A Leptospirose é uma infecção aguda causada pelo contato com a urina de animais infectados pela bactéria Leptospira. Os roedores são os vetores mais comuns, mas pode atingir os animais domésticos e até mesmo a água. Em alguns casos, a doença causa síndromes gravíssimas e por isso é importante conhecer mais sobre ela!
Neste artigo sobre o que é Leptospirose, você encontrará:
- O que é Leptospirose e suas fases
- Sintomas e transmissão
- Prevenção, diagnóstico, tratamento e grupos de risco
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O que é Leptospirose?
A Leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada por bactérias do tipo Leptospira. Essa enfermidade é classificada como uma zoonose, ou seja, um tipo de doença animal que pode infectar seres humanos.
Ela pode ocorrer no mundo inteiro, exceto nas regiões polares, e pode atingir qualquer idade além de ambos os sexos. Na maioria (90%) dos casos de leptospirose a evolução é benigna, mas quando não tratada, pode gerar gravíssimas consequências.
No Brasil, a leptospirose é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas áreas urbanas da região sudeste devido às enchentes. Vamos entender o motivo disso investigando a causa e a transmissão:
Causas e Transmissão da Leptospirose
Como foi dito, a causa é bacteriana, mas por meio de um vetor animal, ou seja, acomete principalmente roedores e outros mamíferos silvestres. Pode chegar até a atingir animais domésticos (cães, gatos) e outros de criação (bois, cavalos, porcos, cabras, ovelhas).
Esse micro-organismo pode sobreviver nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum sintoma e, no meio ambiente vive até seis meses. Em todas as formas é por meio da urina que a bactéria se dispersa.
Portanto, o contato direto com a urina ou a exposição à água contaminada é o motivo da infecção. Através da penetração de mucosas ou da pele com pequenos ferimentos, a bactéria chega à corrente sanguínea.
No Brasil, os ratos urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) são os principais transmissores da doença. Vale lembrar que o risco de contágio não desaparece depois que o nível das águas da enchente abaixa, pois a bactéria continua bastante tempo.
Sintomas da Leptospirose
O período de incubação, ou seja, o tempo entre a infecção da pessoa e o surgimento dos sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição.
As pessoas podem expressar formas assintomáticas até quadros gravíssimos, e a sintomatologia é divida em duas fases: precoce e tardia.
Os principais sintomas da fase precoce são:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas e articulações
- Falta de apetite
- Náuseas/vômitos
- Diarreia
- Fotofobia (sensibilidade à luz)
- Exantemas (manchas vermelhas no corpo)
Em aproximadamente 15% dos pacientes há evolução para manifestações graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença.
Os principais sintomas da fase tardia são:
- Meningite
- Síndrome de Weil – tríade de icterícia (amarelidão da pele), insuficiência renal e hemorragias
- Síndrome de hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
- Síndrome da angústia respiratória aguda – SARA
- Outras formas hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central
- Confusões mentais e delírios
- Pancreatite
Na fase precoce, a leptospirose é autolimitada, ou seja, costuma evoluir bem e os sintomas regridem depois de três ou quatro dias. Na fase aguda pode ocorrer óbito nas primeiras 24 horas de internação.
Diagnóstico, tratamento e prevenção da Leptospirose
Na fase inicial, a leptospirose pode ser confundida com outras doenças (dengue, gripe, malária, hepatite), porque os sintomas são parecidos.
Por isso, é muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial por meio de exames sorológicos ou pelo isolamento da bactéria em cultura, no sangue ou no líquor.
Também a anamnese, método inicial em que o médico conversa com o paciente sobre o modo de vida dele, os locais onde esteve ultimamente e o que fez, é muito apreciado. O paciente deve ser verdadeiro e contar todos os detalhes que se lembrar.
Tratamento
Quanto antes for instituído o tratamento da leptospirose, maior será a chance de evitar a evolução para quadros graves. Nos casos graves, a hospitalização (internação) deve ser imediata.
Os tratamentos são variados dependendo dos sintomas e inclui cuidados com a hidratação, uso de antibióticos, analgésicos, etc. No entanto, devem ser evitados aqueles que contêm ácido acetilsalicílico, porque aumentam o risco de sangramentos. SOMENTE O MÉDICO tem conhecimento para indicar remédios, não se automedique.
Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco o quanto antes.
Grupos de Risco
Algumas profissões facilitam o contato com as leptospiras, como trabalhadores em limpeza e desentupimento de esgotos, garis, catadores de lixo, agricultores, veterinários, tratadores de animais, pescadores, militares e bombeiros, dentre outros.
Contudo, a maior parte dos casos ainda ocorre entre pessoas que habitam ou trabalham em locais com infraestrutura sanitária inadequada e expostas à urina de roedores.
Pessoas que possuem imunidade vulnerável, população de rua, pessoas que vivem em ambientes sem saneamento adequado, ou que lidam com as profissões acima são mais propensas a se contaminar.
Prevenção
Como prevenção, deve-se evitar ambientes que possam estar contaminados por urina de ratos e outros animais, bem como evitar entrar em contato com água ou lama de enchentes ou rios e lagos suspeitos. Para os viajantes, sugere-se procurar informações sobre a ocorrência de leptospirose na região que vai visitar.
Outras medidas são: observar as medidas básicas de higiene, embalar bem o lixo, ferver a água antes de beber ou cozinhar, lavar bem os alimentos, especialmente frutas e verduras que serão consumidas cruas, vacinar animais domésticos e não deixar as caixas d’água destampadas.
O governo deve investir em campanhas de saúde pública para conscientização e em infraestrutura de saneamento básico e prevenção de enchentes.
A vacina só está disponível para animais, não existindo para seres humanos. Mesmo assim, a vacina evita que os animais fiquem doentes mas não impede que sejam infectados pela Leptospira nem que transmitam a bactéria pela urina.
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