A Nova Ordem Mundial é o conjunto de valores econômicos, políticos e sociais que influencia todos os países do mundo. Ela começou a ser estabelecida após a Guerra Fria, um período de bipolaridade em que Estados Unidos e União Soviética eram os influenciadores. Hoje, a relação de poder entre as nações vem de uma multipolaridade.
Neste artigo sobre a nova ordem mundial, você encontrará:
- Nova ordem mundial e principais características
- Antecedentes – Mundo bipolar
- Economia, Política e Sociedade – hierarquização dos países e cultura
- O Brasil na Nova Ordem Mundial e a Guerra ao Terror
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O que é a Nova Ordem Mundial?
Uma ordem mundial é o conjunto de valores e hierarquias que regem os países ao redor do mundo.
A Nova Ordem Mundial (NOM), também conhecida como Nova Ordem Geopolítica Mundial, corresponde às relações de poder e força internacionais após o fim da Guerra Fria, marcada oficialmente com a queda do Muro de Berlim em 1989.
Desde a Primeira e Segunda Guerra Mundial, as personalidades mais influentes (jornalistas, políticos, empresários) têm se articulado na criação de acordos internacionais sob o argumento de uma paz mundial.
Tendo em vista os conflitos das décadas anteriores, a NOM alegou buscar o equilíbrio de poder bélico entre as potências mundiais do momento, ou seja, a paz e a coordenação entre os países mais desenvolvidos e os menos desenvolvidos.
Na realidade, o que existe é uma tentativa de obter um governo mundial que acaba subjugando as culturas nacionais e ultrapassa a soberania das nações. É como se houvesse uma força maior e global que regula as decisões dos países.
A Nova Ordem Mundial ainda não foi completamente consolidada, mas podemos ver ela sendo estruturada aos poucos.
Hoje, vê-se uma infinidade de órgãos reguladores que vão além de garantir a paz: a Organização Mundial da Saúde faz pressão em como cada país deve tratar suas questões de saúde, por exemplo. Há também a Organização das Nações Unidas que coordena as questões políticas e sociais, elaborando pautas para serem cumpridas em todo o mundo.
Podemos citar ainda outras como Organização Mundial do Comércio, do turismo e do trabalho. Pouco a pouco, esses grandes grupos foram sendo criados sem que as nações se dessem conta de que sua autonomia diminuía em seu próprio território.
Com o passar do tempo, essa mentalidade acabou gerando juízos de valores, como considerar o patriotismo sinônimo de xenofobia. Embora sejam coisas muito diferentes, esse pensamento binário (só funciona com dois extremos) é o que mais se vê na mídia hoje.
O caminho para o estabelecimento completo da NOM é a implementação gradual da ideologia globalista, aquilo que vivemos hoje.
Contexto histórico – Antecedentes
Resumidamente, durante a Guerra Fria existiam duas nações principais e inimigas: os Estados Unidos (EUA) defendiam valores relacionados ao capitalismo e a União Soviética (URSS) ao comunismo. Esses países detinham o poder bélico e nuclear, criando aliados e zonas de influência político-econômicas.
Como o planeta acabara de sair das Guerras mundiais e cada país do mundo escolhia se associar a um dos dois mandantes, dizemos que o mundo ficou polarizado.
A velha ordem mundial era bipolar e marcada pelas corridas armamentista e espacial. Também havia as disputas geopolíticas, ou seja, a busca pelo grau de influência que cada potência exercia sobre os outros países. Observe o mapa acima!
Berlim é a capital da Alemanha, situada bem no centro da Europa, metade era ocupada pelo governo Socialista e a outra pelo Capitalista. A população do lado socialista tentava fugir e eram violentamente reprimidos. O governo socialista resolveu construir um muro para impedir a evasão de pessoas em direção ao lado capitalista.
Com o fim da União Soviética (URSS) em 1991, o mundo ficou diante de uma nova configuração política. Já não existia mais um representante oficial do socialismo e a soberania dos Estados Unidos (EUA) se estendeu por quase todo o mundo.
Por mais que a NOM tenha valores liberais econômicos, ela manteve traços culturais influenciados pelo socialismo.
Principais características da Nova Ordem Mundial
Retornando à Guerra Fria, temos o fim físico, estrutural e econômico da URSS. Contudo, pensadores comunistas como Gramsci projetaram o sucesso dessas ideias na cultura. Se não era possível vencer o monopólio capitalista na economia, eles deveriam coexistir em outras atividades humanas, sem que as pessoas percebessem.
