Biologia

O que é Peste Bubônica? Fique por dentro de todos os detalhes: causas, tipos, contágio, sintomas, prevenção e curiosidades!

O que é Peste Bubônica !O que é Peste Bubônica !
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A Peste Bubônica (famosa Peste Negra) é uma doença bacteriana infecciosa, normalmente transmitida por pulgas de roedores. Possui três tipos que afetam diferentes partes do corpo: pele, pulmão e gânglios. É uma enfermidade histórica e, ainda, uma possível ameaça. Fique conosco para descobrir todos os detalhes sobre o que é Peste Bubônica!

Neste artigo sobre o que é Peste Bubônica, você encontrará:

  1. O que é Peste Bubônica
  2. Sintomas e transmissão da Peste Bubônica
  3. Curiosidade medieval
  4. Prevenção, diagnóstico e tratamento da Peste Bubônica

O que é Peste Bubônica

A Peste Bubônica é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Yersinia pestis, que possui três formas graves de se expressar no corpo humano. Além disso, possui longo histórico de mortes durante os anos da humanidade e, apesar de quase não existir hoje, é um risco sempre iminente com alguns casos recorrentes.

A primeira epidemia de Peste Bubônica que se tem registro foi a Praga de Justiniano, que matou cerca de 25 a 50 milhões de pessoas, no século VI. Contudo, esta epidemia ganhou fama quando dizimou cerca de 40% da população europeia na Idade Média e alastrou-se por outros continentes, podendo ser considerada uma pandemia

Neste contexto histórico, foi chamada de Peste Negra (ou febre do rato), por causa do modo de contaminação e dos sintomas que as vítimas desenvolvem.Trataremos desses assuntos e curiosidades da época nos tópicos a seguir!

Peste Bubônica atualmente

Apesar de enxergarmos como uma doença histórica, esta peste ainda está presente nos dias de hoje. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela é endêmica em países com precário saneamento básico, como: Peru, Congo e Madagascar.

Recentemente, o noticiário internacional registrou três casos de peste bubônica na China e na Mongólia, além de outros nos Estados Unidos. Esses surtos têm ocorrido fora das regiões endêmicas e, por isso, a OMS chegou a classificá-la como uma infecção re-emergente em 2018. 

No Brasil, o último registro em seres humanos é de 2005. Porém, como a infecção persiste nos roedores silvestres, a peste deve ser considerada um “perigo em potencial”, segundo o Ministério da Saúde. No país existem dois focos naturais da bactéria: a região Nordeste e o município de Teresópolis, no Rio de Janeiro.

Sintomas e Transmissão da Peste Bubônica

Apesar de haver uma só bactéria, ela pode desenvolver três formas de peste. Os sintomas iniciais de qualquer uma delas sempre é o mesmo:

  • Abatimento
  • Dor de cabeça
  • Dores no corpo
  • Vômitos
  • Pulso acelerado
  • Arrepios de frio
  • Febre alta
  • Mal-estar

Estes sintomas costumam aparecer entre 1 e 7 dias após a contaminação. A partir daí, os sintomas vão se especificando quanto ao tipo de peste:

  • Peste Bubônica

A forma mais comum no Brasil e a menos letal, mas causa graves consequências se não tratada. Além de apresentar todos os sintomas acima, sua característica é a formação de bubões, o que dá origem ao nome. 

Os bubões são os gânglios linfáticos que incharam por causa da ação da bactéria. Eles costumam estar na garganta (amígdalas) e virilha. Sobressaem-se na pele e são dolorosos. Além disso, costumam acompanhar a forma cutânea, ou seja, formam-se erupções purulentas na pele, que soltam secreções contagiosas.

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  • Peste Pneumônica:

Neste caso, além dos sintomas citados acima, a bactéria e suas toxinas afetam drasticamente o pulmão, causando sintomas semelhantes aos da pneumonia, porém, mais grave. Daí surgem sintomas como a dificuldade respiratória, corrosão das células pulmonares, tosses com sangue e demais agravamentos.

  • Peste Septicêmica:

É a forma mais grave e letal. Seu nome deriva da palavra “Sepse”, uma condição de infecção generalizada no organismo que mata as células do sangue, se espalhando pelo corpo e atingindo as outras.

