Os Sertões é um livro do escritor e jornalista Euclides da Cunha publicado em 1902. A obra é considerada o primeiro livro-reportagem do Brasil retratando a Guerra de Canudos, ocorrida no interior da Bahia. Aproveite a oportunidade de ler o melhor resumo de Os Sertões que escrevemos para você.
Acompanhe o nosso resumo de Os Sertões de Euclides da Cunha (1866 -1909). Está incrível, muito rico em detalhes.
Leia atentamente, pois ele vai te ajudar a responder a questões de vestibulares sobre a Guerra de Canudos e sobre a própria obra.
Este resumo de Os Sertões é também um guia de leitura para quem tem que ler o livro pela primeira vez.
É bem difícil de se ler Euclides da Cunha para os desacostumados, mas não impossível.
Este não é o único resumo que já fizemos. Há vários outros e todos eles presentes em vestibulares de todo o Brasil, principalmente no ENEM.
Confira outros de temática sertaneja, tratando da seca, da migração, da fome e da luta:
- Resumo e Análise de Grande Sertão Veredas
- Resumo de Sagarana – Fuvest
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Euclides da Cunha e seu estilo literário
Euclides da Cunha é um autor fundamental da literatura brasileira, principalmente por escrever de uma forma que nos deixa em estado de assombro.
Você terá uma noção disso lendo a obra com a ajuda deste resumo de Os Sertões.
As pessoas quase chegam a odiá-lo e não mais querer lê-lo. Isso porque a leitura de sua obra é muito difícil.
Mas porque ficar lendo literatura fácil? Que nem te obriga a consultar o dicionário? Que não exige de você esforço intelectual? A obra dele é uma ataque ao comodismo, exige esforço. E saiba que,
Ao final nos sentimos muito mais preparados para outras leituras e interpretações.
Contudo, por meio deste resumo de Os Sertões, nós do Beduka queremos te ajudar a conseguir ler esta epopéia brasileira.
As outras obras se tornarão mais fáceis em comparação a esta. Por isso é bom se acostumar com o que é mais difícil.
Saiba como fazer alusão histórica e citação filosófica para o ENEM. Veja como.
Mais detalhes sobre o estilo pré-modernista de Euclides da Cunha
A obra é pré-modernista e foi escrita de forma conflituosa, torturada e angustiada. Ao ler percebemos realmente o sofrimento e a luta do povo de Canudos.
Há a presença de muitas figuras de linguagem. Por exemplo, vemos a omissão de conjunções (assindetismo) enquanto em outros momentos elas são repetidas de propósito (polissindetismo).
Euclides da Cunha também misturou termos eruditos e tecnocientíficos com palavras comuns da região (regionalismos típicos) e neologismos.
A linguagem do Euclides não é só artística, mas também muito técnica. Há a presença de termos incompreensíveis.
A linguagem do autor é rebuscada, muito rica em termos científicos, barroca, retorcida e grandiloquente, mas bela.
Neste resumo de Os Sertões destacamos que ele escreveu uma prosa científica e artística, deixando o idealismo do índio herói e do negro trabalhador, rompendo com romantistas.
E por falar em romantismo e ideal de índio, você já leu o resumo e a análise da obra Iracema? Ela também é um marco na literatura e é sempre cobrada nas provas.
Veja também:
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Análise de Os Sertões de Euclides da Cunha
Como ler Os Sertões?
A obra é extensa, pré-modernista, com poder crítico e convicções sociopolíticas que se destacam na literatura. São mais de 600 páginas.
É uma magnânima obra historiográfica. Neste resumo de Os Sertões será possível ter essa noção, pois elencamos os nomes das partes do livro, o que também facilita o entendimento linear da obra, de uma forma panorâmica.
Ela foi dividida em 44 capítulos e abordou também os acontecimentos após a guerra de Canudos.
Os Sertões é também uma obra regionalista que mistura a realidade à ficção.
Encontra-se nela geografia, geologia, história, filosofia, sociologia, antropologia e trechos épicos (heróicos de grandeza humana). Mas o estilo de Euclides da Cunha é uma selva.
Lendo o resumo de Os Sertões você verá que a obra é a epopéia da vida sertaneja travando a batalha cotidiana contra o próprio sertão e contra a incompreensão republicana que governava o Brasil na época.
Entenda como a República ascendeu ao poder neste outro artigo completo sobre a queda da monarquia no Brasil.
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Qual a origem de Os Sertões?
Segundo o professor Leopoldo Bernucci (especialista no autor), Euclides da Cunha era um homem da ciência com pendor para a palavra.
