Concordância Verbal é a relação estabelecida entre sujeito e verbo, algo que deve ser feito de acordo com a gramática. Ela deve ser feita em número (plural, singular) e pessoa (1º, 2°, 3°) . Em outras palavras: quando o sujeito está no singular, o verbo também deve estar.
Ao final da leitura, você pode treinar com os exercícios sobre concordância verbal.
Neste artigo sobre Concordância Verbal, você encontrará:
- O que é Concordância Verbal
- Diferença de concordância verbal e nominal
- Quais são as regras de concordância verbal para sujeitos simples e compostos
- Outros casos especiais
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O que é Concordância Verbal? (Exemplos)
A Concordância Verbal é a relação que precisamos estabelecer entre sujeito e verbo, só que de forma gramaticalmente correta. Em outras palavras, significa flexionar o verbo para concordar com o sujeito.
Lembre-se:
Sujeito: é a palavra da frase que mostra quem faz ou recebe a ação.
Verbo: é a palavra que expressa qual é essa ação.
A Concordância Verbal deve ser feita em número (plural ou singular) e pessoa (1º, 2°, 3°) ao mesmo tempo.
Relembre:
As pessoas do singular são: eu (1°), tu (2°), ele/ela (3°).
As pessoas do plural são: nós (1°), vós (2°), eles/elas (3°).
Agora vamos ver exemplos de como isso tudo funciona:
- Eu adoro o seu perfume.
Observe que o sujeito é a 1° pessoa do singular (eu). Assim, o verbo “adorar” se adequou a ele, virando “adoro”.
- Marcos e Ana choraram quando perderam o tio.
O sujeito é formado por duas palavras: “Marcos e Ana”. Sabemos que se trata da 3° pessoa do plural, pois podemos substituir por “eles” sem prejudicar o entendimento.
Assim, os verbos “chorar” e “perder” se adequaram ao sujeito e se tornaram “choraram” e “perderam”.
- Esse conteúdo costuma ser muito cobrado nos vestibulares, incluindo o ENEM, no 7° e no 9° ano do Ensino Fundamental.
Qual a diferença entre Concordância Verbal e Nominal?
O nome já nos indica que a concordância verbal se refere ao verbo com o sujeito, concordando em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª).
Da mesma forma, o nome nos indica que a concordância nominal se refere aos nomes que caracterizam os substantivos (adjetivo, numeral, pronome, artigo). Eles devem concordar em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural).
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Quais são as regras de concordância verbal?
A regra básica ou geral da concordância verbal é o verbo concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito daquela frase.
Pelo que explicamos até agora, você já entendeu e parece tudo muito simples, não é?
Realmente nós já usamos esses recursos no dia a dia, desde que aprendemos a falar. Porém… no meio de uma redação você pode ficar com dúvida de como concordar quando o sujeito for composto, quando vier acompanhado de expressões, etc.
Realmente, existem vários casos especiais. São eles que nós iremos ver agora:
Regras de concordância vebal para Sujeito Simples
A regra geral você já sabe, agora vamos ver os casos especiais de sujeito simples:
Sujeitos com coletivos
Quando for um coletivo (cardume, alcateia, semestre, quinzena), o verbo fica sempre no singular.
Por mais que a ideia se refira a um conjunto de coisas, a palavra gramatical é singular, então o verbo deve ser também.
- Exemplo:
A multidão acabou com o estoque da loja.
Atenção!
Se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no singular ou no plural. Na via das dúvidas, fique sempre com o singular, pois com ele não tem erro!
- Exemplos:
A multidão de clientes acabou com o estoque.
A multidão de clientes acabaram com o estoque.
Sujeitos com expressões partitivas (maioria de, maior parte)
Os coletivos partitivos são: “a maioria de”, “a maior parte de”, “grande número de”. Nesse caso, a concordância pode acontecer de qualquer uma das duas formas!
- Exemplos:
A maior parte dos presentes se retirou.
A maior parte dos presentes se retiraram.
Sujeitos com pronome de tratamento
Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).
- Exemplos:
Vossa Alteza pediu silêncio.
Vossas majestades exigiram um banquete.
Sujeitos com locuções pronominais (alguns de nós, poucos de vós)
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda sempre no singular.
- Exemplo:
Qual de vós me condenará?
