Literatura

Os 5 principais autores gaúchos que você precisa conhecer!

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Cada região do Brasil tem uma identidade marcante e preciosa, e com o sul não é diferente! A literatura gaúcha tem autores e temas extremamente ligados a sua cultura e história, mas que também ganharam destaque internacional. Que tal conhecer os principais autores gaúchos e suas obras? Alguns deles já até viraram novela e há outros a se descobrir!

Neste texto sobre os principais autores gaúchos, você encontrará os tópicos abaixo. Se quiser, clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo:

  1. A história da literatura gaúcha (origem, revolução farroupilha e modernismo).
  2. Curiosidade sobre a poesia gaúcha.
  3. Quais são os 5 principais autores gaúchos?
  4. Outros 10 escritores gaúchos para conhecer!
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A história da literatura gaúcha

Cada região do nosso país tem uma identidade marcante e preciosa, e com o sul não é diferente! Quem é que não repara no “bah, tchê”, no churrasco ou no chimarrão, não é mesmo?

Pois é, toda essa cultura é muito bem representada na literatura gaúcha. Ela conta não só com os nomes regionais, mas com escritores famosos nacionalmente!

Antes de conhecê-los, é bom conhecer o contexto em que a literatura sulista se formou. É a partir disso que entenderemos melhor as suas características.

A produção literária no estado do Rio Grande do Sul começou com o processo de ocupação desse território. Tudo isso é lá do início do século XVII, o que é bem recente se comparado a outras regiões do país.

Os índios que ali viviam não dominavam a escrita, então os primeiros registros verbais gráficos foram os dos jesuítas.

Eles escreviam muitos conteúdos religiosos, mas também foram os responsáveis por produzir o primeiro dicionário da língua Tupi-Guarani. Além disso, também registraram as lendas folclóricas locais, como a do Curupira e outras.

Ainda assim, essa região vivia em conflitos de demarcação de território, já que também era disputada pelos espanhóis e, posteriormente, sob o domínio da elite agrária. Todos esses fatores históricos fizeram com que a literatura gaúcha não fosse muito robusta.

Até que….

A revolução farroupilha e a imprensa

Lá no início do século XIX, a burguesia é quem começa a exercer influência na região e a imprensa é amplamente utilizada. Nessa época também começava o combate ao analfabetismo.

As novas ideias e organização social somadas aos conflitos regenciais, fizeram com que estourasse a Revolução Farroupilha. A população urbana começava a viver uma efervescência cultural, interessando-se pelas artes e letras.

Grande parte da cultura gaúcha é refletida nas comemorações do mês de setembro. Inclusive, o dia do gaúcho é justamente comemorado no dia da revolução, 20/09.

A escrita já começava a se popularizar com jornais políticos, humorísticos, científicos e folhetins. Iniciava a fundação de grêmios culturais e apareciam as primeiras publicações literárias artísticas, como poesias, romances, novelas, crônicas e contos.

Podemos dizer que a literatura gaúcha se consolidou em 1868, com a fundação da Sociedade Partenon Literário

Esse divisor de águas uniu os intelectuais gaúchos, que eram abolicionistas, valorizavam as produções locais e contavam com a participação feminina.

E as mudanças não pararam por aí.

O moderno e o contemporâneo

Por fim, veio o Modernismo como movimento literário que se espalhou pelo Brasil, na década de 90. Uma das características desse movimento é renovar a cultura brasileira, tirando as influências europeias e revigorando a de cada região. 

Acontece que a região sul é muito marcada pelas recentes raízes e tradições europeias, que são parte de sua identidade local. Então, esse movimento foi mais contido na região e encontrou resistência nas suas formas mais radicais.

Ainda assim, podemos notar um regionalismo crescente, novas temáticas e críticas sendo exploradas desde então.

Hoje em dia, a literatura comercializada segue bem a linha contemporânea mesmo! Mas sempre há aqueles escritores que fazem referências ou que vivem no interior, não deixando a origem se perder.

Antes de citar quais são seus principais escritores, vamos descobrir uma pequena curiosidade sobre os poemas!

Sobre a poesia

Não por coincidência, a poesia mais famosa da literatura gauchesca foi escrita em espanhol! Ela se chama “Martín Fierro”, de José Hernández. A primeira parte da obra surge no ano de 1872 e a segunda em 1879, chamada “La vuelta de Martín Fierro”.