Era engenheiro, militar, jornalista e escritor. Euclides também publicou poesias. Chegou a ser positivista, mas percebeu as limitações dessa ciência e a abandonou.
Euclides da Cunha lutou para compreender nosso país e isso surgiu quando ele, como repórter, foi correspondente de guerra para o jornal Estado de São Paulo durante a guerra de Canudos no interior da Bahia ao final do séc XIX, de 1896 a 1897.
Sua intenção inicial era publicar o livro como uma obra de história para futuros historiadores sobre a guerra de Canudos.
Acabou não publicando logo após a guerra de Canudos, como queria, mas era tamanha a complexidade do evento que presenciou que só a publicou em 1902.
Ele foi para lá pensando que encontraria uma rebelião contra o governo Republicano. Neste resumo de Os Sertões você perceberá que não era simples assim.
Porém, vendo os fatos percebeu a complexidade e quis entender os fatores da guerra, o que a provocou em toda a sua violência.
Procurou pelos motivos políticos, históricos, sociológicos e antropológicos. Fez isso em estilo incomparável, dialogando com muitas outras fontes literárias e históricas.
Escreveu a vida e a sociedade no sertão e o conflito contra o exército.
Determinismo racial em Os Sertões de Euclides da Cunha
É possível perceber que Euclides da Cunha estava de acordo com a teoria determinista de que o meio (geografia), a raça (hereditariedade) e a cultura (momento histórico) fazem com que uma pessoa seja como é, a determinem.
Percebe-se o determinismo racial com nitidez, pois ele trata do índio, do negro e do português como raças e dos mestiços como sub-raças. Logo, o homem é fruto do meio em que vive.
Problemas encontrados em Os Sertões
Em uma obra deste porte, com mais de 600 páginas, é possível encontrar contradições.
Alguns conteúdos de rigor científico e não literário/artístico já não podem mais ser acreditados. Contudo,
Estes detalhes não desmerecem a qualidade da obra que permanece atual em muitíssimos aspectos.
Um exemplo de conteúdo presente em sua obra que já é desconsiderado é o determinismo racial que tratou do mestiço brasileiro como uma raça inferior.
Os Sertões e as Ciências Sociais – A separação de litorâneos e interioranos
Euclides separou em sua obra os povos litorâneos e os interioranos. Ele tentou compreender cada um desses para entender o Brasil.
O que se verificava era que no litoral estavam as cidades com acelerado desenvolvimento político e econômico.
Porém, no interior estava presente o atraso na economia e uma população miserável assolada pela fome e pela seca.
Apesar disso, Euclides, analisando a Guerra de Canudos, desenvolveu a noção de que não necessariamente a civilização somente estava presente no litoral.
Tanto os litorâneos quanto os interioranos estariam em um estágio bárbaro de sociedade, cada um ao seu modo.
Como exemplo disso tem-se a barbaridade com que foi tratado Antônio Conselheiro.
Ele era visto como o messias, e por isso é dito que a guerra de canudos é também messiânica, por motivações religiosas.
O povo de Canudos era fanático pela religiosidade desse líder, já os outros, fanáticos pela República de Floriano Peixoto.
Essa noção de barbarismo e de graus de civilização são provenientes de sua simpatia pela teoria evolucionista spenceriana e com a noção de que se deve compreender primeiro as partes para depois entender o todo.
- No nosso blog você também pode se exercitar com questões de vestibular sobre Roma antiga e com questões sobre a colonização da América espanhola.
Resumo de Os Sertões
Ufa! Esta primeira grande parte do artigo foi uma introdução para que você entenda melhor este resumo de Os Sertões e consequentemente a obra quando for lê-la.
Ela é dividida em três partes: A Terra (o meio), O Homem (a raça) e A Luta (o momento/a guerra).
Na primeira ele faz um levantamento geográfico e geológico da região.
Na segunda mostra a questão antropológica e sociológica.
Na terceira ele retrata a guerra propriamente dita.
Fez tudo isso unindo ciência e arte. Vamos agora aos detalhes de cada uma.
Resumo de Os Sertões – Parte I – A Terra
Ele começou a falar da terra porque era preciso entender o meio para entender o indivíduo (determinismo de Taine, filósofo francês).
Não se trata de um enredo, de uma história. Ele descreve a terra com saber científico, como se escrevesse um livro de biologia ou de geografia.
Descreve as características de todo o lugar, do clima, da seca, da água, do deserto, da caatinga, etc.
O maior problema desta terra era a seca, a principal calamidade, que, segundo ele, era cíclica, indo de nove a doze anos.
