A Revolução Cubana foi um movimento de revolução armada, caracterizada pelas guerrilhas. Os setores cubanos civis se uniram pelo fim da ditadura de Fulgencio Batista, liderados por Fidel Castro. Ao final, o governo inicialmente neutro declarou-se socialista e atuou até mesmo na Guerra Fria.
Neste artigo sobre a Revolução Cubana, você encontrará:
- O que foi a Revolução Cubana? Resumo
- Antecedentes
- Qual foi a causa da Revolução Cubana?
- Principais líderes e nomes
- Início e como terminou
- Consequências e Guerra Fria
- Estudando para as provas? Conheça nosso Simulado gratuito, que pode ser personalizado com as matérias que você mais precisa!
O que foi a Revolução Cubana? Resumo
A Revolução Cubana foi um processo de guerrilha, ou seja, revolução armada, que aconteceu em Cuba. O país é uma ilha localizada no Caribe, na América Latina, às portas da América do Norte.
É importante saber sua localização para compreender alguns fatos que sucederam da revolução.
O país tinha sido uma colônia espanhola muito explorada e, logo após a independência territorial, vivia dependente dos Estados Unidos em termos de economia e proteção militar. Na década de 50, Cuba era governada por Fulgêncio Batista, um ditador militar.
A guerrilha foi liderada por Fidel e apoiada por todos os setores, visto que todos queriam o fim da ditadura. Mesmo que o movimento revolucionário não tenha se iniciado associado a uma ideologia, na década de 60 ele se tornou um modelo socialista.
Para entender todas as transformações, precisamos detalhar o desenrolar da história, acompanhe:
Antecedentes
Desde a época das colonizações e até o final do século XIX, Cuba havia sido uma das colônias espanholas muito explorada para a produção açucareira. Só conseguiu sua independência tardiamente, em 1898, e com o auxílio dos Estados Unidos.
Mesmo assim, Cuba não se tornou um país autônomo, pois mesmo se livrando da gestão espanhola, agora dependia economicamente dos Estados Unidos. Alguns chegam a dizer que Cuba se tornou um “quintal” americano.
As primeiras ações dos Americanos foram fazer com que o país caribenho recebesse modernizações:
- eliminou a fome em cuba
- reformou o saneamento cubano
- estabeleceu um eficiente sistema de educação pública
- estabeleceu um sistema eleitoral organizado
- instalou a base de Guantánamo
Porém, o início das ações abusivas da influência norte-americana começou com o decreto da Emenda Platt. Nos anos 50, às vésperas da Revolução, as empresas americanas detinham:
- 90% das minas de carvão cubano
- 100% das refinarias de petróleo
- 90% das fazendas de gado de Cuba
- 40% da indústria do açúcar local
Os Estados Unidos tinham poder de intervir no país sempre que considerassem necessário e até mesmo as bases navais estavam sob seu controle.
Cuba crescia, mas às sombras dos americanos e em um ritmo menor do que os seus recursos permitiriam se não fossem quase monopolizados por outro país.
Qual foi a causa da revolução cubana?
Neste ponto, o antiamericanismo já crescia porque a exploração começou a ficar explícita. Mesmo assim, os que estavam no poder do governo cubano permitiam a exploração do país em troca de benefícios individuais.
O estopim foi quando Fulgêncio Batista assumiu o poder, instaurando uma ditadura militar do tipo violenta e opressora. Ele havia chegado ao poder por meio de um golpe de Estado, retirando o ex-presidente Carlos Prío Socarrás.
A ascensão de Batista ao poder e a manutenção dos privilégios americanos foram o ápice para iniciar um movimento de revolta revolucionária contra o governo.
Principais líderes e nomes da Revolução
Foi a partir desse momento que todos os setores sociais, mesmo os que divergiam ideologicamente, resolveram se unir contra o governo ditatorial. Porém, toda ação bem sucedida precisa de um líder para organizar, e este líder foi Fidel Castro.
O movimento inicial não tinha afeição a uma ideologia explícita, não era do tipo socialista nem liberal. Tratava-se simplesmente da união de setores democráticos nacionais pelo bem do país.
Posteriormente, a revolução foi ganhando outros nomes e formas, sendo que os principais líderes que se uniram a Fidel Castro foram seu irmão Raul Castro, Ernesto Che Guevara e Camilo Cienfuegos.
Vamos entender como isso aconteceu!
Início da Revolução Cubana
O ponto de partida para a Revolução Cubana contava apenas com Fidel Castro como líder, ele recrutou um exército civil voluntário para uma guerrilha, ou seja, rebelião armada.
Eles organizaram um ataque ao Quartel de Moncada no dia 26 de julho de 1953, pois este era um local em que se guardava o arsenal de armamentos do governo.
Com essa ação, Fidel esperava demonstrar força e fomentar uma mobilização nacional contra Fulgêncio Batista, mostrando a todos que era possível atacá-lo e não apenas temê-lo. Porém, o movimento fracassou e muitos dos guerrilheiros foram mortos ou presos. Ao final, Fidel e Raúl Castro foram presos.
