Biologia

Tudo o que você precisa saber sobre Coqueluche: fique por dentro das causas, dos sintomas, da prevenção e todos os detalhes!

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A Coqueluche é uma doença respiratória infectocontagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, atingindo principalmente crianças e adolescentes. Os pulmões e vias respiratórias são os locais mais atingidos e, se não tratada, pode levar à morte. Porém, há vacinas que reduzem as chances de infecção ou agravamento. Para entender mesmo o que é Coqueluche, você ainda precisa conferir o modo de transmissão e os sintomas!

Neste artigo sobre o que é Coqueluche, você encontrará:

  1. O que é Coqueluche
  2. Causador e Transmissão 
  3. Sintomas e fases
  4. Coqueluche em grávidas e em bebês
  5. Diagnóstico, Tratamento e Prevenção
  6. Fatores de risco e Situação Epidemiológica

O que é Coqueluche 

A Coqueluche é uma doença respiratória infectocontagiosa que atinge principalmente os pulmões. Ela é uma doença bacteriana também conhecida como Pertussis, Tosse comprida, Tosse convulsa ou Tosse de 100 dias; por causa do seu agente causador e os sintomas que veremos adiante.

O que causa e como é a transmissão

A coqueluche é uma infecção bacteriana causada pelo cocobacilo Bordetella pertussis. Ocorre no revestimento das vias aéreas, principalmente na traqueia e nos brônquios. Assim que a bactéria atinge essas áreas, paralisa a limpeza do revestimento, causando um acúmulo de muco. Essa situação leva aos sintomas que veremos adiante.

Quando um paciente tosse ou espirra, centenas de gotículas com bactérias são expulsas no ar e, se as pessoas próximas inalarem, há alta chance de se infectar. Os infectados podem transmitir a doença de 6 a 20 dias após o contato com a bactéria e até 3 semanas após o início da tosse típica da doença.

Quais são as 3 fases da Pertussis e os sintomas 

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Os sintomas da Coqueluche geralmente aparecem 6-20 dias após a bactéria Bordetella pertussis ter infectado o paciente, ou seja, o período de incubação é de 6 a 20 dias.

O sintoma característico é uma tosse que acaba produzindo um som de “grito”, contudo, isso só costuma ocorrer no segundo estágio. Vamos conhecer as etapas do desenvolvimento da doença e seus sintomas:

Primeiro estágio da Coqueluche – Catarral

Neste estágio inicial, os sintomas são muito parecidos com um resfriado ou uma gripe comum, e os sintomas são:

  • Espirros
  • Coriza
  • Tosse
  • Olhos lacrimejando
  • Febre baixa

Esses sintomas podem durar entre vários dias até duas semanas e é nessa fase que o paciente está mais suscetível a transmitir os sintomas.

Segundo estágio da Coqueluche – Paroxístico

Neste intermédio, os sintomas de resfriado tendem a desaparecer mas a tosse fica pior, se tornando do tipo espasmódica.

  • A tosse severa e descontrolada, com muito muco
  • As crises de tosse podem gerar picos de falta de respiração
  • Quando consegue puxar o ar, faz um barulho de grito agudo
  • Há vômitos e cansaço logo após as crises

Os sintomas são mais severos nesta fase e podem durar entre duas a quatro semanas ou até mais tempo.

Terceiro estágio da Coqueluche – Convalescente

Na fase final, o paciente ainda apresenta alguns sintomas mas se sentirá melhor e recuperado, já que a doença começa a regredir.

  • A tosse pode ficar mais ruidosa
  • Crises de tosse podem acontecer em episódios isolados 
  • Se pegar um resfriado ou gripe, os sintomas ficam mais intensos 

Complicações, Fatores de risco, Situação epidemiológica

Essa doença já assolava o mundo inteiro há um bom tempo, mas na década de 40 a vacina foi desenvolvida, gerando queda de casos. Contudo, após a década de 80, o número de casos voltou a subir.

Acredita-se que isso ocorreu porque nesta mesma década houve uma grande propagação de AIDS, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST ou DST) que gera deficiência no Sistema Imunológico, tornando as pessoas mais vulneráveis a adquirir doenças.