Se houver palavra no plural, o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo (quais, quantos) ou indefinido (alguns) ou pessoal (nós ou vós).
- Exemplos:
Quais de vós me condenais?
Alguns de vós me condenam.
Sujeitos com expressões aproximativas (mais de, cerca de)
Nestes casos, o verbo concorda com o numeral que se segue após a expressão.
- Exemplos:
Mais de uma mulher quis aproveitar a promoção.
Mais de dois homens quiseram o emprego.
Atenção!
Nos casos em que “mais de” indica reciprocidade, o verbo vai para o plural.
- Exemplo:
Mais de uma professora se cumprimentaram.
Sujeitos com nomes próprios
Se não tiver artigo, o verbo ficará no singular mesmo que o sujeito seja um nome no plural. Se tiver artigo, o verbo concordará com o artigo.
- Exemplos:
Estados Unidos é um país intrigante.
Os Estados Unidos são a maior potência bélica.
Sujeitos com pronome relativo “que”
Nestes casos, o verbo concorda com o antecedente do pronome “que”.
- Exemplo:
Fui eu que comi.
Sujeitos com pronome relativo “quem”
Agora, o verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome “quem”.
- Exemplos:
Fui eu quem respondeu.
Fui eu quem respondi.
Sujeitos com “um dos que”
Este é mais um dos casos em que é opcional: o verbo pode ser conjugado no singular ou no plural, mas sempre lembrando da pessoa.
- Exemplos:
Ele foi um dos que mais ajudou.
Ele foi um dos que mais ajudaram.
Sujeitos com porcentagem
No caso de expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que essa porcentagem se refere.
- Exemplos:
50% do eleitorado apoiou a candidatura dele.
50% dos operários aprovaram a decisão do sindicato.
Caso o verbo aparecer anteposto à porcentagem, deverá concordar com o numeral.
- Exemplo:
Aprovaram a decisão da reitoria 50% dos alunos.
Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular.
- Exemplo:
1% dos soldados não aprovou a decisão do comandante.
Nos casos em que o numeral estiver acompanhado de determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:
- Exemplo:
Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
Regras de concordância verbal para Sujeito Composto
A regra geral você já sabe, agora vamos ver os casos especiais de sujeito composto!
Sujeitos com sinônimos
Quando o sujeito composto for formado por palavras que são sinônimos, o verbo pode ir para o plural ou ficar no singular e concordar com o núcleo mais próximo.
- Exemplos:
Preguiça e lentidão resumiram aquele passeio.
Preguiça e lentidão resumiu aquele passeio.
Sujeitos com palavras em graduação e enumeração
Este é mais um dos casos em que o verbo pode flexionar no plural ou concordar com o núcleo mais próximo.
- Exemplos:
Um mês, um ano, uma década não supriu a sede de vingança dele.
Um mês, um ano, uma década não supriram a sede de vingança dele.
Sujeitos com pessoas gramaticais diferentes
Quando há sujeitos de pessoas gramaticais diferentes, o verbo vai para o plural e concorda com a pessoa na ordem de prioridade.
- Exemplo:
Eu, tu e joão só chegaremos depois do pôr do sol.
Observe que o sujeito é composto por eu (1ª), tu (2ª) e ele (3ª). Dentre esses, a 1ª pessoa do singular tem prioridade. Mas devemos passar para o plural, o que equivale a “nós”, ou seja, “nós chegaremos”.
Sujeitos ligados por “ou”
Os verbos ligados pela partícula “ou” concordam no plural se a ação estiver incluindo todos os elementos.
- Exemplo:
Doces ou chocolate desagradam a quase ninguém.
Quando a partícula “ou” é utilizada como uma tentativa de conserto da fala, o verbo concorda com o último elemento.
- Exemplo:
A menina ou as meninas perderam muitos brincos no carro.
Quando a ação é aplicada a apenas um dos elementos, o verbo fica no singular.
- Exemplo:
Laís ou Elisa ganhará mais tempo para enviar, pois a energia de casa acabou.
Sujeitos ligados por “nem”
Quando os sujeitos são ligados por “nem”, o verbo vai para o plural.
- Exemplo:
Nem chuva nem calor são esperados pelos meteorologistas.
Sujeitos ligados por “com”
Se o “com” tiver o mesmo sentido de “e”, ou seja, somando as ideias, o verbo vai para o plural.
