O que são Orações Subordinadas Substantivas? São aquelas que possuem papel de substantivo e podem exercer as funções sintáticas de sujeito, predicado, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto. Veja exemplos de cada tipo.
O Beduka preparou esse artigo com alguns exemplos de Orações Subordinadas Substantivas para tirar suas dúvidas a respeito dessa matéria e te ajudar a se preparar para o ENEM e outros vestibulares.
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O que é Oração Subordinada?
Orações subordinadas são orações que desempenham uma função sintática em relação à oração principal, complementando o seu significado e sendo dependente dela.
Exemplo:
Espero que você chegue.
No exemplo acima temos duas orações: “Espero” e “que você chegue”. A oração “que você chegue” está completando o sentido do verbo transitivo direto “espero”, portanto esta oração exerce função sintática de objeto direto sendo considerada uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Dependendo da função sintática que exercem, as orações subordinadas podem ser classificadas em: substantivas, adjetivas ou adverbiais.
Aprenda tudo sobre funções e relações sintática no artigo sobre o que é sintaxe.
Nesse artigo, iremos abordar alguns exemplos de orações subordinadas substantivas.
Orações Subordinadas Substantivas
As Orações Subordinadas Substantivas exercem papel de substantivo e podem ser encontradas nas frases com funções sintáticas de sujeito, predicado nominal, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, ou aposto. Elas podem se apresentar na formas desenvolvida ou reduzida.
Exemplos de Orações Subordinadas Substantivas Desenvolvidas
Em sua forma desenvolvida, as orações são introduzidas por uma conjunção integrante. Essa conjunção é, geralmente, “que” ou “se”, mas também pode ser “quem”, “quantos”, “como”, “onde”, “quando”, entre outros. Nesses casos, a conjugação do verbo fica no indicativo ou subjuntivo.
Exemplo:
Gabriel afirmou que conhecia todos os participantes do projeto.
Exemplos de Orações Subordinadas Substantivas Reduzidas
Na forma reduzida, as conjunções são subtraídas, ou seja, não aparecem na frase e, por esse motivo, pode ser mais difícil a identificação da oração como substantiva. Para identificá-la, pode-se observar o verbo (que será conjugado no infinitivo, gerúndio ou particípio) e fazer a substituição por “isto”, “disto”, “nisto”, “para isto” etc.
Exemplo:
Gabriel afirmou conhecer todos os participantes do projeto.
Aprenda também quais são as classes gramaticais.
Exemplos de Orações Subordinadas Substantivas
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
É quando a oração exerce função de sujeito. Para encontrar o sujeito em qualquer frase, pode-se fazer a pergunta “o que é que…?”.
Exemplo:
- Não era permitido que os menores de idade entrassem no bar.
Pergunte-se: “o que é que não era permitido?”. Nesse caso, o sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva “que os menores de idade entrassem no bar”.
Outros exemplos:
- Constatou-se que o lápis era dele;
- É comum que as pessoas se sintam estressadas;
- É proibido fumar neste local (reduzida).
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
A oração faz a função de objeto direto, que complementa um verbo transitivo direto e não leva preposição. Se o termo pode ser substituído por “isto” e a correção da frase for mantida, significa que se trata de uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Exemplos:
- Os alunos avisaram que não iriam (os alunos avisaram isto);
- Os jornalistas perguntaram quem daria a entrevista (os jornalistas perguntaram isto);
- O estudante afirmou precisar de ajuda (reduzida/o estudante afirmou isto).
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
A oração exerce função de objeto indireto, que complementa um verbo transitivo indireto e leva uma preposição. Portanto, neste caso, pode-se substituir por “disto”, “nisto”, “a isto”, etc. para identificar uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Exemplos:
- Gostaria de lembrá-los de que não irei hoje (Gostaria de lembrá-los disto);
- Eu acredito no que você me falou (Eu acredito nisto);
- Bruno respondeu ao que haviam perguntado. (Bruno respondeu a isto).
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
O complemento nominal é bastante parecido com o objeto indireto, pois também conta com uma preposição. No entanto, sua função é complementar um nome e não um verbo.
Logo, uma oração subordinada substantiva completiva nominal complementa um nome (que, nesse caso, pode ser um substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio) presente na oração principal.
Exemplos:
- Tenho dúvidas de que ele vá completar o teste (Tenho dúvidas disto);
- Já estou apto para que me faça as perguntas (Já estou apto para isto);
- Estamos longe do que seria o ideal (Estamos longe disto).
Nos exemplos acima, são os nomes que são complementados pelas orações: “dúvidas” é um substantivo abstrato, “apto” é um adjetivo e “longe” é um advérbio.
Oração Subordinada Substantiva Predicativa
Ela realiza a função de predicativo do sujeito da oração principal. O predicativo é o termo que complementa o sujeito de uma oração ao atribuir uma qualidade a ele, e sempre é seguido de um verbo de ligação, que indica um estado (ser, estar, parecer, ficar, etc).
Esse tipo de oração sempre aparece da seguinte forma: sujeito + verbo de ligação + oração subordinada substantiva predicativa.
Exemplos:
- O bom é que a festa será amanhã;
- A verdade era que nós tínhamos razão.
Oração Subordinada Substantiva Apositiva
A oração exerce função de aposto, que explica ou especifica melhor um termo anterior. A oração subordinada substantiva apositiva geralmente vem depois de dois-pontos.
Exemplos:
- Rafael fez um pedido: que eu nunca o deixasse;
- Eu tinha um sonho: que pudesse viajar para as Ilhas Maldivas.
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