O Infarto é a morte celular em um músculo, causada pela falta de oxigênio devido à obstrução de uma artéria. Eles podem acontecer em várias partes do corpo e ter diferentes sintomas. Muitas pessoas o confundem com outras doenças cardíacas, mas o infarto agudo do miocárdio tem seus próprios sintomas (dor no peito que irradia), tratamento e causas!
IMPORTANTE: caso você presencie alguém enfartando, acione imediatamente o SAMU (192)
Neste texto sobre Infarto, você encontrará:
- O que é Infarto?
- Funcionamento normal e como chega a um enfarte
- Números do infarto no Brasil
- Causas e fatores de risco.
- Como se prevenir?
- Diferença entre infarto, angina, ataque cardíaco e parada cardíaca.
- Sintomas de uma pessoa infartando.
- Diagnóstico, Tratamento e recuperação.
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O que é Infarto? (Definição)
Por definição, Infarto é quando algum músculo do corpo sofre isquemia irreversível. Isso significa que o fluxo de sangue foi interrompido e não houve fornecimento de oxigênio (O2), levando à morte de algumas células da região.
Ao longo de nossas vidas, podem acontecer “mini infartos” sem que percebamos os sintomas. Porém, quando esse infarto é do tipo agudo (forte), muitas células morrem e a função daquele músculo ou órgão fica prejudicada.
Provavelmente você associa a palavra Infarto (ou Enfarte) com dor no peito, não é? Esse é o tipo mais preocupante e, infelizmente, mais comum no nosso país. Por acontecer no coração, causa esse sintoma e o chamamos de “Infarto Agudo do Miocárdio”.
É sobre ele que nós vamos falar ao longo deste artigo.
Pareceu muito técnico? Fique tranquilo que nós vamos te explicar tudo, desde o início.
Como é o funcionamento normal do coração?
Você deve se lembrar que o nosso corpo é todo formado por células e que o conjunto delas formam tecidos com diferentes funções. Os tecidos, por sua vez, formam os músculos e estes formam os órgãos.
Por isso, o bom funcionamento das células determina todo o desempenho do corpo.
Também aprendemos que a respiração é essencial para o nosso corpo, porque ela integra o O2 no sangue e, assim, ele leva os nutrientes para fazer a respiração celular. Com isso, nossas células ganham energia para desempenhar suas funções.
O coração sempre foi considerado um dos órgãos mais importantes, porque ele é a “bomba” do nosso corpo. Ele possui um músculo chamado miocárdio que é o responsável por contrair e relaxar as cavidades cardíacas.
Por fim, é do miocárdio que surge a força para fazer o sangue percorrer todo o corpo e levar o oxigênio para as células. Por isso ele é tão importante!
Como qualquer parte do corpo, o músculo cardíaco também precisa de sangue arterial (rico em oxigênio) para funcionar. São as artérias coronárias, que saem diretamente do pulmão, que o abastecem primeiro. Por isso esses órgãos ficam pertinho.
Como o Infarto acontece? (Causa: Aterosclerose)
Aterosclerose é o nome que damos para indicar que alguma artéria reduziu de calibre (área interna, espessura). Isso pode acontecer pelo acúmulo de gordura (placa de ateroma), cálcio ou outras substâncias.
Ela não surge do dia para a noite, essas placas começam a se formar desde cedo e crescem a cada dia. O tempo que vai levar depende da genética e do estilo de vida da pessoa.
Os portadores de DAC (doença arterial coronariana) vivem um processo inflamatório, então chega um ponto que essas placas se abrem e geram lesões. O corpo tenta combater enviando plaquetas (elemento do sangue que evita hemorragia) e isso gera um trombo.
Os trombos são coágulos que bloqueiam a passagem do sangue, por isso é que o órgão ou músculo deixa de ser irrigado. Quando a irrigação do tecido é baixa (por causa das placas), dizemos que o paciente está em um quadro de isquemia.
Quando a irrigação é totalmente interrompida, a célula não recebe oxigênio, não produz energia, morre e perde sua função. Com isso, o tecido morre uma parte do músculo também. Esse é o infarto, uma condição naturalmente irreversível.
Quantas pessoas morrem de infarto no Brasil?
As doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil. São quase 100 mil mortos por ano dentre as 400 mil pessoas acometidas, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para você ter noção, equivale a 1.190 pessoas por dia ou 49 a cada hora.
Ainda podemos dizer que é o dobro das mortes causadas por todos os tipos de câncer. Triste, não é? E o pior é que boa parte dessas mortes e quadros de infarto poderiam ser evitadas.
