A crise de 1929 foi a maior crise econômica da história dos Estados Unidos e teve consequências na economia do mundo inteiro.
Naquele ponto, a globalização já era uma realidade internacional e ter o seu principal agente econômico em crise, alastrou os problemas para os demais países, inclusive o Brasil.
Neste artigo, vamos apresentar quais as consequências da crise de 1929, como ela afetou os Estados Unidos e até mesmo o nosso país. No final, colocamos exercícios de vestibular para você praticar o que aprendeu.
Se você quiser ir diretamente para alguma parte específica do texto, clique em um dos tópicos abaixo:
- O que foi a crise de 1929?
- Quais as consequências da crise de 1929?
- Quais as consequências da crise de 1929 no Brasil?
- Questões sobre as consequências da crise de 1929
- Entre na faculdade com a ajuda do Beduka!
Ganhe um desconto de até 65% na mensalidade do curso dos seus sonhos! Acesse o Beduka Bolsas e comece a estudar agora mesmo!
O que foi a crise de 1929?
A crise de 1929 foi a maior crise econômica que já atingiu os Estados Unidos e o Capitalismo como um todo. Ela iniciou em 1929 e se prolongou até a Segunda Guerra Mundial.
Esse período é conhecido também como a Grande Depressão, devido às consequências gravíssimas que causou.
Para entendermos bem o que foi e quais as consequências da crise de 1929, precisamos conhecer o contexto em que ela aconteceu.
Contexto histórico da crise de 1929
A economia americana estava em avançado progresso desde o final do século XIX. Seu campo industrial tinha crescido muito e a expansão de seu território garantiu um mercado consumidor interno gigante, além do externo que recebia suas exportações.
Com a chegada da Primeira Guerra Mundial e o enfraquecimento das demais potências mundiais envolvidas nela, como França e Inglaterra, os Estados Unidos começaram a se tornar a maior economia do mundo.
Durante os três primeiros anos do conflito eles foram o grande exportador de produtos para a Europa e após a guerra se tornaram credores dos europeus. Ou seja, passaram a emprestar dinheiro.
Neste momento, o Capitalismo se firmava também com sua terceira fase, em que houve uma junção entre o campo industrial e o financeiro. As bolsas e o mercado de ações eram o ambiente principal de investimento.
Para entender melhor quais as consequências da crise de 1929, leia nosso texto sobre as fases do Capitalismo.
O desemprego nos Estados Unidos era muito baixo, beirando os 4% e a produção seguia aumentando. O consumo era alto e o clima era de euforia geral.
Além disso, a emissão de créditos foi expandida e as pessoas tinham mais facilidade para pegar empréstimos, com baixa taxa de juros. Também passaram a investir no mercado financeiro, o que gerou aumento na compra de ações da Bolsa de Valores de Nova York.
O efeito disso foi o aumento disparado da especulação monetária. Compravam-se ações imaginando a valorização e uma revenda lucrativa. Como havia bastante demanda, o preço das ações subiu, criando uma sensação de prosperidade.
Contudo, ela era artificial. Sempre que havia indícios de pequenas recessões, o governo americano aplicava mais crédito para reparar danos. As taxas de juros se tornavam artificiais, sem lastro em reservas de crédito reais.
Ao receber o sinal falso de que tudo estava bem, os investidores expandiram seus negócios. Isso gerou uma bolha inflacionária, pois havia muito dinheiro circulando, mas sem valor real, que estourou levando a Bolsa de Valores de Nova York ao colapso.
Assim, muitas perdas vieram, tanto nas indústrias quanto na produção rural, e uma grave crise abateu os Estados Unidos e o mundo inteiro. Vamos entender melhor ao ver quais as consequências da crise de 1929.
Quais as consequências da crise de 1929?
As principais consequências que nos permitem entender o que foi a Grande Depressão de 1929 foram:
1- Aumento drástico do desemprego
Essa foi a consequência mais duradoura e conhecida da crise de 1929. Nos Estados Unidos, o desemprego saltou de uma média de 4% entre 1923 e 1929 para 27%. As filas em busca de trabalho se tornaram quilométricas.
Em 1933, o desemprego atingiu 13 milhões de americanos. Assim, a fome e a miséria atingiram milhões de famílias.
2 – Diminuição do PIB americano
Com a crise, o Produto Interno Bruto americano caiu consideravelmente entre 1930 e 1933. No ano de 1932, ele era apenas 70% do que se registrou em 1929, ano em que a crise começou.
Contudo, isso acontecia com oscilações. Se em 1932 houve crescimento negativo (deficit) de -13,2%, em 1936 o PIB cresceu 14,21%. Mas, somente em 1939 é que os resultados de 1929 foram superados. Uma década praticamente perdida para a economia americana.
3 – Queda na produção industrial e dos salários
Com a falência de diversas empresas, a produção industrial caiu bastante, sendo acompanhada pelos salários médios. Pode-se dizer que em 1933 um trabalhador recebia cerca de 44% do que se pagava em 1926.
