Física

O que é Sistema Solar: origem, planetas e curiosidades!

O que é o Sistema Solar e seus mistérios!O que é o Sistema Solar e seus mistérios!
Mentoria para o Enem

O Sistema Solar é um conjunto de astros que orbitam ao redor do Sol, a estrela central. O nosso sistema é formado por oito planetas (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) além de 5 planetas anões e centenas de satélites naturais, asteroides, meteoros e cometas. Estamos na Via Láctea e há explicações sobre como isso funciona!

Neste texto sobre o que é Sistema Solar, você encontrará os tópicos abaixo. Clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo:

  1. Introdução: Como funciona um sistema planetário?
  2. O que é o Sistema Solar?
  3. Origem do Sistema Solar.
  4. Localização do nosso sistema.
  5. Como é formado e o que faz parte do Sistema Solar.
  6. O nosso Sol.
  7. Quantos e quais são os planetas do nosso sistema?
  8. Diferença entre planeta e planeta-anão.
  9. Principais características de cada planeta.
  10. História da descoberta do que é Sistema Solar.
  11. Quem deu o nome aos planetas e seus significados.
  12. Outras curiosidades sobre o que é Sistema Solar.

Como funciona um sistema planetário?

Os sistemas planetários são conjuntos de certos astros em meio ao Espaço Sideral (o universo). Eles delimitam uma área específica, com membros próprios e as relações que existem entre eles. É como se fosse uma comunidade.

Astro” é o nome genérico que usamos para se referir a qualquer forma que existe no Espaço (planeta, estrela, cometa …). Quando é algo visível no nosso céu, dizemos que é um “corpo celestial”.

Todos os sistemas que existem funcionam de forma parecida: há uma estrela central que é o maior astro daquele sistema. Como ela tem a maior massa, exerce uma força de gravidade maior. 

A força da gravidade é como se fosse um imã, atraindo as coisas. A diferença é que ela não vem de um metal, ela existe conforme a quantidade de massa. Por isso, todos os outros corpos de menor massa ficam circulando ao redor da estrela central (maior massa).

Assim, a organização de um sistema é semelhante aos anéis de uma cebola partida ao meio: há um ponto central (estrela) e vários círculos em volta. 

Na realidade astronômica, não são exatamente círculos, mas elipses. Essas formas são como círculos achatados nas pontas, como se fosse algo oval e na horizontal. Elas são chamados de órbita, pois é a representação do caminho que os astros percorrem.

Quanto menor a elipse, mais próximo o astro está do centro. Quanto maior a órbita, mais afastado estará.

O que é o Sistema Solar?

O Sistema Solar é aquele em que a estrela central é o Sol, que também é a fonte de energia que aquece e ilumina tudo. O Sol é formado por hélio e hidrogênio, então acontece de forma espontânea e contínua uma reação nuclear de fusão!

O nosso planeta Terra faz parte do Sistema Solar, que é formado pelo Sol e todos os corpos que orbitam em volta dele.

Isso é tão sério que, depois da órbita do último planeta, a temperatura baixa congela os elementos do sistema. Da mesma forma, os elementos que se encontram muito próximos aos Sol, são líquidos ou sólidos a altíssimas temperaturas inimagináveis.

Adiante, vamos falar sobre quais são e quantos são os corpos que orbitam o sol e suas temperaturas. Você verá que é incrível!

Qual a Origem do Sistema Solar?

Os cientistas afirmam que o Sistema Solar tenha se formado há cerca de 4,7 bilhões de anos. Porém, sua origem ainda é questionada. Há várias teorias que tentam explicar, mas não há nenhuma que satisfaça inteiramente todas as perguntas. 

Atualmente, a teoria mais aceita é a da Nebulosa Solar. 

Essa teoria foi formulada inicialmente por René Descartes, em 1644, sendo reformulada por Immanuel Kant em 1775 e, depois, por Laplace em 1796. Esta última supõe que o Sol se formou a partir da rotação de uma nuvem espacial (carrega vários elementos do universo).

Assim, ao se contrair com influência da gravidade, aumentou sua velocidade a ponto de entrar em colapso. Dessa forma, o Sol teria se formado por causa da concentração da nebulosa, a altas temperaturas e desencadeando as reações que acontecem até hoje.

Os planetas teriam se formado a partir dos restos da nuvem que se desprenderam ao colapsar. Por ação da gravidade, foram se agrupando e organizando suas distâncias ao redor do Sol, e as temperaturas diferentes foram dando as características próprias de cada.