Dentre as doenças que envolvem o coração e a circulação, o acidente vascular cerebral (AVC ou “derrame”), é a principal causa. Em segundo lugar, o Infarto do miocárdio.
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O que leva a um Infarto? (Fatores de Risco)
Ao entender como acontece um Infarto, percebemos logo que a principal causa é a Aterosclerose, ou seja, entupimento e rompimento de artérias com formação de coágulos.
Porém, existem diferentes tipos de fatores que podem levar à essa condição. Vamos citar os principais fatores risco abaixo:
pressão muito alta ou muito baixa, anemia profunda, ou após cirurgias em outras partes do corpo. É o que ocorre após uma angioplastia. Tipo 5 É o que ocorre após uma cirurgia de revascularização do miocárdio
- Colesterol alto: o colesterol é um tipo lipídio importante para o corpo, mas existem dois tipos. O LDL em excesso é o mau colesterol, que forma as placas de gordura nas artérias e se associa ao risco de infarto. O HDL é o bom colesterol que ajuda a remover o colesterol da parede das artérias, então é bom que esteja no sangue.
- Tendências genéticas: algumas doenças ou o ritmo de funcionamento do metabolismo são hereditários. Isso significa que algumas tendências negativas podem ser herdadas da família, como a hipercolesterolemia.
- Hipertensão: a famosa pressão alta, causada por condições genéticas ou pelo excesso de sódio (sal) na alimentação. Esse pulso forte agride a parede das artérias, criando fendas que favorecem o acúmulo de substâncias.
- Diabetes: os dois tipos de diabetes interferem no processo de aterosclerose, pois o aumento de glicose no sangue também causa danos nas paredes arteriais.
- Obesidade: quanto maior for o peso de uma pessoa, maior o esforço que o coração faz para bombear. Assim, a parede arterial é mais impactada. Além disso, o acúmulo de tecido adiposo contribui para substâncias inflamatórias e para desenvolver os outros fatores de risco acima.
- Sedentarismo: ficar parado a maior parte do dia enfraquece o nosso corpo e favorece o acúmulo de substâncias danosas. Então o sedentarismo também favorece todos os fatores de risco acima.
- Tabagismo ou fumo: as substâncias tóxicas presentes no tabaco contribuem para a aterosclerose porque fazem as artérias se contraírem e endurecerem. Tudo isso exige mais esforço do coração.
- Idade: As pesquisas revelam que o pico de Infarto costuma acontecer a partir dos 45 anos nos homens e a partir dos 55 em mulheres (a menopausa aumenta o risco). Mas isso NÃO significa que jovens sejam imunes a Infartos. Afinal, são vários os fatores de risco.
- Anticoncepcional: os anticoncepcionais sempre foram uma polêmica na área da saúde, mesmo que os médicos sejam treinados para receitá-los. A questão é que eles são hormônios artificiais e paralisam a produção dos hormônios naturais. Como são substâncias estranhas ao corpo, podem causar trombos.
- Drogas ilícitas: substâncias como a cocaína e seus derivados, ou outras drogas com efeitos semelhantes, podem provocar infartos. Elas geram aumento da pressão e enrijecimento das artérias.
- Excesso de álcool: em excesso e constantemente, o consumo de bebida alcoólica também pode causar alterações no sistema circulatório e favorecer o Infarto.
Como se prevenir do Infarto?
Tendo em vista esses fatores de risco e a causa dos Enfartes, independe de ter ou não a condição genética, podemos dizer que os melhores meios de prevenção são:
- Manter uma alimentação saudável e equilibrada.
- Fazer o controle da pressão arterial regularmente.
- Exames de sangue em dia para averiguar níveis de colesterol e açúcar.
- Praticar atividade física no dia a dia, inserindo-a na rotina.
- Combater o sedentarismo e a obesidade.
- Não exceder em álcool e fumo.
- Não fazer uso de drogas ilícitas.
- Evitar uso de medicamento que favoreça o trombo, procurando outras formas de tratamento e usando só se for estritamente necessário.
- Equilibrar o estresse diário.
- Ter boa rotina de sono.
- Cultivar momento de lazer e descanso.
Diferença entre Infarto, Angina e Ataque Cardíaco
Muita gente confunde ou se pergunta qual a diferença entre Infarto e ataque cardíaco. Muitas vezes, inclusive, esses nomes são usados como sinônimos. Porém… há diferenças!