Está gostando de estudar sobre a crise de 1929? Recomendamos para você o nosso artigo sobre indicadores socioeconômicos, que são as ferramentas usadas para estudar as economias mundiais.
4 – Falência de diversas empresas e produtores rurais
Os preços agrícolas também caíram, o que diminuiu o rendimento dos produtores rurais e os levou à inadimplência de suas dívidas bancárias. Com isso, ficou exposta a dependência das instituições financeiras em relação ao sucesso ou fracasso dos produtores.
Com isso, os produtores faliram e levaram as empresas junto com eles.
5 – Queda nas exportações e importações
Mesmo decrescendo menos que a produção industrial, as trocas internacionais caíram muito também. Nos primeiros anos da crise, houve uma queda de até 22,5% das exportações americanas e de 19% das importações.
Lembrando que os Estados Unidos já tinham um papel central na economia do mundo. Por exemplo, ele era o principal parceiro comercial do Brasil na época, comprando boa parte do nosso principal produto: o café.
6 – A crise se estendeu por todo o mundo
A conexão bancária e a nascente globalização comercial, onde os Estados Unidos tinham papel central tanto como exportador quanto como consumidor, fez com que a crise atingisse todo o mundo.
Até o Brasil foi atingido. Vamos ver quais as consequências da crise de 1929 no nosso país.
Quais as consequências da crise de 1929 no Brasil?
O Brasil, em 1929, era um país agroexportador cujo principal produto era o café. Cerca de 70% das exportações nacionais eram deste produto.
Entre 1925 e 1929 os cafezais brasileiros tiveram supersafra. Ou seja, havia grande produção que tinha como principal destino os Estados Unidos, até então o seu maior consumidor.
Com as consequências da crise de 1929, a importação do café brasileiro para os Estados Unidos caiu bastante. O preço também despencou: de 22,5 centavos para 8.
Questões sobre as consequências da crise de 1929
Agora que já vimos quais as consequências da crise de 1929, vamos testar os conhecimentos com algumas questões.
Questão 1 – (Instituto Excelência – adaptado) Sobre a crise de 1929, analise as afirmativas abaixo:
I – A Crise de 1929, também conhecida como A Grande Depressão, foi a maior crise do capitalismo financeiro.
II – O colapso econômico teve início em meados de 1929, nos Estados Unidos, e se espalhou por todo o mundo capitalista. Seus efeitos duraram por uma década e tiveram desdobramentos sociais e políticos.
III – A Crise de 1929, no Brasil, enfraqueceu as oligarquias rurais que dominavam o cenário político e abriu caminho para a chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas II e III
b) Apenas III
c) I, II e III
d) Apenas I
e) Nenhuma das alternativas
Questão 2 – (UFMG 2009) – Considerando-se a crise econômica mundial iniciada, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, é CORRETO afirmar que:
a) a Alemanha sofreu impacto imediato e violento desse evento, em razão dos laços econômicos estreitos que vinha mantendo com os Estados Unidos.
b) a escassez de matérias-primas e de crédito, entre outras causas do crash norte-americano, muito contribuiu, na época, para alimentar a espiral inflacionária.
c) a URSS foi um dos países atingidos por esse evento, pois a recessão no mundo capitalista prejudicou as exportações de petróleo do país.
d) os países da América do Sul sentiram os efeitos desse evento, devido à repatriação do capital estrangeiro anteriormente investido nessa região.
Gabarito comentado das questões sobre quais as consequências da crise de 1929
Exercício resolvido da questão 1:
c) I, II e III
Todas as alternativas estão corretas. A crise começou com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929 e durante uma década os índices econômicos oscilaram, com baixas significativas na produção e no comércio. Isso afetou o Brasil, país agroexportador, cujo principal produto era o café, e teve desdobramentos políticos.
Exercício resolvido da questão 2:
a) a Alemanha sofreu impacto imediato e violento desse evento, em razão dos laços econômicos estreitos que vinha mantendo com os Estados Unidos.
A Alemanha era um dos países europeus que recebiam créditos americanos para a sua reconstrução após a Primeira Guerra Mundial. Inclusive, a relação entre os países era uma das melhores, em razão dos Estados Unidos não terem aceitado o Tratado de Versalhes, imposto como punição contra os alemães vistos como culpados pela guerra.
Entre na faculdade com a ajuda do Beduka!
Você sabia que é possível entrar em uma faculdade de excelência sem fazer o Enem ou prestar vestibular?
É isso mesmo! Com o Beduka Bolsas você entra em uma faculdade de qualidade, no curso dos seus sonhos e ainda economiza seu dinheiro.
O Beduka Bolsas é uma plataforma disponível 24 horas, onde você pode adquirir uma bolsa de estudos de até 65% de desconto na mensalidade.
São mais de 90 opções de cursos para você escolher, em uma de nossas universidades parceiras.
Esperamos que tenha entendido quais as consequências da crise de 1929. Bons estudos!