Hoje, a Coqueluche afeta principalmente crianças e adolescentes, pois podem ser jovens demais para completar o curso completo de vacinação, administrado em várias doses com espaçamentos de acordo com a idade.

As principais complicações da coqueluche ocorrem em crianças, principalmente nas menores de 6 meses, e são derivados das crises de tosse:

  • Pneumotórax 
  • Distensão muscular
  • Crises convulsivas
  • Hérnias abdominai
  • Fratura de costela
  • Pneumonia
  • Lesões nos ouvidos
  • Lesões nos olhos

Coqueluche em bebês e na gravidez

Quando os pequenos são contaminados, podem apresentar cor azulada no rosto (cianose) durante a tosse e podem ser seguidas por vômitos. Embora o“grito” seja característico, é menos comum em crianças e bebês. Na verdade eles podem mordaçar ou engasgar e até parar de respirar temporariamente.

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Como as vias aéreas das crianças são mais estreitas, a grande produção de catarro apresenta um sério perigo para a respiração, especialmente se a criança tem menos de 1 ano. Quando chega na segunda fase, os sintomas em bebês são mais severos que nos adultos, podendo levar à morte.

Além disso, existe o perigo da pneumonia, que pode facilmente se desenvolver em crianças mais novas, pois têm o sistema imunológico mais fraco. A coqueluche em bebês é uma emergência e a criança deve ser tratada por um médico.

Por fim, a vacinação na gravidez deve ser buscada, pois assim a mãe transmitirá anticorpos para o bebê que já nascerá com uma proteção inicial.

Diagnóstico e Tratamento da Coqueluche

O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas podem parecer como resfriado ou até mesmo outras doenças respiratórias. Contudo, diante da desconfiança ou sendo alguém do fator de risco, deve-se buscar o médico o mais rápido possível.

Ele pode ser feito por meio da coleta de muco do nariz ou da faringe para análise, hemograma ou raio-x de tórax.

Sobre o tratamento em adultos e crianças mais velhas, costuma ocorrer em casa com os antibióticos indicados pelo médico, acompanhados de:

  • Repouso
  • Consumo de líquido em abundância para evitar a desidratação
  • Manter vias aéreas limpas para evitar engasgar

Contudo, os casos graves, as crianças, os bebês e as lactantes costumam ser admitidos no hospital pelo risco de complicações. Os doentes deste grupo podem ser colocados em áreas isoladas para impedir a  transmissão da doença e até podem ser internados.

Prevenção de Coqueluche e vacinação

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A prevenção, ou profilaxia, é sempre a chave para impedir seu aumento e propagação. Para a população em geral, a vacina para Coqueluche está disponível no SUS, sistema de saúde pública.

A vacina DTaP – tríplice protege contra difteria, tétano e coqueluche e faz parte do calendário obrigatório de vacinação, compondo um todo de 5 doses para eficácia. Com o foi dito, é essencial que grávidas e aqueles que estão em contato direto com bebês sejam vacinados.

Fatores de risco e situação epidemiológica

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Tosse Aguda afeta cerca de 48,5 milhões de pessoas/ano, das quais 295 mil morrerão. Ela é uma das principais causas de mortes evitáveis ​​por vacinação globalmente. Mais de 90% dos casos ocorre em países de baixa e média renda.

Essa doença já assolava o mundo inteiro há um bom tempo, mas na década de 40 a vacina foi desenvolvida, gerando queda de casos. Contudo, após a década de 80, o número de casos voltou a subir.

Acredita-se que isso ocorreu porque nesta mesma década houve uma grande propagação de AIDS, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST ou DST) que gera deficiência no Sistema Imunológico, tornando as pessoas mais vulneráveis a adquirir doenças.

Hoje, a Coqueluche afeta principalmente crianças e adolescentes, pois podem ser jovens demais para completar o curso completo de vacinação, administrado em várias doses com espaçamentos de acordo com a idade.

A cada 2 a 5 anos ocorrem surtos localizados em praticamente todos os países, pois a  vacinação é eficaz em prevenir a doença mas não elimina a circulação da bactéria no meio.

Sempre que há acúmulo de indivíduos contaminados, a coqueluche reaparece.

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Redação Beduka
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