Qual a localização do Sistema Solar?

Quando nós aprendemos a falar o endereço da nossa casa, vamos dando informações cada vez mais específicas: país, estado, cidade, região, bairro, rua e número. Não é?

O sistema solar também tem um endereço. Você pode estar achando que os sistemas planetário são o maior agrupamento que podemos fazer, mas não é bem assim…

Lembra-se das nuvens que falamos no tópico da origem do nosso sistema? Há várias nuvens gigantescas que rondam o Universo. Dentro delas, há regiões gasosas e térmicas bem específicas, chamadas de bolhas

Dentro das bolhas há as galáxias, que são um conjunto de sistemas, estrelas, poeira espacial e mais um tanto de elementos de semelhante origem/época, ligados por uma gravidade.

As galáxias são diferenciadas por seus componentes, e a nossa galáxia é chamada de Via Láctea. Sim, tem esse nome porque seus elementos emitem ondas de luz esbranquiçadas, como se fosse um leite derramado em forma de espiral.

A Via Láctea pode ser divida em regiões de acordo com suas constelações, aqueles agrupamentos de estrelas que produzem um formato próprio e ficamos admirando no céu. 

Se as constelações são um conjunto de estrelas, claramente cada uma dessas estrelas podem conter um sistema! Finalmente chegamos a estrela chamada Sol, que faz parte da constelação de Órion.

Em resumo, o endereço da localização do Sistema Solar é:

  • Nuvem Interestelar Local, na região da Bolha Local, dentro da galáxia da Via Láctea, no Braço de Órion.

E onde está o Planeta Terra?

Calma, agora vamos te falar do que o Sistema Solar é feito, depois poderemos localizar nosso planeta! Acompanhe:

Por quais astros o Sistema Solar é formado?

meteoro astermeteoro asteroide e cometaoide e cometa

Se você leu tudo até aqui, já deve estar imaginando que há outros tipos de astros que fazem parte do Sistema Solar, além dos planetas e do sol (falaremos dele adiante). 

É isso mesmo, segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas,

os corpos celestes que formam o nosso Sistema Solar são:

Asteroides

São corpos sem formato definido, como blocos de rocha, com movimento próprio e órbita elíptica. Dos mais de 3000 catalogados, a maioria tem dimensões inferiores a 240 km (distância de BH até Juiz de Fora).

Cometas

São astros que têm um núcleo sólido formado por gelo e impurezas, de formato irregular e  bastante extenso. Eles possuem caudas, prolongamentos da nuvem de gás e poeira. Como têm água, conforme se aproximam do Sol, o gelo evapora e reflete brilhante. 

Meteoros, meteoroides e meteoritos

Meteoro é o nome que damos quando um meteoroide passa pela atmosfera do planeta, fazendo com que emita luz. 

Os meteoroides são restos cometas ou fragmentos de asteroides. 

Os meteoritos são os meteoróides que não foram totalmente consumidos pelo impacto com a atmosfera da terra. É a parte que “sobrevive” e atinge o chão.

O nosso Sol

O Sol é a única estrela do nosso sistema e está bem no centro dele, sendo a fonte de energia. Por isso, vivemos no chamado Sistema Solar. Genericamente podemos chamar as estrelas centrais de outros sistemas de “sol”, mas com o “s” maiúsculo é só o nosso!

Todas as demais estrelas que conhecemos estão localizadas em pontos muito distantes. Então, elas não exercem consideráveis influências em nós, apenas embelezam o céu!

O Sol é uma enorme esfera de gás flamejante, composta majoritariamente por hidrogênio e hélio. O Sol possui 99,9% da matéria de todo o Sistema Solar. 

Seu diâmetro mede 1,4 milhões de quilômetros. Isso significa que todos os demais astros do Sistema juntos somam apenas 0,1%. Entendeu como ele é grande e pesado? 

Para você ter noção, cabe 1 milhão de planetas Terra dentro dele! Para igualar o seu diâmetro, seria necessário 109 planetas Terra um ao lado do outro…

No centro da estrela, o núcleo alcança a temperatura de 15 milhões de graus centígrados. Aí é onde ocorre o processo de fusão nuclear, por meio do qual o hidrogênio se transforma em hélio. Já a temperatura da superfície do Sol é de cerca de 6.000 graus Celsius.