Com esta personagem central da obra, o autor construiu um gaúcho que representava a todos os comuns daquela região. É como um grande resumo de sua forma de vida, maneira de se expressar e pensamentos, misturados em uma pessoa genérica.

No século XX, a popularidade de contos e novelas cresceu e deu origem a algumas  associações. Estas eram de imigrantes em Buenos Aires e no Uruguai, que se vestiam como gaúchos e imitavam seus costumes.

E sim, foi da época em que colônias espanholas e portuguesas disputaram a região. Com o tempo, Bartolomé Hidalgo é considerado o primeiro poeta gaúcho, que publicou Diálogos patrióticos em 1822.

De lá para cá, a poesia tem assumido novas formas, identidades, etc. Variando, claro, conforme os movimentos literários que foram ocorrendo no Brasil e no mundo.

Afinal, quais são os 5 principais autores gaúchos?

Érico Veríssimo

Da segunda geração modernista, é considerado o maior escritor gaúcho de todos os tempos! Ele não é famoso apenas na sua região, mas em todo o Brasil e até internacionalmente.

Nasceu em 1905, Cruz Alta, e faleceu em 1975. Na sua cidade natal, fica até um museu com seu próprio nome!

Seu destaque foi nos romances de temas urbanos, fazendo um panorama da história de Porto Alegre rural até a dos tempos mais recentes. Além disso, o faz com críticas sobre o homem e seu lugar na sociedade, influenciando vários escritores posteriormente.

Ele é o autor da conhecida trilogia O Tempo e o Vento, que virou até novela de televisão! Outras obras de destaque são: 

  • “Olhai os Lírios do Campo”;
  • “O continente”;
  • “O arquipélago”;
  • “O retrato”;
  • “Ana Terra”;
  • “Um certo capitão Rodrigo”.

O escritor já recebeu até os prêmios literários “Prêmio Machado de Assis” e “Prêmio Jabuti”.

Talvez uma surpresa: produziu também vários outros trabalhos como contos, romances e até literatura infanto-juvenil:

  • “Os três porquinhos pobres”
  • “As aventuras do avião vermelho”
  • “A vida do elefante Basílio”

Mario Quintana

Nasceu na cidade de Alegrete, no ano de 1906, e faleceu em 1994. Além de escritor, também foi jornalista. Sua marca é o uso da linguagem simples, tentando levar a leitura em um tom de conversa. 

Apesar da simplicidade, suas obras são marcadas pelo tom de ironia. Suas principais obras são:

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  • “A Rua dos Cataventos”;
  • “Prosa e Verso”.

Ainda assim, Mário escreveu livros infantis como “Pé de Pilão” e seus poemas são super famosos!

Algumas de suas marcas são:

  • Uso de formas tradicionais como soneto, mas também desconstrução de versos;
  • Linguagem coloquial do modernismo;
  • Ironia para retratar as situações e temas cotidianos, trazendo um pouco de melancolia.

Eduardo Guimarães

Nascido em 1892 e falecendo em 1928, Eduardo foi cronista, ensaísta, contista e, sobretudo, poeta. Sua maior contribuição foi no movimento simbolista, onde esteve ao lado de Cruz e Souza e Alphonsus de Guimarães. Essa tríade é bem famosa!

Sua obra foi publicada no volume intitulado A Divina Quimera. No geral, as características mais marcantes de suas obras são: penumbrismo, vaguidade, dolência e intimismo.

Josué Guimarães

Josué costuma ser mais conhecido pela sua principal obra: A Ferro e Fogo, onde retrata

os conflitos vividos pelos imigrantes alemães no RS. 

Outros romances que se destacam são: 

  • “Depois do último Trem”;
  • “É Tarde para Saber”; 
  • “Os tambores Silenciosos”;
  • “Dona Anja”;
  • “Camilo Mortágua”;
  • “Enquanto a noite não Chega”;
  •  “Amor de Perdição”.

Simões Lopes Neto

Nascido em Pelotas no ano de 1865 e falecendo em 1916, Lopes Neto é considerado o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul. Em suas obras, o escritor procurou sempre valorizar o gaúcho, sua linguagem e suas tradições.

Alguns de seus livros renomados são:

  • “Cancioneiro Guasca”;
  • “Contos Gauchescos”;
  • “Lendas do Sul”;
  • “Casos do Romualdo”.

Outros escritores gaúchos e atuais para conhecer!

