Biologia

O que é Tuberculose? Fique por dentro de todos os aspectos: causas, contágio, sintomas e prevenção!

O que é TuberculoseO que é Tuberculose?
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A Tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, de causa bacteriana. Seu principal sintoma são as fortes tosses incessantes, causadas pelo ataque das bactérias aos pulmões. Contudo, possui diversos tipos e desdobramentos, podendo afetar outros órgãos. Fique conosco para descobrir todos os detalhes sobre o que é Tuberculose!

Neste artigo sobre o que é Tuberculose, você encontrará:

  1. O que é Tuberculose: causas, contágio e prevenção 
  2. Tipos de Tuberculose: diferenciação e sintomas 
  3. Diagnóstico e tratamento da Tuberculose

O que é Tuberculose?

A tuberculose é uma enfermidade infecto-contagiosa, afetando prioritariamente os pulmões embora possa acometer outros órgãos. A tuberculose acompanha o ser humano desde a pré história e é muito presente no Brasil.

Ela é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch), que tem características peculiares. A sua capacidade de penetrar e consumir os alvéolos pulmonares, criando uma rede de alojamento, é o ponto em comum com fungos, por isso é uma bactéria que recebe a classificação de micobactéria.

Ao criar essa rede de alojamento, os danos da corrosão do pulmão provocados pela bactéria se dão em formatos semelhantes às raízes. Por isso, a doença recebeu o nome de Tuberculose (a palavra “tubérculo” é sinônimo de raíz).

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Causas da Tuberculose

No Brasil, a Tuberculose é considerada como problema de saúde pública, pois chegou ao país no século passado e nunca foi erradicada. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose no país. 

No mundo, são 10 milhões de casos a cada ano e 1 milhão de óbitos. Números tão expressivos fazem da tuberculose o quadro infeccioso que mais mata no planeta!

Essa dificuldade de controle tem origem nas questões sociais A presença de desnutrição, diabetes, tabagismo, uso de drogas e queda da imunidade (principalmente provocada pela pandemia da AIDS) são fatores altamente presentes no cenário brasileiro, que potencializam a permanência da doença.

Transmissão de Tuberculose

A tuberculose possui transmissão por via aérea e ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos dessas vias. Ou seja, durante a fala, espirro e tosse das pessoas com tuberculose, pode lançar no ar os bacilos causadores da doença.

A sua transmissão é somente direta (de pessoa a pessoa). Portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos, costuma se prender a eles, ou seja, não se dispersam no ar. Por isso, não têm papel significativo, não havendo transmissão indireta.

População de risco para Tuberculose

Estima-se que a micobactéria esteja presente nos pulmões de um terço da humanidade. Contudo, nem todas as pessoas desenvolvem a doença, por causa das variações do sistema imunológico.

Por isso, a infecção é mais presente nos países mais pobres do mundo. Ela se desenvolve justamente em favelas e cortiços, locais com pouca circulação do ar e grande concentração de habitantes. Quem mora nesses lugares costuma ter dificuldade financeira para se alimentar adequadamente e não tem um serviço de saúde de qualidade. Tudo isso enfraquece o sistema imunológico e faz com que os casos de Tuberculose sejam mais frequentes.

Indígenas em situações precárias, portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência humana) sem tratamento adequado e pessoas privadas de liberdade ou em situação de rua estão sob alto risco de contágio.

Prevenção da Tuberculose

Esta bactéria é sensível à luz solar, portanto, manter locais iluminados e arejados, com circulação de ar; possibilita a dispersão de partículas infectantes. Evitar aproximação com pessoas infectadas ou suspeitas, também é uma medida preventiva.

Além disso, hoje, a principal maneira de prevenir é pela vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até antes de completar 5 anos. 

Para entender os mecanismo de prevenção da vacina, veja o nosso artigo exclusivo sobre o assunto!

Tipos de Tuberculose e Sintomas

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De modo geral, o principal sintoma é a tosse (seca ou expectória). Recomenda-se que toda  pessoa com tosse por mais de 3 semanas seja investigada. Contudo, há outros sintomas:

  • febre vespertina
  • sudorese noturna
  • emagrecimento e falta de apetite
  • cansaço/fadiga

Nos casos graves:

  • Falta de ar limitante
  • Expectoração de grande quantidade de sangue
  • Colapso do pulmão
  • Acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão)
  • Dor no peito

Nós podemos classificar os tipos de tuberculose de duas maneiras: com base nos graus de avanço da doença ou com base nos órgãos afetados:

Tipos de Tuberculose quanto aos graus

  • Primoinfecção Tuberculosa

Ocorre quando uma pessoa inala as gotículas contendo as bactérias mas elas ficam presas  na garganta ou nariz. Aí, a infecção é improvável de acontecer. Porém, quando os bacilos atingirem os alvéolos, eles desencadearão uma resposta inflamatória, ativando as células de defesa. 