Porque possui muita massa, sua força gravitacional é grande o suficiente para manter todos os planetas em órbita. Sua luz e calor tornam possível a vida na Terra.

As observações científicas realizadas indicam que o Sol é uma estrela de luminosidade e tamanho médios, pois no céu existem incontáveis estrelas maiores e mais brilhantes. 

Para nossa sorte, a luminosidade, tamanho e distância foram exatos para que o nosso planeta desenvolvesse formas de vida.

Quantos e quais são os planetas do Sistema Solar?

sistema solar com planetas e nomes e ordem

O Sistema Solar possui 8 planetas e 5 planetas anões. Começando pelo mais próximo ao Sol, a ordem e o nome dos planetas são:

Sol: Mercúrio → Vênus → Terra → Marte → Júpiter → Saturno → Urano → Netuno.

Nos próximos tópicos, falaremos das características de cada planeta e seus planetas anões. Antes disso, precisamos entender como eles são classificados.

Você se lembra quando falamos sobre a origem do Sistema Solar e dos planetas? Pois é, eles apresentam características únicas por causa do tipo de elemento que se agrupou e pela zona de temperatura na qual ficaram.

Os planetas que se formaram nas regiões mais externas e afastadas do Sol, onde a temperatura é menor e as substâncias são voláteis, acabaram se condensando (Líquido para Gasoso).

Já os planetas que se formaram em regiões mais internas e próximas do Sol, onde a temperatura é maior, acabaram se solidificando (Líquido para Sólido). 

Curiosamente, os 4 primeiros planetas rochosos são separados dos 4 últimos gasosos pelo Cinturão de Asteroides. É um rastro de rochas que fica entre os planetas Marte e Júpiter. 

Isso explica o porquê de podermos classificar os planetas em Gasosos e Rochosos:

  • Planetas telúricos, terrestres ou rochosos

São os quatro primeiros planetas, que estão mais próximos ao Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Suas características comuns são serem constituídos de rochas, ferro e metais pesados. Assim, são mais densos e sólidos, tendendo a ficar mais próximo do Sol.

Estes planetas quase não possuem satélites naturais e não há anéis. A Terra mesmo só possui um. Isso porque, por estarem perto do Sol, são bem compactos e menores. Além disso, grande parte do material que restou ao redor foi consumido pelo calor.

  • Planetas jovianos, gigantes ou gasosos

São os quatro últimos planetas, que estão mais distantes do Sol: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Tem maiores dimensões que os planetas telúricos e suas características principais são serem formados por gases como hélio e hidrogênio. 

São menos densos e, portanto, mais afastados do Sol. Todos apresentam satélites naturais e sistemas de anéis.

Qual a diferença entre Planeta e Planeta-anão?

De forma simplificada, podemos dizer que o Planeta é grande e é o astro soberano de sua órbita. Já o Planeta-anão tinha tudo para ser um planeta, mas… possui um tamanho menor e isso faz com que ele sofra influência de outros astros na sua órbita.

Nosso sistema possui 5 planetas anões. Em ordem de proximidade com o Sol, são chamados de: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris.

Plutão era considerado um planeta do Sistema Solar. Porém, as novas descobertas astronômicas viram que existiam outros corpos com características semelhantes. Isso gerou polêmica, pois aumentariam o número de planetas ou criariam uma nova classificação.

Dessa forma, no ano de 2006, a União Astronômica Internacional (UAI), responsável pela regulamentação das nomenclaturas, definições e classificações na Astronomia, apresentou um novo conceito para a palavra planeta, “rebaixando” Plutão, então, à categoria de planeta anão.

Quais as principais características de cada planeta?

Você já entendeu todas as questões sobre os os planetas, mas falta explicar as características individuais deles. Também mencionamos sobre satélites naturais e anéis, mas vamos explicar agora:

Alguns planetas possuem massa o suficiente para gerar um campo gravitacional, como se fosse um “mini sol”. Assim, objetos menores ficam orbitando em volta deles, sendo chamados de satélites naturais.

A Lua foi o primeiro deles descoberto, justamente porque é o do nosso Planeta Terra. Com o avanço da ciência, fomos descobrindo que nem todos planetas tem uma “lua”, enquanto outros têm mais de uma!

Além disso, os planetas gigantes apresentam os anéis planetários. Eles são faixas com minúsculas partículas de gelo e poeira. Não há como uni-los em corpo, então forma-se uma área, uma faixa, em que ficam percorrendo a órbita ao redor daquele planeta.

