O Tétano é uma doença infecciosa aguda causada pela toxina da bactéria Clostridium Tetani. A enfermidade é caracterizada por causar intensas contrações musculares; podendo levar a graves sequelas e até à morte, se não for tratada. As duas formas de prevenção mais eficazes são a vacina e o conhecimento das informações sobre a doença!
Neste artigo sobre o Tétano, você encontrará:
- O que é Tétano, causas e transmissão
- Sintomas e complicações
- Prevenção, diagnóstico e tratamento
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O que é Tétano? Causas e Transmissão da doença
O Tétano é uma infecção aguda e grave causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium Tetani, afetando principalmente os músculos. A bactéria é encontrada nas fezes dos seres humanos e de animais terrestres, pois naturalmente vivem no nosso intestino sem causar danos.
O termo Tétano acidental é utilizado quando se contrai a enfermidade pelo meio externo (lesões). Portanto não é uma doença contagiosa, ou seja, um humano infectado não transmite diretamente a outro saudável. Há também o Tétano Neonatal, que ocorre em recém nascidos.
Vamos compreender como se dá a exposição ao Tétano:
Contágio
- Tétano Acidental
Quando a bactéria é eliminada para o meio externo nas fezes assume a forma de esporos, partículas leves que podem ser levadas pelo vento. Por isso, as bactérias podem ser encontradas em qualquer superfície (terra, plantas e objetos).
Vale lembrar que objetos metálicos e enferrujados costumam ser o meio mais propício, pois neles os esporos sobrevivem mais tempo. Por isso é comum associar o risco de tétano com imagens de pregos e arames farpados.
Dessa forma, quando o esporo penetra em algum ferimento externo profundo (corte, furo, queimadura, arranhões, mordidas), cai na corrente sanguínea contaminando a pessoa e causando a doença.
- Tétano Neonatal
Já o Tétano Neonatal, também conhecido como “mal de sete dias”, ocorre pela contaminação do coto. No período em que se cuida do umbigo do bebê, logo após ser retirado o cordão umbilical, esporos do bacilo tetânico podem penetrar na criança caso os instrumentos utilizados para a “cura do umbigo” estejam mal higienizados.
Antigamente não se tinha a compreensão médica de hoje, mas observa-se que muitas crianças morriam na primeira semana de vida. Assim, esse fenômeno recebeu o nome de Mal de sete dias porque esse era o tempo máximo que um recém nascido sobrevivia após a contaminação por Tétano.
Sintomas de Tétano
A toxina do Clostridium Tetani atinge o corpo inteiro mas principalmente os músculos. Portanto, os sintomas mais comuns são:
- Contrações e espasmos musculares
- Rigidez de membros (braços e pernas)
- Rigidez abdominal
- Dificuldade de abrir a boca
- Dores nas costas e nos membros (braços e pernas)
- Aumento da tensão muscular geral
As complicações acontecem naturalmente com o passar do tempo caso não seja tratado. Elas são:
- Quando os músculos do pescoço são atingidos, por exemplo, há dificuldade de deglutição e a pessoa pode emagrecer e precisar de sonda para se alimentar.
- Quando os músculos reto-abdominais e os do diafragma são atingidos, o paciente acaba enfrentando a insuficiência respiratória e precisando de respiradores mecânicos.
- As contrações chegam a ser tão fortes que entortam as pessoas, que podem fraturar ossos.
- Caso haja constantes crises de contraturas, geralmente desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros ou manipulação da pessoa; pode acarretar em morte.
As chances de morrer dependem da idade, tipo de ferimento e presença de outros problemas de saúde como complicações respiratórias, renais e infecciosas.
Os sintomas do Tétano Neonatal são contrações, choro intenso e dificuldade para mamar, pois o Sistema Nervoso é afetado e provoca fortes dores.
Diagnóstico, tratamento e prevenção do Tétano
O diagnóstico do tétano é clínico, ou seja, não depende de exames laboratoriais. Contudo, eles podem ser feitos para controle das complicações e tratamento do paciente.
Exemplo: o hemograma de uma pessoa com Tétano costuma ser normal, exceto quando há alguma outra infecção. Sabendo disso, faz-se um tratamento conjugado.
Há ainda a realização de radiografias de tórax e da coluna para o diagnóstico de infecções pulmonares e fraturas de vértebras.
Além disso, algumas doenças possuem sintomas semelhantes (contração muscular), portanto, faz-se exames de diagnóstico diferencial para descartar outras enfermidades.
Tratamento
Como se trata da toxina de uma bactéria, os antibióticos são utilizados em conjunto com relaxantes musculares, sedativos, imunoglobulina e soro antitetânicos.
O doente deve ser internado em unidade assistencial apropriada, onde exista suporte técnico necessário, com o mínimo de barulho, de luminosidade e com temperatura estável. Isso porque a doença avança rápido e pode deixar sequelas ou causar morte.
Prevenção do Tétano Acidental
Mesmo aqueles que já contraíram a doença uma vez, não adquirem anticorpos suficientes para evitá-lo. Portanto, a vacinação é a forma de proteção mais eficiente. Ela é recomendada para todas as pessoas e não apenas os grupos de risco, além de ser parte do calendário obrigatório de vacinação.
Para uma imunização adequada, em caso de ferimento, é preciso ter tomado três doses da antitoxina tetânica, presente nas vacinas DTP, DT e dT, tendo sido a última dose há menos de dez anos.
É importante lembrar que mesmo vacinada, a pessoa que tiver uma lesão profunda ou uma ferida em contato com algum objeto suspeito, sempre deve lavar o local com água e sabão, jogar um pouquinho de água oxigenada e procurar o serviço de saúde mais próximo. Lembre-se de explicar ao médico detalhadamente como tudo ocorreu.
Isso porque o Clostridium Tetani é uma bactéria anaeróbica obrigatória, ou seja, só vive na ausência de oxigênio. Por isso o perigo existe em lesões profundas (onde o oxigênio superficial não entrou) e é bom jogar água oxigenada.
Ainda sim, não é uma garantia de que a bactéria não penetrou, pois não se sabe o tempo que decorreu entre a lesão e a higienização. Como os sintomas evoluem rápido e são graves, sempre procure a unidade de saúde mais próxima para ingerir soro ou ser novamente vacinado, se necessário.
Prevenção do Tétano Neonatal
A prevenção é feita a partir da vacinação de todas as mulheres em idade fértil (entre 12 e 49 anos), com três doses da vacina. Antes do parto, a mulher deverá ter tomado pelo menos duas doses da vacina e, caso sua última dose tenha sido há mais de cinco anos, ela deverá tomar um reforço.
Além disso, é importante a melhoria da atenção ao pré-natal, ao parto e o puerpério. Todas essas etapas devem contar com assistência adequadas às mães e os bebês, facilitando o acesso à informação e aos recursos de higiene e saúde.
A vacinação nos bebês é feita com três doses da vacina pentavalente, a primeira aos dois meses, a segunda aos quatro e a última aos seis meses. Também conta com reforços ao longo do crescimento: vacina tríplice aos 15 meses e outro entre 4 e 6 anos de idade. A partir daí, os reforços devem ser feitos com a vacina dupla de 10 em 10 anos.
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