Esta forma de peste causa necrose (decomposição) de membros, iniciando por extremidades como pé e mão. Costuma ocorrer como agravamento de umas das duas formas acima, quando não houve tratamento adequado.

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Transmissão 

A picada de pulgas é o principal mecanismo de transmissão da doença. As bactérias vivem nas pulgas que, por sua vez, vivem em roedores selvagens (capivaras, ratos, preás, pacas e cutias). Porém, se houver contato próximo destes animais com seres humanos ou animais domésticos (gatos), a pulga pode migrar de hospedeiro e aumentar o seu potencial de transmissão. 

No caso da forma pneumônica, outra maneira de transmissão da peste é por saliva ou gotículas que o infecto dissipar no ar, ao espirrar e tossir. Já na forma bubônica, o líquido que sai dos bubões também é contagioso. Na forma septicêmica e em qualquer uma das outras, ter contato com o sangue também é forma de contágio.

Diagnóstico, tratamento e prevenção da Peste Bubônica

O diagnóstico é confirmado quando há a detecção da bactéria no sangue, no escarro ou no líquido dos gânglios linfáticos (conjunto de linfonodos). Hoje, isso se dá por meio de análise laboratorial. Para que o médico enxergue rapidamente a necessidade de fazer esse exame, é necessário que ele conheça bem as condições sociais, práticas e fauna  regional.

No início, o diagnóstico da peste é muito difícil, justamente porque é algo incomum e com sinais iniciais bem genéricos. Por isso, pode ser confundida com outras enfermidades (Sífilis, tuberculose, pneumonia, entre outros).

É necessário que o médico converse atentamente sobre o cotidiano da possível vítima, quais atividades realizou ultimamente (caça, contato com o mato ou roedores, contato com outras pessoas que estiveram em matas), como é a condição de saneamento básico na região em que reside e se houve recentes mortes em massa de ratos na região.

Prevenção de Peste Bubônica

A melhor prevenção para a peste consiste em medidas de saúde pública:

  • Governo atento a vistoriar o saneamento básico
  • Conscientização da população por meio de cartazes e institutos educacionais para alertar sobre a doença e seus aspectos (não manusear carcaças de animais selvagens, fazer testes mediante suspeita, etc)
  • Constante monitoramento de animais selvagens próximos a regiões residenciais
  • Isolamento hospitalar de suspeitos que procurarem serviço médico

Tratamento

Por se tratar de uma causa bacteriana, o tratamento é feito com antibióticos. Eles são mais eficazes se aplicados até 15 horas depois de surgirem os sintomas. Os antibióticos agem de modo a matar as bactérias e reduzir a toxemia que circula no corpo.

Outros medicamentos podem ser utilizados para remediar sintomas além do estabelecimento de dietas. Em alguns casos graves, até a internação e amputação podem ser necessárias.

Contudo, a história dos antibiótico é recente. Hoje, sua mortalidade gira em torno de 10% a 30% (varia por causa do tipo contraído e do tempo que se decorreu até buscar um médico). Mas, em épocas anteriores ao descobrimento do antibiótico, ela podia chegar a 80%

Curiosidade: máscara dos médicos medievais

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A Baixa Idade Média foi marcada pelo surgimento dos burgos – cidades com grandes atividades comerciais. Antes, cada camponês vivia em sua terra com certo espaçamento entre eles. Já nas cidades, havia aglomerações, feiras e animais selvagens, além da ausência de saneamento. Esse cenário era propício para proliferação de doenças.

Na época em que a temida Peste Negra causou pânico na população, um verdadeiro cenário apocalíptico, a teoria que se tinha para explicar a contaminação era que as pestes se originavam nos “miasmas”, ou seja, conjunto de odores fétidos que vinham de matéria orgânica em putrefação e da água contaminada.

Por isso, as macabras máscaras em “forma de bico” surgiram. A lógica das máscaras era evitar que o miasma chegasse ao nariz dos médicos. Preenchidas com fortes perfumes à base de supostas ervas medicinais, a ideia era que a forma de bico proporcionasse tempo suficiente para o ar passar e ser purificado, antes de chegar ao nariz do médico. 

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Redação Beduka
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