Os nematelmintos são vermes de aparência cilíndrica, alguns são parasitas e podem até causar doenças. Um dos nematoides mais conhecidos é a Lombriga, sendo mais complexos que os Platelmintos. Para entender de verdade o que são Nematelmintos, ainda é necessário conhecer sua estrutura e fisiologia!
Fique conosco, pois neste artigo sobre o que são Nematelmintos, você ainda encontrará:
- O que são Nematelmintos – definição e Filo
- Fisiologia e características dos Nematelmintos: estrutura, respiração, reprodução, habitat, alimentação
- Doenças causadas por Nematelmintos
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O que são Nematelmintos?
Você deve se lembrar de uma matéria que estuda as classificações dos seres vivos, a taxonomia. Uma vez que estamos no Reino Animália, podemos agrupar os seres em Filos, os quais estudamos nesta ordem:
Poríferos, Cnidários, Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos, Artrópodes, Moluscos, Equinodermos e Cordados.
Os Nematelmintos são os seres pertencentes ao Filo Nematoda e também podem ser chamados de nematódeos ou nematóides. Do grego, “nematos” é filamento e “helmin” é verme; portanto, são vermes cilíndricos (forma de filamento). Seus principais representantes são Lombrigas, Filárias e Oxiúrus.
São animais eucariontes, heterotróficos, possuem organelas, são pluricelulares e têm de vida livre. Contudo, é importante ressaltar que algumas espécies de nematóides são parasitas de plantas, animais e humanos; além de poder causar doenças (falaremos sobre cada uma delas).
Habitat e alimentação dos Nematelmintos
Seu habitat é bem variado, podem ser encontrados em ambientes aquáticos (tanto de água doce, quanto salgada), ou em ambientes terrestres úmidos. No caso dos parasitas, podem inclusive se alojar no interior de outros organismos.
Vivem em ambientes aeróbios (na presença de O2) ou anaeróbios (sem O2). Geralmente, os vermes adultos são anaeróbios e as larvas de vida livre aeróbicas.
Os nematelmintos podem ser carnívoros ou herbívoros. Os de vida livre se alimentam, geralmente, de pequenos anelídeos, plantas, algas, fungos e outros microrganismos. Os parasitas se alimentam da matéria orgânica consumida pelo hospedeiro em que estão ou do sangue do hospedeiro (hematófogos).
Estrutura e características dos Nematelmintos
Os Nematelmintos são organismos invertebrados e não segmentados (diferentemente dos platelmintos). De formato cilíndrico, o que garante sua sustentação é o pseudoceloma.
O pseudoceloma é uma cavidade onde se depositam as vísceras, além de ser preenchida por um líquido que serve como canal de transporte das substâncias e atua como esqueleto hidrostático, dando suporte ao animal.
Uma outra característica marcante é a simetria bilateral, podendo dividir seu corpo em duas partes iguais e apresentando duas regiões (região posterior e anterior), uma característica de seres mais complexos.
Consegue ter um arranjo celular capaz de formar tecido, sendo a epiderme o tecido de revestimento externo. Ela pode apresentar uma cutícula protéica acima, com a função de proteção contra as enzimas digestivas de seu hospedeiro. Abaixo há uma camada de células mesodérmicas que se contraem, auxiliando na locomoção.
Fisiologia dos Nematelmintos (respiração, circulação, etc)
A fisiologia dos Nematelmintos traz uma novidade evolutiva: pela primeira vez na linha de complexidade há presença de um sistema digestivo completo! Agora que sabemos os que são Nematelmintos, vamos entender os demais sistemas fisiológicos:
Sistema Digestório
O sistema digestório é completo, ou seja, possui boca, faringe, intestino e ânus. Essa é uma importante aquisição evolutiva, pois o alimento consumido percorre uma única direção, aumentando a eficiência do sistema.
Sistema Nervoso e Sensorial
Nos Nematódeos, o sistema nervoso é ganglionar e está centralizado na região da faringe. Possui dois cordões nervosos ligados que percorrem a região dorsal e ventral do corpo. Nas regiões da cabeça e da cauda estão concentradas diversas papilas sensoriais, que têm a função de captar e responder aos estímulos externos.
Respiração e Circulação
Assim como os platelmintos e os demais filos anteriores, não possuem órgãos especializados em respiração e circulação. As trocas gasosas ocorrem através da pele e dos tecidos por difusão, e os nutrientes são absorvidos diretamente pelas células dos tecidos.
Excreção
Os Nematelmintos armazenam as excretas na forma de amônia, no pseudoceloma. Os seres humanos excretam em forma de ácido úrico e uréia, compostos menos tóxicos. Os animais de ambiente aquoso e com maior teor aquoso corporal conseguem armazenar amônia, pois ela é dissolvida em seu meio e exige menor energia para ser metabolizada.
