A Patrística foi um período de desenvolvimento da Filosofia Cristã. Nos primeiros séculos, o Cristianismo era alvo de conflitos com pagãos e hereges. Então, buscou defender a fé e a Doutrina Católica usando os conceitos da Filosofia Grega, principalmente a de Platão. Leia nosso resumo e faça As 14 Melhores Questões sobre a Patrística.
Quando você terminar as Questões sobre a Patrística, coloque em prática todo seu conhecimento com O Melhor Simulado Enem do Brasil.
Muitos santos famosos da Igreja Católica, como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, eram grandes pensadores filosóficos.
Isso ficou muito comum em um período onde os doutores da igreja passaram a atrelar filosofia e fé. Esse movimento intelectual ficou conhecido como Patrística.
O que é Patrística e qual sua origem?
A Patrística é uma corrente filosófica que surgiu na transição da Antiguidade Clássica (Gregos e Romanos) para a Idade Média. Ela recebeu esse nome porque foi desenvolvida pelos primeiros cristãos, ou seja, os Pais da Igreja Católica.
Muitos historiadores consideram que esse período teve seu início a partir das Epístolas de São Paulo e se encerrou no século VIII.
Nesse período, o cristianismo estava começando a se organizar, era pouco conhecido e muito perseguido por todos os governos e religiões.
Os cristãos buscavam oficializar seus princípios, pois eram diferentes de qualquer pensamento já visto. Surge o termo grego “Khatolikós”, que significa “universal”.
Eles se chamavam dessa forma pois almejavam levar o Evangelho a todos e, por isso, reuniram-se para compor a Igreja Católica.
Como São Paulo catequizava terras gregas, os cristãos conheciam a filosofia. Assim, a teologia cristã se desenvolveu pela formação de concílios (reuniões de papas, bispos e padres).
Havia debates filosóficos e teológicos sobre questões em aberto, definiram dogmas com base na Tradição Apostólica e decidiram quais livros iriam compor a Bíblia.
Qual era o objetivo da Patrística?
A Patrística foi uma linha filosófica que tinha o objetivo de defender o cristianismo dos ataques externos (pagãos e judeus) e das confusões internas (hereges). Embora tenha surgido como defesa, também se tornou uma ótima forma de expandir o cristianismo, pois era por meio da Filosofia que se chegava à fé, convertendo também os intelectuais.
Qual a relação entre Patrística e Escolástica?
Mesmo que a Patrística tenha começado em uma época de transição, a maioria dos autores a classificam como a primeira parte da Filosofia Medieval. Isso porque o cristianismo está enraizado nela, bem como está na Escolástica.
Na Patrística, temos o início da organização do pensamento cristão, baseado na filosofia de Platão e sendo Santo Agostinho seu principal representante.
A Escolástica é uma corrente filosófica desenvolvida no ápice da Idade Média, muitas vezes conhecida como segunda parte da Filosofia Medieval.
Nela, temos um cristianismo consolidado, baseado na filosofia de Aristóteles e tendo São Tomás de Aquino como principal representante.
Dessa forma, Patrística e Escolástica se relacionam por estarem ligadas à Teologia Cristã e serem uma defesa e propagação da cristandade.
A principal diferença entre elas é que na Patrística temos uma predominância da fé e da metafísica. Já na Escolástica, a fé e a racionalidade são lados de uma mesma moeda e as questões físicas são mais abordadas.
Quais são as principais características da Patrística?
- É um período de transição da Antiguidade para a Idade Média. Porém, é considerada a primeira fase da filosofia medieval por causa do cristianismo.
- Sua principal característica era a defesa da fé contra os pagãos e hereges, além da expansão do Cristianismo na Europa.
- É baseada na filosofia grega, principalmente nas ideias de Platão no que se refere ao modo de argumentar e explicar o mundo usando a lógica.
- Foi elaborada pelos primeiros cristãos. Pais Apostólicos da Igreja ou Santos Padres.
- Consistiu na elaboração da doutrina cristã e suas verdades de fé, como liturgia, disciplina, costumes, tradição e Bíblia.
Quais são os fundadores e filósofos da Patrística?
