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O que são verbos? Resumo completo: tipos e exemplos!

O que são verbos
Mentoria para o Enem

Verbos são palavras de uma classe gramatical que expressa ações, situações, estados, fenômenos e desejos. O verbo também indica se o fato aconteceu no tempo Passado, Presente ou Futuro, dependendo da sua flexão. Para entender mesmo o que são verbos, ainda é preciso saber seus 3 modos: Imperativo, Subjuntivo e Indicativo.

Neste texto sobre o que são verbos, você encontrará os tópicos abaixo. Clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo!

  1. O que são verbos? (Definição).
  2. Como identificar um verbo?
  3. Estrutura dos verbos
  4. O que é Flexão do verbo? 
  5. Tempos verbais dos verbos
  6. Flexão do verbo em número e pessoa

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O que são verbos?

Verbo é o nome que damos às palavras que pertencem a uma classe gramatical que indica ação, situação, fenômeno ou mudança de estados. 

A característica marcante dos verbos é a capacidade de serem flexionados em pessoa (1°,2° ou 3°), número (plural ou singular), modo (subjuntivo, imperativo ou indicativo), tempo (passado, presente ou futuro) e voz (passiva ou ativa). 

Os verbos também podem ser classificados quanto à sintaxe, morfologia e conjugação da sua raiz.

Ao longo desse artigo, mostraremos o que tudo isso significa (com exemplos)!

Como identificar o que é um verbo?

Para identificar um verbo, a primeira coisa é pensar se essa palavra indica uma ação ou fenômeno. Também pense se ela está relacionada a um sujeito ou pronome pessoal e se, na sua forma original, termina em  “ar”, “er” ou “ir”.

Exemplo 

“Ana comeu uma torta de maçã. “

Depois de analisar a frase, concluímos que o verbo é “comeu”, porque ele indica uma ação (ato de comer), sua forma original termina em “er” (comer) e na frase está na forma conjugada porque o sujeito é Ana (ela comeu).

Estrutura dos verbos

Uma palavra na forma verbal apresenta alguns elementos que nos permite identificá-la como um verbo. Os seus elementos são radical e desinência

Depois de aprender sobre eles, estaremos terminando a primeira etapa do caminho para entender o que são verbos.

Radical do verbo

O radical dos verbos é a parte invariável. Ele possui o significado essencial do verbo, indica qual é a ação a que ele se refere e, por isso, é a parte que não muda nunca.

Exemplo 

O verbo “parar“ pode ser flexionado e assumir as formas: “parei”, “parava”, “param”. Observando o que há de comum e invariável nessas flexões, concluímos que o seu radical é “par” (par-ei, par-ava, par-am).

Tema

Tema é o nome que damos quando consideramos o radical + a vogal temática. A vogal temática é uma vogal que indica a qual conjugação o verbo pertence.

Exemplos

Sabemos que existem três as conjugações:

  • 1ª conjugação: verbos terminados em “AR” / vogal temática: A / (verbo Falar)
  • 2ª conjugação: verbos terminados em “ER” / vogal temática: E / (verbo Comer)
  • 3ª conjugação: verbos terminados em “IR” / vogal temática: I / (verbo Rir)

Desinências dos verbos

A desinência de um verbo é toda a parte que sobra depois que já identificamos qual é o radical e o tema. Portanto, desinências são as terminações que os verbos podem assumir.

Essas terminações podem indicar Modo/Tempo ou Número/Pessoa. Vamos entendê-las separadamente:

  • Desinência Modo-Temporal

É aquela que flexiona para mostrar o tempo e o modo em que o verbo foi colocado. 

Exemplos

“Nós falávamos sobre o acidente”.

“ Se ela falasse mais baixo…”

A desinência modo-temporal da primeira frase é “va”, pois é a forma que o verbo assume quando o colocamos no pretérito imperfeito do indicativo.

A da segunda frase é “sse” porque é a forma que o verbo assume quando o colocamos no pretérito imperfeito do subjuntivo.

  • Desinência Número – Pessoal

É aquela que flexiona para mostrar de qual pessoa do discurso o verbo veio. 

Exemplos

“Falamos sobre isso ontem”.

“Falavam muito alto quando cheguei”

A desinência número-pessoal da primeira frase é “mos”, pois é a forma que flexionamos o verbo para indicar que quem o falou foi a segunda pessoa do plural (nós).

