História

Entenda o Bloco soviético: o que foi, por quem era composto, quais características e como terminou!

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O Bloco soviético foi um conjunto de alianças militares, econômicas e políticas que surgiu no contexto da Guerra Fria. Ele era liderado pela União Soviética e era composto por todos os países que sofreram uma revolução socialista, como o leste europeu, países africanos, asiáticos e Cuba. Seu início se deu com o Pacto de Varsóvia e a criação da Comecon.

Neste artigo sobre Bloco soviético, você encontrará:

  1. O que é Bloco soviético
  2. Contexto histórico em que se formou: Revolução Russa e Guerra Fria
  3. Características do bloco
  4. Como o bloco chegou ao fim
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O que é Bloco soviético, comunista, socialista ou do leste?

O Bloco Soviético, também conhecido como bloco comunista, bloco socialista ou bloco do leste, é uma aliança político-econômica baseada nos princípios da União Soviética. Ela surgiu no contexto da Guerra Fria, para propagar a ideologia de Karl Marx e seus sucessores Lênin, Stalin e outros.

No próximo tópico, vamos entender quais as vantagens de formar um bloco no contexto histórico em que se encontravam. 

É importante ressaltar que a primeira organização formada foi o Pacto de Varsóvia. Ele foi uma aliança militar imposta às nações tomadas pelo socialismo no leste europeu. 

Depois, surgiu a Comecon (Conselho para Assistência Econômica Mútua), uma organização econômica internacional para integrar e fortalecer os países que passassem por revoluções socialistas.

Considerando as duas alianças, o Bloco Soviético abrange vários países. A começar pela União Soviética e o Leste Europeu (Bulgária, Tchecoslováquia, Alemanha, Hungria, Polônia, Romênia, Albânia), somamos alguns países Africanos, Asiáticos e Americanos (Cuba, Mongólia, Coréia, Vietnã, Afeganistão, Iémen, Angola, Moçambique, Líbia e Etiópia).

Contexto histórico: bloco comunista, Guerra fria e Revolução Russa

De forma natural, os seres humanos foram agregando valor aos produtos e cada um produzia e vendia conforme seu empenho e capacidade. Assim, vimos modelos se desenvolverem ao longo da história, como o escambo, o comércio, o mercantilismo e o capitalismo

Por fim, veio a Primeira e a Segunda Revolução Industrial trazendo novas relações de trabalho nunca vistas. Toda essa novidade deixou questões sociais pendentes. Elas só seriam resolvidas mais adiante, pois a ideologia liberal surgiu e sua ação imediata era voltada para a economia. 

Surge Karl Marx, um homem que baseava sua visão de mundo no material. Ele elaborou suas ideias relacionando toda a vida humana ao trabalho e acreditava que todos os males viriam da luta de classe, onde sempre haveria um opressor e um oprimido. No caso do contexto pós-industrial, a burguesia oprimia o proletariado, gerando desigualdade.

Ele considerava que o liberalismo era sinônimo de capitalismo e não existia outra forma de conduzir as coisas. Como vários outros de sua época, revoltou-se com a situação social que havia após a primeira revolução industrial, mas quis criar um modelo contra o capitalismo.

Então a ideologia marxista formou o modelo econômico-social comunista. Segundo o autor, ele só seria alcançado se, antes, o socialismo fosse implantado como forma de transição e por meio da imposição da revolução

Em um tópico adiante, veremos as características desse modelo.

Revolução Russa

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Embora Marx fosse alemão e baseou suas idéias na situação da Inglaterra do século XIX, foi na Rússia do século XX que sua ideologia foi levada a sério

Assim, houve a primeira implantação desse modelo político-econômico. No nosso artigo sobre a Revolução Russa, você compreende porque a Rússia foi palco dessas ideias. 

O importante aqui é saber que, como foi o primeiro país a oficializar um governo comunista, virou o marco mundial do comunismo. 

Além disso, a Rússia é um país de dimensões continentais, com muita influência nos seus vizinhos do leste europeu e ao sul, na Ásia. Ao fim da revolução, tornou-se a União Soviética, um conjunto de países que foram invadidos e liderados por seus líderes comunistas.

Guerra Fria

Em 1945, após a Primeira e Segunda Guerra Mundial, o mundo estava diante de um choque. A Europa, que era o centro das potências, estava fragmentada por ter sido o palco da batalha. 

Somente os Estados Unidos não haviam sido atacados em seu território e, por meio do plano Marshall, foi oferecendo recursos econômicos para reconstruir a Europa. Assim, os americanos do norte se consolidaram como a maior potência mundial.

Contudo, a União Soviética também emerge como a segunda maior potência do mundo e controla todo o Leste Europeu.

Por estarem em lados político-econômicos opostos, uma tensão no mundo foi criada e surge a Guerra Fria.

O Socialismo já é uma ideologia que, por natureza, quer se expandir para todo o mundo. O capitalismo por sua vez, naturalmente desenvolve relações comerciais entre países. Este era o cenário perfeito para a formação de blocos.

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Os Estados Unidos se organizaram para formar e liderar o bloco ocidental ou bloco capitalista. Contava com países da Oceania, América do Sul, América Central (exceto Cuba) e algumas nações da Ásia e da Europa Ocidental.

Como oposição, surge o bloco soviético, tendo a URSS como líder. 