Os primeiros e principais pensadores da Patrística são:
- São Justino de Roma (século II): considerado o primeiro filósofo cristão, afirmou que o cristianismo era a verdadeira filosofia
- São Clemente de Alexandria e Orígenes (séculos II-III)
- Os três capadócios: São Gregório de Nissa, São Basílio de Cesaréia e São Gregório Nazianzeno
- São Policarpo de Esmirna: discípulo de São João Evangelista, foi mártir e deixou escritos de argumentos lógicos em defesa da fé
- Santo Agostinho de Hipona: não foi um dos primeiros, mas foi o ápice da Patrística.
Qual foi a importância da Patrística?
A Patrística foi um período de grande importância para defesa e consolidação do Cristianismo, além da expansão da Igreja e consolidação da doutrina.
Também foi essencial para resgatar e preservar os clássicos gregos, pois o império romano estava em seu fim e sofreu saques e incêndios dos bárbaros.
É graças ao período da Patrística e Escolástica que conhecemos boa parte da herança imaterial dos gregos e romanos, conservada e aperfeiçoada nos mosteiros.
Esse período também trouxe um crescimento cultural, pois trazia novas ideias não vistas até então.
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Questões sobre a Patrística com Gabarito
Esperamos que, com esse resumo, tudo tenha ficado mais claro para você.
Obrigado por ter lido até aqui!
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Questão 1 – (Puccamp) Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert esta frase: “Quando os deuses tinham deixado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho”. Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica – e não gostou, claro. Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia? (Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses)
A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o pensamento medieval, cujo pressuposto é
a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a crença no caráter divino da natureza humana.
b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clássica e da assimilação do paganismo.
c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é parte da substância divina.
d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não questionamento das leis divinas.
e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o centro do Universo.
Questão 2 – (Faap) A doutrina de Platão influenciou os primeiros filósofos medievais, Santo Agostinho, bispo de Hipona (354 a 430) e Boécio (480 a 524), autores de “Confissões” e “Consolação da Filosofia”, respectivamente. Mas a Filosofia que predominou na Idade Média foi a:
a) Sofística
b) Epicurista
c) Escolástica
d) Existencialista
e) Fenomenológica
Questão 3 – (Uff) A grande contribuição de Tomás de Aquino para a vida intelectual foi a de valorizar a inteligência humana e sua capacidade de alcançar a verdade por meio da razão natural, inclusive a respeito de certas questões da religião. Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a verdade divina”, ele diz que há duas modalidades de verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a verdades da revelação que a razão humana não consegue alcançar, por exemplo, entender como é possível Deus ser uno e trino. A segunda modalidade é composta de verdades que a razão pode atingir, por exemplo, que Deus existe.
A partir dessa citação, indique a afirmativa que melhor expressa o pensamento de Tomás de Aquino.
a) A fé é o único meio do ser humano chegar à verdade.
b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à revelação da verdade que Deus lhe concede.
c) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar certas verdades por seus meios naturais.
d) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades acerca de Deus.
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser humano nada pode conhecer d’Ele.
Questão 4 – (Uncisal) Uma das preocupações de certa escola filosófica consistiu em provar que as ideias platônicas ou os gêneros e espécies aristotélicos são substâncias reais, criadas pelo intelecto e vontade de Deus, existindo na mente divina. Reflexões dessa natureza foram realizadas majoritariamente no período da história da filosofia:
a) Pré-socrático.
b) Antigo.
c) Medieval.
d) Moderno.
e) Contemporâneo.
Questão 5 – (Ufu) A filosofia de Agostinho (354 – 430) é estreitamente devedora do platonismo cristão milanês: foi nas traduções de Mário Vitorino que leu os textos de Plotino e de Porfírio, cujo espiritualismo devia aproximá-lo do cristianismo. Ouvindo sermões de Ambrósio, influenciados por Plotino, que Agostinho venceu suas últimas resistências (de tornar-se cristão).
(PEPIN, Jean. Santo Agostinho e a patrística ocidental. In: CHÂTELET, François (org.) A Filosofia medieval. Rio de Janeiro Zahar Editores: 1983, p.77.)
