Simbolismo é um movimento artístico e literário que surgiu na França, ao final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao positivismo da época. Leia esse texto para ficar por dentro de tudo que foi o Simbolismo.
Está estudando as Escolas Literárias? Então conheça o Simbolismo, um importante movimento literário que teve início no século XIX.
Neste resumo, você encontrará os tópicos abaixo. Se quiser, clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo:
- Um resumo do Simbolismo;
- O contexto histórico desse movimento;
- Principais características do Simbolismo;
- Como foi o Simbolismo no Brasil.
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Resumo do Simbolismo
O Simbolismo é uma estética literária que surgiu na França no final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao positivismo da época. Seu marco inicial foi a publicação da obra “As Flores do Mal”, de Charles Baudelaire, em 1857.
Em resposta ao materialismo cientificista, os escritores do Simbolismo buscaram o resgate de alguns valores do Romantismo que foram esquecidos pelo Realismo. De acordo com o Simbolismo, a arte e a literatura não poderiam ser retratadas apenas sob o ponto de vista da realidade.
Ao contrário dos parnasianos que defendiam o rigor formal do verso, os simbolistas buscavam uma poesia voltada a efeitos sonoros, com certa musicalidade. Assim, eram comuns figuras de linguagem como assonância e aliteração. Os poetas simbolistas rejeitam o rigor e a disciplina parnasiana.
Esse movimento também existiu em outras formas de expressão nas artes, mas foi na literatura que teve mais destaque.
Nas artes plásticas, o Simbolismo desvalorizava a visão realista do Impressionismo e encorajava a expressão através de símbolos ou ideias. Desta forma, muitas vezes os artistas não pintavam olhando para um objeto, mas usavam a sua memória.
Contexto Histórico do Simbolismo
O Simbolismo é um movimento que ganhou força devido à perda de entusiasmo em relação às correntes materialistas e cientificistas, como o Realismo e o Naturalismo.
Esse movimento acontece durante o auge da evolução da burguesa, com a disputa das grandes potências pela diversificação de mercados, de consumidores e matéria-prima.
O processo industrial é impulsionado pela unificação da Alemanha – em 1870 – e da Itália – em 1871. É nesse momento que o neocolonialismo surge fragmentando a África e a Ásia para as grandes potências mundiais. É nesse momento também que se projetam os fatores que irão desencadear a Primeira Guerra Mundial.
- Saiba mais sobre a Primeira Guerra Mundial.
Nos últimos vinte anos pertencentes ao século XIX, é possível observar em grande parte dos autores realistas certo comportamento de desilusão e, até mesmo, de frustração, resultado das inúteis tentativas de mudar a sociedade burguesa industrial.
O Simbolismo reflete um momento histórico bastante complexo, que marca a mudança, a passagem para o século XX e a definição de um mundo novo.
Principais Características do Simbolismo
Veja as principais características do Simbolismo:
Ênfase em temas místicos
Na literatura simbolista, é muito comum a presença de temas místicos, imaginários e subjetivos. A intuição e os elementos que fazem parte do mundo espiritual também são usados.
A presença desses elementos tem a capacidade de afastar a literatura simbolista da realidade, tornando-a mais subjetiva.
Subjetivismo
O subjetivismo se apresenta de diversas maneiras no movimento simbolista. É possível ver essa característica no tipo de linguagem escolhida pelos autores, que muitas vezes é pouco precisa e com a influência de divagações e delírios.
Outro elemento que deixa essa característica mais explícita é a presença de elementos que fazem parte da imaginação e dos sentimentos mais íntimos do autor.
É importante ressaltar que a subjetividade existente no movimento simbolista é diferente da que existia no Romantismo. No Simbolismo, ela é mais relacionada aos sentimentos sem lógica ou linha de raciocínio. Já o subjetivismo romântico tem origem no inconsciente do autor.
Estética marcada pela musicalidade
A literatura simbolista é marcada pela presença de musicalidade. Para conseguir esse efeito os autores usavam os próprios recursos da língua, como o uso de rimas e a repetição de letras e palavras com sonoridade parecida.
Uso de aliteração e assonância
A aliteração e a assonância são duas figuras de linguagem ligadas à fonética das palavras e aos sons. A aliteração é caracterizada pela repetição de letras consoantes e a assonância pela repetição de letras vogais.
O uso dessas figuras de linguagem faz com que o som produzido durante a leitura se torne mais importante do que a escrita. Em muitos casos a importância da sonoridade das palavras é mais importante do que o seu significado.
Oposição ao Realismo e Naturalismo
A presença do misticismo e da subjetividade na literatura Simbolista é uma forma de negação de outros movimentos artísticos, principalmente do Realismo e do Naturalismo.
- Entenda melhor o Realismo e o Naturalismo
Essa oposição aparece na literatura simbolista como um certo desprezo do raciocínio mais lógico, do uso da razão em excesso, e de descrições muito fiéis da realidade, como acontecia na literatura realista.
Sinestesia
A sinestesia é uma figura de linguagem que usa expressões que transmitem sensações sensoriais: olfato, paladar, visão, tato e audição. Os autores misturavam todas as sensações na sua literatura.
Podem ser encontrados nos textos simbolistas expressões sobre o cheiro, o gosto ou a cor de um sentimento, por exemplo.
Simbolismo no Brasil
O marco inicial do Simbolismo no Brasil aconteceu em 1893 com a publicação de “Missal” e “Broquéis”, de Cruz e Souza, considerado o maior autor simbolista brasileiro.
No Brasil, o Simbolismo encontrou resistência porque ainda era grande o prestígio da estética parnasiana, que possuía um maior número de seguidores.
O movimento simbolista na literatura brasileira teve força até o movimento modernista do começo da década de 1920.
Principais Autores do Simbolismo brasileiro
Os principais autores simbolistas do Brasil são:
Cruz e Souza (1861-1898)
É considerado o precursor do Simbolismo no Brasil. Sua obra é marcada pela musicalidade e espiritualidade com temáticas individualistas, satânicas, sensuais.
Suas principais obras são: “Missal” (1893), “Broquéis” (1893), “Tropos e fantasias” (1885), “Faróis” (1900) e “Últimos Sonetos” (1905).
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921)
É considerado um dos principais poetas simbolistas brasileiro. Sua obra é marcada pela sensibilidade, espiritualidade, misticismo, religiosidade. Sua temática é a morte, a solidão, o sofrimento e o amor.
Sua produção literária apresenta características neo-romântico, árcades e simbolistas. Suas principais obras: “Setenário das dores de Nossa Senhora” (1899), “Dona Mística” (1899), “Kyriale” (1902), “Pastoral aos crentes do amor e da morte” (1923).
Augusto dos Anjos (1884-1914)
Foi um dos grandes poetas brasileiros simbolistas, embora, muitas vezes, sua obra apresente características pré-modernas.
Patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras, publicou um livro intitulado “Eu”, e foi chamado de “Poeta da morte”. Isso porque seus poemas exploram temas sombrios.
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