A da segunda frase é “am”, pois é a forma que flexionamos o verbo para indicar que quem o falou foi a terceira pessoa do plural (eles ou elas).

Neste momento, você só precisa saber identificar qual parte é a desinência. No próximo tópico, mostraremos as flexões que o verbo pode assumir dependendo da pessoa, modo, número e tempo.

O que é a flexão do verbo?

Você já entendeu que uma parte do verbo se mantém para expressar qual é a ação e outra flexiona (muda) de acordo com quem fala, com o tempo em que aconteceu, com o modo e com o número de pessoas.

Agora, vamos entender o que significa flexionar em cada categoria dessa e quais são as possíveis formas que o verbo pode ter dentro de cada uma delas.

Flexão de Modo

Na Língua Portuguesa, existem três modos verbais: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo. Eles são usados para indicar as diferentes intenções de quem fala. Vamos conhecer cada um delas no seu contexto:

Modo Indicativo

O modo indicativo é usado para expressar uma ação real, que realmente acontece, é concreta. 

A pessoa que fala possui segurança e certeza, falando usando o verbo com exatidão. 

Exemplos

“Ontem eu comi uma pizza muito boa.”

“Nós trabalharemos no projeto a partir de amanhã.”

Modo Subjuntivo

O modo subjuntivo transmite a ideia de ação possível, mas incerta. Usamos para expressar uma ação que tem chance de acontecer, embora não tenha se concretizado ainda. 

A pessoa que fala possui dúvida ou formula uma hipótese, usando os verbos sem exatidão.

Exemplos

“Ela está esperando que eu termine primeiro.”

“Vou fazer apenas quando eu quiser.”

Modo imperativo

O modo imperativo transmite um pedido, ordem, correção ou conselho

A pessoa que fala está exigindo algo, falando o que deseja que o outro faça. Nesse modo, a pessoa é direcionada a cumprir aquela ação.

Exemplos

Traga o restante dos papéis, por favor!”

“Não faça barulho!”

Flexão de Tempo

Quando nós contamos coisas para as pessoas no dia a dia, fica muito fácil identificar que falamos de coisas que já aconteceram, outras que estão acontecendo e aquelas que ainda acontecerão.

Assim, a flexão de tempo diz respeito a qual momento em que ocorreu ou deve ocorrer a ação. Eles são chamados de tempos verbais e há três básicos:

  • Ação no passado (pretérito): aconteceu antes da fala.
  • Ação no presente: acontece no momento da fala.
  • Ação no futuro: acontecerá após a fala.

Os tempos verbais ainda se subdividem em simples ou compostos e cada modo verbal possui seus tempos verbais.

Parece confuso? Vamos conhecer cada tipo para entender tudo sobre o que é verbo!

Tempos verbais dos verbos

Tempos verbais do Modo Indicativo

Os tempos verbais do modo indicativo exprimem acontecimentos precisos e podem ser divididos em simples (só precisam de um verbo) e compostos (verbo auxiliar + verbo principal).

Ao todo, são 6 simples e 4 compostos. Antes de vermos os exemplos, temos algumas dicas para enter o nome e a situação a que se refere:

  • Se estiver escrito “pretérito”, significa passado.
  • Se estiver escrito “imperfeito”, é porque a ação começou e não terminou.
  • Se estiver escrito “perfeito”, é porque a ação começou e acabou.
  • Se estiver escrito “mais-que-perfeito”, é porque a ação começou e acabou antes de uma outra ação passada. É como o “passado do passado”.
  • Cada tempo composto corresponde ao mesmo sentido de algum dos tempo simples. São apenas formas diferentes de dizer a mesma coisa.

Agora, vamos conjugar o verbo “comer” para a terceira pessoa do singular (ele ou ela) em todos os tempos:

Tempos Simples

Presente (do indicativo)Ele come salada no recreio.
Pretérito imperfeito (do indicativo)Ele comia a salada quando o tempo acabou.
Pretérito perfeito (do indicativo)Ele comeu a salada dentro do tempo.
Pretérito mais-que-perfeito (do indicativo)O tempo acabou e ele comera a salada. 
Futuro do presente (do indicativo)Ele comerá a salada.
Futuro do pretérito (do indicativo)Ele comeria a salada.

Tempos Compostos

Pretérito perfeito composto (do indicativo)Ele tem comido salada no recreio.
Pretérito mais-que-perfeito composto (do indicativo)Ele tinha comido salada no recreio.
Futuro do presente composto (do indicativo)Ele terá comido a salada ao final do recreio.
Futuro do pretérito composto (do indicativo)Ele teria comido a salada.

