As Pteridófitas são um grupo de plantas caracterizado por ter vasos condutores de seiva e não ter sementes. As samambaias são os principais representantes e elas são compostas de folhas, raiz e um caule que se modifica em rizoma. Para entender o que são Pteridófitas, atente-se para a reprodução com alternância de gerações e o ciclo haplodiplobionte!
Neste artigo sobre o que são Pteridófitas, você encontrará:
- O que são Pteridófitas? Exemplos
- Importância das Pteridófitas
- Estruturas das Pteridófitas
- Classificação das Pteridófitas
- Como é a reprodução das Pteridófitas
- Principais características das Pteridófitas – Resumo
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O que são Pteridófitas? Exemplos
As Pteridófitas são um grupo de plantas identificadas por uma característica que é novidade: são as primeiras a apresentar vascularização, ou seja, vasos condutores de seiva.
Também por isso, podem receber o nome de Traqueófitas. Nos próximos tópicos, iremos estudar como é a estrutura de condução da seiva e em que isso influencia!
Os exemplos mais conhecidos de Pteridófitas são plantas usadas na ornamentação, ou seja, enfeites de casas, ambientes e festas:
- Samambaias
- Avencas
- Cavalinhas
- Salvíneas
- Selaginelas
Outro termo associados às Pteridófitas é “criptógama” e isso significa que elas não têm sementes.
Essas plantas costumam viver em ambientes úmidos, mas há espécimes de terra firme e seca ou em florestas densas.
Importância das Pteridófitas
As Pteridófitas têm importância econômica e também ecológica. Como todas as plantas, elas são produtoras e, portanto, a base da cadeia alimentar.
Além disso, os ancestrais das pteridófitas atuais formaram as primeiras grandes florestas, que contribuíram para a redução dos níveis de gás carbônico na atmosfera. Tudo isso aconteceu no período geológico Carbonífero.
Também elas foram as responsáveis por formar as primeiras reservas de carvão, quando morreram e foram fossilizadas.
Por fim, há uma espécie chamada samambaiaçu que era muito usada para fazer um tipo de vaso chamado xaxim. Hoje, ela se encontra ameaçada de extinção e não pode ser mais usada na fabricação.
Assim, essas plantas têm grande valor cultural e econômico!
Classificação das Pteridófitas
Na Taxonomia, tem-se o hábito de dividir grupos de seres cada vez menores e com características semelhantes, a fim de facilitar estudos, identificação e organização.
Todas as plantas estão agrupadas no Reino Vegetal e ele é subdividido em 4 grupos principais:
- Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas
Na linha evolutiva das plantas, as anteriores às pteridófitas eram avasculares. Porém, todas as que vêm depois delas mantém a nova característica adquirida e se diferenciam quanto às outras novidades que trazem.
Estruturas das Pteridófitas
A estrutura das Pteridófitas é formada, basicamente, por três partes:
- Raízes: são responsáveis por fixar a planta no solo e absorver água e sais minerais. A maioria é subterrânea, mas existem algumas que crescem para fora do solo e são chamadas de aéreas.
- Caules: é a estrutura responsável por sustentar as folhas e fazer o transporte de seiva por toda a planta, ligando raízes às folhas. Em muitas samambaias ele cresce de forma subterrânea ou paralela à superfície do solo, nesse caso são chamados de rizoma.
- Folhas: são estruturas com formato de lâmina, pendendo para fora da planta, na parte mais externa. São ricas em cloroplastos e, por isso, é onde a fotossíntese ocorre e seus produtos (os açúcares) são usados para elaboração de seiva.
Não possui sementes, flores ou frutos.
Porém, elas possuem vasos condutores. Assim, a água absorvida somada aos açúcares são metabolizados e viram seiva. A seiva é distribuída pela planta e levada a todas as partes, dando boa nutrição. Por isso, a planta consegue crescer em tamanho.