Usou 5 capítulos para isso:
- I. Preliminares. A entrada do sertão. Terra ignota. Em caminho para Monte Santo. Primeiras impressões. Um sonho de geólogo.
- II. Golpe de vista do alto de Monte Santo. Do alto da Favela.
- III. O clima. Higrômetros singulares.
- IV. As secas. Hipóteses a gênese das secas. As caatingas. O juazeiro. A Tormenta. Ressurreição da Flora. O umbuzeiro. A jurema. O sertão é um paraíso. Manhãs sertanejas.
- V. Uma categoria geográfica que Hegel não citou. Como se faz um deserto. Como se extingue o deserto. O martírio secular da terra.
Resumo de Os Sertões – Parte II – O Homem
Euclides fala também sobre os habitantes do local, ou seja, especialmente do sertanejo e do jagunço. Não se trata de somente uma região separada geograficamente.
Este espaço, distante do litoral, com pessoas esquecidas, ignoradas, também é separado temporalmente. Foram abandonados.
Ele falou do homem, o habitante da terra que fora descrita, sobre sua relação com ela, sobre a gênese étnica do sertanejo, do seu comportamento, sobre o que acreditava e seus costumes e também focou detidamente na figura de Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro (1830-1897).
Além do sertanejo e do jagunço, o cangaceiro também ganha destaque. Euclides também tratou da resistência do povo dessa terra.
O foco da resistência ficou para Antônio Conselheiro e até sua genealogia e seus objetivos estão na obra.
O sertanejo é antes de tudo um forte…
Ele apresentou o caráter desse líder de Canudos, como foi seu passado, a vida na comunidade de Canudos segundo os habitantes e segundo os visitantes.
Segundo Euclides da Cunha, o sertanejo é, antes de tudo, um forte. Paradoxalmente é um Hércules Quasímodo.
Hércules é um personagem mitológico, forte, um herói. Já o Quasímodo é o corcunda de Notre Dame.
O Sertanejo é esse forte e defeituoso ao mesmo tempo. É aquele que sobreviveu apesar do meio que o cercava.
Esse estudo antropológico e sociológico foi dividido em 5 capítulos também:
- I. Complexidade do problema etnológico no Brasil. Variabilidade do meio físico. (…) e sua reflexão na História. Ação do meio na fase inicial da formação das raças. A formação brasileira no Norte. Os primeiros povoadores. A gênese do mulato.
- II. Gênese dos jagunços. Função histórica do rio S. Francisco. Os jagunços: colaterais prováveis dos paulistas. O vaqueiro. Fundações jesuíticas na Bahia. Causas favoráveis à formação mestiça dos sertões, distinguindo-a dos cruzamentos no litoral. Um parêntesis irritante. Uma raça forte.
- III. O sertanejo. Tipos díspares: o jagunço e o gaúcho. O vaqueiro. O gaúcho. O jagunço. Os vaqueiros. Servidão inconsciente. A vaquejada. A arribada. Estouro da Boiada. Tradições. Danças. Desafios. A seca. Insulamento no deserto. Religião mestiça. Fatores históricos da religião mestiça. Caráter variável da religiosidade sertaneja. a “Pedra Bonita”. Monte Santo. As missões atuais. Os “Serenos”.
- IV. Antônio Conselheiro, documento vivo de atavismo. Um gnóstico bronco. Grande homem pelo avesso. Representante natural do meio em que nasceu. Antecedentes de família: os Maciéis. Lutas entre Maciéis e Araújos. Uma vida bem auspiciada. Primeiros reveses. A queda. Como se faz um monstro. Peregrinações e martírios. Lendas. O asceta. As prédicas. Preceitos de montanista. Profecias. Um heresiarca do século 2 em plena idade moderna. Tentativas de reação legal. Mais lendas. Hégira para o sertão.
- V. Canudos: antecedentes. Crescimento vertiginoso. Aspecto original. Regimen da “urbs”. População multiforme. Polícia de bandidos. Depredações. O templo. Estrada para o céu. As rezas. Agrupamentos bizarros. O “beija” das imagens. Por que não pregar contra a República? Uma missão abortada. Retrato do Conselheiro. Maldição sobre a Jerusalém de taipa.
Resumo de Os Sertões – Parte III – A Luta
Toda a descrição inicial do lugar e das pessoas preparam para a leitura da terceira parte, que trata da guerra de Canudos propriamente dita.
Depois de entendido o sertanejo e a coletividade, entende-se o momento histórico.
Primeiro se entende o meio (A terra), depois a raça (O Homem), por fim a história (A Luta). Percebem como a teoria determinista permeia toda a obra?
