Biologia

Saiba tudo o que precisa para conhecer o Reino Monera!

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O Reino Monera é aquele que agrupa todos os tipos de bactérias e alguns outros seres unicelulares procariontes semelhantes, como as cianofíceas e as arqueobactérias. Com o avanço da ciência algumas classificações foram alteradas, mas trouxemos todas as informações que você precisa: estrutura, características, reprodução, função e muito mais! Fique conosco para saber tudo sobre o Reino Monera!

Neste artigo, você encontrará:

  1. O que é Reino Monera, quais criaturas o compõem e características gerais
  2. Estrutura celular e Reprodução das bactérias
  3. Importância e funções das bactérias
  4. Doenças bacterianas e tratamento
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O que é Reino Monera

Com o passar dos anos, novas descobertas foram feitas e muitas classificações foram criadas para os seres vivos. Assim, o Reino Monera é aquele que compreende o que chamamos genericamente de “bactérias”. Contudo, em termos científicos, há diferentes tipos de seres com as características básicas das bactérias e os veremos no próximo tópico!

Ele ocupa a segunda posição de complexidade na ordem de estudo dos Reinos:


Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi, Reino Plantae e Reino Animália.

Antes de ir, confira as curiosidades:

  • A maioria das bactérias não ultrapassa um micrômetro, isto é, a milésima parte do milímetro!
  • se considerarmos 1 grama de solo comum – uma pitada que seguramos entre dois dedos – teremos cerca de 10 bilhões de bactérias!
  • Os primeiros fósseis encontrados: micro fósseis de cianobactérias, Austrália, com 3,5 bilhões de anos e de bactérias, África do Sul, com idade estimada em 3 bilhões e 100 milhões de anos!
  • Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723) analisou o vinagre e viu que haviam pequenos seres movendo. Ele foi o primeiro cientista a ver o mundo das bactérias!!

Nem tudo é bactéria: integrantes do Reino Monera

Com o avanço da ciência, os agrupamentos dos seres vivos mudou muito. Somado ao descobrimento das teorias de evolução, novas classificações com base na complexidade dos seres também foram feitas.

Por isso, o que chamamos de Reino Monera tem sido contestado. Alguns consideram como um todo, outros atualmente dividem os seres deste reino em grupos:

  • Eubactérias: dizem respeito às bactérias propriamente ditas + as cianobactérias (também chamadas de algas azuis ou cianofíceas, são capazes de fazer fotossíntese! Podem se associar com fungos e formar liquens , mas não possuem cloroplasto e a clorofila se encontra dispersa)
  • Arqueobactérias (arqueas): dizem respeito às formas muito antigas e mais primitivas (possuem algumas estruturas diferentes das bactérias porque são de outra época evolutiva e viviam em condições muito extremas no planeta Terra primitivo)

Apesar de serem diferentes em muitos pontos, há outros em comum que justificaram seu agrupamento inicial. As características gerais do Reino Monera veremos no próximo tópico!

Atenção!

Mesmo dentro desses dois grupos existem milhares de subclassificações. Você pode acabar tendo contato com termos como “Gram-Negativas, Gram-Positivas”, mas saiba que todos eles se referem aos subtipos de bactérias. Neste caso, gram-negativas liberam a cor vermelha em um determinado experimento e gram-positivas ficam roxas.

Apenas pessoas que fazem cursos da Área da Saúde, como Biomedicina ou Ciências biológicas, aprofundam-se nas subclassificações!

Características gerais das “bactérias”

Veja as características comuns a todos os integrantes do Reino Monera:

  • São unicelulares (possuem apenas uma célula)
  • São procariontes (o seu material genético está disperso, não tem núcleo bem definido)
  • Podem ser Anaeróbicas (respiração celular sem oxigênio) ou Aeróbicas (respiração celular com oxigênio)
  • Podem ser autótrofos (produzem o próprio alimento – fotossintetizantes e quimiossintetizantes) ou heterótrofos (consomem algo produzido por outro ser vivo)
  • Podem ou não viver em colônia (veremos adiante)
  • Podem ter vida livre ou parasitária
  • São encontrados em todos os ecossistemas da Terra
  • Não tem organelas citoplasmáticas, apenas os ribossomos
  • Podem ou não ter cápsulas
  • Têm membrana plasmática e parede celular (veremos adiante)
  • Podem ou não ter plasmídios (veremos adiante)
  • Reproduzem-se de diferentes formas (veremos adiante)
  • Locomovem-se por diferentes mecanismos (flagelos ou cílios)

As Arqueas podem ser divididas de acordo com o meio extremo em que habitam:

  • Halófitas: vivem em ambientes de alta salinidade (Mar Morto)
  • Termófilas: vivem em ambientes de temperaturas extremas (vulcões)
  • Acidófilas: quando vivem em ambientes de PHs baixos
  • Metanogênicas: anaeróbicas e geram gás metano através da quimiossíntese

Estruturas das bactérias

Como as bactérias são os seres mais abundantes deste reino e suas formas podem variar se comparadas aos outros, vamos tratar apenas das estruturas mais comuns.