Essas excretas são difundidas para o meio externo com auxílio de glândulas presentes ao longo do corpo do nematóide, que se abrem em um poro excretor. Os nematelmintos não possuem órgãos excretores nem células ciliadas especializadas em excreção.
Algumas espécies, a exceção, possuem células chamadas de Renetes, especializadas na excreção de íons e, por isso, auxiliam na osmose do organismo.
Reprodução dos Nematelmintos
A maioria dos Nematelmintos são dióicos, ou seja, têm sexos separados. As diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas (dimorfismo sexual): de modo geral, o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade tem forma de gancho.
Há, porém, aqueles monóicos (possuindo ambos os sexos em um único indivíduo, chamado de hermafrodita).
Reprodução sexuada
Os seres dióicos fazem reprodução sexuada, com o macho introduzindo sua estrutura reprodutiva (espícula peniana) no poro genital da fêmea. O encontro dos gametas (fecundação) gera um zigoto que se encontra dentro de ovos que são liberados pelo poro genital da fêmea para o meio em que se encontram. Desenvolvem e viram adultos.
Nos parasitas, o homem é o hospedeiro definitivo, sendo nele o local onde ocorre a reprodução sexuada e a formação de ovos, que podem ser liberados no ambiente pelas fezes do ser humano.
Dependendo da espécie, alguns vermes podem ir para a corrente sanguínea, onde são sugados junto com o sangue do ser humano para um hospedeiro intermediário. Uma vez no ambiente, esses ovos podem contaminar águas, solos e plantas, podendo ser ingeridos por outros hospedeiros definitivos.
Reprodução assexuada
Os seres hermafroditas podem realizar autofecundação (sem variabilidade genética) ou fecundação cruzada (dois hermafroditas fecundando um ao outro).
Doenças causadas por Nematelmintos
Os Nematelmintos parasitas podem causar doenças graves ou simples nos seres humanos. Atente-se para o fato de que todas as doenças de parasitas nematódeos podem ser combatidas com práticas de higiene pessoal e acesso ao saneamento básico.
Vamos entender cada uma das principais:
Ascaridíase (Lombriga)
O Ascaris lumbricoides, também conhecido como lombriga, mede de 15 cm a 30 cm. Ele habita o intestino delgado porque vive à base dos alimentos ingeridos pela pessoa parasitada.
O ser humano infectado elimina ovos para o meio externo e a infecção ocorre pela ingestão de água e de alimentos, principalmente verduras, contendo os ovos.
Ancilostomíase (Amarelão)
Há 2 possíveis parasitas para essa doença: o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus, que medem cerca de 10 mm. Eles Vivem aderidos à mucosa do intestino delgado da pessoa parasitada, onde se alimentam do sangue.
Como são hematófagos, a anemia é o principal sintoma dessa parasitose, o que gera cor amarelada na pele, por isso o nome popular “amarelão”
Os ovos são eliminados pelas fezes do hospedeiro e chegam ao meio externo. Lá, transformam-se em larvas, penetram na pele, alcançam as veias e podem chegar até ao coração e pulmões. Por isso há pessoas tão infestadas de vermes que podem até mesmo tossi-los, assim como a lombriga.
Filariose ou elefantíase
O Wuchereria bancrofti é o causador dessa doença. Os vermes adultos habitam o sistema linfático e provocam inflamação dos vasos linfáticos, impedindo a drenagem de linfa. O acúmulo de linfa produz inchaço nos pés, pernas, mamas e bolsa escrotal, tornando os membros “grandes como os de elefantes”, por isso o nome.
A doença é transmitida pelo mosquito Cullex que, ao picar uma pessoa infectada, espalha as larvas para outras pessoas à medida em que vai picando outros indivíduos.
Oxiurose
O parasita chamado Enterobius vermiculares, popularmente chamado de oxiúros, é o seu causador. Ele se aloja no intestino grosso humano (hospedeiro definitivo) e deposita seus ovos na região anal, provocando coceira que auxilia na liberação desses ovos no ambiente.
A doença é transmitida a partir do contato direto entre os ovos do verme liberados nas fezes ou nas unhas da pessoas que coçou, além de também pode ocorrer através da ingestão de comida e bebida infectada.
É uma doença muito comum em jardins de infância.
Bicho-geográfico (Larva migrans cutânea)
É uma enfermidade transmitida pelo parasita Ancylostoma brasiliense, que vive no intestino de gatos e cães. Os ovos eclodem na areia e podem penetrar na pele humana.
Contudo, os vermes não atingem a circulação humana, portanto permanecem nos tecidos da pele. Assim, a larva vai causando lesões irregulares na pele, que deixa rastros semelhantes a um mapa.
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