O romantismo foi um período literário no qual predominou a idealização da vida e do amor e trouxe à tona importantes nomes da literatura brasileira. Ele possui três fases, com suas respectivas características, autores e obras. Aqui, vamos te explicar todos esses detalhes e te contar quais são as principais obras do romantismo no Brasil.
Preparamos este artigo incrível para você que deseja conhecer as principais obras do romantismo. Tem bastante conteúdo pela frente, então, clique em um dos tópicos para ir diretamente ao que deseja:
- O que foi o Romantismo?
- Quais as principais obras da primeira fase do romantismo no Brasil?
- Quais as principais obras da segunda fase do romantismo no Brasil?
- Quais as principais obras da terceira fase do romantismo no Brasil?
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O que é o Romantismo?
O romantismo é uma escola literária que surgiu no Brasil na primeira metade do século XIX. Nesse período, a idealização era mais importante que a realidade dos fatos (o escapismo)
O homem estava mais centrado em si, ou seja, o individualismo, a subjetividade e o egocentrismo preocupavam mais que a sociedade.
A temática social, por sua vez, só viria à tona no início do Realismo (escola literária que veio logo em seguida).
Como tudo que era escrito nessa época, a pátria também era idealizada. Logo, as obras apresentam características marcantes de valorização da natureza e nacionalismo.
Os autores românticos não abriam mão do sentimentalismo. Por esse motivo, as principais obras do romantismo costumam trazer sensações de melancolia, saudosismo etc.
Cada um desses detalhes compõem as três fases do romantismo e explicam o que ele foi e é. Mas vale ressaltar, a terceira fase é a que possui mais diferenças.
Siga para os próximos tópicos e descubra todos os detalhes que permeiam as principais obras do romantismo no Brasil.
Quais são as principais obras da primeira fase do romantismo brasileiro?
A primeira fase do romantismo no Brasil foi marcada pelo indianismo, nacionalismo e valorização da natureza.O Guarani, de José de Alencar, e Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, merecem destaque.
O Guarani traz o índio como personagem e a miscigenação como parte relevante do enredo. Já “Canção do Exílio” é a parte da literatura brasileira que mais nos fez e nos faz sentir o amor pela pátria.
Trata-se de poesia escrita quando Gonçalves Dias esteve em Coimbra. Revelando também um profundo saudosismo (lembranças e saudade da terra natal).
Abaixo, conheça as principais obras da primeira fase do romantismo:
- Suspiros Poéticos e Saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães
- O poeta e a Inquisição (1839), de Gonçalves de Magalhães
- A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo
- O Moço Loiro (1845), de Joaquim Manuel de Macedo
- Canção do Exílio (1846), de Gonçalves Dias
- A Destruição das Florestas (1846), de Manuel de Araújo Porto Alegre
- I-Juca-Pirama (1851), de Gonçalves Dias
- Memórias de um Sargento de Milícias (1852), de Manuel António de Almeida
- Cinco Minutos (1856), de José de Alencar
- A Confederação dos Tamoios (1857), de Gonçalves de Magalhães
- Os Timbiras (1857), de Gonçalves Dias
- O Guarani (1857), de José de Alencar
- A Viuvinha (1857), de José de Alencar
- O Sertanejo (1857), de José de Alencar
- Os Indígenas do Brasil perante a História (1860), de Gonçalves de Magalhães
- Brasilianas (1863), de Manuel de Araújo Porto Alegre
- Iracema (1865), de José de Alencar
- Colombo (1866), de Manuel de Araújo Porto Alegre
- A Luneta Mágica (1869), de Joaquim Manuel de Macedo
- As Vítimas-Algozes (1869), de Joaquim Manuel de Macedo
- Ubirajara (1874), de José de Alencar
Quais as principais características da primeira fase do romantismo?
Como você já viu, a primeira fase do movimento e as principais obras do romantismo da época, possuem forte ligação com a pátria. Ou seja, tudo que era referente a terra, inclusive a origem.
Logo, temos o indianismo, representado pelo índio; o nacionalismo, representado pelo amor ao país e pelo herói nacional; a exaltação da natureza, representada pela valorização da floresta, das riquezas naturais brasileiras.
Qual o contexto histórico da primeira fase do romantismo brasileiro?
O romantismo surgiu no Brasil logo após a Proclamação da República (1822). Esse marco histórico explica as características dessa primeira fase.
Sendo assim, com a euforia de viver em um país livre para criar e contar suas próprias histórias, os autores românticos não pouparam esforços em retratar os principais personagens desse período: a terra e o índio.
Sem esquecer que tudo isso era escrito de forma idealizada, deixando de lado os defeitos e conflitos de uma vida real.
Quais as principais obras da segunda fase do romantismo brasileiro?
Também chamada de ultra romântica, byroniana ou do mal do século, a segunda fase do romantismo brasileiro foi marcada por produções que tratavam de questões sobre o amor e a morte.
Os personagens das principais obras do romantismo enfrentavam amores dolorosos e uma angústia constante em relação à existência. Nesse período, temos autores como Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu.
