Os termos da oração são aquelas palavras que têm uma função sintática bem definida. Eles podem ser divididos em três grupos de acordo com a sua relevância: termos essenciais (sujeitos e predicados), termos integrantes (complementos nominais, verbais e agente da passiva) e termos acessórios (adjuntos adnominais e adverbiais, aposto e vocativo).
Neste artigo sobre os termos da oração, você encontrará:
- O que significa ser um termo da oração?
- Quantos e quais são os termos da oração?
- Termos essenciais, integrantes e acessórios
- Exemplos explicados!
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O que significa termos da oração?
Na Língua Portuguesa, um termo é simplesmente uma palavra que possui função específica. Neste caso estamos no contexto da Sintaxe, então o termo é analisado dentro da função sintática que ele desempenha na oração.
Já a oração é o conjunto de palavras que transmite uma mensagem. Nela, o centro da ação é expressado pela presença de um verbo.
A oração é constituída por diversos termos, daí surge a expressão termos da oração. Nesse contexto classificamos e agrupamos os termos dependendo de suas funções.
Quantos e quais são os termos da oração?
Os termos da oração são divididos e classificados em três grupos hierárquicos, isso significa que eles têm uma ordem de importância. Do mais relevante para o menos, os 3 grupos são:
- Termos essenciais
- Termos integrantes
- Termos acessórios
Quais são os termos essenciais, integrantes e acessórios da oração?
Os termos essenciais são sujeitos e predicados, os termos integrantes são os complementos verbais, nominais e o agente da passiva. Já os termos acessórios são os adjuntos adnominais, adverbiais e o aposto.
Colocamos uma explicação mais detalhada a seguir para facilitar sua compreensão. Veja:
O que são Termos essenciais?
São chamados de termos essenciais porque é necessário tê-los na oração para que ela exista. Sem eles, nada faz sentido algum e é em torno deles que toda a oração se estrutura e está relacionada.
Sujeito
Ele é quem faz a ação, o protagonista, é sobre quem se declara algo. O verbo e os adjetivos se flexionam de acordo com ele.
Exemplo:
“ Os cozinheiros atrasaram o jantar.”
Os sujeitos podem ser compostos, simples, ocultos e indeterminados. Ainda podemos dividi-los em partes como o núcleo e artigos. O núcleo do sujeito pode ser um substantivo (cozinheiros), pronome (eles), numeral ou qualquer palavra substantivada. Saiba mais sobre os sujeitos!
Predicado
O predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito. Quando identificamos o sujeito da oração e tiramos ele, tudo o que sobra é o predicado.
Exemplo:
“As alunas chegaram atrasadas por causa da chuva”
- Os predicados podem ser verbais ou nominais, mas você pode saber mais sobre isso no nosso artigo de predicados.
O que são Termos integrantes?
São chamados de termos integrantes porque completam o sentido dos verbos e dos nomes. Eles não possuem sentido completo em si (sozinhos) como os essenciais. Assim, eles integram o significado dos essenciais.
Complementos nominais
Ele completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Necessariamente, precisa estar com uma preposição.
Exemplo:
“Não devemos ter medo de morrer”
O substantivo está em negrito e o complemento nominal está sublinhado.
Complementos verbais (objeto direto e objeto indireto)
Ele completa o sentido de um verbo dependendo de sua transitividade. Se for TD será um objeto direto, se for TI será um objeto indireto (com preposição).
Exemplos:
“Os funcionários ganharam prêmios“ (direto)
“Os professores precisam de reconhecimento“ (indireto)
O verbo está em negrito e o complemento verbal está sublinhado.
Agente da passiva
O agente da passiva só existe em orações que estão na voz passiva. Nesse contexto, ele é quem pratica a ação e sempre vem precedido pela preposição por ou de.
Exemplo:
“ O último anel foi comprado pelo noivo.”
Observe que há voz passiva porque o anel foi comprado, ou seja, ele sofreu a ação que foi provocada pelo noivo, o agente da passiva.
O que são Termos Acessórios?
São chamados de termos acessórios porque suas informações são dispensáveis para o intuito principal da oração. Na realidade, eles desempenham uma função secundária e servem para caracterizar um ser, especificar ou exprimir alguma circunstância.
Adjunto adnominal
Este é o termo que caracteriza, modifica, determina ou qualifica um substantivo. Não confunda com os complementos: eles servem para completar o sentido que segue adiante. Já os adjuntos adnominais modificam diretamente o substantivo.
Exemplo:
“O carro azul sofreu um acidente.”
Se tirássemos o adjunto adnominal da frase, a mensagem principal ainda seria transmitida: o carro sofreu um acidente.
Adjunto adverbial
Esse termo altera o sentido do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Novamente, não confunda com os complementos! Os adjuntos adverbiais podem ser classificados dependendo do efeito que provocam: causa, finalidade, lugar, condição, dúvida…
Exemplo:
“ Xavier faltou à aula por causa da catapora”
Se tirássemos o adjunto adverbial de causa da frase, a mensagem principal ainda seria transmitida: Xavier faltou à aula.
Aposto
O Aposto é aquele que explica, resume, enumera ou especifica outro termo. Muitas vezes vem deslocado da ordem direta e precisa estar entre vírgulas.
Exemplos:
“Félix, o gato falante, é o personagem principal de um jogo”
“Gostei de tudo da festa: decoração, comida, local e convidados!”
E o Vocativo?
O vocativo não é um termo da análise sintática, portanto, não pertence à estrutura da oração. Ou seja, ele não deve ser associado aos termos da oração.
Afinal, ele é considerado um elemento do discurso e o utilizamos para criar uma relação de chamar a atenção do interlocutor.
Porém, quando transcrevemos um discurso, ele pode aparecer perto da oração. Como retirá-lo não causa nenhum efeito no sentido, acaba sendo citado no meio dos termos acessórios.
Exemplos do que é vocativo:
“ Oh, como é triste a vida sem você”
“ Mulher, case-se comigo!”
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