Biologia

O que é sífilis? Fique por dentro de todos os detalhes: das causas até a prevenção!

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A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível causada pela bactéria Treponema Pallidum. Ela tem cura, mas causa lesões nas superfícies corporais e sérias complicações  se não for tratada. Para compreender o que é Sífilis, é preciso ainda conhecer como a bactéria age, como se faz o diagnóstico, a prevenção e tudo o mais.

Neste artigo sobre o que é sífilis, você encontrará:

  1. O que é sífilis e suas fases
  2. Sintomas e transmissão 
  3. Prevenção, diagnóstico, tratamento
  4. Relação da Sífilis com o HIV/AIDS 

O que é sífilis? Causas e Transmissão

A Sífilis é atualmente considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST). Ela tem cura e é exclusiva do ser humano, sendo causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode ser que você ainda veja o termo doença sexualmente transmissível (DST), porque essa alteração foi feita recentemente.

Segundo o Ministério da Saúde, a infecção atinge 12 milhões de pessoas em todo o mundo e seu combate continua a ser um desafio. No Brasil, ela avança especialmente entre jovens de 20 a 29 anos. A região do país com o maior número de incidência é a Sudeste, seguida da região Sul.

Como o próprio nome sugere, as formas de se transmitir/contrair são:

  • Todos os tipos de sexo sem camisinha, se for feito com algum portador da IST
  • Uso de seringa contaminada, por mais de uma pessoa
  • Transfusão de sangue contaminada
  • O bebê pode contrair (Sífilis Congênita) durante a gravidez ou parto se a mãe estiver contaminada. 

IMPORTANTE:

Se as mães infectadas seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto, os seus filhos podem nascer saudáveis.

Sintomas de Sífilis

O período de incubação da Sífilis, ou seja, o tempo que leva desde a infecção até o surgimento de sintomas, é normalmente de três semanas (21 dias) mas pode variar de 10 a 90 dias. Nesta IST os sintomas variam de acordo com os estágios: sífilis primária, secundária, latente e terciária. 

Nos estágios primário e secundário, a possibilidade de transmissão é maior. Já na  Sífilis Terciária, um dos estágios mais graves, se não houver o tratamento adequado pode causar complicações (atingir vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração e sistema nervoso) e até levar à morte.

Sífilis Primária – Sintomas

Nesta fase, cerca de 10 a 90 dias após o contágio, surge uma ferida normalmente única no local de penetração da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca). Pode ainda ocorrer o surgimento de ínguas (caroços) na virilha.

Essa ferida costuma não doer ou coçar e nem apresentar aspecto purulento. Mas é rica em bactérias e por isso a possibilidade de contaminação é maior.

Sífilis Secundária – Sintomas

Os sinais e sintomas dessa fase aparecem entre seis semanas e seis meses em relação ao surgimento da ferida inicial. Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas, além de manchas no corpo inclusive nas palmas das mãos e plantas dos pés, que geralmente não coçam mas são ricas em bactérias.

Sífilis Latente – Sintomas

Esse estágio é dividido em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). Mas essa classificação se refere apenas ao tempo, pois em ambos a característica é não aparecer sintomas.

A duração dessa fase é variável, e surge em meio à evolução da enfermidade. Além disso, pode ser interrompida pelo surgimento da forma secundária ou terciária.

  • Por causa dessa fase em que os sintomas podem aparecer e desaparecer rapidamente, uma pessoa pode ter sífilis e não saber. Contudo, a pessoa ainda contém a infecção que pode se agravar a qualquer momento e ser transmitida.

Sífilis Terciária – Sintomas

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É possível de ocorrer entre 2 e 40 anos depois do início da infecção e é quando os sintomas se agravam. 

As lesões cutâneas (da pele), ósseas, cardiovasculares e neurológicas se intensificam, todo o sistema começa a ter suas funções comprometidas e isso pode levar à morte.

Sífilis Congênita – Sintomas

Quando uma mãe e o bebê estão expostos à bactéria e não houve a prática das medidas aconselhadas no pré-natal, os sinais e consequências são:

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  • Aborto espontâneo
  • Parto prematuro
  • Malformação do bebê
  • Surdez
  • Cegueira
  • Deficiência mental
  • Morte ao nascer

Diagnóstico e Tratamento da Sífilis

O diagnóstico mais comum é feito pelo teste rápido (TR) de Sífilis, disponível nos serviços de saúde pública (SUS). É algo prático, de fácil execução, sem necessidade de laboratórios e com resultado em, no máximo, 30 minutos

Nos casos de TR positivos, uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial, para ter certeza de que não foi um falso positivo.

Em caso de uma gestante testar positivo, o tratamento deve ser iniciado na mesma hora, sem necessidade da confirmação por exame de sangue, devido ao risco de transmissão ao bebê. Para um recém nascido, avalia-se o histórico da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes.

Tratamento 

Por se tratar de uma bactéria, o tratamento utilizado é por meio de antibióticos, normalmente a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima.

Para os casos de pessoas em fases mais graves, ocorre um tratamento direcionado ao alívio dos sintomas e, se necessário, a internação.

Prevenção da Sífilis

A melhor técnica de evitar o contágio e transmissão de Sífilis é a prevenção combinada, ou seja, valer-se de diferentes abordagens de prevenção ao mesmo tempo. Observe abaixo algumas delas:

  • Intervenções comportamentais

Contribuem para o aumento da informação e da percepção do risco de exposição, para sua consequente redução. 

Isso é feito por meio do aconselhamento sobre mudanças de comportamento, como o Incentivo a fazer testes, conscientização sobre a infecção, acompanhamento gestacional e promoção de uma educação que aborde a opção pela castidade ou a adesão às intervenções biomédicas.

  • Intervenções biomédicas

Buscam reduzir a exposição direta de um indivíduo saudável à bactéria, como o emprego de métodos de barreira física (uso de diversos preservativos – camisinha) e esterilização adequada dos instrumentos médicos que entram em contato com o sangue do paciente.

  • Intervenções estruturais

Essas intervenções são voltadas aos fatores e condições socioculturais que influenciam  na vulnerabilidade de grupos sociais específicos. 

No Brasil, a infecção é concentrada em alguns segmentos populacionais: LGBTs, usuários de álcool e outras drogas, pessoas privadas de liberdade e prestadores de serviços sexuais.

Contudo, isso não significa que todos os indivíduos pertencentes a esses grupos estão infectados ou que pessoas fora desses grupos não possam pegar.

Relação entre Sífilis e AIDS / HIV

As diversas feridas que surgem no portador da Sífilis podem predispor à infecção por HIV. Isso porque o organismo já fica mais debilitado e ambas as enfermidades possuem a mesma porta de entrada: relações sexuais desprotegidas com algum parceiro infectado.

Uma vez que o HIV prejudica o Sistema Imunológico, leva uma pessoa com sífilis a quadros ainda mais graves, podendo evoluir para a Meningite, Acidentes vasculares Cerebrais (AVC) e demais complicações citadas anteriormente até a morte.

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Redação Beduka
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