Abaixo, veja a lista completa com as principais obras da segunda fase do romantismo no Brasil:
- Macário (1852), de Álvares de Azevedo
- Lira dos Vinte Anos (1853), de Álvares de Azevedo
- Trovas (1853), de Laurindo Rabelo
- Noite na Taverna (1855), de Álvares de Azevedo
- Inspirações do Claustro (1855), de Junqueira Freire
- Contradições Poéticas (1855), de Junqueira Freire
- Páginas Soltas (1855), de Pedro de Calasans
- Meus Oito Anos (1857), de Casimiro de Abreu
- Últimas Páginas (1858), de Pedro de Calasans
- As Primaveras (1859), de Casimiro de Abreu
- Noturnas (1860), de Fagundes Varella
- Cântico do Calvário (1863), de Fagundes Varella
- Vozes da América (1864), de Fagundes Varella
- Cantos e Fantasias (1865), de Fagundes Varella
- A Morte de Uma Virgem (1867), de Pedro de Calasans
- A Rosa e o Sol (1867), de Pedro de Calasans
- Cantos Meridionais (1869), de Fagundes Varella
- Cantos do Ermo e da Cidade (1869), de Fagundes Varella
Quais as principais características da segunda fase do modernismo no Brasil?
As principais obras do romantismo na segunda fase deixam um pouco de lado a valorização da pátria para centrar-se exclusivamente em si mesmo.
Tudo que importava eram os conflitos individuais. Assim, surgiu o escapismo, o desejo constante de fugir de tudo que era real.
Esse desejo já era uma consequência do profundo pessimismo que rondava o período. Logo, essa fase representa o lado mais sombrio e egoísta do romantismo. Ainda que possa ser chamado de belo.
Vale repetir! Na segunda fase, o amor e a morte ganharam destaque e os únicos problemas que importavam eram os individuais.
Qual o contexto histórico da segunda fase do modernismo no Brasil?
Durante a segunda fase do modernismo, o Brasil e o mundo viviam a ascensão da burguesia. E, contraditoriamente, da liberdade e poder de consumo nasce o pessimismo, a insatisfação e o desespero.
O país também foi bastante influenciado pela literatura produzida na Europa. Uma das principais obras do romantismo internacional dessa fase foi “Os sofrimentos do jovem Werther”, que influenciou a juventude da época com o final trágico de seu protagonista.
Quais as principais obras da terceira fase do romantismo brasileiro?
A terceira fase do romantismo diverge bastante das demais. Principalmente devido ao contexto histórico que o país estava vivenciando.
Muitos estudiosos da literatura evidenciam o caráter pré-realista da terceira fase. Pois, as obras se distanciaram do individual e começaram a se preocupar com algumas temáticas sociais .
É nessa fase que surgiu um dos mais importantes escritores brasileiros: Castro Alves. Abaixo, conheça os principais autores da terceira fase:
- Glosa (1864), de Tobias Barreto
- Amar (1866), de Tobias Barreto
- O Gênio da Humanidade (1866), de Tobias Barreto
- A Escravidão (1868), de Tobias Barreto
- O Navio Negreiro (1869), de Castro Alves
- A Poesia Contemporânea (1869), de Sílvio Romero
- Espumas Flutuantes (1870), de Castro Alves
- A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), de Castro Alves
- Cantos do Fim do Século (1878), de Sílvio Romero
- O Gênio da Humanidade (1881), de Tobias Barreto
- Os Escravos (1883), de Castro Alves
- Abolicionismo (1883), de Joaquim Nabuco
- Últimos Harpejos (1883), de Sílvio Romero
- Escravos (1886), de Joaquim Nabuco
- O Guesa Errante (1888), de Castro Alves
- Minha Formação (1900), de Joaquim Nabuco
Quais as principais características da terceira fase do romantismo no Brasil?
As principais obras do romantismo ganharam novas características na terceira fase, mas não deixaram de lado o caráter nacionalista. No entanto, esse perfil passou a ser exercido de uma outra forma.
Os assuntos relacionados à pátria passaram a ser mais ligados ao indivíduo e a identidade, do que a nação, suas belezas e riquezas naturais.
Simplificando: se antes o Brasil se tornava personagem principal, como em “Canção do Exílio “, nessa terceira fase, ele ganha importância no sentido de valorização das questões locais.
Assim, além do índio, surge um novo personagem nas principais obras do romantismo: o negro. Esse que, por sua vez, permaneceu no esquecimento durante a primeira e segunda fase dessa escola literária.
Outro fator relevante é que, apesar de manter traços do individualismo e da subjetividade, já era possível notar os primeiros passos dados em direção ao mundo das preocupações relacionadas à identidade social.
Essa abertura, no modo de enxergar e entender as coisas ao redor, foi associada a uma ave: o Condor.
O condor é uma ave típica da Cordilheira dos Andes, um lugar de altura considerável, no qual se pode avistar a imensidão.
Foi essa habilidade que os autores da geração condoreira adquiriram: enxergar aquilo que só é possível ser visto do alto. Isto é, iniciou-se um processo de distanciamento do eu.
Além disso, o amor também deixou de ser idealizado e os escritores começaram a enaltecer a liberdade.
Resumindo, as principais obras do romantismo tinham como características: o erotismo, a liberdade, a busca por uma identidade nacional, a preocupação com o abolicionismo e outras questões sociais, além de uma visão mais realista sobre o amor.
Qual o contexto histórico da terceira fase do romantismo no Brasil?
A terceira fase foi marcada pela luta abolicionista. Sendo assim, os autores se viram diante de uma pauta que ultrapassava a significância de suas indagações individuais.
O questionamento entre monarquia e república também ganhou destaque. Foi o início das insatisfações políticas de um país que já não pertencia a Portugal.
E, se antes o índio e o europeu eram retratados levando em consideração a miscigenação, na terceira fase, um grupo esquecido passou a ganhar voz: a população negra.
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