O objetivo era impregnar a mentalidade cultural para funcionar sempre como reflexo da luta de classes. Se a briga era entre patrões e empregados, os novos movimentos sociais deveriam se basear em outros dualismos: homens vs. mulheres, pobres vs ricos, brancos vs. negros, cidade vs campo, etc.
A revolução sexual também era vista como uma forma de combate ao capitalismo clássico, uma vez que a base dele era a família tradicional. Até mesmo o uso das tecnologias são voltados para influenciar pensamentos na grande mídia, através de espionagem e manipulação de informações.
Assim, as bases marxistas permaneceram existindo na sociedade, ainda que não fosse o modelo econômico. Depois que todos estivessem acostumados a raciocinar dessa forma, seria mais fácil utilizá-la como pauta para implementação de políticas públicas que favoreçam o Estado forte e coletivista, como é o socialismo.
A maior prova dessa fusão que houve da ordem antiga para a nova e que é vantajosa para os poderosos, como é o caso da China. Mesmo sendo um país com ditadura socialista há anos, os Estados Unidos tentou combater isso injetando dinheiro e fazendo acordos comerciais com os chineses.
Porém, eles souberam aproveitar o dinheiro apenas para a economia e manter o viés cultural que já tinham. Hoje, observamos a expansão dos produtos de mercado chinês e o consumo de cultura oriental passou a concorrer com a dos norte-americanos.
A implementação de pensamentos materialistas nas religiões, ou seja, a mobilização de igrejas para focar em causas políticas partidárias e esquecer seus ideais superiores, também é reflexo do ateísmo e da práxis revolucionária. Esse fator também deveria ser aplicado nas concepções das escolas e universidades.
Por isso, conclui-se que a Nova Ordem Mundial tem uma cultura caracterizada pelo relativismo e pluralismo. Isso significa que ela tem uma mistura de vertentes ideológicas que são usadas de acordo com a conveniência sócio-econômica, ainda que sejam originalmente opostas.
Reclassificação da hierarquia dos países
Com o fim da União Soviética (URSS) em 1991, o mundo ficou diante de uma nova configuração política. Os cientistas políticos passaram a observar que não era mais bipolar. Com a extinção da URSS restava apenas a influência da potência norte-americana.
- Então, em um primeiro momento a nova ordem foi caracterizada como unipolar.
Porém, alguns analistas entendiam que no contexto pós-guerras a medida de influência não devia ser pautada apenas nos aspectos militares, mas também nas medidas políticas e econômicas.
Nos últimos anos, vários países cresceram economicamente como: Alemanha, Japão, Canadá, China, entre outros com altos PIB. Essa sigla se refere ao Produto Interno Bruto, um indicador econômico muito considerado internacionalmente.
- Por esse motivo, a Nova Ordem Mundial passou a ser definida como multipolar.
Por fim, surgiu uma outra contestação: nenhuma nação no mundo consegue alcançar o poder bélico e nuclear dos EUA. Ultimamente a China e a Rússia tem buscado fazer isso, mas ainda não foi oficializado.
- Assim, a maior parte dos especialistas em Geopolítica nomeiam a Nova Ordem Mundial como sendo um mundo unimultipolar.
“Uni” no sentido militar e “multi” em razão das questões econômicas e polos tecnológicos.
Porém, hoje alguns cientistas políticos já reconhecem que essa ideia de multipolaridade é apenas pretexto para juntar todos os representantes dos países e convencê-los da necessidade de um governo mundial.
As pessoas que estão por trás das verdadeiras intenções da NOM podem ser personalidades políticas de grandes países capitalistas ou socialistas, mas costumam mesmo ser financiados por grandes empresas internacionais que contém uma economia maior até que de outros países.
Antigamente existiam os países de 1º mundo (potências capitalistas), 2º mundo (potências socialistas) e 3º mundo (sob influência de uma das duas potências).
Com o fim do 2° mundo, uma nova divisão foi elaborada. Hoje falamos em países desenvolvidos, emergentes ou em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Visto que todos estão relacionados e permeados da combinação dos antigos valores, só diferem quanto a sua principal atividade econômica e capacidade de influência no mundo.
De modo geral, há quem diga que exista os países ao norte (desenvolvidos) e os países ao sul (não-desenvolvidos). Porém, essa nova divisão não é certeira uma vez que alguns poucos países ao sul são desenvolvidos, como a Austrália, e alguns países do norte são emergentes como a China.
A hierarquização de países é mais uma estratégia para mapear os focos de influência e dominação que devem ser implantados. A ordem de investimentos econômicos e culturais em cada classe de países é essencial para formar alianças e garantir a implantação da NOM.