Apesar de ter sido influenciado pela filosofia de Platão, por meio dos escritos de Plotino, o pensamento de Agostinho apresenta muitas diferenças se comparado ao pensamento de Platão.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma dessas diferenças:
a) Para Agostinho, é possível ao ser humano obter o conhecimento verdadeiro, enquanto, para Platão, a verdade a respeito do mundo é inacessível ao ser humano.
b) Para Platão, a verdadeira realidade encontra-se no mundo das Ideias, enquanto para Agostinho não existe nenhuma realidade além do mundo natural em que vivemos.
c) Para Agostinho, a alma é imortal, enquanto para Platão a alma não é imortal, já que é apenas a forma do corpo.
d) Para Platão, o conhecimento é, na verdade, reminiscência, a alma reconhece as Ideias que ela contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o conhecimento é resultado da Iluminação divina, a centelha de Deus que existe em cada um.
Questão 6 – (UFSC) Historicamente existem duas tendências filosóficas de análise da relação entre os mitos e a filosofia grega. Uma, representada especialmente por John Burnet, fala do milagre grego, enfatizando a ruptura radical da filosofia em relação à mitologia, não apenas da cultura grega, mas da mitologia em geral. A outra tendência, representada especialmente por Francis Cornford, fala de uma transição gradual e multifacetada do mito à filosofia. Tendo estas duas tendências em vista, analise as afirmativas abaixo sobre a relação histórica e filosófica entre mito e filosofia:
I. a filosofia grega, a começar pelos pré-socráticos, representa o surgimento consciente de uma atitude teórica marcada pela racionalidade.
II. a filosofia nunca teve qualquer relação com o mito que precede e envolve seu nascimento no mundo grego pré-socrático.
III. a filosofia não se diferencia da mitologia.
IV. os filósofos pré-socráticos discutem questões que elaboraram tanto a partir de uma leitura crítica das explicações mitológicas quanto de sua observação racional dos fenômenos naturais.
V. o uso que Platão faz dos mitos mostra que há uma relação entre filosofia e mitologia no pensamento grego ao menos até a época clássica.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Somente as afirmativas I e V são corretas.
b) Somente as afirmativas I, IV e V são corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas III e V são corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e V são corretas.
Questão 7 – (Enem)
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são condensados. As nuvens formam-se a partir do ar por filtragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”.
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que:
a) eram baseadas nas ciências da natureza.
b) refutavam as teorias de filósofos da religião.
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
d) postulavam um princípio originário para o mundo.
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
- Muito bem! Chegamos à metade das Questões sobre a Patrística.
Questão 8 – (Uncisal) A filosofia de Santo Agostinho é essencialmente uma fusão das concepções cristãs com o pensamento platônico. Subordinando a razão à fé, Agostinho de Hipona afirma existirem verdades superiores e inferiores, sendo as primeiras compreendidas a partir da ação de Deus. Como se chama a teoria agostiniana que afirma ser a ação de Deus que leva o homem a atingir as verdades superiores?
a) Teoria da Predestinação.
b) Teoria da Providência.
c) Teoria Dualista.
d) Teoria da Emanação.
e) Teoria da Iluminação.
Questão 9 – (Ufu) Segundo o texto abaixo, de Agostinho de Hipona (354-430 d. C.), Deus cria todas as coisas a partir de modelos imutáveis e eternos, que são as ideias divinas. Essas ideias ou razões seminais, como também são chamadas, não existem em um mundo à parte, independentes de Deus, mas residem na própria mente do Criador,
[…] a mesma sabedoria divina, por quem foram criadas todas as coisas, conhecia aquelas primeiras, divinas, imutáveis e eternas razões de todas as coisas, antes de serem criadas […].
Sobre o Gênese, V
Considerando as informações acima, é correto afirmar que se pode perceber:
a) que Agostinho modifica certas ideias do cristianismo a fim de que este seja concordante com a filosofia de Platão, que ele considerava a verdadeira.
b) uma crítica radical à filosofia platônica, pois esta é contraditória com a fé cristã.
c) a influência da filosofia platônica sobre Agostinho, mas esta é modificada a fim de concordar com a doutrina cristã.
d) uma crítica violenta de Agostinho contra a filosofia em geral.