Os que colocamos acima são os clássicos, mais cobrados e conhecidos. Porém, existem tantos outros da mesma época que são citados e até escritores dos dias atuais que estão fazendo sucesso.

Veja se você conhece mais alguns deles:

Carol Bensimon

Nascida em Porto Alegre de 1982, publicou contos no jornal Zero Hora e em revistas como Ficções e Bravo!. Sua estreia no mundo literário foi com as narrativas de “Pó de parede”, mas foi “Sinuca embaixo d’água” que ganhou destaque nacional e internacional.

Moacyr Scliar

Autor das famosas obras que retratam a condição de judeu rio-grandense. Sua narrativa é permeada de criações e situações adversas, onde metáforas são essenciais. Também há o humor como complemento de um mundo e da estruturação social.

Suas obras de destaque são:

  • “O Exército de um Homem Só”;
  • “A Guerra do Bom Fim”;
  • “Mês de cães Danados”;
  • “Sonhos Tropicais”;
  • “A Majestade do Xingu”.

José Antonio De Assis Brasil

Um autor que se preocupa em desmistificar os heróis da história nacional, apresentando-os em sua dimensão humana. Retrata as falhas, fraquezas, mas exaltando também os momentos de grandeza.

Alguns de seus romances são: 

  • “Um Quarto de légua em Quadro”;
  • “A Prole do Corvo”;
  • “Bacia das Almas”;
  • “Manhã Transfigurada”;
  • “Cães da Província”;
  • “Videiras de Cristal”;
  • “Um Castelo no Pampa”.

Raul Bopp

De 1989 a 1894, foi influenciado pelo Modernismo embora usasse muito da mitologia. Sua principal obra foi “Cobra Norato” que recupera a mitologia e o folclore de uma lenda da Amazônia .Outra característica é a linguagem coloquial e os diminutivos.

Luís Fernando Veríssimo

Filho de Érico Veríssimo, é um cronista e cartunista conhecido nacionalmente. Sua marca é fazer críticas bem humoradas sobre nossa sociedade, além de textos irreverentes e irônicos.

Entre tantas obras, as principais são:

  • “Mort: A Velhinha de Taubaté”;
  • “O Popular”;
  • “O Analista de Bagé”;
  • “O Gigolô de Palavras”;
  • “O Rei do Rock”;
  • “Comédias da Vida Privada”;
  • “Comédia da Vida Pública”;
  • “O jardim do diabo”.

Augusto Meyer

Dando sua contribuição de 1902 a 1970, foi influenciado pelo modernismo. Suas principais obras são poesias, embora haja prosas e ensaios. Debruçou-se sobre as obras de Machado de Assis e de escritores gaúchos.

Veja alguns dos nomes de suas produções:

  • “Ilusão Querida”;
  • “Poemas de Bilu”;
  •  “Machado de Assis”;
  • “Prosa dos Pago”;
  •  ”Segredos da Infância”.

Alceu Wamosy

Nasceu em 1895 e morreu em 1923, por consequência de um ferimento no combate do Ponche Verde. Em meio a Revolução de 23, lutou ao lado dos governistas.

Foi jornalista enquanto profissão, mas nas horas de escritor, filiou-se ao Simbolismo. Ainda assim, sofreu a influência parnasianista de Olavo Bilac.

Suas principais obras são: 

  • “Flâmulas”;
  • “Na Terra Virgem”;
  • “Coroa de Sonho e Poesia”;
  • “Duas Almas”.

Antônio Xerxenesky

Um porto-alegrense nascido no fim de 1984, atuou como escritor e tradutor. Foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e primeira seleção do Prix Médicis Étranger. Sua obra foi traduzida para outras línguas, como francês e o espanhol. 

“Areia nos dentes” é o seu primeiro romance, e o mais famoso!

Ramiro Barcelos

Barcelo possuía o pseudônimo de Amaro Juvenal, sendo influente no Pré-modernismo. Sua principal obra é “Antônio Chimango – Poemeto Campestre”, onde satiriza o então governador do RS. Borges de Medeiros.

Michel Laub

Nascido na cidade de Porto Alegre em 1975, foi escritor e jornalista. Publicou seis romances e recebeu prêmios nacionais e internacionais, como JQ-Wingate (Inglaterra), Transfuge (França) e Jabuti (segundo lugar).

Sua obra de destaque é “Longe da água”.

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Redação Beduka
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