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Grandes estruturas: Colônia

Apesar de unicelulares, as bactérias também podem existir em grupos chamados colônias. Recebem os seguintes nomes de acordo com a forma como estão agrupadas: cocos, diplococos, estreptococos, estafilococos, sarcina, tétrade, bacilos, streptobacilos, espiroquetas, espirilos, vibriões, etc.

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Não é preciso decorar esses nomes, mas é bom ter uma noção caso caia em um texto. Assim, você saberá que se referem às bactérias!

Estrutura celular das bactérias

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Como você observou na imagem acima, as células bacterianas contém os três componentes fundamentais de qualquer célula: 

  • Membrana plasmática
  • Citoplasma (hialoplasma)
  • Material genético

Contudo, possui algumas estruturas próprias:

  • Nucleóide: a região central onde está o material genético, já que não tem um núcleo bem definido.
  • Parede celular: estrutura que reveste a membrana plasmática dando o formato da bactéria.
  • Ribossomo: é a única organela citoplasmática que possui e é responsável pela síntese de proteínas.
  • Plasmídio: nem todas possuem, mas sempre é uma molécula de DNA em forma circular que não está ligado ao material genético da célula, apenas possui informações de resistência aos antibióticos.
  • Cápsula: Algumas espécies possuem este envoltório que garante maior resistência nos meios em que estão. Dentre as bactérias que causam doenças, as que possuem cápsula são mais letais.
  • Flagelo: um filamento que se movimenta rapidamente impulsionando a bactéria se mover, nem todas possuem.
  • Fímbrias: também chamadas de pili, não servem para locomoção e sim para reprodução. Falaremos disso no próximo tópico!
  • O material genético das bactérias podem ser DNA ou RNA e ela possuem sempre apenas um cromossomo.

Reprodução das bactérias

De modo geral, os seres procariontes se reproduzem de forma assexuada, ou seja, por fissão binária (também chamada de bipartição ou cissiparidade), após a duplicação do material genético pela mitose.

Reino-monera-reprodução-assexuada-por-bipartição-ou-fissão-binária-por-mitose-etapa-por-etapa
  • Vantagens: É uma reprodução muito rápida que ajuda a garantir a ocupação do ambiente e perpetuação da espécie.
  • Desvantagens: Gera apenas indivíduos idênticos, sem variação genética. Portanto, dificilmente há aquisição de novos genes capazes de melhorar a seleção natural dos seres. 

No caso das bactérias pode haver uma forma de reprodução sexuada, através da conjugação. Ocorre quando o indivíduo fixa sua pili sexual em outro, formando um canal que liga os materiais genéticos e ambos trocam seus DNAs plasmidiais.

Portanto, apenas as bactérias que possuem plasmídio conseguem portar características novas de resistência aos antibióticos e gerar um pouco de variabilidade genética.

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Importância e funções das bactérias

Nem todas as bactérias são vilãs, pelo contrário, algumas são verdadeiras heroínas! Neste tópico vamos listar as funções e importâncias das bactérias, e no último falaremos das doenças.

  • São muito importantes nas indústrias alimentícias como a produção de Yakult (lactobacilos) e na transformação do leite em coalhada, além dos ácidos liberados essenciais para produção de queijos.
  • Atuam no ciclo do nitrogênio fazendo com que o N atmosférico possa ser utilizado pelas plantas.
  • Usadas na Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de crescimento.
  • Importantes para digestão dos alimentos que ingerimos, estas vivem no trato digestivo e produzem vitaminas essenciais à saúde.
  • As bactérias decompositoras permitem a decomposição da matéria orgânica morta, colaborando na reciclagem de diversos elementos.
  • Colaboram com a produção de etanol, biocombustíveis  e até vacinas e antibióticos  
  • Podem ser utilizadas em ambientes poluídos para recuperar o local, como na contaminação por metais pesados. Esse processo é chamado de biorremediação.
  • Elas atuam na decomposição de matéria orgânica morta, contribuindo para o ciclo da vida no planeta e o fornecimento de nutrição para solos e plantas. Isso pode ser feito de forma aeróbica ou anaeróbica.

Doenças causadas por bactérias

Como nem tudo são flores, existem vários tipos de doenças causadas por bactérias. O fato de serem causadas por bactérias não significa que o modo de transmissão seja igual.  Cada doença bacteriana possui sua própria forma de contágio, podem depender de hospedeiros intermediários e distintos tratamentos. Podem ser alimentares, sexuais ou respiratórias…

Vejamos as doenças bacterianas mais conhecidas:

Tratamento de doenças bacterianas

Os antibióticos são os medicamentos desenvolvidos especificamente para matar bactérias sem que haja danificação de células do corpo humano. Na história da medicina, o primeiro antibiótico foi desenvolvido por Alexander Fleming por meio de um pequeno acidente em seu laboratório, em 1928.

O médico e farmacologista já estudava bactérias em placas. Saiu por algumas semanas e ao retornar percebeu que a placa estava cheia de bolor (um fungo verde que aparece em pães velhos). Antes de descartar a placa, Fleming notou que ao redor do bolor não havia bactérias vivas. Logo, imaginou que havia uma substância nesses fungos que era responsável por isso e descobriu a Penicilina.

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Redação Beduka
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