Alexandre Magno foi um dos maiores generais e estrategistas da antiguidade. Ele se tornou rei da Macedônia aos 20 anos e durante os 12 que a governou teve numerosos feitos, com a conquista das principais civilizações da época.
Inclusive, chegou a se tornar faraó do Egito, ainda que não tivesse nenhuma ligação de sangue com os seus antigos governadores. Mas isso é pouco diante do que ele fez em sua breve vida.
Neste artigo, vamos te contar quem foi Alexandre Magno e quais foram os seus feitos. Continue lendo e desvende as principais realizações deste rei.
Quem foi Alexandre Magno?
Alexandre Magno, também conhecido como Alexandre, o Grande, foi o governante da Macedônia entre 336 a.C. e 323 a.C. Entre sua subida ao trono e seu falecimento, ele tornou a Macedônia o maior império da região do Mediterrâneo, conquistando diversos reinos de oeste a leste. Vamos ver como ele fez isso?
Alexandre nasceu em Pela, cidade macedônica, em julho de 356 a.C. O dia exato de seu nascimento não é conhecido e há quem diga ter sido 20 ou 21. Mas o que realmente importa é que, o rei Felipe II, seu pai, havia assumido o trono macedônico três anos antes, fazendo de Alexandre seu sucessor.
Como príncipe, ele recebeu a melhor educação possível do mundo grego, tendo em vista que ele chegaria a governar um dia. Teve como pedagogo Lisímaco e foi educado nas artes militares por Leônidas. Tal qual os outros jovens da nobreza, aprendeu a lutar, ler, tocar lira, cavalgar e caçar.
Quando completou 13 anos, Alexandre passou a ter como tutor o filósofo Aristóteles. Ele aceitou ser professor do jovem após Filipe II se comprometer a reconstruir sua cidade natal, Estagira, que tinha sido destruída pelo próprio rei durante a expansão. Aristóteles permaneceu no cargo até os 16 anos de Alexandre.
Entenda mais sobre quem foi Alexandre Magno e quais foram seus feitos com nosso resumo sobre a Grécia Antiga.
Isso coincidiu com a primeira regência de Alexandre e a primeira mostra de seus feitos. Ele reprimiu uma rebelião promovida pelos medos e trácios, respondendo rapidamente e expulsando-os dos seus territórios. Depois, recolonizou as terras e fundou uma cidade, Alexandrópolis.
Com 16 anos, Alexandre Magno já comandava exércitos de seu pai e conseguia vitórias importantes para o domínio macedônio. Elas culminaram na incorporação de todo o território grego ao reino de Filipe II.
Quando seu pai morreu, em 326 a.C., assassinado por um de seus generais, Alexandre assumiu o trono e conteve a instabilidade do reino. Em seguida, levou adiante a expansão iniciada por Filipe II, chegando a conquistar os principais reinos da época.
Reinado de Alexandre, o Grande
Para entendermos melhor quem foi Alexandre Magno e quais foram os seus feitos, vamos analisar o seu reinado.
Ele teve início em 326 a.C., quando Filipe II foi morto por Pausânias, que desejava se vingar após o rei nada fazer contra Átalo, que o tinha exposto a uma vergonha. Alexandre assumiu o trono e teve como primeira medida o julgamento dos suspeitos de estarem envolvidos no assassinato de seu pai. Alguns homens foram condenados, entre eles, os filhos de Pausânias.
Em seguida, Alexandre eliminou rivais ao trono, incluindo seu primo Amintas IV, que era filho do rei Amintas III. Ele já havia sido proclamado rei em 359 a.C., mas era apenas uma criança e teve como tutor e regente Filipe II, a quem o povo forçou a assumir o trono. Agora crescido, Amintas podia tentar retomar o governo.
Além de acabar com rivais, Alexandre teve de lidar com rebeliões dos povos conquistados por seu pai. Novamente os trácios e parte dos gregos, como os atenienses. Ao mobilizar o exército, conseguiu a rendição dos revoltosos e sua submissão.
Depois de assegurar seus domínios na região, ele empreendeu uma campanha contra os persas. Passou boa parte de seu reinado em batalhas na Ásia e a Macedônia foi efetivamente governada por Antípatro, um general experiente.
O reinado de Alexandre terminou em 326 a.C., quando ele faleceu após uma das campanhas militares.