Lembre-se: as Briófitas são avasculares e são pequenas. As pteridófitas são vascularizadas e conseguem crescer. Aqui já observamos uma evolução se compararmos às Briófitas.
Traqueófitas: tipos de seiva e vasos condutores
Existem, ainda, dois tecidos diferentes que são responsáveis por conduzir as seivas:
- Xilema: também chamado de vasos lenhosos, é responsável por transportar a seiva bruta: solução de água e sais minerais, das raízes às folhas.
- Floema: também chamado de vasos liberianos, é responsável por transportar a seiva elaborada: compostos orgânicos das folhas até as outras partes da planta.
Ao longo dos processos de reprodução e ciclo de vida, as Pteridófitas geram algumas estruturas próprias como gametófitos e esporófitos, mas algumas delas se degradam dependendo da fase de vida. Veremos a seguir!
Como é a reprodução das Pteridófitas?
Nas Pteridófitas pode ocorrer dois tipos de reprodução:
- Assexuada por brotamento, quando o broto do rizoma origina um estolho. Nesse ponto, crescem novas folhas e raízes que depois se destacam da planta original.
- Sexuada, ou seja, na qual há fecundação de gametas. Neste caso, dizemos que há alternância de gerações e o ciclo de vida é do tipo haplodiplobionte. Isso significa que elas têm duas formas de vida: a fase adulta predominante e outra que dura pouco.
Vamos entender o ciclo:
Ao observar as samambaias, vemos que em certas épocas formam-se pontinhos escuros chamados soros, eles indicam que as samambaias estão em época de reprodução.
A samambaia adulta é o esporófito diplóide (2n), ou seja, aquela que produz esporos. Em cada soro são produzidos esporos haplóides (n) por meiose. Os soros se abrem quando os esporos estão maduros, e são levados pelo vento.
Se caem em solo úmido, os esporos germinam originando um Prótalo. Eles são estruturas “em forma de coração” e correspondem ao adulto gametófito haplóide (n).
O Prótalo das samambaias é monóico, ou seja, contém estruturas masculinas (anterozóides) e femininas (oosferas). Devido ao seu formato, consegue acumular água em quantidade suficiente para que os gametas masculinos cheguem ao feminino e haja fecundação.
Surge então o zigoto que se desenvolve por mitoses e forma o embrião de uma nova samambaia. O Prótalo serve de apoio para desenvolvimento do embrião, mas depois se degrada e some.
Resta, ao final, apenas o embrião que cresce até se tornar um esporófito adulto (2n), reiniciando o ciclo.
- Aqui observamos outra diferença em relação às Briófitas. Nelas a fase duradoura é um gametófito (n), mas nas Pteridófitas o que dura é o esporófito (2n).
Principais características das Pteridófitas – Resumo
Resumindo tudo o que foi dito, podemos listar as principais características das pteridófitas:
- São organismos eucariontes e pluricelulares
- Está classificado no Reino Plantae e é o segundo na linha evolutiva dos 4 grupos
- São criptógamas (sem sementes)
- São vascularizadas: existem vasos para conduzir a seiva bruta (água e sais minerais) chamados de xilema (ou lenho). Existem vasos que conduzem a seiva elaborada ( matéria orgânica) chamado floema (ou líber)
- O corpo já apresenta estruturas evoluídas como raiz, caule e folhas
- A reprodução é predominantemente sexuada, mas pode ser assexuada
- A maioria dos indivíduos são Monóicos, mas pode haver exemplares Dióicos
- Preferem ambientes úmidos, mas podem viver em secos
- Possui alternância de gerações: esporófito diplóide duradouro e gametófito haplóide não duradouro
- Produz esporos (n)
- A dependência de água para a reprodução é menor quando comparada com as Briófitas, porém ainda é necessária
- Têm capacidade de se desenvolverem sobre outros troncos vegetais maiores, sem apresentar um prejuízo ou benefício para esse vegetal, relação ecológica chamada de epifitismo
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