Questão 10 – (Ufu) A filosofia de Agostinho (354 – 430) é estreitamente devedora do platonismo cristão milanês: foi nas traduções de Mário Vitorino que leu os textos de Plotino e de Porfírio, cujo espiritualismo devia aproximá-lo do cristianismo. Ouvindo sermões de Ambrósio, influenciados por Plotino, que Agostinho venceu suas últimas resistências (de tornar-se cristão).
PEPIN, Jean. Santo Agostinho e a patrística ocidental. In: CHÂTELET, François (org.) A Filosofia medieval. Rio de Janeiro Zahar Editores: 1983, p. 77.
Apesar de ter sido influenciado pela filosofia de Platão, por meio dos escritos de Plotino, o pensamento de Agostinho apresenta muitas diferenças se comparado ao pensamento de Platão.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma dessas diferenças:
a) Para Agostinho, é possível ao ser humano obter o conhecimento verdadeiro, enquanto, para Platão, a verdade a respeito do mundo é inacessível ao ser humano.
b) Para Platão, a verdadeira realidade encontra-se no mundo das Ideias, enquanto para Agostinho não existe nenhuma realidade além do mundo natural em que vivemos.
c) Para Agostinho, a alma é imortal, enquanto para Platão a alma não é imortal, já que é apenas a forma do corpo.
d) Para Platão, o conhecimento é, na verdade, reminiscência, a alma reconhece as Ideias que ela contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o conhecimento é resultado da Iluminação divina, a centelha de Deus que existe em cada um.
Questão 11 – (Ufu 2009) Leia o texto a seguir.
“No que diz respeito a todas as coisas que compreendemos, não consultamos a voz de quem fala, a qual soa de fora, mas a verdade que dentro de nós preside à própria mente, incitados talvez pela palavra a consultá-la.”
De Magistro, Cap. XI, 38, In Os Pensadores, SANTO AGOSTINHO.
São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 319.
Marque a afirmativa incorreta.
a) Segundo Agostinho, a verdade não se descobre pela consulta das palavras que vêm de fora. O processo da descoberta da verdade dá-se através da interioridade.
b) Segundo Agostinho, a linguagem humana não tem um poder causal, mas apenas uma função instrumental de utilidade.
c) Segundo Agostinho, a linguagem humana é a condição para conhecer a verdade que dentro de nós preside à própria mente.
d) Segundo Agostinho, a verdade que dentro de nós preside à própria mente pressupõe a iluminação divina e não o recurso à memória.
- Ufa, estamos quase lá! Faça as 3 últimas Questões sobre a Pratística.
Questão 12 – (Ufu) Leia o trecho extraído da obra Confissões.
Quem nos mostrará o Bem? Ouçam a nossa resposta: Está gravada dentro de nós a luz do vosso rosto, Senhor. Nós não somos a luz que ilumina a todo homem, mas somos iluminados por Vós. Para que sejamos luz em Vós os que fomos outrora trevas.
SANTO AGOSTINHO. Confissões IX. São Paulo: Nova Cultural,1987. 4, l0. p.154.
Coleção Os Pensadores
Sobre a doutrina da iluminação de Santo Agostinho, marque a alternativa correta.
a) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamente as verdades eternas em Deus. Essas verdades, necessárias e eternas, não estão no interior do homem, porque seu intelecto é contingente e mutável.
b) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, deixando-o ativo para o conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior do homem.
c) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía antes de se unir ao corpo.
d) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía e que nela permanecem mediante os ciclos da reencarnação.
Questão 13 – (Ufu) Agostinho escreveu a história de sua vida aos 43 anos de idade. Nas Confissões, mais do que o relato da conversão ao cristianismo, Agostinho apresenta também as teses centrais da sua filosofia. Tanto é assim que, ao narrar os primeiros anos de vida e a aquisição da linguagem, o autor já fazia menção à teoria da iluminação divina. Vejamos:
“Não eram pessoas mais velhas que me ensinavam as palavras, com métodos, como pouco depois o fizeram para as letras. Graças à inteligência que Vós, Senhor, me destes, eu mesmo aprendi, quando procurava exprimir os sentimentos do meu coração por gemidos, gritos e movimentos diversos dos membros, para que obedecessem à minha vontade.”