Diferença entre globalismo e globalização
Em um contexto mais atual, muitas pessoas consideram que NOM, globalismo e globalização são a mesma coisa. Porém, são coisas bem diferentes! Essa associação errada se deve a uma falta de conhecimento ou percepção das coisas, visto que os dois processos acontecem ao mesmo tempo, então podem ser confundidos.
Para entender isso, é preciso diferenciar globalismo de globalização!
O globalismo, como foi visto, é uma ideologia que busca a implantação total da NOM. Ele mistura o que convém de cada ideologia que já influenciou o mundo e coloca tudo a seu favor, sem que as pessoas percebam. Ele subjuga a autonomia das nações.
A globalização é bem diferente. Ela é um processo natural que ocorreu com desenvolvimento das tecnologias e a comunicação entre países. Consiste na troca de experiência políticas, econômicas e culturais sem ser comandada por um grupo mandante e sem ter o objetivo de interferir na autonomia local de cada Nação.
- O mundo globalizado foi a ferramenta perfeita para que o globalismo se desenvolvesse de forma sutil.
Consequências econômicas e sociais da Nova Ordem Mundial
A Nova Ordem Mundial que busca o desenvolvimento do capitalismo no campo econômico, a classificação de hierarquias dos países de acordo com seu nível de especialização e a paz cultural; trouxe algumas consequências.
Vamos conhecê-las:
Guerra ao terror
Durante o período de Guerra Fria, a URSS financiou revoluções socialistas em vários países do sul da Ásia, no Oriente Médio e na África. Mesmo após seu fim, essas nações mantiveram uma política de combate ao capitalismo e inúmeras guerras civis surgiram.
Além disso, o Estado Islâmico tem como fundamento uma vertente islâmica que enxerga nos Estados Unidos um grande inimigo. Esse grupo cresceu em influência e poder nesses territórios fragmentados deixados pela guerra fria.
Por fim, surge um grupo terrorista famoso em todo o mundo, o Al-Qaeda. Esses grupos sempre promoveram ataques ao Ocidente, principalmente na Europa. Mas em 11 de Setembro 2001 sequestraram 4 aeronaves americanas para atingir os principais prédios americanos de influência internacional.
O então presidente dos EUA, George W. Bush, iniciou uma frenética Guerra ao Terror, em que foram gastos centenas de bilhões de dólares em indústria bélica e armamentos.
Primeiramente, os gastos se direcionaram à invasão do Afeganistão sob a alegação de que o governo Talibã dava suporte para a Al-Qaeda. Depois, houve perseguição aos líderes dessa organização terrorista, com destaque para Osama Bin Laden, morto em maio de 2011 no Paquistão.
Até hoje existem controvérsias sobre até que ponto esses ataques e pequenas guerras locais acontecem como defesa ou como pretexto para exploração comercial petrolífera, ou se ambas as coisas ao mesmo tempo.
Nova Ordem Mundial no Brasil
Como qualquer outro, o nosso país também teve mudanças significativas nos campos político e econômico devido às influências do globalismo que visa a NOM.
A ditadura militar ocorreu sob a justificativa de proteção contra o socialismo que se espalhava pelo mundo, após a Guerra Fria. Porém, alguns abusos acabaram aparecendo nesse contexto e gerou uma forte reação.
Depois desse período, a democracia presidencialista foi instaurada. A partir daí, os governos adotaram uma política econômica neoliberal, que minimiza a participação do Estado na economia e se alinha às tendências globais.
Ao mesmo tempo, o Brasil retomou os ideais de esquerda bem como a América Latina. Eles contestavam a influência dos Estados Unidos e queriam reformas morais e éticas que se alinhassem aos novos princípios culturais, além de reformas na educação para que fosse crítica e revolucionária.
Por isso, facilmente encontramos personalidades influentes da grande mídia que defendem pautas originadas do raciocínio socialistas mas que usufruem e participam da economia capitalista.
Também a Constituição Brasileira que garantia algumas liberdades individuais e nacionais passou a quase que o mesmo valor e ser complementada pelos acordos internacionais. Temos a assinatura do ECA e as decisões da OMS influenciando a todo momento nas políticas públicas com coisas que não eram previstas pela Constituição.
Por fim, vemos tentativas de mais interferência no território brasileiro, como países Europeus e Americanos querendo a total internacionalização da Floresta Amazônica.
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4 Comentários
interessante… até agora não havia visto esse tipo de conteúdo em nenhum site que dispõe conteúdos de estudos para os jovens
é uma boa iniciativa
Que bom que gostou! Nosso objetivo é sempre informar e servir da melhor maneira possível.
Muito bom e esclarecedor!
Obrigado, Luiza 🙂