O Pós impressionismo é um estilo artístico que surgiu na Europa no final do século XIX, existindo até o início das vanguardas. Esse movimento marcou a história da arte com Van Gogh e Cèzanne, pois romperam os padrões estéticos do Impressionismo, colocando muita emoção e subjetividade nas obras!
Neste artigo sobre Pós impressionismo, você encontrará:
- O que é Pós impressionismo e porque recebeu esse nome
- Diferença entre Impressionismo e Pós Impressionismo
- Principais características na pintura, arquitetura e escultura
- Divisão do Pós Impressionismo em 2 campos
- Artistas importantes e obras
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O que é Pós Impressionismo na arte?
O Pós Impressionismo é um estilo artístico que surgiu na Europa, tendo a França como berço. Foi no final do século XIX e início do século XX, uma época de inovações em Paris pela construção da Torre Eiffel em homenagem à Revolução Francesa.
Mais precisamente, dizemos que ele se iniciou com a última exposição do movimento impressionista em 1886. Sua duração foi até a primeira década do século XX, quando os movimentos das Vanguardas surgiram (como o Cubismo, em 1907).
Apesar de ter durado pouco, o Pós Impressionismo foi marcante na história da arte mundial por causa das novidades. Ele influenciou movimentos da arte moderna e até hoje inspira algumas artes contemporâneas.
Esse movimento se expressou mais na pintura, mas também afetou a escultura e até a arquitetura! Os artistas desse estilo se tornaram muito famosos, tanto que você já deve ter ouvido falar do Van Gogh….
Por que o nome Pós Impressionismo?
O Pós Impressionismo começou logo depois da última exposição de arte Impressionista, então recebeu esse nome (pós = após, depois). Mas não é só por isso…
Na realidade, essa tendência artística manteve algumas características do Impressionismo, ao mesmo tempo em que não seguia seus padrões.
Os representantes pós-impressionistas se organizaram espontaneamente, inspirando-se e se confrontando ao mesmo tempo. Tanto é que alguns dos artistas pós-impressionistas inicialmente eram do Impressionismo.
O termo Pós Impressionismo foi utilizado pela primeira vez pelo britânico Roger Eliot Fry (1866-1934). Ele era um crítico de arte que queria se referir às obras expostas na Grafton Galleries, Londres, em 1910. Essa exposição envolvia nomes como Van Gogh e Cézanne.
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Qual a diferença entre o Impressionismo e o Pós Impressionismo?
A principal diferença entre o Impressionismo e o Pós Impressionismo é: o primeiro valorizava questões técnicas, como a luz natural e a pintura ao ar livre. O segundo buscava a expressividade e a emoção além da técnica, no momento da criação.
Se pensarmos apenas na técnica, um estilo é considerado extensão do outro (observe o efeito das pinceladas). Mas sabemos que são diferentes porque o Impressionismo foca no padrão estético (aparência) enquanto o Pós Impressionismo busca novidades e subjetividade (sentido).
Os pós-impressionistas viam o movimento anterior como algo superficial, frio, que não retratava os acontecimentos sociais e não expressava o íntimo do autor. Por isso, eles buscaram novos conceitos e formas, aprofundando nos temas e emoções.
Ressaltamos que o Pós Impressionismo não deixa a técnica de lado. Eles continuaram usando dela, embora não fosse o único elemento que buscavam destacar.
Principais características do Pós Impressionismo
O pós-impressionismo foi marcado pela heterogeneidade, o que significa muita variedade entre os autores. Isso aconteceu porque seus artistas não seguiam sempre os padrões estéticos e buscavam a subjetividade.
Até mesmo os impressionistas foram considerados “solitários” por raramente se reunirem e nem sempre compartilharem uma mesma opinião. Imagine então os pós-impressionistas, que não foram bem aceitos nem pelo Salão de Paris (local para expor obras)!
Por conta de tudo isso, eles criavam suas próprias exposições individuais e não havia aquele intercâmbio intenso como ocorre em galerias com vários artistas.
Mesmo com uma grande variedade de estilos e técnicas, podemos citar algumas características que se repetiram muito nesse movimento:
- Forte presença do que é subjetivo e da simbologia
- Cenas políticas, sociais e cotidianas
- Liberdade no uso de cores
- Valorização de texturas e luminosidade
- Contorno mais delimitado
- Uso da técnica pontilhista (muitos pontinhos para compor a figura)
- Valorização da bidimensionalidade (duas dimensões, não três como enxergamos)
Na escultura, buscavam criar figuras harmoniosas e em equilíbrio com o ambiente. Um dos destaques foi Aristide Maillol, escultor que admirava a Grécia primitiva. Em suas obras, usava nudismo e misturava a emoção com a sobriedade.
