As Gimnospermas são plantas caracterizadas por apresentar sementes e estróbilos, uma novidade evolutiva. Elas também são vascularizadas e seus principais representantes são pinheiros, sequoias e araucárias. Para entender o que são Gimnospermas, lembre-se que elas preferem ambientes frios e sua reprodução não depende de água!
Neste artigo sobre o que são Gimnospermas, você encontrará:
- O que são Gimnospermas? Exemplos
- Estruturas das Gimnospermas – o que são estróbilos
- Como é a reprodução das Gimnospermas
- Principais características das Gimnospermas- Resumo
- Classificação das Gimnospermas
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O que são Gimnospermas? Exemplos
As gimnospermas são um grupo de plantas caracterizadas por apresentar uma novidade evolutiva: a presença de sementes! O nome veio do grego “Gymnos” e “sperma”, que significam “nu” e “semente”. Assim, outra característica já é identificada: a semente não é protegida por um fruto.
Elas costumam viver em ambientes de clima frio ou temperado, como os pinheiros, cedros, sequoias e ciprestes. No Brasil, temos um bioma no sul chamado Mata de Araucárias, que também é um exemplo! Elas podem ser chamadas genericamente de coníferas.
Elas também costumam ser identificadas pelo tamanho: são árvores de médio e grande porte!
Estruturas das Gimnospermas
A estrutura das Gimnospermas é formada, basicamente, por três partes:
- Raízes: são responsáveis por fixar a planta no solo e absorver água e sais minerais. Neste grupo, elas são todas subterrâneas!
- Caules: é a estrutura responsável por sustentar as folhas e fazer o transporte de seiva por toda a planta, ligando raízes às folhas. Aqui é onde passam os vasos do xilema e floema.
- Folhas: são estruturas com formato de lâmina, pendendo para fora da planta, na parte mais externa. São ricas em cloroplastos e, por isso, é onde a fotossíntese ocorre e seus produtos (os açúcares) são usados para elaboração de seiva.
Contudo, existe uma peculiaridade em sua estrutura: a presença de estróbilos!
O que são estróbilos?
Os estróbilos são uma estrutura que se origina dos ramos reprodutivos das gimnospermas. Elas se desenvolvem até formar os cones, daí o nome de coníferas. Adiante, veremos que na reprodução essas estruturas podem passar por transformações. Assim, tornam-se as famosas pinhas e pinhões!
Como é a reprodução das Gimnospermas?
As Gimnospermas apresentam uma novidade: aqui, encontra-se pela primeira vez a não dependência de água para reprodução. Por esse motivo, a maior parte dos gametas masculinos não são flagelados, como era nos grupos anteriores.
Aqui, a Reprodução Sexuada (há fecundação de gametas) é o destaque. A maioria das Gimnosperma tem árvores dióicas, ou seja, uma é masculina e outra feminina.
Contudo, existe uma minoria monóica na qual a parte masculina fica embaixo, a fim de evitar que uma mesma planta se autofecunde e diminua a variabilidade genética.
Embora a maior delas só tenha um adulto, existe alternância de gerações em uma mesma planta. Intrigante, não?
- Vamos entender o ciclo:
Tudo começa assim: existem dois tipos de estróbilos, os maiores são considerados femininos e têm vários esporângios (óvulos). A planta que a possui é um esporófito adulto diplóide (2n), e ao realizar meiose, produz um esporo haplóide (n) conhecido como megásporo ou macrósporo.
Esse esporo permanece dentro da planta, não é liberado, e se desenvolve até originar um gametófito (n) feminino. Dele surgem arquegônios com oosfera (gameta feminino) em seu interior.
Os estróbilos menores são considerados adultos esporófitos (2n) masculinos e também possuem esporângios, mas que se modificam em sacos polínicos. Por meiose, produzem esporos chamados micrósporos (n), que também se desenvolvem dentro da planta e não são dispersos.
Cada micrósporo origina um gametófito masculino (n), também chamado de grão de pólen. A ruptura dos sacos polínicos libera grãos de pólen que são carregados pelo vento e podem atingir os óvulos femininos para fecundação.
Quando isso ocorre, o gameta masculino cria um tubo polínico que vai se alongando dentro da oosfera até atingir o gameta feminino e se fecundar. O zigoto se forma e se desenvolve em um embrião (2n), mergulhado no tecido materno do gametófito feminino.
Assim, o restante da estrutura do óvulo converte-se em semente. A semente pode ser entendida como uma fortaleza biológica, pois abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de parasita e acumula substâncias de nutrição do embrião durante a germinação.
A semente possui três estruturas principais: uma casa (integumento), um embrião e o endosperma (tecido materno), o que virará a reserva nutritiva.
Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.
A fecundação das gimnospermas é chamada de sifonogâmica, pois acontece em um tubo polínico (não no óvulo fechado) e não necessita de água para o deslocamento do gameta masculino. A polinização depende do vento e por isso é chamada de anemofilia.
Principais características das Gimnospermas – Resumo
Resumindo tudo o que foi dito, podemos listar as principais características das Gimnospermas:
- São organismos eucariontes e pluricelulares
- Estão classificadas no Reino Plantae e ocupam a terceira posição na linha evolutiva dos 4 grupos
- São fanerógamas (COM sementes)
- São vascularizadas: existem vasos para conduzir a seiva bruta (água e sais minerais) chamados de xilema (ou lenho). Existem vasos que conduzem a seiva elaborada ( matéria orgânica) chamado floema (ou líber)
- O corpo apresenta estruturas evoluídas como raiz, caule e folhas; com ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos.
- Reprodução independente de água
- Aquelas que possuem alternância de gerações tem o Esporófito (diplóide 2n) como fase dominante.
Classificação das Gimnospermas
Segundo a Taxonomia, todas as plantas estão agrupadas no Reino Vegetal e ele é subdividido em 4 grupos principais:
- Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas
Na linha evolutiva das plantas, as briófitas foram as primeiras a surgir, não sendo vascularizada e nem tendo sementes. As pteridófitas já têm vasos condutores de seiva, mas não têm sementes. Agora, as gimnospermas têm sementes, mas não os frutos, uma característica que surge somente nas angiospermas.
Lembre-se que toda característica adquirida em um ponto, permanece existindo nas plantas que vêm depois e se somam as próximas novidades.
Além disso, as Gimnospermas são subdivididas em 4 filos:
- Coniferophyta: esse é o maior grupo, onde estão as famosas coníferas: pinheiros e sequoias, com mais de 600 espécies distintas! Por isso, são aquelas caracterizadas pelos cones.
- Cycadophyta: apenas este grupo ainda apresenta gametas flagelados e outra característica marcante é que as folhas lembram as das palmeiras.
- Ginkgophyta: na verdade, possui apenas uma espécie ainda viva: o Ginkgo biloba. As folhas dessa planta assemelham-se a um leque e ela é mais antiga entre as gimnospermas, também tendo gametas flagelados.
- Gnetophyta: este grupo possui três filos (Welwitschia, Gnetum e Ephedra), todos com características que os aproximam das angiospermas, como os cones. É como se fossem as mais evoluídas dentre as gimnospermas.
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