A Gripe Espanhola foi considerada uma das maiores pandemias da história da humanidade. Essa doença viral altamente contagiosa encontrou um cenário perfeito para sua propagação no período da Primeira Guerra Mundial, e acabou fomentando o desenvolvimento de medidas jamais vistas antes. Fique conosco para descobrir todos os detalhes sobre o que é Gripe Espanhola!
Neste artigo sobre o que é Gripe Espanhola, você encontrará:
- O que é Espanhola: causas, contágio e história no Brasil
- Sintomas
- Tratamento e prevenção da Gripe Espanhola
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O que é Gripe Espanhola?
A gripe espanhola foi a maior pandemia da história, vinda de um subtipo do vírus influenza A que se espalhou pelo mundo entre 1918 e 1919. Em um contexto de Primeira Guerra Mundial, espalhou-se rapidamente pelo mundo, causando a morte de cerca de 50 milhões de pessoas, embora algumas estatísticas falem em até 100 milhões de mortos, isso no seu primeiro ano.
CURIOSIDADE: A Gripe Espanhola não nasceu na Espanha!
Até hoje não não se sabe ao certo qual o local de origem da enfermidade. Contudo, existem algumas teorias a respeito: Estados Unidos, China e Reino Unido. A teoria mais aceita é que tenha surgido em campos de treinamento militar nos Estados Unidos, pois os primeiros casos da doença foram registrados lá.
Outro ponto que reforça essa teoria é que a doença se difundiu pela Europa logo depois que soldados norte-americanos foram enviados para a linha de frente na guerra. Dessa forma, o contato de soldados contaminados com diversas nações aliadas em várias cidades, permitiu o alastramento da doença pelo continente europeu.
Na época em que a doença se espalhou, as grandes potências ocidentais estavam envolvidas no conflito havia anos. Por essa razão, a imprensa desses países sofria forte censura, pois divulgar as notícias de que a gripe tinha afetado tropas poderia prejudicar o moral dos soldados e espalhar pânico.
Como a Espanha não estava inicialmente envolvida na guerra, não censurou a imprensa e as notícias se espalharam a partir dela. Foi por essa razão que a pandemia recebeu o nome de Gripe Espanhola.
Gripe Espanhola no Brasil
A gripe chegou ao Brasil próximo a setembro de 1918, por meio de um navio estrangeiro. Espalhou-se por grandes centros, principalmente Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Personalidades importantes da época foram contaminadas, como Rodrigues Alves, eleito presidente da República em 1918, mas que não assumiu o cargo porque faleceu da doença.
A gripe causou tantas mortes abruptamente que grande parte dos coveiros morreram ou estavam doentes. A polícia saiu às ruas capturando os homens mais robustos e forçava-os a abrir covas e sepultar os cadáveres. Não havia caixões suficientes e os corpos eram despejados em valas coletivas.
Contágio
Por ser uma gripe, ou seja, uma doença que afeta principalmente as vias respiratórias; as gotículas de saliva do infectado são carregadas de novos vírus. Quando uma pessoa infectada espirra, tosse ou boceja; os vírus podem se espalhar para as pessoas próximas.
Os acampamentos próximos às cidades, a falta de divulgação pela mídia e a ausência de grandes epidemias continentais desde a Peste Negra (há mais de 3 séculos), não despertou a atenção da população e a transmissão se alastrou.
A Europa acabava de passar por época de reformas políticas e econômicas alterando os hábitos de higiene e vivência das pessoas, acordos de territórios, recentes disputas do Imperialismo, crise humanitária com guerras, fome, anemia, subnutrição e surtos de várias outras doenças em cada local.
Tudo isso já formava um ambiente de população vulnerável, somado ao fato de que uma doença nova, que vem de uma mutação de um vírus, é naturalmente mais agressiva. Pois não há nenhum ser humano imunizado previamente (serviria como vacina natural), não há conhecimento de como lidar, de onde vem, como tratar.
Sintomas da Gripe Espanhola
O sintomas da Gripe Espanhola são semelhantes aos da gripe comum:
- febre
- tosse
- dificuldade respiratória
- dor de cabeça, garganta e muscular
- fraqueza, fadiga
- coriza
Todo esse desespero, a rápida propagação, a falta de prevenção adequada e o cenário pré-debilitado acabou levando muitas pessoas ao óbito quando contraíram a doença. Além disso, os pacientes mais acometidos eram jovens, uma novidade em se tratando das doenças já conhecidas.
Além de tudo, o ambiente de guerra já era um local insalubre, por conta das trincheiras, e havia acúmulo de doentes em hospitais e tendas. Acredita-se que somado ao cenário anterior e durante a gripe, as infecções bacterianas tipicamente adquiridas em guerra eram mais facilmente difundidas, potencializando a catástrofe e o enfraquecimento da saúde. Não existiam antibióticos na época.
Tratamento e prevenção da Gripe Espanhola
Os médicos e cientistas do período não sabiam o que causava a doença, pois os microscópios não tinham tecnologia para enxergar vírus, seres menores que os outros. Por isso, não havia como tentar desenvolver um medicamento específico.
Os tratamentos eram focados em aliviar os sintomas e o papel das enfermeiras foi essencial, pois mantinham os cuidados diários e diretos. Não havia um protocolo de tratamento, eram tentativas experimentais, o que acabou fazendo com que em algumas áreas houvesse cura e outras não.
Além disso, muitas complicações e efeitos colaterais também surgiram por abuso de analgésicos, piorando o cenário, como os casos de intoxicação por Aspirina.
CURIOSIDADE: Na cidade de São Paulo, a população recorreu em peso a um remédio caseiro: cachaça, limão e mel. De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça, foi dessa receita supostamente terapêutica que nasceu a caipirinha.
Tudo isso proporcionou a tomada de medidas emergenciais de prevenção:
- Improvisação de hospitais e novos leitos (estava em falta, os sistemas de saúde colapsaram)
- Isolamento social para a população (fechamento de escolas, diminuição de cultos religiosos)
- Suspensão de alguns trabalhadores e comércio
- Uso de máscaras
Ocorreram três ondas de contágio em menos de 1 ano. Depois que a segunda onda letal ocorreu, novos casos caíram abruptamente.
Uma explicação para o rápido declínio é que os médicos se tornaram mais eficazes na prevenção e tratamento após as vítimas terem contraído a primeira vez. Há outra teoria de os vírus da Influenza A tenderem a mudar e se enfraquecer naturalmente com o tempo e a havia a imunização das pessoas após as primeiras infecções. Mas não há certezas, apenas teorias.
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