia de que elas são vítimas de um legado histórico-cultural. Nesse ínterim, a cultura machista prevaleceu ao longo dos anos a ponto de enraizar-se na sociedade contemporânea, mesmo que de forma implícita, à primeira vista

Conforme previsto pela Constituição Brasileira, todos são iguais perante a lei, independente de cor, raça ou gênero, sendo a isonomia salarial, aquela que prevê mesmo salário para mesma função, também garantidas por lei. No entanto, o que se observa em diversas partes do país é a gritante diferença  entre os salários de homens e mulheres, principalmente se estas forem negras. Esse fato causa extrema decepção e constrangimento a elas, as quais sentem-se inseguras e sem ter a quem recorrer. Desse modo, medidas fazem-se necessárias para corrigir a problemática.

Diante dos argumentos supracitados, é dever do Estado proteger as mulheres da violência, tanto física quanto moral, criando campanhas de combate à violência, além de impor leis mais rígidas e punições mais severas para aqueles que não as cumprem. Some-se a isso investimentos em educação, valorizando e capacitando os professores, no intuito de formar cidadãos comprometidos em garantir o bem-estar da sociedade como um todo.

2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil 

Autora: Marcela Sousa Araújo  

No meio do caminho tinha uma pedra

No limiar do século XXI, a intolerância religiosa é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país é laico e defende a liberdade ao culto e à crença religiosa. Por outros, as minorias que se distanciam do convencional se afundam em abismos cada vez mais profundos, cavados diariamente por opressores intolerantes. 

O Brasil é um país de diversas faces, etnias e crenças e defende em sua Constituição Federal o direito irrestrito à liberdade religiosa. Nesse cenário, tomando como base a legislação e acreditando na laicidade do Estado, as manifestações religiosas e a disseminação de ideologias fora do padrão não são bem aceitas por fundamentalistas. Assim, o que deveria caracterizar os diversos “Brasis” dentro da mesma nação é motivo de preocupação. 

Paradoxalmente ao Estado laico, muitos ainda confundem liberdade de expressão com crimes inafiançáveis. Segundo dados do Instituto de Pesquisa da USP, a cada mês são registrados pelo menos 10 denúncias de intolerância religiosa e destas 15% envolvem violência física, sendo as principais vítimas fieis afro-brasileiros. Partindo dessa verdade, o então direito assegurado pela Constituição e reafirmado pela Secretaria dos Direitos Humanos é amputado e o abismo entre oprimidos e opressores torna-se, portanto, maior.

Parafraseando o sociólogo Zygmun Bauman, enquanto houver quem alimente a intolerância religiosa, haverá quem defenda a discriminação. Tomando como norte a máxima do autor, para combater a intolerância religiosa no Brasil são necessárias alternativas concretas que tenham como protagonistas a tríade Estado, escola e mídia.

O Estado, por seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas que visem garantir uma maior autonomia religiosa e através dos 3 poderes deverá garantir, efetivamente, a liberdade de culto e proteção; a escola, formadora de caráter, deverá incluir matérias como religião em todos os anos da vida escolar; a mídia, quarto poder, deverá veicular campanhas de diversidade religiosa e respeito às diferenças. Somente assim, tirando as pedras do meio do caminho, construir-se-á um Brasil mais tolerante.

2017: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Autor: Marcus Vinícius Monteiro Oliveira 

No Brasil, o início do processo de educação de surdos remonta ao Segundo Reinado. No entanto, esse ato não se configurou como inclusivo, já que se caracterizou pelo estabelecimento de um “apartheid” educacional, ou seja, uma escola exclusiva para tal público, segregando-o dos que seriam considerados “normais” pela população.

Assim, notam-se desafios ligados à formação educacional das pessoas com dificuldade auditiva, seja por estereotipação da sociedade civil, seja por passividade governamental. Portanto, haja vista que a educação é fundamental para o desenvolvimento econômico do referido público e, logo, da nação, ela deve ser efetivada aos surdos pelos agentes adequados, a partir da resolução dos entraves vinculados a ela.

Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à implementação desse direito, reconhecido por mecanismos legais, a discriminação enraizada em parte da sociedade, inclusive dos próprios responsáveis por essas pessoas com limitação. Isso por ser explicado segundo o sociólogo Talcott Parsons, o qual diz que a família é uma máquina que produz personalidades humanas, o que legitima a ideia de que o preconceito por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação pelos surdos.

Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa com deficiência e é procrastinado, infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que deficientes eram deixados para morrer por serem tratados como insignificantes, o que dificulta, ainda hoje, seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.

Além do mais, ressalte-se que o Poder Público incrementou o acesso do público abordado ao sistema educacional brasileiro ao tornar a Libras uma língua secundária oficial e ao incluí-la, no mínimo, à grade curricular pública. Contudo, devido à falta de fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é bem efetivado.

Afinal, dados estatísticos mostram que o número de brasileiros com deficiência auditiva vem diminuindo tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues -, como em exclusivas, a exemplo daquela criada no Segundo Reinado. Essa situação abjeta está relacionada à inexistência ou à incipiência de professores que dominem a Libras e à carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerência do Estado nesse âmbito escolar.

Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa limitação em palestras elucidativas por meio de exemplos em obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade civil, em especial os pais de surdos, não seja complacente com a cultura de estereótipos e preconceitos difundidos socialmente.

Outrossim, o próprio público deficiente deve alertar a outra parte da população sobre seus direitos e suas possibilidades no Estado civil a partir da realização de dias de conscientização na urbe e da divulgação de textos proativos em páginas virtuais, como “Quebrando o Tabu”.

Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões no Ministério ou na Secretaria de Educação, pressionando os demiurgos indiferentes à problemática abordada, com o fito de incentivá-los a profissionalizarem adequadamente os professores – para que todos saibam, no mínimo, o básico de Libras – e a efetivarem o estudo da Língua Brasileira de Sinais, por meio da disponibilização de verbas e da criação de políticas públicas convenientes, contrariando a teórica inclusão da primeira escola de surdos brasileira.

O que todas essas Redações Nota Mil têm em comum?

O que toda Redação Nota Mil precisa
O que toda Redação Nota Mil precisa

1- Escrita Formal

Todos os exemplos que você leu apresentam escrita de acordo com a norma culta e respeitando as regras gramaticais (competência 1). Não há erros de regência, concordância, pontuação, ortografia, ou quaisquer que possa imaginar.  

2- Compreenderam a proposta

Os textos são dissertativos-argumentativos e seguem as propostas (competência 2). Eles argumentam com bons repertórios culturais e ao final apresentam soluções. 

Se ler novamente vai perceber que o primeiro parágrafo contém a tese, nos intermediários são desenvolvidos os argumentos e no último parágrafo ocorre a proposta de intervenção. 

3- Defenderam uma tese

Todos os textos apresentaram argumentos bem escolhidos, organizados e explicados. Isso demonstra um bom planejamento (competência 3)

Por exemplo, o terceiro parágrafo da redação de Marcus apresenta uma razão para o problema ser tratado, mostra a fonte desse problema e cita uma autoridade no assunto. Isso é o que se espera de redações de ENEM.    

4- Mostraram o conhecimento linguístico de seus autores

Todos os textos foram estruturados de forma coerente (competência 4).

5- Fizeram proposta de intervenção

Nenhum deles desrespeita valores humanos e as propostas de intervenção valorizam diversidade (competência 5)

Todos concluíram com propostas que levam em consideração cidadania, valores humanos e diversidade. 

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