O barroco foi um movimento exuberante e luxuoso. Com uma riqueza de detalhes que ajudaram a retratar o dualismo, conflito entre o profano e o sagrado. Ele se tornou tão importante que é bastante cobrado em diversos vestibulares. Por isso, vamos te contar as principais características do barroco europeu e as demais informações que você precisa saber para fazer o Enem.
Preparamos este artigo incrível para você que deseja descobrir as características do barroco europeu. Tem bastante conteúdo pela frente, então, clique em um dos tópicos para ir diretamente ao que deseja:
- O que foi o barroco europeu?
- Quais as principais características do barroco europeu?
- Arte barroca na Itália
- Arte barroca em Portugal
- Arte barroca na Espanha
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O que foi o barroco europeu?
O barroco, assim como o renascimento, foi um movimento artístico cultural que surgiu na Itália. Mas ao contrário dos ideais renascentistas, ele representou um retorno à preocupação religiosa.
Essa preocupação foi fortemente marcada por um conflito entre o profano e o sagrado, ou seja, entre os assuntos relacionados ao espírito e aos referentes à natureza terrena: é o que chamamos de dualismo.
A riqueza de detalhes e o aspecto luxuoso são outros fatores determinantes dos ideais barrocos. Era uma arte feita para chamar a atenção, e isso acabou sendo aproveitado pela Contrarreforma.
Logo, o barroco foi um movimento ligado a diferentes áreas e representado pelo conflito humano e pela tentativa da igreja de retomar o prestígio e poder.
Não trata-se de uma arte do catolicismo, mas foi uma manifestação bastante aproveitada por ele.
Por esse motivo, a maioria do legado dessa época pode ser encontrado dentro de igrejas e catedrais. A seguir, veja quais são as principais características do barroco europeu.
Quais as principais características do barroco europeu?
O barroco foi um movimento rico em detalhes, exuberante e luxuoso. Se o renascimento, ideal que o antecedeu, priorizava a harmonia, a ciência e o homem; o barroco surgiu como um contraponto a tudo isso.
Ao olhar para a imagem abaixo, você conseguirá entender de forma mais clara as características do barroco europeu.
Perdeu-se nos detalhes? Pois bem, o homem barroco estava mais ou menos assim: perdido entre ideias opostas, entre o céu e o inferno, entre o desejo e a santidade. E a busca por resolver esse dilema tornava a criação contínua e incansável, repleta de excessos.
Na literatura, os escritores usaram e abusaram das figuras de linguagem e de uma escrita rebuscada. Havia o que chamamos de cultismo (jogo de palavras) e conceptismo (jogo de ideias).
Na arquitetura, os detalhes, em sua maioria, eram dourados, feitos de ouro, e isso ajudou a igreja a recuperar uma imagem de influência e poder! As pinturas e esculturas eram um retrato de temas religiosos: anjos, santos e representações de cenas descritas na bíblia.
Lista completa das características do barroco europeu
Sabemos que às vezes tudo que o aluno precisa para se situar no assunto é uma lista com todos os detalhes do período. Por isso, preparamos uma para você. Mas não esqueça de também ler e reler o conteúdo que as explicam com bastante atenção.
Abaixo, veja as principais características do barroco europeu:
- Riqueza de detalhes;
- Arquitetura com formato oval e esculturas;
- Esculturas côncavas e convexas (com o intuito de passar a ideia de movimento);;
- Dualismo (conflito entre o profano e o sagrado);
- Excessos, luxo e exuberância;
- Linguagem rebuscada;
- Uso de figuras de linguagem;
- Conceptismo (jogo de ideias);
- Cultismo (jogo de palavras);
- Contraste de cores (entre luz e sombra).
Agora, que você já sabe as características do barroco europeu, teste seus conhecimentos com os 11 melhores exercícios sobre o barroco. Isso vai te ajudar a entender como o assunto é cobrado nos vestibulares.
Arte barroca na Itália
Foi na Itália que o barroco surgiu antes de seguir sua expansão para os demais países. Por lá, ele assumiu o papel que o fez nascer: um conflito entre o profano e o sagrado, uma valorização dos detalhes e a utilização de temáticas bíblicas em suas produções.
Caravaggio é um dos nomes mais importantes do período. Ele utilizou as cores para representar o contraste entre a luz e as sombras em suas pinturas.
Bernini é outro nome italiano do período. Suas esculturas estão localizadas em Roma e no Vaticano.
Além desses nomes, o arquiteto Borromini e o pintor Andrea Pozzo também foram os precursores da arte que se espalhou pelo ocidente.
Arte barroca em Portugal
O barroco em Portugal segue a mesma linha de pensamento do barroco que ocorreu no resto da Europa: um dilema entre teocentrismo e antropocentrismo (entre Deus e o Homem).
E, assim como nos demais países, ele foi aproveitado pela igreja que estava em crise desde o surgimento dos ideais renascentistas. Um dos principais nomes do barroco português é o do Padre Antônio Vieira.
Nesse sentido, o barroco em Portugal se confunde ao que ocorreu por aqui, pois o Padre Antônio Vieira passou a maior parte do tempo no Brasil. Ele escreveu “Os Sermões”: uma mistura entre vida sacra e vida secular (na sociedade).
Outros nomes importantes do barroco em Portugal são: o padre Manuel Bernardes, D. Francisco Manuel de Melo, Francisco Rodrigues Lobo, soror Mariana Alcoforado e Antônio José da Silva.
Já, na pintura, destacou-se: Josefa de Óbidos. Ela nasceu na Espanha, mas foi em Portugal que viveu e produziu importantes pinturas: “Maria Madalena confortada pelos Anjos”, “Calvário”, “A Sagrada Família” e “Santa Maria Madalena”
Lembrando que as características do barroco europeu são muito semelhantes em todos os países alcançados por esse movimento. A diferença é mais marcante em relação aos autores e obras.
Arte barroca na Espanha
Na Espanha, o barroco ganhou destaque principalmente na literatura. Com os seguintes poetas espanhóis: Quevedo, Góngora, Lope de Vega, Calderón, Tirso de Molina, Gracián e Mateo Alemán.
Inclusive, o cultismo também é chamado de gongorismo por causa do religioso e poeta Luís de Góngora.
Outro conceito do barroco que surgiu devido à literatura espanhola foi o conceptismo ou quevedismo. Ele foi inspirado nas poesias do escritor Francisco de Quevedo.
Além da literatura, a Espanha deu ao mundo uma das telas mais famosas não só do barroco, como também de toda a história da arte ocidental: As Meninas (1656), de Diego Velásquez.
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