Tempos Verbais do Modo Imperativo

O modo imperativo é aquele que exprime uma ordem, então só possui duas divisões: o imperativo afirmativo e o imperativo negativo (possui um “não” antes do verbo).

Negativo (do Imperativo)Não coma a salada!
Afirmativo (do Imperativo)Coma a salada!

Tempos Verbais do Modo Subjuntivo

Os tempos verbais do modo subjuntivo expressam acontecimentos possíveis, dependentes de outros. Eles também podem ser divididos em simples (só precisam de um verbo) e compostos (verbo auxiliar + verbo principal).

Ao todo, são 3 simples e 3 compostos. As dicas continuam as mesmas:

  • Se estiver escrito “pretérito”, significa passado.
  • Se estiver escrito “imperfeito”, é porque a ação começou e não terminou.
  • Se estiver escrito “perfeito”, é porque a ação começou e acabou.
  • Se estiver escrito “mais-que-perfeito”, é porque a ação começou e acabou antes de uma outra ação passada. É como o “passado do passado”.
  • Cada tempo composto corresponde ao mesmo sentido de algum dos tempo simples. São apenas formas diferentes de dizer a mesma coisa.

Vamos conjugar o verbo “comer” para a primeira pessoa do singular (eu) em todos os tempos:

Tempos Simples

Presente (do subjuntivo)Talvez eu coma salada.
Pretérito imperfeito (do subjuntivo)Seria mais saudável se eu comesse salada.
Futuro (do subjuntivo)Quando eu comer salada, ficarei mais feliz.

Tempos Compostos

Pretérito perfeito composto (do subjuntivo)Ele não acredita que eu tenha comido salada.
Pretérito mais-que-perfeito composto (do subjuntivo)Ela acreditou que eu tivesse comido salada.
Futuro composto (do subjuntivo)Quando eu tiver comido salada, vou falar com você.

Flexão do verbo em Número e Pessoa

Quando falamos em flexionar o verbo de acordo com uma pessoa, estamos falando sobre as pessoas dos discursos. Elas podem ser pronomes pessoais ou substantivos que equivalham a alguma dessas pessoas (Juliana = ela).

Quando falamos em flexionar verbos em número, significa adequar ao plural (várias pessoas que fazem a ação) ou ao singular (uma pessoa faz a ação).

Vamos conhecê-las para entender logo tudo sobre o que é verbo!

Flexão de verbos em Número

Todos os tempos e modos verbais podem mudar sua desinência dependendo da flexão em número:

  • Singular (apenas um sujeito verbal): eu comi, ele comerá, tu comestes.
  • Plural (vários sujeitos verbais): nós comemos, eles comerão, vós comisteis.

Flexão de verbos em Pessoa

Dizemos que há diferentes pessoas envolvidas na etapa de um discurso, dependendo da posição que ocupam:

  • 1.ª pessoa: indica quem fala (eu e nós).
  • 2.ª pessoa: indica com quem se fala (tu e vós).
  • 3.ª pessoa:  indica de quem se fala (ele e eles).

Por meio da união entre flexão em pessoa e número, juntamente com os pronomes pessoais do caso reto, temos a conjugação verbal:

  • Eu – 1.ª pessoa do singular.
  • Tu – 2.ª pessoa do singular.
  • Ele – 3.ª pessoa do singular.
  • Nós – 1.ª pessoa do plural.
  • Vós – 2.ª pessoa do plural.
  • Eles – 3.ª pessoa do plural.

O que são Formas Nominais dos verbos?

As formas nominais não participam de nenhum tempo ou modo. Elas são formas que os verbos assumem para serem usados em contextos bem específicos e independentes. Por isso, é muito importante saber de cor. 

A única forma nominal que flexiona em pessoa é a pessoal. Tirando ela, todas as demais são invariáveis. Observe:

Infinitivo pessoalO nosso problema é não comermos salada.
Infinitivo pessoal compostoTermos comido salada nos deixou mais saudáveis.
Infinitivo impessoalVamos comer salada.
Infinitivo impessoal compostoGostamos de ter comido salada.
ParticípioComida a salada, já não havia mais fome.
GerúndioVamos trabalhar comendo salada.

Flexão em Voz – Quais são as vozes do verbo?