- Exemplo:
O cantor com sua família desembarcaram às 22 horas.
Quando “com” expressar “em companhia de”, o verbo concorda com o antecedente:
- Exemplo:
O pianista, com toda a equipe técnica, resolveu mudar a data do espetáculo.
Sujeitos ligados por “não só, mas também”, “tanto, quanto”, “não só, como”
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.
- Exemplos:
Tanto Eva como Adão comeram a maçã.
Não só Caio, mas também Ana participou da apresentação.
Sujeitos com partícula “se”
Nos casos em que a palavra “se” for índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve ser conjugado na 3ª pessoa do singular.
- Exemplo:
Na China come-se de tudo.
No caso em que a palavra “se” é partícula apassivadora, o verbo deve ser conjugado concordando com o sujeito.
- Exemplo:
Construiu-se uma igreja no alto da montanha.
Construíram-se novas pontes para atravessar aquele rio.
Outros casos especiais
Por fim, vamos apresentar aqueles casos que não dependem do tipo de sujeito em si, mas que são marcados por outros elementos:
Sujeitos com verbos impessoais
Os verbos impessoais são aqueles que estão no infinitivo e não apresentam sujeito, então conjugamos apenas na 3ª pessoa do singular.
Os principais verbos impessoais são “haver” (no sentido de existir), “fazer” (quando indica tempo) e verbos que indicam fenômenos da natureza.
- Exemplos:
Havia muitos cacos no chão.
Faz dois meses desde que saí de lá.
Sujeito seguido por “tudo”, “nada”, “ninguém”
Quando o sujeito for seguido por “tudo”, “nada”, “ninguém”, “nenhum”, “cada um”; o verbo fica no singular.
- Exemplo:
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de desistir dessa loucura!
Sujeitos ligados por “como”, “assim como”, “bem como”
Neste caso, o verbo é conjugado no plural.
- Exemplo:
O trabalho, assim como o descanso, são essenciais para uma vida digna.
Sujeitos com “é muito”, “é menos de”
Há os casos em que os sujeitos têm locuções como “é muito”, “é pouco”, “é mais de”, “é menos de”. Se elas indicam preço, peso e quantidade, o verbo fica sempre no singular.
- Exemplo:
Quinhentos reais é muito para esse sapato!
Sujeitos com verbos “dar”, “soar” e “bater”
Quando estão se referindo a tempo (horas), o verbo sempre concorda com o sujeito.
- Exemplos:
Já deu uma hora que estou esperando.
Soaram três horas da manhã, e todos se assustaram.
Sujeitos com indicações de datas
Se isso aparecer no sujeito, o verbo deve concordar com a indicação numérica da data.
- Exemplo:
Hoje são 14 de janeiro.
Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia.
- Exemplo:
Hoje é dia 14 de janeiro.
Concordância com o verbo ser
Quando o sujeito for representado por um dos pronomes: “tudo, nada, isto, isso, aquilo” ou os interrogativos “que ou quem”, o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo.
- Exemplos:
Tudo são flores.
Aquilo parecem ilusões.
Que são estrelas?
Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome. Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro (o sujeito).
- Exemplos:
Aqui o presidente sou eu.
Eu não sou tu.
Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca será com o predicativo.
- Exemplos:
O menino era as esperanças da família.
Nas expressões do tipo: “ser preciso, ser necessário” o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou concorda com o sujeito posposto.
- Exemplos:
É necessário aqueles materiais.
São necessários aqueles materiais.
Na expressão “é que”, se o sujeito não aparecer entre o verbo “ser” e o “que”, ficará na 3ª pessoa do singular. Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.
- Exemplos:
Eles é que sempre chegam atrasados.
São eles que sempre chegam atrasados.
Sujeitos com verbos no infinitivo
Os verbos impessoais do infinitivo, nas seguintes situações, nós não conjugamos (deixa no infinitivo):
- Quando têm valor de substantivo (Comer é o melhor a se fazer).
- Quando têm valor imperativo (Vá trabalhar!).
- Quando são os verbos principais de uma locução verbal (Íamos sair, mas choveu).
- Quando são regidos por preposição (Começamos a gritar).
Os verbos do pessoais do infinitivo devem ser flexionados quando queremos definir o sujeito (do tipo oculto).
- Comprei a pizza para eles comerem. (fica implícito que fui “Eu” que comprei).
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