A primoinfecção tuberculosa, sem doença, significa que as micobactérias estão no corpo, mas o sistema imunológico está mantendo sob controle. Não há sintomas.

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  • Tuberculose primária

Porém, no caso em que essa defesa do organismo falha, a doença se desenvolverá entre o primeiro e o 5 ° ano após a infecção, o que chamamos de Tuberculose Primária. Essa Tuberculose é a que pode afetar diferentes órgãos, surgindo novas classificações e sintomas.

  • Tuberculose pós-primária

Uma vez que já foi infectada, a pessoa pode desenvolver novamente a doença em qualquer fase da vida. 

Isto acontece quando o sistema imunológico, após uma primeira infecção já superada, não pode novamente manter o controle e eles se multiplicam rapidamente. Por ser desencadeada por um fator interno, chamamos de reativação endógena.

Pode acontecer também que uma nova geração dessa bactéria se origine, com mutação ou seleção natural, contendo agentes mais agressivos. Assim, se houver uma nova exposição, haverá a doença novamente. Por ser desencadeada por um fato externo, chama-se reativação exógena.

Tipos de Tuberculose quanto aos órgãos afetados

A forma pulmonar (1 tipo), além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.

A forma extrapulmonar (4 subtipos) acomete outros órgãos e é mais fatal em pessoas com sistema imunológico altamente comprometido, podendo levar a infecção generalizada (sepse) e ao óbito. Tem ocorrência de 10 a 15% dos casos.

Veja os subtipos: 

  • Tuberculose pulmonar: 

Afeta os pulmões e é a forma mais comum. O bacilo se instala no pulmão e causa sintomas como tosse seca, com sangue ou sem, dor e dificuldade de respirar

  • Tuberculose ganglionar: 

Ocorre quando a bactéria se instala nos gânglios (área que concentra células de defesa). Os sintomas são inchaço dos gânglios, inflamação, vermelhidão e dor.

  • Tuberculose pleural: 

Neste caso, a pleura é afetada (membrana que reveste os pulmões). Sintomas comuns: febre, astenia (perda ou diminuição da força física), emagrecimento, tosse e dor torácica. Pode chegar a causar derrame pleural.

  • Tuberculose óssea: 

Os ossos são afetados, frequentemente nas vértebras, metáfises dos ossos longos e grandes articulações (quadril, joelho e tornozelo). Sintomas: febre, emagrecimento, fraqueza muscular, dor óssea, limitação dos movimentos e atrofia.

  • Tuberculose miliar: 

Também conhecida como tuberculose cutânea, esta doença afeta a pele, causando: úlceras, abcessos, nódulos e hiperqueratose (engrossamento da camada externa da pele).

Diagnóstico e Tratamento da Tuberculose

Pelo fato de o agente causador ser uma bactéria, o tratamento da tuberculose é baseado no uso de antibióticos, costuma ser feito via comprimidos, durante 6 meses. Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento, ela encontra-se muito reduzida.

Por esse alívio inicial, muitas pessoas acreditam que já podem parar de tomar o remédio antes de cumprir o prazo. Contudo, isso é um grande erro. A infecção pode retornar e ser pior do que antes, pois a pausa pode induzir uma seleção de bactérias resistentes ao antibiótico.

Este tratamento é gratuito e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS). O uso de medicamentos inalatórios e ajuste da alimentação são complementos importantes para melhora da qualidade de vida nesse período.

Diagnóstico

Se um paciente tiver suspeita de Tuberculose, deve se dirigir a clínica ou marcar consulta com o pneumologista, avisando da suspeita e tomando os devidos cuidados. Através de um estetoscópio, o médico irá identificar se o som da inspiração e expiração do pulmão transmitem alguma notícia de anormalidade.

Se outras hipóteses forem descartadas e a suspeita de Tuberculose mantida, o próximo passo do diagnóstico é a prova de Mantoux. Uma pequena quantidade de uma substância é injetada abaixo da pele e depois verá se houve reação, que indicará uma infecção por Tuberculose. 

Assim um Raio-x é pedido para identificar se a Tuberculose é pulmonar. Exames de sangue também pode ser utilizados para diagnóstico e as análises dos excrementos respiratórios. Tudo isso irá contribuir para a identificação do tipo, grau e qual o melhor tratamento.

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Redação Beduka
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