AGOSTINHO. Confissões. Trad. de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 15.
Analise as assertivas abaixo.
I. A condição humana é mutável e perecível, por isso, não pode ser a mestra da verdade que o homem busca conhecer, ou seja, conhecimento da verdade não pode ser ensinado pelo homem, somente a Luz imutável de Deus pode conduzir à verdade.
II. A inteligência, dada por Deus, é idêntica à Luz imutável, que conduz ao conhecimento da verdade, ambas proporcionam a certeza de que o entendimento humano é divino e dotado da mesma força do Verbo de Deus, que a tudo criou.
III. A razão humana é iluminada pela luz interior da verdade. Assim, Agostinho formulou, pela primeira vez, na história da filosofia, a teoria das ideias inatas, cuja existência e certeza são independentes e autônomas em relação ao intelecto divino.
IV. O conhecimento daquilo que se dá exclusivamente à inteligência não é alcançado com as palavras de outros homens, porque elas soam de fora da mente de quem precisa aprender. Portanto, esta verdade só é ensinada pelo mestre interior.
Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras.
a) I e III
b) I e IV
c) II e III
d) II e IV
Questão 14 – (Ufu) Considere o trecho abaixo.
“Quando, pois, se trata das coisas que percebemos pela mente (…). estamos falando ainda em coisas que vemos como presentes naquela luz interior da verdade, pela qual é iluminado e de que frui o homem interior”.
Santo Agostinho. Do Mestre. São Paulo: Abril Cultural. 1973. p. 320. (Os Pensadores)
Segundo o pensamento de Santo Agostinho, as verdades contidas na filosofia pagã provêm de que fonte? Assinale a alternativa correta.
a) De fonte diferente de onde emanam as verdades cristãs, pois há oposição entre as verdades pagãs e as verdades cristãs.
b) Da mesma fonte de onde emanam as verdades cristãs, pois não há oposição entre as verdades pagãs e cristãs.
c) De Platão, por ter chegado a conceber a ideia Suprema do Bem.
d) De Aristóteles, por ter concebido o Ser Supremo corno primeiro motor imóvel.
- Parabéns, você fez todas as Questões sobre a Patrística, Confira agora o Gabarito:
Gabarito das Questões sobre a Patrística
Exercício resolvido da questão 1 –
Alternativa correta: e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o centro do Universo.
Exercício resolvido da questão 2 –
Alternativa correta: c) Escolástica
Exercício resolvido da questão 3 –
Alternativa correta: c) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar certas verdades por seus meios naturais.
Exercício resolvido da questão 4 –
Alternativa correta: c) Medieval.
Exercício resolvido da questão 5 –
Alternativa correta: d) Para Platão, o conhecimento é, na verdade, reminiscência, a alma reconhece as Ideias que ela contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o conhecimento é resultado da Iluminação divina, a centelha de Deus que existe em cada um.
Exercício resolvido da questão 6 –
Alternativa correta: b) Somente as afirmativas I, IV e V são corretas.
Exercício resolvido da questão 7 –
Alternativa correta: d) postulavam um princípio originário para o mundo.
Exercício resolvido da questão 8 –
Alternativa correta: e) Teoria da Iluminação.
Exercício resolvido da questão 9 –
Alternativa correta: c) a influência da filosofia platônica sobre Agostinho, mas esta é modificada a fim de concordar com a doutrina cristã.
Exercício resolvido da questão 10 –
Alternativa correta: d) Para Platão, o conhecimento é, na verdade, reminiscência, a alma reconhece as Ideias que ela contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o conhecimento é resultado da Iluminação divina, a centelha de Deus que existe em cada um.
Exercício resolvido da questão 11 –
Alternativa correta: c) Segundo Agostinho, a linguagem humana é a condição para conhecer a verdade que dentro de nós preside à própria mente.
Exercício resolvido da questão 12 –
Alternativa correta: b) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, deixando-o ativo para o conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior do homem.
Exercício resolvido da questão 13 –
Alternativa correta: b) I e IV
Exercício resolvido da questão 14 –
Alternativa correta: b) I e IV
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