- Ataque Cardíaco: é um termo mais abrangente, é uma disfunção elétrica do coração. Os neurônios e terminações sensoriais agem no nosso corpo por meio das sinapses. Elas são descargas elétricas minúsculas que regulam o batimento. Quando elas ficam aleatórias, sem ritmo, dizemos que houve uma arritmia.
- Angina: é um sinal de alerta que costuma acontecer antes de chegar ao ponto de infartar. Ela é a isquemia das células cardíacas, ou seja, o miocárdio fica pouco irrigado e começa a dar sinais do pouco oxigênio. São dores no peito que duram poucos minutos e não irradiam, e pode ser reversível se for tratada. Se não, tende a virar um infarto.
- Infarto: é quando há a ausência total de irrigação do miocárdio, causando uma morte celular naturalmente irreversível. A dor no peito dura mais tempo e irradia para outros membros.
No próximo tópico, nós veremos todos os possíveis sintomas do Infarto, mas precisamos lembrar de mais uma coisa antes:
O infarto nem sempre vira um ataque cardíaco. Mas, se ele for do tipo agudo ou fulminante (imediato), aí sim leva a uma arritmia maligna e pode gerar até uma parada cardíaca (o coração todo para de bater).
Como saber se uma pessoa está infartando? (Sintomas)
Os principais sintomas de uma pessoa que está infartando são:
- Dor contínua na região peitoral, durante 20 minutos ou mais.
- Sensação de pressão ou aperto no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo, nuca, mandíbula, costas e rosto.
- Suor frio.
- Palidez.
- Falta de ar ou respiração curta.
- Tontura, fraqueza e sensação de desmaio.
- Náusea e vômito.
- Ansiedade e agitação.
- Dificuldade em dormir.
- Se agudo, pode levar a uma parada cardiorespiratória.
É importante saber que, quando a obstrução acontece em uma área pequena e periférica ao músculo cardíaco, o infarto pode ser assintomático (silencioso). Por isso, é sempre importante saber se você é parte do grupo de risco e fazer exames constantemente.
Contudo, o mais comum é ter a combinação de alguns dos sintomas acima.
Outro detalhe é que as mulheres e os idosos podem não ter essa manifestação típica. Às vezes, confundem os sintomas com dor de estômago, azia ou dor nas costas.
Os diferentes sintomas que podem aparecer nesse casos, além dos que foram ditos acima, são:
- Dores no peito em forma de queimação ou pontadas.
- Sentimento de pavor.
Diagnóstico do Infarto
Se você conhece alguém ou está com suspeita de Infarto, Aterosclerose ou Angina, procure um médico imediatamente. Pode ser o angiologista ou o cardiologista, até mesmo o clínico geral pode fazer uma avaliação inicial e te indicar um especialista.
Eles irão fazer exames como o Eletrocardiograma, Exame de Sangue, Radiografia do tórax, Ecocardiograma e outros.
Dependendo do resultado, até mesmo o Cateterismo (inserir uma sonda) pode ser pedido, pois nem todos os infartos produzem alterações elétricas.
Tratamento de Enfarte
Assim que o diagnóstico é confirmado, o paciente será encaminhado para fazer uma cirurgia chamada angioplastia. Esse procedimento é que vai desobstruir a artéria, retirar o coágulo.
Se o hospital não tiver o centro cirúrgico adequado, os médicos podem administrar medicamentos que dissolvem o coágulo temporariamente, até que o paciente seja transferido para um local próprio.
Dependendo da gravidade que o coágulo causou, como número e localização, o tratamento pode ser completado com uma cirurgia de revascularização.
IMPORTANTE: todos esses tratamentos podem variar de acordo com o caso e é fundamental seguir as orientações médicas à risca.
Como é a recuperação?
A recuperação do tratamento e da cirurgia depende muito de qual o procedimento que foi feito, da gravidade do Infarto, da genética e estilo de vida da pessoa.
Normalmente, se o atendimento foi feito a tempo e com todos os auxílios possíveis, o paciente volta a ter uma vida normal (se mantiver hábitos saudáveis e seguir as formas de prevenção). É necessário cumprir o período de repouso e ss recomendações médicas.
Também pode ser que a pessoa tenha que tomar certos medicamentos, receitados pelo médico, pelo resto da vida. Alguns exemplos são agentes antiplaquetário ou anticoagulante (aspirina), remédios para baixar o colesterol (estatina), para hipertensão, diabetes, etc.
Além disso, esse tipo de situação deixa muitas pessoas psicologicamente vulneráveis. Portanto, é preciso haver suporte dos amigos e família, além de buscar ajuda médica se necessário.
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