Contudo, dois anos depois eles foram soltos e resolveram fugir para o México, buscando exílio para a elaboração de um novo atentado.
Foi aí que os irmãos Castro conheceram Ernesto Che Guevara, um médico argentino que lia autores revolucionários, incluindo Karl Marx, e lutava pela libertação de toda a América Latinha, unindo-se à luta por Cuba.
Como terminou o conflito da Revolução Cubana?
Os revolucionários retornaram para Cuba fortalecidos usando um iate. Porém, foram recebidos pelo exército cubano com um duro ataque. Novamente derrotados, resolveram se refugiar em uma região próxima chamada Sierra Maestra, para reorganizar as táticas.
Entre os anos de 1956 e 1959, várias batalhas contra os exércitos do governo ocorreram, sempre em prol da queda da ditadura. Pouco a pouco foram conquistando o apoio da população rural e urbana.
Em 1958, os guerrilheiros conseguiram conquistar plenamente a cidade. Porém, passou-se um tempo para que o ditador assumisse a derrota. Assim, somente em 1º de janeiro de 1959 é que houve a queda de Fulgêncio Batista e o fim da ditadura militar.
Fidel Castro marchou até Havana, capital de Cuba, no dia 8 de janeiro, onde estabeleceu um novo Governo Provisório e se tornou o primeiro-ministro.
A partir de 1959, reformas começaram a ser implantadas no país, de cunho Estatal protecionista, para tentar diversificar a economia e promover a industrialização:
- Reforma agrária
- Confisco de propriedades privadas
- Estatização das empresas e controle de cooperativas
- Erradicação do analfabetismo
- Instalação de Saúde Pública
- Controle de salários e gastos de toda a população
As mudanças promovidas no campo da economia desagradaram profundamente aos Estados Unidos, causando o rompimento das relações diplomáticas entre Cuba e os americanos.
Além disso, também implantou medidas sociais para consolidar seu governo e demonstrar força:
- Limitação da liberdade de expressão da imprensa
- Proibição e expulsão de religiosos e livros sagrados (decretou um Estado Ateu)
- Condenação e perseguição a qualquer opositor, incluindo ex companheiros que não estivessem alinhados e os homossexuais
Até esse ponto, Fidel Castro permanecia afirmando não agir sob influência do socialismo ou do comunismo, e sim de suas ideias próprias. Esse governo autoritário ficou conhecido como Castrismo.
Consequências: o que a Revolução Cubana tem a ver com a Guerra Fria?
Diante desse governo, muitos civis de Cuba tentaram fugir da ilha e buscar exílio nos Estados Unidos. Os americanos aproveitaram que já estavam insatisfeitos com a postura econômica adotada por Cuba e, por meio da CIA, treinou os civis cubanos refugiados.
Em 1961, enviou-os no que ficou conhecido como Invasão da Baía dos Porcos. Essa investida militar americana tentava desestabilizar o governo de Castro, mas foi mal sucedida.
Neste período, o mundo já se encontrava em meio à Guerra Fria, em que os países do mundo se alinhavam ou ao bloco capitalista comandado pelos EUA, ou ao bloco socialista comandado pela URSS.
Sem o apoio dos Americanos e alvo de vários bloqueios econômicos, Cuba já possuía um modelo econômico próximo ao socialismo e Fidel Castro anunciou sua parceria com a União Soviética, assumindo um governo Socialista.
Em 1962 houve um episódio da Guerra Fria conhecido como Crise dos Mísseis, um dos capítulos mais tensos de toda a história. A União Soviética havia feito um acordo com Cuba, em que utilizava o território caribenho como base para montagem de mísseis apontados para o Estado Unidos.
Os Estados Unidos não revidaram, vários países tentaram mediar o conflito e impedir uma guerra nuclear. O episódio terminou com a retirada dos mísseis.
Em 1965, Castro incentivou a consolidação do Partido Comunista Cubano e, em 1991 a URRS chegou ao fim, deixando Cuba desamparada.
Ainda que Cuba não tenha altos índices de mortalidade infantil e a alfabetização chegue a ser quase completa; o país tem vivido crises financeiras, racionamento de alimentação, comércio ilegal e uma falta de infraestrutura generalizada desde o fim do apoio da URSS.
Hoje, Cuba tenta reatar algumas relações diplomáticas com países capitalistas e se abrir ao capital externo, a fim de melhorar as condições do país. Porém, continua sendo um país socialista.
Gostou do nosso artigo sobre a Revolução Cubana? Confira outros artigos do nosso blog e se prepare para o Enem da melhor maneira! Você também pode se organizar com o nosso plano de estudos, o mais completo da internet, e o melhor: totalmente gratuito!
Queremos te ajudar a encontrar a FACULDADE IDEAL! Logo abaixo, faça uma pesquisa por curso e cidade que te mostraremos todas as faculdades que podem te atender. Informamos a nota de corte, valor de mensalidade, nota do MEC, avaliação dos alunos, modalidades de ensino e muito mais.
Experimente agora!