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Quais são as Figuras de pensamento: definição e exemplos!

Descubra quais são as Figuras de Pensamento e como usá-las!Descubra quais são as Figuras de Pensamento e como usá-las!
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As figuras de pensamento são um grupo de figuras de linguagem cujo foco é criar uma ideia que vai além do sentido original. Há 9 delas: Ironia, Antítese, Paradoxo, Eufemismo, Hipérbole, Prosopopeia ou Personificação, Apóstrofe, Litote e Gradação. Cada uma delas é usada para gerar um efeito diferente, dependendo da intenção do falante.

Neste texto sobre Figuras de pensamento, você encontrará os tópicos abaixo. 

Clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo!

  1. Introdução: o que são Figuras de Linguagem?
  2. Tipos de Figura de Linguagem.
  3. O que são Figuras de Pensamento?
  4. Quais são as Figuras de Pensamento
  5. Prosopopeia.
  6. Eufemismo.
  7. Hipérbole.
  8. Litote.
  9. Gradação.
  10. Paradoxo.
  11. Antítese.
  12. Ironia.
  13. Apóstrofe.

Introdução: o que são figuras de linguagem?

As Figuras de Linguagem, também conhecidas como Figuras de Estilo, são recursos que podemos usar durante a comunicação

Eles são chamados de “estilísticas” porque são usados para dar ênfase a alguns aspectos e tornar a comunicação mais expressiva. Então podem ter diversos usos dependendo do estilo e da intenção do falante.

Quais os tipos de figuras de linguagem?

A linguagem é entendida como qualquer sistema de símbolos e códigos usados para expressar ideias e sentimentos (comunicação). Por isso, entendemos que ela tem origem no pensamento.

Assim, é possível expressá-la com diferentes recursos que dão ideia de ir além do literal. 4 formas de usá-los:

  • Figuras de Palavras (subvertem os significados).
  • Figuras de Sintaxe ou Construção (mudam as relações sintáticas).
  • Figuras de Som ou Harmonia (geram efeitos sonoros).
  • Figuras de Pensamento (mudam o sentido). 

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O que são Figuras de pensamento?

As Figuras de Pensamento são uma categoria de Figura de Linguagem. Elas são usadas quando queremos dar ênfase a uma ideia

Para isso, usamos uma forma de se expressar que muda a semântica (sentido) das palavras, seja para aumentar ou diminuir o impacto que a mensagem produz. Por isso, o sentido é entendido no pensamento de quem recebeu a mensagem, não na palavra. 

Assim, a principal característica das Figuras de Pensamento costuma ser o sentido conotativo. Isso significa que não é literal, mas é figurativo e simbólico. 

Estamos falando da sugestão de uma ideia, após ser motivada pela linguagem. Então a mudança de sentido não está no uso de uma palavra, mas começou a ser gerada no pensamento de quem falou e de quem recebeu.

Nessas figuras, as palavras não ganham novos significados, o que acontece é um jogo de estilo. É o modo de organizar as coisas em certo contexto que cria uma relação que vai além do literal. Assim, nós interpretamos a ideia de uma forma ambientada.

Quais são as Figuras de Pensamento?

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Há 9 figuras de pensamento. São elas:

  • Personificação ou Prosopopeia.
  • Eufemismo.
  • Hipérbole.
  • Litote.
  • Gradação.
  • Paradoxo.
  • Antítese.
  • Ironia.
  • Apóstrofe.

Vamos entender o conceito e ver o exemplo de cada uma delas:

Prosopopeia ou Personificação

Essa figura é usada quando atribuímos uma ação, sentimento ou qualidade humana a seres não-humanos (objetos, animais, etc.).

Exemplo:

“O vento assobiou esta noite e eu senti arrepios.”

Nós sabemos que o vento (ser inanimado) não tem boca ou língua para assobiar. Porém, usamos essa palavra porque a vibração que seu movimento causa é semelhante ao som de um assobio humano. 

Eufemismo

Acontece quando usamos uma expressão para atenuar (não modificar, mas amenizar) o sentido original das coisas. É uma figura de pensamento usada quando a intenção é ser sutil e delicado ao falar.

Exemplo:

“Seu vovô virou estrelinha.

Os adultos sabem que as pessoas morrem, mas muitos deles têm medo de falar dessa forma com os filhos. Por isso, recorrem ao uso do eufemismo para passar a mensagem da morte de forma sutil.

Hipérbole ou Auxese

Acontece quando o falante ou escritor aumenta exageradamente o sentido de algo. Essa figura de pensamento é usada para causar impacto em quem escuta ou lê. 