Os embates entre aqueles tidos por bandidos do sertão (sertanejos) e o exército nacional brasileiro são o destaque desta terceira parte. Canudos contava com mais de 20 mil habitantes por ocasião das 4 expedições do exército indo atacar o lugar.
Ao falar da luta ele relata essas 4 expedições a Canudos. Somente uma testemunha ocular poderia tratar da guerra de Canudos de forma tão real e ele foi uma. E mais…
Pôde falar da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra.
Veja abaixo, neste resumo de Os Sertões de Euclides da Cunha, mais detalhes sobre o conflito.
Primeira expedição: O tenente Pires comandando 100 homens segue para atacar Canudos. Porém foram surpreendidos e derrotados pelos jagunços de Uauá.
- I. Preliminares. Antecedentes.
- II. Causas próximas da luta. Uauá. Primeiro combate.
- III. Preparativos da reação. A guerra das caatingas.
- IV. Autonomia duvidosa. Travessia do cambaio.
Segunda expedição: O major Febrônio de Brito e seus 500 homens foram emboscados em terrenos acidentados no Morro do Cambaio e em Tabuleirinhos. Quando foram reduzidos a 100, eles recuaram.
- I. Monte Santo. Triunfos antecipados.
- II. Incompreensão da campanha. Em marcha para Canudos.
- III. O Cambaio. Baluartes sine calcii linimenti. Primeiro recontro. João Grande. Episódio trágico.
- IV. Nos Tabuleirinhos. Segundo combate. A Legio Fulminata de João Abade. Novo milagre de Conselheiro.
- V. Retirada.
- VI. Procissão dos jiraus. Expedição Moreira César.
Terceira expedição: O coronel Moreira Cézar chega comandando 1500 homens e canhões.
Os sertanejos mais uma vez usaram o terreno a seu favor, procuravam sempre o combate corpo a corpo e desorganizavam as tropas.
Quando elas se retiraram deixaram para trás as armas, as munições e até os canhões.
- I. Moreira César e o meio que o celebrizou. Floriano Peixoto. Moreira César. Primeira expedição regular. Crítica. Cresce a População de Canudos. Como aguardam os jagunços a nova expedição. Trincheiras. Armas. Pólvora. Balas. Lutadores. João Abade. Procissões. Rezas.
- II. Partida de Monte Santo. Primeiros erros. Nova estrada. Em marcha para Angico. Psicologia do soldado brasileiro.
- III. Pitombas. O primeiro encontro. “Esta gente está desarmada…”. O pânico e a bravura. “Em acelerado! ”. Dois cartões de visita ao Conselheiro. Um olhar sobre Canudos. Chegada da Força. Rebate.
- IV. A ordem de batalha. O terreno. Crítica. Cidadela-mundéu. Conflitos Parciais. Saques antes do triunfo. No labirinto das vielas. Situação inquietadora. Moreira César fora de combate. Recuo. Ao bater da Ave-Maria.
- V. Sobre o Alto do Mário. O coronel Tamarindo. Alvitre de retirada. Protesto de Moreira César. Retirada. Vaia.
- VI. Debandada. Fuga. Salomão da Rocha. Um arsenal ao ar livre. Uma diversão cruel.
Quarta Expedição: O generais Artur Oscar, João Barbosa e Cláudio Savaget lideraram 5000 homens.
A estratégia foi dividirem-se em colunas e eles conseguiram tomar boa parte do Arraial de Canudos, mas os soldados sofriam muito com a fome e com a sede.
Em agosto de 1897 entraram 8000 homens no sertão para lutar. Foi uma matança sem precedentes.
Eles foram comandados pelo próprio Marechal Carlos Bittencourt, ministro da Guerra.
- I. Desastres. Canudos — uma diátese. Empastelamento de jornais monárquicos. A rua do Ouvidor e as caatingas. Considerações. Versões disparatadas. Mentiras heróicas. O cabo Roque. Levantamento em massa. Planos. Um tropear de bárbaros.
- II. Mobilização de tropas. Concentração em Queimadas. Organiza-se a 4.ª expedição. Críticas. Delongas. Não há um plano de campanha. Crítica. A comissão de engenharia. Siqueira de Meneses. Estrada de Calumbi. A marcha para Canudos. O 5.° Corpo de Polícia Baiana. Alteração da formatura. Incidentes. Um guia temeroso: Pajeú. No Rosário. Passagem nas Pitombas. Recordações cruéis. O alto da Favela. Fuzilaria. Crítica. Trincheiras dos Jagunços. Continua a fuzilaria. Acampamento na Favela. Canudos. Chuva de balas. Confusão e Desordem. Baixas. Uma divisão aprisionada.