Na arquitetura, em torno do rio Sena de Paris, os prédios tinham estruturas metálicas cobertas por fachadas de pedra. Haviam tetos amplos com saguões que abrigavam exposições temporárias. Também a Torre Eiffel é outro exemplo.
Divisão do Pós-impressionismo em dois campos
Mesmo que o Pós Impressionismo já tenha sido um rompimento, podemos subdividi-lo em dois campos. O primeiro era mais tímido em relação à temática mas trazia liberdade nas cores, pontos e planos. O Segundo já focava nos sentimentos e rompia com a objetividade:
- Coordenado por Seurat e Cézanne: desenho formal e científico que usava a teoria dos pontos e planos de cor.
- Coordenado por Lautrec e Van Gogh: expressão dos sentimentos e das emoções, usando cor e da luz.
Artistas importantes do pós-impressionismo
Alguns dos principais representantes dessa corrente artística foram:
- Vincent Van Gogh
- Paul Cèzanne
- Paul Gaguin
- Georges-Pierre Seurat
- Charles Angrand
- Édouard Vuillard
- Henri Rousseau
- Henri de Toulouse-Lautrec
- René Schützenberger
Fique tranquilo, você não precisa saber o nome de todos eles. Nós vamos te contar um pouquinho sobre os 4 principais:
Georges-Pierre Seurat (1859-1891)
Para alguns estudiosos, o pintor francês Georges-Pierre Seurat foi o primeiro artista a romper com o Impressionismo e se tornar um pós-impressionista.
Conhecido por empregar a técnica do pontilhismo, ele explorou novos conceitos em relação à representatividade da cor. Assim, ele conseguiu chamar a atenção não só do público e dos críticos, mas também de diversos artistas da época.
Algumas de suas obras foram:
- Banhistas em Asnières (1884)
- Domingo à Tarde na Ilha de La Grande Jatte (1884–1886)
- A Torre Eiffel (1889)
- O Can-can (1890)
Vincent van Gogh (1853-1890)
Vincent van Gogh foi um holandês astuto! Ele rejeitou os padrões rígidos e o acabamento perfeito, tornando-se o maior representante do Pós-impressionismo, e um dos artistas mais famosos na história da arte.
Usava cores saturadas (que se aproximam do tom puro, intenso) e pinceladas únicas. Criou obras cheias de emoção e subjetivismo que até hoje são interpretadas e reinterpretadas por críticos de arte de todo o mundo!
A sua obra Noite estrelada (1889) é um ícone até nas redes sociais, mas há outras:
- Amendoeira em flor (1890)
- Autorretrato com a orelha cortada (1889)
- O quarto (1888)
Paul Gauguin (1848-1903)
Paul Gauguin tornou-se um grande amigo de Van Gogh, chegando a dividir um estúdio em 1888.
Ambos admiravam o simbolismo que uma obra de arte podia apresentar e, inspirado nisso, Gauguin desenvolveu a teoria do sintetismo (sentimentos do artista em foco e estética definida por sua forma pura).
Em seu trabalho, quase não usava o sombreamento, preferindo cores puras, linhas fortes e bidimensionalidade para provocar um impacto emocional intenso.
Suas principais obras são:
- Vincent Van Gogh pinta girassóis (1888)
- Autorretrato em auréola (1889)
- O Cristo amarelo (1889)
- Duas taitianas com flores de manga (1899)
Paul Cézanne (1839-1906)
Cèzanne foi um pintor que focou em explorar a estrutura formal de naturezas-mortas, retratos e paisagens.
Ele foi tão importante que influenciou artistas de outros movimentos, como Henri Matisse e Pablo Picasso. Desenvolveu seu próprio estilo e é considerado a ponte entre o Impressionismo e o Cubismo.
Em vez de retratar a impressão geral de uma cena, fazia uma organização diferente ao mostrar paisagens construídas por elementos geométricos simples. Pintava paisagens a partir da sua imaginação!
- A orgia (1864)
- O negro Cipião (1867)
- A tentação de Santo Antônio (1870)
- A casa do enforcado (1873)
- Os jogadores de cartas (1892)
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