Exemplo: 

“Karla marcou comigo às 14:00, me deixou esperando mil anos e não apareceu”.

Sabemos que é impossível um ser humano viver e esperar alguém por mil anos. Por isso, a palavra foi usada para dar o sentido de que foi muito tempo aguardando a outra.

Litote

É uma figura de linguagem usada para amenizar um sentido, mas isso é feito negando o contrário do fato. 

Exemplo:

“Essa viagem não foi legal”.

Observe que o falante quis dizer que a viagem foi chata, mas ele poderia ser considerado grosseiro por falar explicitamente assim. Então, negou (usou o “não”) o contrário (“legal” é o contrário de “chato”). 

Gradação ou Clímax

Na figura da Gradação, há uma sequência de termos que estão dispostos em uma ordem significativa, hierárquica (crescente ou decrescente). Então, os elementos não foram colocados aleatoriamente, mas é essa disposição que passa a ideia pretendida.

Exemplo: 

“O chef chegou, sentou na cadeira, franziu o cenho, cerrou os dentes, bateu a mão na mesa e gritou que despediria todos”.

Repare na imagem que essa frase faz surgir na nossa mente. É como se passasse um filme pelo pensamento, em que as cenas vão crescendo em tensão. 

Tudo começa normal mas vão aparecendo sinais de que a coisa não está bem. Ao final, o clímax é atingido: despedir, um ato intenso.

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Se a gradação for decrescente, chamamos de “anticlímax”.

Exemplo:

“Não me beijava mais, fugia dos meus abraços, desviava o olhar e agora não fica nem perto”.

Observe que, ao ler essa descrição, sentimos que o afeto entre o casal foi diminuindo gradativamente. Portanto, chegamos ao anticlímax.

Paradoxo ou Oximoro

O paradoxo é o uso de sentidos contrários, aparentemente absurdos, mas que caminham para compor uma mesma ideia.

Exemplo: soneto de Luís de Camões.

Amor é um fogo que arde sem se ver

Amor é um fogo que arde sem se ver,

É ferida que dói, e não se sente;

É um contentamento descontente,

É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

É um andar solitário entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Todo esse soneto está recheado de paradoxos. Ele utiliza ideias contraditórias e que, ao mesmo tempo, unem-se para dar significado a uma só coisa: o amor.

Como poderia haver uma ferida que não dói? Note que a palavra “ferida” não é o oposto da palavra “doer”. O que há é uma relação da ideia para além das palavras, por que na vida sabemos que toda ferida tem como consequência a dor. 

Portanto, o paradoxo é a negação da ideia (uma ferida que não dói) e que só pode existir porque se refere a uma situação, o amor.

O Classicismo é um movimento literário que usava muitos paradoxos.

Antítese

A antítese é uma figura de pensamento que associa ideias contrárias. Ela dispõe palavras ou expressões opostas para causar contraste.

Exemplo:

Morrer é lucro, viver é Cristo”

Nesta passagem bíblica, São Paulo apóstolo usa uma antítese para causar contraste. Seu intuito era indicar que a verdadeira vida plena seria imitar o Cristo, então usou palavras opostas (morrer e viver).

O Barroco é uma escola literária com traços religiosos e que também usa muito das antíteses para expressar suas ideias. 

Ironia

A Ironia é uma figura de pensamento que usa uma palavra querendo dizer o seu contrário. Isso é feito para causar um efeito de sarcasmo, ou seja, de dizer algo de maneira maliciosa,  crítica, ridicularizante ou humorística.

Exemplo:

“Nossa, fulana é um doce mesmo né? Típico dela fazer isso.”

Se essa frase foi dita em um contexto no qual a fulana fez algo errado ou se escutamos alguém dizer isso com um tom de voz impaciente, certamente está sendo irônico.

Isso porque a palavra “doce” remete a algo prazeroso, mas foi usado para se referir a algo ruim que aconteceu. Portanto, é uma ironia.

Apóstrofe

Essa figura de linguagem está presente nas expressões que têm a função semelhante ao  vocativo, ou seja, são usadas para dar a ideia de apelo, pedido, imploro, preocupação, emoção intensa ou desespero.

Exemplo:

Ó Céus! Aonde foi parar meu carro?”

Observe que dizer “Ó céus” é como clamar o céu, onde há seres que podem nos ajudar. Nesse caso, a pessoa não está literalmente chamando o céu, mas passando o sentido de que ela está um pouco perdida porque perdeu algo valioso e precisaria de ajuda.

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Redação Beduka
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