- III. Coluna Savaget. Carlos Teles. Cocorobó. Retrospecção geológica. Diante das trincheiras. Carga de baionetas excepcional. A travessia. Macambira. Nova carga de baionetas.Fuzilaria. Bombardeio. Trabubu. Emissário inesperado. Destrói-se um plano de campanha.
- IV. Vitória singular. O medo. Baixas. Começo de uma batalha crônica. Canhoneio. Réplica dos jagunços. Regímen de privações. Aventuras do cerco. Caçadas perigosas. Desânimos. Assalto ao acampamento. A “matadeira”. Atitude do comando-em-chefe. Outro olhar sobre Canudos. Desânimo. Deserções heroicas. Um choque galvânico na expedição combalida.
- V. O assalto: preparativos. Plano do assalto. O recontro. Linha de combate. Crítica. Confusão. Tocaias dos jagunços. Nova vitória desastrosa. Baixas. Nos flancos de Canudos. Posição crítica. Notas de um diário. Triunfos pelo telégrafo.
- VI. Pelas estradas. Os feridos. Depredações. Incêndios. Primeiras notícias certas. Baixas. Versões e lendas. “Viva o Bom Jesus !”. Um lance épico.
- VII. Outros reforços. A brigada Girard. Heroísmo estranho. Em viagem para Canudos.
- VIII. Novos reforços. O marechal Bitencourt. Quadro lancinante. Colaboradores prosaicos demais. Em Canudos. O sino da igreja. Fuzilaria.
Nova fase da luta
- I. Queimadas. Páginas demoníacas. Uma ficção geográfica. Fora da pátria. Em Canudos. Prisioneiros. Diante de uma criança. Outra criança. Na estrada de Monte Santo. Palimpsestos ultrajantes. Em Monte Santo. Em Canudos. Uma “vaia entusiástica”. Trincheira Sete de Setembro. Estrada de Calumbi.
- II. Marcha da divisão auxiliar. Medo glorioso. Caxomongó. Rebate falso. Em busca de uma meia ração de glória. Aspecto do acampamento. Canudos. O charlatanismo da coragem.
- III. Embaixada ao céu. Complemento do assédio. Cenário de tragédia.
Os últimos dias
- I. O estrebuchar dos vencidos. Os prisioneiros. A degola.
- II. Depoimento do autor. Um grito de protesto.
- III. Titãs contra moribundos. Constringe-se o assédio. Cavando o próprio túmulo. Trincheira de cadáveres. Em torno das cacimbas. Sobre os muradais da igreja nova.
- IV. Passeio dentro de Canudos.
- V. O assalto. O canhoneio. Réplica dos jagunços. Baixas. Tupi Caldas. A dinamite. Continua a réplica. Baixas. No hospital de sangue. Notas de um Diário. Antônio, o Beatinho. Morte de Conselheiro. Prisioneiros.
- VI. O fim. Canudos não se rendeu. O cadáver do Conselheiro.
- VII. Duas linhas.
Mais detalhes sobre a escrita de Euclides da Cunha em Os Sertões
Os movimentos das tropas foram minuciosamente descritos. Por muitas vezes Euclides da Cunha trata individualmente de ações e trás ao leitor casos isolados, bem marcantes, que evidenciam o motivo tolo do massacre realizado em Canudos.
O motivo de tudo? Primeiro Antônio Conselheiro reclamou um estoque de madeira que não havia sido entregue e isto se tornou motivo para taxar a comunidade de monarquista e digna de extinção.
Já se falava em apoio externo e derrubada do governo. As suspeitas se elevaram a tal ponto que o exército foi enviado para pôr fim neles como se viu.
O homem desse meio é sofrido, mas também resistente. Porém é mais isolado, não acompanha o passo da civilização, do progresso. Vive com elementos religiosos e superstições.
O sertanejo quase não fala na obra, a perspectiva é do republicano. Eles são brutos, como animais, quase monossilábicos.
Personagens assim, com pouca fala e animalizados são também presentes na obra Vidas Secas de Graciliano Ramos. Faça aqui exercícios de vestibular sobre ela.
Por fim, a guerra de Canudos foi um massacre violento. Todos estavam errados e os mais fracos resistiram até onde conseguiram.
A história termina com o fim de Canudos, um trágico desfecho. Os sobreviventes foram um velho, dois adultos e uma criança.
Já foi feito um filme sobre a Guerra de Canudos. É um filme brasileiro que vale a pena conferir:
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