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Feitos militares de Alexandre Magno
Alexandre viveu em um período em que os grandes impérios eram uma realidade. Além disso, a educação que recebeu o fez ter contato com histórias de diversos reinos e grandes domínios. Além disso, seu próprio pai foi um grande conquistador.
Tendo isso em mente, seria difícil que ele próprio não se lançasse em aventuras do tipo. Segundo o historiador Danilo Bernardino, “seus principais objetivos iam ao encontro de uma já antiga tradição Mesopotâmica de estabelecimento de impérios universais”.
As principais expedições de Alexandre voltaram-se para o império Persa, a Índia e o Egito, que era dominado pelos persas na época.
Sua primeira investida foi na região da Ásia Menor, onde hoje fica a Turquia. Lá, ele liderou um exército para guerrear contra os persas e suprimir sua influência na região. Após a vitória, reconstruiu cidades e as transformou em pólis democráticas.
Na Batalha de Isso, em 333 a.C., obteve uma nova vitória contra os persas e abriu caminho para conquistas na Síria e na Fenícia. Em seguida, rumou para o Egito e o tomou dos persas, sendo coroado como faraó.
Esse fato demonstra bem quem foi Alexandre Magno e quais foram os seus feitos, pois em todos os domínios ele buscou adotar aspectos da comunidade conquistada. Ser chamado de faraó no Egito é semelhante a usar roupas e o diadema dos reis persas, o que ele fez também.
O domínio macedônico do Egito seria o mais importante do período helenístico. Nele, Alexandre fundou a cidade de Alexandria, na costa do delta do rio Nilo. Ela cumpria objetivos militares e servia como barreira de proteção ao rio e um modo de evitar ataques surpresas.
Após a conquista do Egito, o exército macedônio foi levado por Alexandre para bater-se contra os persas na própria Mesopotâmia. Vencedor, Alexandre conquistou a Babilônia, Susa e Persépolis. Depois de tomar todo território dos persas, dirigiu-se para a Índia.
Em 327 a.C. ele levou suas tropas para lá, travando batalhas até 326 a.C. Após algumas vitórias, os soldados pediram para retornar à Pérsia, o que foi concedido.
Já no território persa, organizou seu casamento com uma das nobres da região, Roxane. Porém, no ano seguinte, faleceu de maneira repentina, dando fim aos seus feitos.
Como Alexandre Magno morreu?
A causa da morte de Alexandre o Grande é debatida até hoje entre historiadores e especialistas. A única coisa que se sabe mesmo é que ela foi repentina, começou com uma forte febre, que foi piorando ao ponto de ele não conseguir falar mais. Em poucos dias, ele morreu.
Discute-se se essa febre foi causada por malária ou outras doenças, como a febre tifóide ou a síndrome de Guillain Barré.
Outra hipótese, que circula desde a antiguidade, é a de envenenamento do imperador. A aristocracia macedônica era muito propensa a traições e houve quem tomasse essa explicação para a morte repentina. Alguns até acusaram Aristóteles de ter influenciado Antípatro para que envenenasse Alexandre.
Contudo, a maioria dos historiadores antigos dizem que o corpo de Alexandre permaneceu puro e fresco, sem mostrar sinais de influência de veneno. Então a probabilidade maior recai sobre a hipótese de alguma doença.
De toda forma, o império passou por diversos abalos e foi dividido entre os generais, já que Alexandre ainda não tinha herdeiros. Sua mulher Roxanne estava grávida quando ele faleceu, mas não tinha nenhuma influência.
Alexandre Magno promoveu o Helenismo?
Quando se pergunta quem foi Alexandre Magno e quais foram os seus feitos, uma das coisas que aparecem é a sua promoção do Helenismo. Ou seja, da mescla entre a cultura grega e a asiática, principalmente a persa.
Porém, isso não foi feito intencionalmente, para instaurar uma nova cultura.
Alexandre adotou alguns trajes dos persas e fez nobres macedônios se casarem com mulheres da nobreza persa. Mas o seu objetivo era estabelecer a governabilidade do território.Era apenas mais um traço das conquistas que ele realizava.
Mas de fato houve uma mistura, principalmente entre os filósofos e religiosos, de maneira espontânea.
Para saber mais sobre isso, acesse nossos textos sobre o Helenismo:
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