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Agora vamos entender as características, luas e anéis de cada planeta:

1° Mercúrio, o pequeno

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e, por isso, é super quente e pequeno. Encontra-se a cerca de 57.910.000 km do Sol. A temperatura atinge 430ºC durante o dia!

Esse planeta é capaz de refletir 12% da luz solar, então podemos vê-lo no céu da Terra.

Sua superfície é cheia de crateras e seu núcleo é rico em ferro. A atmosfera nesse planeta é quase inexistente, porque é muito rarefeita. Mas conseguiram identificar hélio (98%) e hidrogênio (2%) no ar. 

2° Vênus, a Estrela D’alva

Vênus é um planeta também conhecido como Estrela D’alva, porque é um dos astros mais brilhantes no céu noturno terrestre. Costuma aparecer de madrugada, antes do amanhecer.

Ocupa o segundo lugar em relação ao Sol e está a aproximadamente 108.200.000 km de distância dele. 

Curiosamente, possui características semelhantes às da Terra, como tamanho e massa. Porém, são essencialmente diferentes nas condições necessárias à vida.

Possui uma atmosfera 92x mais densa que a terrestre, sendo quase sempre envolto por nuvens. Essa atmosfera é composta especialmente por CO2 e isso influencia na elevada temperatura de 460ºC.

3° Terra, o planeta da vida

A Terra é o planeta em que vivemos. Até hoje, é o único com condições de existir vida comprovado cientificamente. Suas características são fundamentais para entender o porquê disso.

A Terra é o planeta mais diferente de todos os outros conhecidos. Ela se encontra a uma distância muito específica e favorável do Sol, cerca de 149.600.000 km. É o terceiro na ordem de proximidade e a luz demora 8 minutos para sair do sol e chegar aqui!

A composição de sua atmosfera (nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e vapor d’água) proporciona uma densidade e pressão bem específicas. 

Isso possibilita uma dinâmica cíclica que absorve a quantidade ideal de radiação solar. Fora a formação da camada de ozônio que também é essencial para o desenvolvimento da vida. Assim, temos uma temperatura média de 15°C e 60% de energia solar absorvida

Além disso, o nosso único satélite natural chamado Lua tem uma composição e distância favorável à formação das forças da maré. 

O calor que vem do núcleo da Terra também é muito particular, em uma temperatura que equilibra toda a vida no planeta, a formação das camadas da terra e a movimentação das placas tectônicas.

A Terra tem muito mais do que imaginamos. Suas eras geológicas e as condições climáticas em cada uma delas foram essenciais para que a vida surgisse e se desenvolvesse, até chegar nos reinos e classificações de hoje. 

O nosso Ecossistema é perfeito!

4° Marte, o vermelho

Marte é o quarto planeta do Sistema Solar, a aproximadamente 227.940.000 km do Sol. Ele  possui as características mais próximas às da Terra, como o clima e o movimento de rotação. 

A observação da sua superfície levou alguns cientistas a considerar a existência de formas de vida primitivas no planeta. Mas, muitos deles veem Marte como um trágico futuro espelho da Terra. 

Sua superfície tem crateras e poeira composta por magnetite, que confere ao solo marciano uma cor avermelhada. Assim, seu solo é rico em ferro e silício. 

A atmosfera do planeta é menos espessa que a da Terra, sendo constituída especialmente por CO2, nitrogênio, vestígios de oxigênio, monóxido de carbono e vapor d’água. 

As temperaturas no planeta podem variar entre -76ºC e -10ºC. Marte tem 2 luas chamadas de Fobos e Deimos, mas elas se parecem mais com asteroides do que com a nossa Lua.

5° Júpiter, o gigante

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e é conhecido como o gigante gasoso, além de ter a maior velocidade de rotação. Ele se encontra a aproximadamente 778.330.000 km do Sol. 

Sua aparência apresenta tons de vermelho, laranja, marrom e amarelo. Apesar de ser o planeta de maior massa, ele não é o mais denso, isso porque é composto pelos gases hélio e hidrogênio. 

Júpiter também é famoso pelo “olho” que possui em sua superfície, um vórtice de gases de outra cor. Ele também possui 79 luas e no ano de 1979 descobriram seus anéis.

Mas suas luas mais famosas são as chamadas “luas de Galileu”, descobertas por Galileu Galilei. São elas: Europa, Ganimedes, Io e Calisto. Elas são as maiores e mais complexas e o destaque vai para a lua Europa, que receberá a visita de uma sonda da NASA.