Você já parou para observar que podemos descrever uma mesma situação de dois pontos de vista? Assim: “José vendeu a casa” ou “ A casa foi vendida por José”. Interessante, não é?

A flexão em voz de um verbo indica se o sujeito é o agente ou o paciente da ação verbal, ou seja, se ele pratica ou se sofre a ação. 

Na Língua Portuguesa, existem três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. Vamos conhecê-las para entender logo tudo sobre o que é verbo!

Voz Ativa

A voz ativa acontece quando o sujeito pratica a ação verbal, ou seja, quando ele é o agente da ação.

Exemplos

Eu comi o brigadeiro.”

Meu amigo comprou o celular.”

Os estudantes leram os livros.”

Voz Passiva

A voz passiva acontece quando o sujeito sofre a ação verbal, ou seja, é o paciente de uma ação praticada por outro. 

A voz passiva ainda pode ser dividida em analítica e sintética.

Voz Passiva Analítica

Na voz passiva analítica, as frases apresentam a seguinte estrutura:

Sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da passiva.

Exemplos

O brigadeiro foi comido por mim.”

O celular foi comprado pelo meu amigo.”

Os livros foram lidos pelos estudantes.”

Voz Passiva Sintética

Na voz passiva sintética, as frases apresentam a seguinte estrutura:

Verbo transitivo + pronome se + sujeito paciente.

Exemplos

Comeu-se o brigadeiro.”

Comprou-se o celular.”

Leram-se os livros.”

Observe que, nesse caso, a partícula “se” é indeterminadora, porque omite quem foi que realizou a ação e deixa o foco para quem sofreu.

Voz Reflexiva

A voz reflexiva acontece quando o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo, sendo o agente e o paciente simultaneamente. 

As frases apresentam sempre um pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos, se).

Exemplos

Ela se feriu com a fala.”

Alimento-me sempre de três em três horas.”

Eles se olharam profundamente por longos minutos.”

Observe que, nesse caso, a partícula “se” é reflexiva, porque indica que o sujeito fez a ação com ele mesmo.

Flexão em Aspecto

O aspecto verbal é o que diz sobre a duração da ação verbal. Ele indica se a ação foi concluída ou não

Nas ações concluídas, ele mostra o ponto no tempo em que a ação aconteceu, destacando o seu início, desenvolvimento ou fim. 

Em ações não concluídas, indica se a ação ocorre de forma frequente e repetitiva.

Aspecto Perfectivo

O aspecto perfectivo indica que a ação está totalmente concluída, que podemos identificar seu começo, desenvolvimento e fim. 

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Exemplos

Minhas amigas compraram roupas no último sábado.”

Ontem meu irmão leu um livro diferente.”

Aspecto Imperfectivo

Indica a ação que não está totalmente concluída, que não podemos identificar seu início, o desenvolvimento e o fim.

Exemplos

“Minhas amigas compravam roupas apenas quando sobrava dinheiro.”

“Meu irmão lia um livro diferente somente quando tinha tempo. “

Aspecto Incoativo ou Inceptivo

O aspecto incoativo (ou inceptivo) indica que o foco da ação está no seu início.

Exemplos

Começou a chover agora mesmo!”

“Os presidentes dos clubes iniciaram as negociações.”

Aspecto Cursivo ou Permansivo

O aspecto cursivo (ou permansivo) indica que o foco da ação está no seu desenvolvimento.

Exemplos

“Já está chovendo há três dias!”

“Os presidentes dos clubes ainda estão em negociações.”

Aspecto Conclusivo ou Terminativo

O aspecto conclusivo (ou terminativo) indica que o foco da ação está no seu fim.

Exemplos

Parou de chover há duas horas.”

“Os presidentes dos clubes concluíram as negociações.”

Aspecto Pontual

O aspecto pontual indica que a ação é momentânea, que acontece somente em um certo momento.

Exemplos

“O funcionário saiu do trabalho ao meio-dia.”

“Eu quebrei o copo na cozinha.”

Aspecto Durativo

O aspecto durativo indica que a ação é contínua, que não é momentânea. Acontece de forma duradoura ou repetitiva.

Exemplos

“O funcionário está tentando sair do trabalho há uma hora.”

“O pedreiro está quebrando a parede desde hoje de manhã.”

Aspecto Contínuo

O aspecto contínuo indica uma ação continuada, que acontece de forma frequente.

