Biologia

O que é Leptospirose? Fique por dentro de todos os detalhes: das causas até o tratamento!

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A Leptospirose é uma infecção aguda causada pelo contato com a urina de animais infectados pela bactéria Leptospira. Os roedores são os vetores mais comuns, mas pode atingir os animais domésticos e até mesmo a água. Em alguns casos, a doença causa  síndromes gravíssimas e por isso é importante conhecer mais sobre ela!

Neste artigo sobre o que é Leptospirose, você encontrará:

  1. O que é Leptospirose e suas fases
  2. Sintomas e transmissão 
  3. Prevenção, diagnóstico, tratamento e grupos de risco 

O que é Leptospirose?

A Leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada por bactérias do tipo Leptospira. Essa enfermidade é classificada como uma zoonose, ou seja, um tipo de doença animal que pode infectar seres humanos.

Ela pode ocorrer no mundo inteiro, exceto nas regiões polares, e pode atingir qualquer idade além de ambos os sexos. Na maioria (90%) dos casos de leptospirose a evolução é benigna, mas quando não tratada, pode gerar gravíssimas consequências.

No Brasil, a leptospirose é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas áreas urbanas da região sudeste devido às enchentes. Vamos entender o motivo disso investigando a causa e a transmissão:

Causas e Transmissão da Leptospirose

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Como foi dito, a causa é bacteriana, mas por meio de um vetor animal, ou seja, acomete principalmente roedores e outros mamíferos silvestres. Pode chegar até a atingir animais domésticos (cães, gatos) e outros de criação (bois, cavalos, porcos, cabras, ovelhas). 

Esse micro-organismo pode sobreviver nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum sintoma e, no meio ambiente vive até seis meses. Em todas as formas é por meio da urina que a bactéria se dispersa.

Portanto, o contato direto com a urina ou a exposição à água contaminada é o motivo da infecção. Através da penetração de mucosas ou da pele com pequenos ferimentos, a bactéria chega à corrente sanguínea.

No Brasil, os ratos urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) são os principais transmissores da doença. Vale lembrar que o risco de contágio não desaparece depois que o nível das águas da enchente abaixa, pois a bactéria continua bastante tempo.

Sintomas da Leptospirose

O período de incubação, ou seja, o tempo entre a infecção da pessoa e o surgimento dos sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição. 

As pessoas podem expressar formas assintomáticas até quadros gravíssimos, e a sintomatologia é divida em duas fases: precoce e tardia.

Os principais sintomas da fase precoce são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular, principalmente nas panturrilhas e articulações
  • Falta de apetite
  • Náuseas/vômitos
  • Diarreia
  • Fotofobia (sensibilidade à luz)
  • Exantemas (manchas vermelhas no corpo)

Em aproximadamente 15% dos pacientesevolução para manifestações graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença. 

Os principais sintomas da fase tardia são:

  • Meningite
  • Síndrome de Weil – tríade de icterícia (amarelidão da pele), insuficiência renal e hemorragias
  • Síndrome de hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
  • Síndrome da angústia respiratória aguda – SARA
  • Outras formas hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central
  • Confusões mentais e delírios
  • Pancreatite

Na fase precoce, a leptospirose é autolimitada, ou seja, costuma evoluir bem e os sintomas regridem depois de três ou quatro dias. Na fase aguda pode ocorrer óbito nas primeiras 24 horas de internação.

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Diagnóstico, tratamento e prevenção da Leptospirose

Na fase inicial, a leptospirose pode ser confundida com outras doenças (dengue, gripe, malária, hepatite), porque os sintomas são parecidos. 

Por isso, é muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial por meio de exames sorológicos ou pelo isolamento da bactéria em cultura, no sangue ou no líquor. 

Também a anamnese, método inicial em que o médico conversa com o paciente sobre o modo de vida dele, os locais onde esteve ultimamente e o que fez, é muito apreciado. O paciente deve ser verdadeiro e contar todos os detalhes que se lembrar.

Tratamento 

Quanto antes for instituído o tratamento da leptospirose, maior será a chance de evitar a evolução para quadros graves. Nos casos graves, a hospitalização (internação) deve ser imediata. 

Os tratamentos são variados dependendo dos sintomas e inclui cuidados com a hidratação, uso de antibióticos, analgésicos, etc. No entanto, devem ser evitados aqueles que contêm ácido acetilsalicílico, porque aumentam o risco de sangramentos. SOMENTE O MÉDICO tem conhecimento para indicar remédios, não se automedique.

Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco o quanto antes.

Grupos de Risco

Algumas profissões facilitam o contato com as leptospiras, como trabalhadores em limpeza e desentupimento de esgotos, garis, catadores de lixo, agricultores, veterinários, tratadores de animais, pescadores, militares e bombeiros, dentre outros. 

Contudo, a maior parte dos casos ainda ocorre entre pessoas que habitam ou trabalham em locais com infraestrutura sanitária inadequada e expostas à urina de roedores.

Pessoas que possuem imunidade vulnerável, população de rua, pessoas que vivem em ambientes sem saneamento adequado, ou que lidam com as profissões acima são mais propensas a se contaminar.

Prevenção 

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Como prevenção, deve-se evitar ambientes que possam estar contaminados por urina de ratos e outros animais, bem como evitar entrar em contato com água ou lama de enchentes ou rios e lagos suspeitos. Para os viajantes, sugere-se procurar informações sobre a ocorrência de leptospirose na região que vai visitar.

Outras medidas são: observar as medidas básicas de higiene, embalar bem o lixo, ferver a água antes de beber ou cozinhar, lavar bem os alimentos, especialmente frutas e verduras que serão consumidas cruas, vacinar animais domésticos e não deixar as caixas d’água destampadas.

O governo deve investir em campanhas de saúde pública para conscientização e em infraestrutura de saneamento básico e prevenção de enchentes.

A vacina só está disponível para animais, não existindo para seres humanos. Mesmo assim, a vacina evita que os animais fiquem doentes mas não impede que sejam infectados pela Leptospira nem que transmitam a bactéria pela urina.

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Redação Beduka
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