A missão Europa Clipper deve ser lançada em 2023 para estudar o vapor de água existente na superfície desta lua e um provável oceano subterrâneo de água líquida!

6° Saturno e seus anéis

Provavelmente você já ouviu falar nos famosos Anéis de Saturno. Se não, saiba que essa é a principal marca do sexto planeta de nosso sistema. Acredita-se que são compostos por gelo, devido ao seu intenso brilho que reflete até 80% da luz solar.

Ele é o segundo maior planeta do Sistema Solar, estando a aproximadamente 1.429.400.000 km do Sol. 

A atmosfera do planeta é constituída, principalmente, por hidrogênio e hélio e sua densidade é bastante inferior à da Terra. Há indícios de que o planeta possua um núcleo sólido, assim como Júpiter, mas não é uma certeza.

Este planeta gasoso possui 72 luas pequenas, sendo Titã e Encélado os destaques.

Encélado é especial porque, assim como Europa, há indícios de um oceano líquido abaixo da crosta congelada. Também já foi confirmada a existência de moléculas orgânicas. Ou seja: este mundo é um candidato a abrigar algum tipo de vida.

Titã será visitada pela NASA em 2026, para descobrir se tem condições de vida. A geologia desta lua é parecida com a da Terra, só que possui rios e lagos de metano e etano. Ela é o único satélite natural do Sistema Solar com atmosfera densa, material orgânico e ciclo hidrológico análogo.

7. Urano e os diamantes

A descoberta de Urano foi a penúltima dentre os nossos planetas do Sistema Solar, em 1781. Ele possui pouca luminosidade e encontra-se a cerca de 2.880.990.000 km do Sol. 

Sua massa é menor que a de Júpiter, mas seu núcleo é mais denso. Isso também possibilita a hipótese do núcleo rochoso.

O planeta possui anéis que foram descobertos em 1977, e são bastante opacos à luz. O cerca de 27 luas. A temperatura no planeta é de aproximadamente -218ºC.

Sua atmosfera é composta por hidrogênio, hélio e metano, sendo esse último o responsável pela sua cor azulada

Como o metano possui o carbono na sua composição e esse planeta é gasoso e denso, dizem que por lá chove diamante, devido às altas pressões!

8. Netuno, o último dos planetas

Netuno é o último planeta do Sistema Solar, além de ter sido o último a ser descoberto,  em 1845. Ele está a aproximadamente 4.504.300.000 km do Sol. 

Este planeta possui características semelhantes às de Urano em termos de massa e composição atmosférica. Sua atmosfera é composta por hidrogênio, hélio e metano, e possui temperatura média de -218ºC

Acredita-se que seu interior seja semelhante também ao de Urano e que por lá também chova diamante!

Netuno possui um sistema de anéis e cerca de 14 luas, com destaque para Tritão.

A sonda espacial Voyager 2 revelou que Tritão tem vulcões de gelo jorrando uma mistura de nitrogênio líquido, metano e poeira. Isso congela instantaneamente e neva de volta à superfície gelada, por causa da distância e pouca luz solar.

Esta lua é um dos objetos mais frios do Sistema Solar, com -240ºC. Além disso, é o único satélite natural que circula seu planeta em uma direção oposta à rotação dele!

História da descoberta do que é Sistema Solar

O interesse do ser humano pela natureza ao seu redor existe desde a antiguidade. O céu sempre foi algo que chamou a atenção, seja por sua beleza ou por seus fenômenos misteriosos.

Os antigos povos gregos, asiáticos, maias e até parte do Medievo acreditavam que a Terra estava no centro do Universo, o geocentrismo. Eles não entendiam o Universo como hoje, pois não existiam instrumentos apurados. 

As primeiras ciências eram pela observação. Por isso, para quem está na Terra e olha para o céu, dá a impressão de que nós somos o centro e os demais objetos giram ao nosso redor.

Até essa época, alguns grupos defendiam que a forma da Terra era plana, também pela observação a olho nú que sugere isso. 

Porém, muitos religiosos já defendiam o formato esférico da Terra, por causa da filosofia que o símbolo circular carrega em si. São Tomás de Aquino aponta sobre isso na Summa Teológica e é possível ver representações esféricas nas artes sacras da época.

