A sucessão ecológica é um processo natural e contínuo de mudanças na composição e estrutura de uma comunidade. Ela é muito importante para entender o funcionamento dos ecossistemas e a gestão da biodiversidade.
É um fenômeno dividido em dois tipos: primário e secundário e possui três etapas, que são influenciadas por diversos fatores, mas o mais importante é que esse fenômeno é capaz de restaurar um ecossistema inteiro.
Nesse artigo, vamos detalhar o que é sucessão ecológica, como ela é feita e os seus estágios. Assim você vai ficar preparado para o Enem!
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Se você quiser ir diretamente para alguma parte do texto, clique em um dos tópicos a seguir:
- O que é sucessão ecológica?
- Quais são os tipos de sucessão ecológica?
- Quais são as etapas da sucessão ecológica?
- Exercício sobre sucessão ecológica
- Conheça a magia da aprovação do Enem!
O que é sucessão ecológica?
Sucessão ecológica é todo processo gradual de mudanças das estruturas de um determinado ambiente que forma uma nova comunidade. Ela é ordenada e ocorre depois de perturbações no local.
Imagine que existe na frente da sua casa um campo de areia, aparentemente inabitável. Em um dia qualquer, aconteceu uma tempestade, com vendavais que levaram muitas sementes e microrganismos para ele.
Com o tempo, pequenas plantas começaram a surgir nele. Em algumas pedras, microrganismos se fixaram e sobreviveram a partir de fotossíntese.
Aquele ambiente que antes era hostil à vida, passou a ter uma primeira comunidade de seres vivos. E a tendência dela é crescer e se tornar cada vez mais complexa, modificando mais e mais o campo até que a comunidade fique bem estabelecida.
É isso que é a sucessão ecológica. E é com base nela que a Terra foi sendo ocupada ao longo do tempo. Legal, né?
Ela pode ser de dois tipos. Vamos ver quais são eles para entender bem o que é a sucessão ecológica.
Quais são os tipos de sucessão ecológica?
A sucessão ecológica tem dois tipos: primária e secundária.
- O que é sucessão ecológica primária: é o estabelecimento de comunidades em ambientes que nunca foram habitados. Geralmente, ocorre em ambientes extremos, como em áreas vulcânicas recentemente formadas, quando líquens e musgos começam a colonizar a superfície exposta desses locais.
- O que é sucessão ecológica secundária: a sucessão secundária é o processo de recolonização de um ambiente que tinha condições de manter a comunidade, mas passou por perturbações. É uma regeneração, mas o sistema é o mesmo. Organismos simples começam a colonizar e dão espaço para os complexos.
Ambas são guiadas pela interação entre os organismos e o ambiente em que vivem. E também são influenciadas por uma série de fatores, como clima, topografia, disponibilidade de nutrientes e a presença ou ausência de espécies pioneiras.
- Saiba mais com nosso texto sobre ecologia.
A sucessão pode ser classificada também conforme os eventos que geraram a perturbação do ambiente. Neste caso, ela pode ser:
- Autogênica: se a perturbação for interna, decorrente de processos biológicos. No caso, os próprios organismos presentes na comunidade são responsáveis por alterar as condições ambientais e as interações ecológicas.
- Alogênica: causada por fatores externos à comunidade presente, como incêndios e desmatamentos. As espécies que são capazes de se adaptar a essas mudanças conseguem se estabelecer e crescer, enquanto outras podem diminuir em número ou desaparecer completamente.
A sucessão ecológica não acontece sem transferência de energia. Saiba mais sobre o que é sucessão ecológica com nosso resumo sobre fluxo de energia no ecossistema.
Quais são os estágios da sucessão ecológica?
Para entender bem o que é sucessão ecológica, precisamos conhecer suas etapas ou estágios. Eles são quatro:
- Estágio pioneiro: é o estágio inicial da sucessão ecológica, em que as primeiras espécies pioneiras, como bactérias, liquens e musgos, colonizam o ambiente.
- Estágio de colonização: nesse estágio, as espécies pioneiras criam condições mais favoráveis para a chegada de outras espécies, como plantas herbáceas, arbustos e árvores.
- Estágio de competição: à medida que as espécies mais complexas se estabelecem, elas competem por recursos, criando nichos ecológicos diferentes que permitem a coexistência de uma grande variedade de espécies. Nesse estágio, ocorre uma seleção natural das espécies mais aptas a sobreviverem nas condições do ambiente.
- Estágio de estabilidade: a biodiversidade atinge seu pico e a comunidade ecológica está em equilíbrio dinâmico. Ou seja, as espécies possuem uma grande variedade de nichos e interagem de forma equilibrada, sem que nenhuma delas domine o ecossistema.
Quando as comunidades chegam ao ápice da estabilidade, elas entram na fase de clímax. Nela, os elementos bióticos e abióticos estão em forte equilíbrio e os indivíduos são substituídos por outros da mesma espécie. Os biomas são exemplos de comunidades na fase de clímax.
O clímax pode ser de dois tipos:
- Transitório: quando a comunidade está presente em um ambiente por certo período ou enquanto durar um recurso.
- Cíclico: as comunidades revezam entre si de maneira cíclica e uma só se instala após a outra deixar o ambiente.
Saiba mais sobre o que é sucessão ecológica com nosso texto sobre os biomas do Brasil.
Exercício sobre sucessão ecológica
Agora que você já sabe o que é sucessão ecológica, faça exercícios de fixação do conteúdo.
Questão 1 – (UFSCar) – A substituição ordenada e gradual de uma comunidade por outra, até que se chegue a uma comunidade estável, é chamada de sucessão ecológica. Nesse processo, pode-se dizer que o que ocorre é
a) a constância de biomassa e de espécies
b) a redução de biomassa e maior diversificação de espécies
c) a redução de biomassa e menor diversificação de espécies
d) o aumento de biomassa e menor diversificação de espécies
e) o aumento de biomassa e maior diversificação de espécies
Questão 2 – (ENEM) – A extinção de espécies é uma ameaça real que afeta diversas regiões do país. A introdução de espécies exóticas poder ser considerada um fator maximizador desse processo. A jaqueira (Artocarpus heterophyllus), por exemplo , é uma árvore originária da Índia e de regiões do Sudeste Asiático que foi introduzida ainda na era colonial e se aclimatou muito bem em praticamente todo o território nacional.
Casos como o dessa árvore podem provocar a redução da biodiversidade, pois elas
a) ocupam áreas de vegetação nativa e substituem parcialmente a flora original.
b) estimulam a competição por seus frutos entre animais típicos da região e eliminam as espécies perdedoras.
c) alteram os nichos e aumentam o número de possibilidades de relações entre os seres vivos daquele ambiente.
d) apresentam alta taxa de reprodução e se mantêm com um número de indivíduos superior à capacidade de suporte do ambiente.
e) diminuem a relação de competição entre os polinizadores e facilitam a ação de dispersores de sementes de espécies nativas.
Parabéns! Você fez todos os exercícios sobre o que é sucessão ecológica. Agora veja as respostas no gabarito:
Gabarito dos exercícios sobre sucessão ecológica
Exercício resolvido da questão 1:
e) o aumento de biomassa e maior diversificação de espécies
Exercício resolvido da questão 2:
a) ocupam áreas de vegetação nativa e substituem parcialmente a flora original.
Conheça a magia da aprovação do Enem!
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Obrigado por ter lido nosso texto sobre o que é sucessão ecológica. Bons estudos!