Características do bloco socialista

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O socialismo é um modelo fechado em si mesmo, desde sua origem. Ele tem uma sistematização definida que visa um fim bem determinado. Os meios para se conseguir isso sempre consistem na revolução, seja armada, política ou cultural.

Diferentemente, o capitalismo apresenta variações como o clássico, liberal, entre outros. Por esse motivo é que vemos vários países capitalistas com princípios básicos em comum (comércio e lucro) mas com diferenças internas muito grandes.

Já em todos os países do bloco socialista, podemos observar as características:

  • Economia Planificada: tudo deve ser controlado pelo Estado, visando o fim de qualquer desigualdade, pois a consideram sinônimo de injustiça
  • Pacto de Varsóvia e Comecon: medidas internas ao bloco, militares e econômicas, para fortalecer sua permanência no poder e criar uma rede de apoio entre eles.
  • Abolição, confisco ou desincentivo à propriedade privada e empresas privadas.
  • Censura da mídia e da cultura: a fim de conter qualquer manifestação da oposição ou que leve ao capitalismo, sendo que o Estado deve controlar tudo para garantir os direitos que julgar necessário.
  • Apelo à classe dos trabalhadores e financiamento de movimentos sociais com mesmos valores: é através da mobilização social e transformação das mentes que esse governo trabalha, pois quer libertar as pessoas do capitalismo e o foco é o social.
  • Incentivo de posturas revolucionárias: seja na economia, na política, na educação ou na cultura, pois esse é o meio para atingir o objetivo final, segundo o autor.
  • Desarmamento da população e retirada do direito à legítima defesa, pois o Estado deve garantir tudo, inclusive a segurança.
  • Expansionismo: Em sua origem, o comunismo deve ser levado a todas as nações, portanto há uma exportação de seus modelos e uma tentativa de internacionalização socialista. Nunca há importação das coisas capitalistas.
  • Economia protecionista e tributária: economia focada em si, realizando o mínimo de acordos internacionais com capitalistas. Deve funcionar pelos impostos, pois cobrando parte do salário ele consegue oferecer todos os serviços. Assim, as pessoas não precisarão gastar com outras coisas e tudo é controlado pelo Estado.
  • Culto ao líder e proibição religiosa: por ser uma ideologia materialista,considera a religião (principalmente o cristianismo) um empecilho para a implantação do sistema. Bíblias, cultos e símbolos são proibidos publicamente e até perseguidos, ou apropriados e infiltrados pelo regime. A necessidade humana de preencher seu interior deve ser suprida pelo culto ao líder.

Nem todos os países chegaram a desenvolver completamente essas caratcterísticas porque faliram antes do esperado.

Porém, podemos observar o incentivo dessas características em todos os países do bloco socialistas da época. Inclusive, ainda hoje, muitos permanecem com alguns traços. 

Fim do bloco soviético

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Após as intervenções dos Estados Unidos e o Plano Marshall, todo o mundo entrou em um processo de reconstrução, levando a novas eras de desenvolvimento ( Rev. Industrial) e econômico. 

Porém, os países do bloco socialista enfrentaram sucessivas crises de caráter financeiro, que logo se expandiram para o social. A fome e a pobreza assolavam esses países. A economia protecionista e a recusa em comercializar com os capitalistas só agravou a situação, além de o Estado não dar conta de controlar tudo de forma eficiente.

Embora não houvesse desigualdade, todos estavam na mesma situação precária.

A população já era descontente com a imposição do sistema, mas temia repressões. Agora que não tinham mais nada a perder, começaram a levantar mais movimentos de oposição. 

Todas as formas de manifestações contrárias ao regime eram repreendidas pelo uso da força, usando de estupros, assassinatos, torturas, espionagem e outras violências.

Ainda sim, a população se tornou mais descontente e o mundo abominava essa situação. Na segunda metade da década de 80, um líder soviético chamado Gorbachev viu a necessidade de afrouxar o punho. Caso contrário, entraria em colapso de uma vez e seria deposto.

As primeiras mudanças foram a menor interferência nos países do leste europeu, que aos poucos foram se tornando independentes da União Soviética e livres para aderir a outras formas de regime.

Depois, a Perestroika (reestruturação) e a Glasnost (transparência) foram medidas que visavam uma abertura gradual ao capital estrageiro para reconstrução da Rússia e uma transparência na comunicação e medidas governamentais.

Mas o principal marco foi a queda do muro de Berlim. Esse fato marcou o fim da Guerra Fria e o começo da desintegração do bloco soviético e da União Soviética.

Berlim é a capital da Alemanha e foi o último território europeu próximo ao ocidente tomado pela URSS. Porém, metade da cidade foi ocupada e a outra resistiu. Vivendo sob dois regimes opostos, quase toda a população do lado socialista queria fugir para o lado capitalista. 

Por isso, a União Soviética ergueu um muro para impedir a imigração e ter controle sobre os cidadãos. 

Esse muro foi o símbolo da repressão e do poder comunista. Além de dividir famílias, era reforçado por militares e bombas que matavam qualquer um que tentasse passar. Por isso, a sua derrubada foi o primeiro grande marco de fraqueza do regime.

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Redação Beduka
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2 Comentários

  • Estava procurando por um artigo desse tipo, felizmente achei. Muito completo e desenvolvimento ótimo, entretanto nas características o escritor deixa explicito a sua opinião, quando a principio é um texto informativo não um dissertativo argumentativo. Abraços.