Durante a Idade Média, muitos freis conservaram livros com conhecimentos filosóficos. As missões e as cruzadas permitiram o conhecimento da cultura árabe e, mais tarde, as ameríndias.

Foi nos mosteiros que as primeiras universidades, experimentos e tecnologias começaram a se desenvolver, por esse contato com várias culturas. Mas tudo era feito com muita cautela, porque o intuito era apenas entender a Criação, não desvendá-la ao máximo.

No Renascimento, a ciência passou a ser praticada e financiada por não-religiosos, então o foco passou a ser descobrir cada vez mais. 

A “sede ao pote” somada à base anterior e aos novos recursos materiais vindo das Grandes Navegações, fez com que a produção científica crescesse cada vez mais rápido, principalmente depois das Revoluções Industriais.

Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa (telescópios e observatórios) possibilitou uma maior compreensão do sistema. Hoje é consenso científico que a Terra é esférica e o sistema solar é heliocentrista, ou seja, o Sol está no centro.

Ainda assim, há muitos mistérios a serem desvendados. Quanto mais se descobre, mais vemos que pouco sabemos!

Quem deu nome aos planetas?

Os primeiros a dar nomes aos planetas foram os sumérios, povo da Mesopotâmia, há 5 mil anos. Eles já haviam identificado cinco “estrelas” que se moviam no céu, enquanto as demais permaneciam paradas, e acreditaram que fossem deuses.

Mas os nomes dos nossos planetas foram inspirados na mitologia e deuses romanos (que tem equivalência com os gregos) porque estes criaram impérios que ocuparam vastas terras do mundo e influenciam boa parte da cultura ocidental.

Os gregos chamavam a Terra de Gaia, um titã que originou a vida na mitologia. Para seguir essa lógica, os demais planetas mantiveram os nomes mitológicos.

  • Mercúrio ou Hermes (romano/grego), por exemplo, é o planeta que completa a volta mais rapidamente e tem um caminho volátil e errático. É inspirado no deus do comércio e dos viajantes, representados com asas nos pés.
  • Vênus ou Afrodite é o nome da deusa da beleza e sedução, justamente porque o brilho desse planeta (Estrela D’alva) sempre chamou a atenção no céu.
  • Terra é um nome que veio do Latim, porém há uma relação mitológica. Existe a divindade Gaia ou Telo que é basicamente a personificação da natureza.
  • Marte ou Ares é o deus da guerra, o mais violento dentre eles. Como o planeta é vermelho, a associação com o sangue foi inevitável.
  • Júpiter ou Zeus é o nome do maior deus da mitologia, o que se encaixa perfeitamente com o maior planeta do sistema solar.
  • Saturno ou Cronos é o nome do deus do tempo. Foi dado a esse planeta porque ele é o mais lento, se move com a menor velocidade.
  • Urano é o deus do céu, então foi muito propício colocar este nome em um planeta que é inteiramente azul claro.
  • Netuno ou Poseidon é o nome do deus dos mares e oceanos. Este planeta apresenta uma tonalidade de azul escuro e intenso, como o oceano. Por isso, o nome caiu feito luva.

Por fim, as luas desses planetas e até as sondas das missões espaciais costumam receber nomes de outros deuses. Note que os nomes escolhidos se relacionam com a história do deus daquele planeta. Interessante, não é?

Outras curiosidades sobre o que é Sistema Solar

Além de tudo aquilo de curioso que já tratamos ao longo do artigo, podemos citar outras questões interessantes:

  • Cinco planetas já eram vistos a olho nu desde a Antiguidade: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
  • Um dia em Vênus é maior que um ano na Terra.
  • Embora Mercúrio esteja mais perto do Sol, ele não é o mais quente. Vênus tem uma atmosfera com CO2 que cria uma espécie de efeito estufa e ganha o posto.
  • No máximo duas horas antes de o Sol nascer ou duas horas antes de o Sol se pôr, é possível avistar Mercúrio a olho nu.
  • Em Marte, há diversos vulcões inativos e o maior deles é o Olympus Mons.
  • A estrela e o sistema planetário mais próximos são Proxima Centauri (4,25 anos-luz) do sistema Alpha Centauri (4,37 anos luz).
  • Nosso sistema tem 525 satélites naturais conhecidos (178 de planetas, 8 de planetas anões e 339 de corpos menores) .
  • Nele, 778 897 asteroides conhecidos.
  • Por fim, há 4 017 cometas conhecidos.

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Redação Beduka
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