Exemplos

Estou trabalhando na loja de sapatos no bairro ao lado.”

“Meu amigo está aprendendo francês.”

Aspecto Descontínuo

O aspecto descontínuo indica o recomeço de uma ação que era contínua, mas que foi interrompida.

Exemplos

Voltei a trabalhar na loja de sapatos no bairro ao lado.”

“Meu amigo está novamente aprendendo francês.”

Classificação dos Verbos

Todas essas inúmeras reflexões que vimos ocorrem em determinadas circunstâncias. Porém, ao longo do texto, você viu que algumas formas não variam (não flexionam).

Por isso, foram criadas categorias teóricas para agrupar os verbos dependendo de qual a propriedade que eles apresentam quando são avaliados de acordo com:

  • A sintaxe (função que desempenha na frase).
  • A morfologia (sua constituição).
  • Quanto à conjugação (essa nós já vimos acima).

Esse é o último assunto dentro do texto, vamos conferir exemplos de cada categoria para entender de vez o que são verbos!

Morfologia

A palavra morfologia significa “estudo das formas”. Por isso, ao analisar essa categoria, podemos agrupar os verbos dependendo da estrutura deles.

Verbos Regulares

Flexionam-se de acordo com o padrão de conjugação a que pertencem. 

Exemplos: Estudar – eu estudo, tu estudas, ele estuda, nós estudamos…

Verbos Irregulares

Sofrem modificações em relação aos padrões da conjugação. 

Exemplos: Caber – eu caibo; Medir – eu meço.

Verbos Anômalos

São verbos irregulares em que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação. 

Exemplos: Ir – eu vou; Ser – eu sou.

Verbos Defectivos

São aqueles que não são conjugados em todas as formas. 

Exemplo: banir – não possui 1ª, 2ª e 3ª pessoa do presente do indicativo e presente do subjuntivo.

Verbos Abundantes

Aqueles que apresentam mais de uma forma de conjugação. 

Exemplos: acendido – aceso; incluído – incluso.

Sintaxe

A sintaxe é a parte da Língua Portuguesa que estuda quais as funções que uma classe gramatical (no caso, a dos verbos) podem ocupar dentro de uma determinada frase.

A sintaxe dos verbos varia de acordo com a transitividade, ou seja, com a necessidade ou não de um complemento e, se precisa, de qual tipo será esse complemento.

Verbos Transitivos

São aqueles que precisam de um complemento para ter sentido completo e podem ser de dois tipos:

  • Verbos Transitivos Diretos

Pedem um objeto direto como complemento, indicando quem ou o quê.

Exemplo: 

Se nos deparamos com o verbo “ler”, perguntamo-nos “ler o quê?”. Esse “o que” que falta é o objeto direto. Veja algumas opções que complementam:

“Ler a revista.”

“Ler o livro.”

“Ler a notícia.”

  • Verbos Transitivos Indiretos

Pedem um objeto indireto como complemento, indicando de quem, para quem, com quem, de quê, para quê, a quê (precisa de preposição). Veja algumas opções: 

Exemplo: 

Se nos depararmos com o verbo “precisar”, logo perguntamos, “precisar de quê?”. Esse “Esse “o que” que falta é o objeto indireto. Veja algumas opções que complementam:

“Precisar de ajuda.”

“Precisar de comer.”

“Precisar de ir embora.”

  • Verbos Transitivos Diretos e Indiretos

Pedem um objeto direto e um objeto indireto ao mesmo tempo, indicando quem ou o quê e, também, de quem, para quem, com quem, de quê, para quê, a quê, etc.

Exemplo:

O verbo “agradecer” faz surgir a pergunta “agradecer o quê e a quem?”. Veja algumas opções que complementam:

“Agradecer o presente ao amigo.”

“Agradecer o convite à professora.”

“Agradecer a atenção ao consultor.”

Verbos Intransitivos

São aqueles que não pedem nenhum complemento para ter sentido completo. Não precisam de objeto direto ou objeto indireto. O verbo sozinho transmite uma ação completa que começa e termina no sujeito da oração. 

Eles podem ser enriquecidos com a adição (não obrigatória) de adjuntos adverbiais.

Exemplo

Repare nas frases que podemos formar com o verbo “dormir”:

“Ele foi dormir.”

“Eu dormi.”

“Ela dormiu sozinha.”

Conjugação Verbal

Agora que já sabe a matéria, treine com os nossos exercícios sobre Verbos.

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